segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

JBS compra a Pilgrim "s Pride americana

A empresa brasileira JBS (Friboi,. Swift etc...) adquiriu hoje o Frigorifico Pilgrim"s Pride (64 % das ações ordinarias) , que inclusive já saiu da concordata que se encontrava,  por 800 milhões de dólares pagos a vista e suas ações voltaram a serem negociadas na bolsa americana em breve.
Parte desse dinheiro é proveniente do suporte dado pelo BNDES na semana passada ao grupo brasileiro em subscrições de debentures no valor de 2 bilhões de reais.
A empresa é processadora de aves nos EUA, segundo o dicionário Wikipédia.

Maior touro da Grã-Bretanha




Um boi da raça charolês, com 1,6 t e pouco mais de 2 m, é considerado o maior da espécie no Reino Unido, segundo informações divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail neste domingo. Batizado de The Marshall Field, o gigante de 8 anos já ultrapassou o tamanho do recordista anterior, o boi The Colonel, da mesma raça, que media 1,98 m e mais de 1,5 t antes de morrer em 2005.
The Marshall Field engordou mais de 135 kg nos últimos 12 meses até ultrapassar a marca anterior, mesmo ainda não tendo atingido o tamanho adulto. Ele agora é mais pesado do que um automóvel Mini Cooper (1.114 kg) e uma BMW Série 3 (1.384 kg). O animal come cerca de 7,7 kg de alimento diariamente, como aveia, cevada, batata, beterraba e porções de feno.
O tamanho do boi impressiona principalmente quando seu proprietário, o fazendeiro Arthur Duckett, 80 anos - que mede cerca de 1,76 m -, para ao lado de The Marshall Field. "Ele está com muito boa saúde e não há nenhuma razão para que não continue crescendo", afirmou. Segundo Duckett, o grande apetite e a castração do boi são fatores que podem ter impulsionado seu crescimento.
Ainda que o gigante cause espanto, o Guinness Book, o Livro dos Recordes, não tem mais registro para o maior boi do mundo, pensando em não encorajar a superalimentação dos animais. O último recorde reconhecido no Guinness foi o do boi Old Ben, que morreu em Kokomo, no Estado americano de Indiana, em 1910, quando pesava 2,1 t e media e 1,95 m.

Alguns Preços

No Rio hoje,  falam de alcatra e contra entre R$ 11,70 a R$ 12,00 kg., mas não houve procura. Teve cancelamento de pedido de carne com osso por parte de supermercado que estava com muita mercadoria no pátio para descarregar.
Peito em caixa resfriado e cupim tipo B congelado ,com preços em torno de R$ 4,50 kg a pedida.
Coxão Mole a R$ 7,60 kg, patinho a R$ 7,00 kg e coxão duro para charque havia procura a R$ 6,10 kg a vista.

Empresa de Sinop (FRIALTO) envia 125 toneladas de alimentos para África

Uma empresa frigorífica de Sinop envia, nesta semana, o 5º contêiner com carne para a República do Congo, na África. Com mais essa remessa atinge-se 125 toneladas de miúdos bovinos. De acordo com o empresário Paulo Belincantta, presidente do Instituto Sagrado Coração de Jesus, a meta para 2010 é chegar a 500 toneladas. Outro frigorífico aderiu e anunciou que também vai fazer doações.
O empresário disse, ao Só Notícias, que o trabalho começou este ano e agora será mais fácil fazer as doações através do instituto, criado recentemente. A câmara municipal aprovou que o instituto (mantido por empresários) é considerado de utilidade pública. Com isto, a liberação das doações, junto a Receita Federal, será agilizada.
Conforme ele, as condições de vida das pessoas que estão sendo auxiliadas são subhumanas. O empresário lembrou que no Brasil há um grande desperdício de alimentos e com contribuições mínimas outras pessoas podem viver melhor. Ele destacou que todos os participantes da iniciativa têm a consciência de contribuir com a população da cidade onde moram. O Congo foi escolhido como destino das doações após a viagem de um dos empresários ao local.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dono de frigorífico em MT usou notas falsas de R$ 1,5 milhão

O empresário Celso Perini, ex-proprietário do frigorífico Frigoverdi, instalado em Mato Grosso, foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de estelionato.
No mês de julho de 1998, Perini, na condição de diretor-presidente do frigorífico apresentou documentos falsos para comprovar investimentos que deveriam ter sido realizados pela empresa como contrapartida para a liberação de recursos federais do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finan), por intermédio da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Para receber recursos do Finan, o Frigoverdi apresentou, em 1986, o projeto para a implantação de um empreendimento em Cuiabá composto por um abatedouro de bovinos e suínos e um setor industrial. O projeto foi aprovado pela Sudam e foram liberados recursos que ultrapassaram os R$ 11 milhões. Todo financiamento oriundo do Finam exige uma contrapartida de recursos do empreendedor.
E foi na comprovação de parte dessa contrapartida, no valor de R$ 1.565.813,47, é que foram identificadas irregularidades que basearem a denúncia do Ministério Público Federal.
Para comprovar os investimentos feitos com recursos próprios - ou seja, a contrapartida no valor de R$ 1.565.813,47 – o presidente do frigorífico apresentou notas fiscais falsas em nome das empresas Tecnofrio Refrigeração e Ar Condicionado, DTC Desmatamento Terraplanagens e Construção Civil, Construgeo Material para Construção e Moradão Materiais para Construção.
Cconclusão do trabalho do Ministério Público Federal, conjuntamente com a Receita Federal, Secretaria Federal de Controle, Tribunal de Contas da União e Polícia Federal, é parte da suposta contrapartida financeira que deveria ter sido aplicada pelo Frigoverdi foi comprovada mediante notas fiscais fraudulentas.
Na denúncia, a procuradora Ana Carolina Oliveira Tannús Diniz pede a condenação do ex-presidente do Frigoverdi pelo crime de estelionato. A pena varia de um a cinco anos de prisão e multa.
Desde agosto de 2006 o frigorífico de Perine deixou de existir. Ele foi comprado pelo Frigorífico Quatro Marcos, que arrematou a planta industrial em um leilão por R$ 12 milhões. O valor cobria na época 50% das dívidas preferenciais, ou seja, débitos trabalhistas e impostos estadual e federal. Dívidas de garantia e créditos quirografários ficarão descobertos.
O Fundo de Investimentos da Amazônia (Finan) era uma linha de financiamento diferenciada concedida pela extinta Sudam . Os recursos cedidos para investimento pelo Finan eram oriundos dos impostos arrecadados sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
Uma parcela equivalente a 3% de tal receita era repartida entre os programa de financiamento dos setores produtivos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que eram administrados pelos órgãos de desenvolvimento regional respectivos, tendo como agente financeiro o Banco da Amazônia S.A (Basa).
O acesso aos recursos do Finam, via Sudam, era feito a partir da apresentação de um projeto de implantação de atividade econômica a ser executado através de uma sociedade anônima de capital aberto, em qualquer dos estados que compõem a Amazônia Legal.
Tais projetos deviam indicar a atividade que se pretendia executar, os custos específicos de implantação e as vantagens econômicas decorrentes de sua implantação, tais como o potencial de criação de emprego e de sinergia com a economia local, tudo para a possibilitar a verificação do interesse e do retorno social do investimento.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Após alta da carne no mercado interno, Argentina decide restringir exportações

Frigoríficos da Argentina disseram ontem que o governo atrasa a emissão de licenças para exportação de carne bovina a fim de elevar a oferta doméstica e frear a alta dos preços vista nas últimas semanas em função da demanda de fim de ano. A Argentina é um importante exportador de carne, mas tem o maior consumo per capita do mundo, cerca de 73 quilos por ano. Isso faz da carne um produto sensível para a opinião pública.
"Há alguma demora (na concessão de licenças de exportação) e ameaças de que, se o preço não baixar, as exportações serão suspensas", disse Miguel Schiariti, diretor da Câmara da Indútria e Comércio de Carnes (Ciccra). Alguns setores da indústria e fontes da Onnca (órgão responsável pela emissão de licenças) negaram que haja dificuldades, mas a informação foi corroborada por outros representantes do setor.
"Desde segunda-feira não se autorizam operações de exportação para toda a indústria. (Mas) os embarques não foram interrompidos, o que já estava autorizado segue seu curso normal", afirmou uma fonte de frigorífico.
O governo argentino interveio várias vezes no mercado de carnes nos últimos anos e chegou a suspender as exportações para garantir o abastecimento doméstico. Para o governo, a alta atual tem origem especulativa. A disputa acontece num momento em que a Ciccra denunciou à Justiça irregularidades na divisão da cota de exportação de cortes nobres destinada à Europa (a cota Hilton).

Perdigão e Sadia querem unir operações de bovinos

Frigoríficos: Empresas fazem solicitação ao Cade; resposta só sai em 2010


Perdigão e Sadia pediram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para unir as suas operações de compra e venda de carne bovina. O pedido começou a ser julgado, ontem. O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, aceitou sob condições. Mas, o presidente do Cade, Arthur Badin, pediu vista, adiando a definição para 2010, já que foi a última sessão de julgamentos deste ano.
A dúvida de Badin é qual o poder de mercado das duas empresas - que se uniram este ano criando a Brasil Foods - no segmento de carne bovina. Elas informaram que têm participação inferior a 10%. Ragazzo não forneceu um número preciso no julgamento, pois essas informações são protegidas por sigilo. O conselheiro Vinícius Carvalho perguntou ao relator se os dados sobre participação eram das empresas. "Sim, os dados são delas", respondeu Ragazzo. Em seguida, Badin disse que gostaria de pedir vista para ter mais segurança com essas informações.
O advogado Paulo de Tarso Ribeiro, que defende a aprovação do negócio junto ao Cade, fez um apelo para que a autorização fosse dada ainda este ano. "Peço que reconsidere o pedido de vista. É fim de ano", justificou Ribeiro. "Mantenho", respondeu Badin.
Em julho Sadia e Perdigão assinaram um acordo com o Cade pelo qual se comprometeram a não unir suas plataformas industriais até a decisão final sobre o negócio. O objetivo do acordo é preservar as estruturas das empresas em separado para que uma eventual decisão contrária à compra da Sadia possa ser revertida. O Cade permitiu operações societárias entre as companhias, operações com derivativos e negociações com credores para reduzir encargos financeiros e alongar dívidas.
 Ontem, o órgão antitruste analisou um pedido de flexibilização do acordo assinado em julho. As empresas querem realizar dois projetos. O primeiro é para a coordenação de atividades relacionadas à compra de carnes "in natura". Sadia e Perdigão querem fazer negociações conjuntas de carne bovina. O segundo projeto é para a aquisição de insumos e serviços.
Ragazzo impôs condições para ambos os projetos para autorizá-los. O conselheiro-relator disse que as empresas poderiam trocar informações sobre o mercado de carne "in natura" apenas para a gestão desse mercado específico. Ele ressaltou que o pedido não se referiu aos mercados de suínos e de aves. Isso facilitaria a autorização, pois se trata apenas do mercado de carne bovina. Além disso, indicou que as companhias teriam de fazer contratos autônomos com fornecedores, com duração máxima de um ano. E que auditores independentes vão monitorar o cumprimento das condições.
"Não vejo prejuízo, por ora, em autorizar [os projetos] até a decisão final do Conselho", disse Ragazzo. "As condições presentes no acordo são suficientes para manter as estruturas [das empresas] independentes". Mas, como Badin pediu vista do caso, as empresas terão de esperar até 2010 para saber se poderão realizar ambos os projetos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Brasileira JBS compra processadora de ovinos na Austrália

São Paulo, SP, 16 de Dezembro de 2009 - No momento em que se prepara para a incorporação da Bertin e da Pilgrim's Pride, a JBS S.A anunciou ontem mais uma aquisição no exterior. Por meio de sua sua subsidiária integral, a Swift Austrália, a empresa fechou um acordo para comprar a Tatiara Meat Company (TMC), da holandesa Vion Food Group, na Austrália.
Com isso, a companhia reforça sua posição no segmento de carne de ovinos, no qual entrou em 2007 com a aquisição da americana Swift Foods Company. A JBS vai pagar US$ 27,5 milhões pela processadora de carne de ovinos - o valor está sujeito à conclusão do processo de due diligence na empresa. O faturamento anual da Tatiara é de cerca de US$ 183 milhões.
De acordo com a JBS, a Tatiara atende mercados como Estados Unidos, Canadá e Europa, onde a marca é bastante conhecida, e vende também carne ovina no mercado doméstico australiano. A empresa está localizada em Bordertown, uma região da Austrália conhecida por seu rebanho ovino de alta qualidade, segundo a JBS. Sua capacidade de abate é de 9.500 ovinos por dia. Com a aquisição, a Swift Austrália se torna a maior processadora de carne ovina naquele país, com capacidade de abate total de 24.500 ovinos por dia.
A JBS entrou na Austrália após a compra, em 2007, da americana Swift, que já tinha operações no país. No ano passado, reforçou sua presença na Austrália com a compra do Tasman Group.
A Austrália é o segundo maior exportador mundial de carne de ovinos, atrás da Nova Zelândia. O setor viveu dificuldades nos últimos anos e os ativos se desvalorizaram. Uma queda no rebanho reduziu a oferta de matéria prima para abate, gerando problemas financeiros e de escala para as indústrias. Agora, porém, já ocorre uma recomposição do rebanho ovino no país.
O mercado de ovinos é visto como promissor pela JBS, e o foco é principalmente a exportação. Os maiores mercados para a carne de ovinos são a Europa e países do Oriente Médio, onde o produto é tradicionalmente consumido.
De acordo com a empresa, a conclusão da operação de compra da Tatiara está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores.

BNDES deve fazer aporte de R$ 450 mi no JBS

Rio de Janeiro, RJ, 16 de Dezembro de 2009 - O BNDES poderá aportar, pelo menos, mais R$ 450 milhões no megafrigorífico nascido com a aquisição do Bertin e do americano Pilgrim's Pride pelo JBS, anunciada em setembro passado. Com isso, o total injetado pelo banco no grupo, desde 2007, chegaria perto de R$ 4,5 bilhões.
O valor a ser liberado pelo banco corresponde a 13% da oferta de R$ 3,5 bilhões em debêntures -títulos emitidos para obter dinheiro com o mercado- que o JBS submeterá à assembleia de acionistas no dia 29 para concluir a incorporação do Bertin.
É essa a participação do banco na JBS e, portanto, o investimento que poderá fazer como sócio na oferta

Friboi beneficia imagem da pecuária brasileira no exterior

A JBS Friboi firmou acordo com o Vion Food Group para a compra da australiana Tatiara Meat Company (TMC), processadora de carne ovina, por 30 milhões de dólares australianos, ou US$ 27,5 milhões. A conclusão da negociação, feita por meio da subsidiária Swift Austrália, depende do processo de due diligence e aprovação pelas autoridades competentes.

 Para o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Costa Guedes, a expansão do Grupo JBS Friboi no mercado internacional é benéfica à imagem da pecuária brasileira no exterior. Guedes está otimista em relação à retomada das exportações para o mercado europeu no próximo ano, com o aumento dos números de fazendas incorporadas ao programa brasileiro de rastreabilidade (Sisbov).
Ele comemora a recuperação do mercado chileno, que tem potencial de importação de 100 mil toneladas/ano, e prevê para o próximo ano a concessão de status de livre de aftosa com vacinação para a Amazônia e região Norte, o que possibilitaria a abertura dos mercados do Japão e da Coreia do Sul para a carne brasileira.
Na opinião de Guedes, o setor não estava preparado nem organizado para enfrentar o impacto da crise financeira que atingiu os frigoríficos. Ele defende uma reestruturação, com a criação de linhas de financiamento destinadas à aquisição do gado pelos frigoríficos, sem a necessidade de o criador vender a prazo e ficar sujeito ao calote, como aconteceu neste ano. 
Hoje, diz ele, grande parte dos pecuaristas está adotando a política de vender mais à vista e em pequenas quantidades, para evitar prejuízos. Em relação à decisão da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de não comprar carne proveniente de animais de áreas desmatadas, Guedes afirmou que os mecanismos de certificação são saudáveis por restringir quem desmata ilegalmente e queima pastagens, mas critica o fato de a Abras não ter chamado os produtores para discutir os critérios.
Guedes rebateu as criticas feitas à atividade pecuária durante a convenção do clima em Copenhague. Ele disse que é possível reduzir as emissões da pecuária, "mas é preciso haver honestidade nos números". Ele observa que muitos estudos não levam em conta CO2 que as plantas (forrageiras e gramíneas) absorvem e fixam no solo.
Ele diz que pastagens recuperadas chegam a sequestrar mais carbono que as florestas tropicais. Ele cita um estudo do pesquisador da Embrapa, Odo Primavesi, que mostra sequestro de 4% em pastagens bem manejadas, enquanto na floresta é de 3,5%. Na questão do metano resultante do processo digestivo do gado, ele afirma que o Brasil foi um dos países que mais reduziu emissões nos últimos anos, por meio do encurtamento da idade de abate dos animais, de cinco anos para dois anos e meio.

Brasil terá escritório em Bruxelas para defender exportações à UE

Rio de Janeiro, 16 dez (EFE).- O Brasil abrirá no próximo ano um escritório em Bruxelas para defender as exportações dos prejuízos causados pelas normas técnicas impostas pela União Europeia (UE), informaram hoje fontes empresariais.

Similar ao que já têm países como China e Rússia, o posto será financiado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), como explicou essa última em comunicado.
Segundo os industriais, o objetivo da iniciativa é antecipar as normas técnicas que a União Europeia impõe sobre importações e que "funcionam como barreiras não tarifárias, impedindo as exportações de diversos setores".
A CNI afirmou que as últimas restrições da UE prejudicaram setores brasileiros como os de carnes, mármores e rocha, e químico.
O presidente da APEX, Alessandro Teixeira, justificou a abertura do escritório diante da importância que tem o mercado comum europeu para o Brasil, como terceiro principal destino das exportações e responsável no que vai do ano por compras por US$ 31 bilhões.
Teixeira acrescentou que o Brasil perdeu parte do mercado por normas técnicas que surpreendem as empresas brasileiras.
"Recentemente perdemos exportações pelo lobby realizado pela Irlanda contra a carne bovina brasileira e não tínhamos ninguém que nos defendesse. Com um escritório vamos poder nos antecipar a esses problemas", assegurou.
Acrescentou que setores como o químico e de mármores e rocha também foram afetados por regulamentações da UE que, alegou, "funcionam como medidas de protecionismo".
O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, disse que a associação entre os industriais e a APEX tem como objetivo estar atento às políticas comerciais e financeiras adotadas ou em discussão na União Europeia para tentar identificar as que possam prejudicar ao Brasil.
"Não é possível prever em quanto poderemos aumentar as exportações com o escritório, mas posso dizer que pelo menos não vão cair", afirmou Teixeira.

Governador Wagner inaugura oficialmente frigorifico em Ilheus

Nesta quarta-feira (16), às 16h30, o governador Jaques Wagner visita o município de Ilhéus (a 445 km de Salvador) para a inauguração oficial do matadouro frigorífico Itacarne, gerando 100 empregos com carteira assinada. Inicialmente, tem capacidade para abater 200 bovinos por dia.
Foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões no equipamento, que integra os negócios da Rede Meira de Supermercados, presente nos municípios de Ilhéus e Itabuna. Esse é o 27º matadouro multifuncional registrado no Serviço de Inspeção do Estado, sendo o 19º do estado e o primeiro da região cacaueira só de bovinos.

Boi: demanda sustenta preço interno

Bom desenvolvimento do pasto dá ao pecuarista opção de segurar animais na propriedade à espera de melhores preços
O aumento da demanda e a falta de oferta de gado confinado deixam o mercado do boi gordo mais aquecido nesta semana. Grandes frigoríficos buscam animais no mercado para cumprir escalas. A tentativa de pagar R$ 70 a arroba a prazo, para descontar Funrural, no mercado paulista, não deu resultado. Isso porque os pequenos frigoríficos seguem firmes no mercado, também com escalas curtas e pagam até R$ 75 por arroba nas mesmas condições. Mesmo assim, encontram dificuldades para comprar. Há uma boa oferta de boi não confinado, mas as chuvas constantes ajudaram no bom desenvolvimento dos pastos e deram a opção ao pecuarista de segurar o animal engordando nas propriedades. "O produtor prefere até arriscar e espera por um preço melhor. Se cair, ele consegue compensar no maior peso do animal", disse um corretor.
Já em Mato Grosso do Sul, um frigorífico teria comprado lote por até R$ 70 a arroba a prazo, livre do Funrural, preço R$ 2 por arroba acima do oferecido até então. Se os frigoríficos grandes passaram a buscar animais, os pequenos, que pagam mais por eles, reclamam da competitividade na hora de vender a carne no atacado.
O preço no atacado voltou a registrar alta no fim da semana passada, de acordo com o levantamento da Scot Consultoria. O corte traseiro saltou R$ 0,05 por quilo, para R$ 6,45; o dianteiro aumentou R$ 0,10 o quilo, a R$ 3,40, e o quilo da ponta de agulha para o consumo subiu R$ 0,15 e encerrou a semana a R$ 3,20. "As vendas do dianteiro e da ponta de agulha seguem aquecidas e os preços em alta; aumentos como esses normalmente são relacionados ao crescimento de renda", disse a analista da Scot Consultoria Maria Gabriela Tonini.

Carnes: Aumenta abate de bovinos em Mato Grosso do Sul

Após um longo período de redução nos abates de bovinos, em estabelecimentos frigoríficos sob Inspeção Federal, houve uma reação positiva do setor no mês de outubro e os frigoríficos sul-matogrossenses atingiram o maior volume de abates desde janeiro do ano passado. De janeiro a outubro deste ano já foram abatidos pouco mais de 2,5 milhões de bovinos.

De acordo com os dados de produção do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura (SIPAG-SFA/MS), no mês de outubro, foram abatidos 286.758 animais, um aumento de 11,5% em relação ao mês de setembro e de aproximadamente 27% em relação ao mês de outubro de 2008.
Segundo o Presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, o aumento de abates em outubro ocorreu em função da comercialização dos animais criados em confinamento no Estado. Ele ressalta que neste ano os pecuaristas receberam R$ 74,00 pela arroba em plena entressafra, ao passo que na safra passada os animais foram vendidos na faixa de R$ 85,00 a arroba. Segundo ele, o custo fixo da atividade no Mato Grosso do Sul é de R$ 79,00 a arroba.
Para Monteiro, o custo diário de um animal em confinamento gira em torno de R$ 4,00. Por isso, os estoques foram liquidados antecipadamente. Neste ano, como as chuvas vieram mais cedo, começamos a ter boi a pleno pasto com um custo bem menor de produção, com a vantagem de que se o preço da arroba não estiver bom o produtor pode segurar os animais, afirma.
A expectativa das lideranças agropecuárias do Estado para os meses de novembro e dezembro é de uma leve queda nos abates. O setor prevê que os abates não passem dos 2,8 milhões de animais ao passo em que no ano passado atingiram mais de 3 milhões de animais. As informações partem da SFA/MS.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cortes

No Rio hoje falam de alcatra e contra entre R$ 11,50 kg a R$ 12,00 kg. Dizem que uma grande rede de mercados comprou a R$ 12,00 kg , mas não foi confirmado. Dianteiro de boi de 45 kg foi vendido a R$ 3,30 kg e coxão duro no saco a R$ 6,30 kg. Quanto a peito no saco para industria,  o ultmo ptreço foi de R$ 4,00 a vista.

Credores do Independência têm até o dia 31 para se cadastrar

Os pecuaristas, credores do frigorífico Independência tem até o dia 31 de dezembro deste ano para se cadastrar suas contas bancárias, no site da indústria - www.independencia.com.br , para o recebimento da primeira parcela prevista para o dia 31 de janeiro de 2010. "É essencial que os produtores acessem o site e se cadastrem até a data prevista para que recebam a primeira parcela dos valores devidos na data correta", alertou a assessora de economia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL, Adriana Mascarenhas.
Os pecuaristas, durante as negociações, concordaram com o pagamento à vista de R$ 100 mil e os com crédito superior, receberiam uma parcela de R$ 100 mil e o saldo dividido em 24 meses, sendo que na 24ª parcela a divida seria quitada, corrigida pela taxa Selic. A data do pagamento dos R$ 100 mil será até 31 de janeiro 2010, podendo ser retardada até 31 de março do mesmo ano.
Os dados necessários para o cadastramento são CPF ou CNPJ, nome da pessoa ou empresa credora, banco, agencia, conta corrente e telefone para contato.

DÍVIDA - Os credores do frigorífico Independência estão em cinco estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais e Goiás. Ao todo são 1.524 pecuaristas e uma conta a receber na ordem de R$ 194 milhões. Em Mato Grosso do Sul, o débito estimado é de R$ 45 milhões.

SERVIÇO - Duvidas sobre o preenchimento das informações no site do Frigorifico Independência, podem entrar em contato com a FAMASUL pelo telefone (67) 3320-9700. As informações completas podem ser acessadas no link

http://www.mzweb.com.br/independencia/web/arquivos/Independencia_CM_20091202_pt.pdf

Pagamento antecipado

Quatro Marcos pede à Justiça autorização para pagar credores antes de aprovar plano

O frigorífico Quatro Marcos anunciou ontem que requereu uma autorização judicial para iniciar o pagamento dos créditos trabalhistas e de fornecedores independentemente da aprovação de seu plano de recuperação judicial. O pedido foi apresentado pela empresa na última quinta-feira, dia 10, à 1ª Vara Judicial do Foro Distrital de Jandira, em São Paulo.
O frigorífico justificou o pedido alegando que não seria justo com trabalhadores e fornecedores que aguardassem indefinidamente uma solução sobre o seu plano, tendo em vista os sucessivos pedidos de adiamento estão sendo realizados pelos credores financeiros da empresa nas assembléias gerais.
Desde que anunciou o pedido de recuperação judicial, a empresa e os credores acumulam três tentativas de acordo no sentido de solucionar a questão da dívida de mais de R$ 427 milhões, sendo parte desse montante, R$ 35,7 milhões, devido aos 273 pecuaristas mato-grossenses. Como relata o frigorífico, por exemplo, o adiamento da última reunião para o dia 29 de janeiro de 2010 foi motivada pela exigência dos credores financeiros por uma auditoria independente.
Caso a justiça decida acatar o pedido do Quatro Marcos, a medida será inédita, já que não se tem notícia de que pedido semelhante tenha sido formulado anteriormente em qualquer outro processo desta natureza. Quanto aos credores financeiros, aparentemente, a negociação somente será retomada ao término da auditoria, mas até lá, a empresa ganha novo fôlego ao efetuar o pagamento de alguns credores que poderão voltar a fornecer para a empresa diante desta demonstração de boa vontade de sua parte.
ACRIMAT – A decisão do frigorífico Quatro Marcos foi bem recebida pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que vem trabalhando para solucionar essa questão da melhor forma possível. Para a entidade “toda negociação é bem-vinda, desde que seja feita com garantias, pois os pecuaristas querem receber o que lhe é de direito, com juros e correção monetária”. A última proposta apresentada pelo Quatro Marcos, era de pagar a dívida com correção pela taxa Selic, porém, a partir da data da aprovação do plano de recuperação judicial. O frigorífico também aceitou diminuir o tempo de carência, que a princípio era de 12 meses a partir da aprovação do Plano, para julho de 2010.









segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Bertin prevê rastreamento da carne

Quase seis meses depois de ter sido acusada pelo Ministério Público Federal do Pará de contribuir para o desmatamento da Amazônia junto com outros frigoríficos de carne bovina, a Bertin S.A. está lançando um sistema que promete a rastreabilidade do produto e a garantia de que a carne provém de um processo sustentável.
A partir desta semana, a carne in natura comercializada com a marca Bertin, à venda no varejo, terá uma etiqueta com um código de rastreabilidade com informações sobre a origem do produto. O diretor marketing da companhia, Marcos Scaldelai, explica que o consumidor poderá ter informações sobre a origem e a garantia de que o produto não provém de animais criados em áreas de desmatamento e trabalho escravo.
Segundo ele, o consumidor deve digitar o número no site da Bertin para obter informações como a relação de fazendas que forneceram animais em determinado dia de abate e local das propriedades. Na própria página da Bertin, há um link para os sites do Ibama e do Ministério do Trabalho. No primeiro, o consumidor poderá checar se a propriedade de origem do boi está na lista das que desmatam ou não e no segundo, se há trabalho escravo
Num primeiro momento, apenas a carne in natura produzida na unidade da Bertin em Lins terá a etiqueta, mas a partir de janeiro o sistema deve estar implantado nas demais plantas da empresa, segundo Scaldelai
A Bertin foi incorporada pela JBS S.A em setembro deste ano, mas por enquanto as operações das empresas seguem separadas, já que o negócio está sob a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o diretor de marketing, a tendência é que sistema de rastreabilidade seja implantado também pela JBS no futuro.
Ele afirma que o sistema para garantir a sustentabilidade da carne já vinha sendo desenvolvido pela Bertin antes da ação do Ministério Público, em junho. Na ocasião, a empresa foi acusada de comprar bovinos de fazendas que desmatavam áreas da floresta amazônica e interrompeu a aquisição de animais dessas propriedades

JBS-Friboi implanta venda direta de carne em Cáceres

Vinte e uma vans do grupo JBS-Friboi adaptadas como “mini-açougues” entram em operação em Cáceres a partir deste mês. Cada açougue ambulante terá como ocupantes duas mulheres: uma na direção, outra para cuidar da entrega em todos os bairros e distritos, atingindo ainda a sede do município de Curvelandia -– distante 60 quilometros.
O sistema de venda direta de carne aos consumidores já foi implantado pela Friboi em cidades grandes e médias do interior paulista e visa reduzir o preço do produto sem a intermiação dos açougueiros.
Há dois meses a JBS, que controla o único frigorifico da cidade, efetuou o cadastramento de parte dos consumidores, ofertando-lhes várias formas de pagamento, inclusive boleto bancario sem consulta ao SPC/Serasa, além de cartão de crédito exclusivo.
A inovação está gerando expectativas entre os consumidores habituados a comprarem carne em açougues. Por outro lado, os comerciantes que atuam na revenda de carne bovina a retalho estão preocupados com a novidade.
Para esses pequenos empresários -- cerca de 110 -- assim como para os donos de supermercados que possuem área reservada para venda de carnes, o frigorifico estaria levando ao pé da letra o ditado muito usual entre os pecuaristas: “Do boi, os donos de frigoríficos só não apoveitam o berro”.
Um grupo já se opõe abertamente aos métodos do JBS em Cáceresres, os chamados "gaioleiros", porque são o frigorifico praticamente impôs o monopólio na area de transporte do gado a ser abatido e não mais utiliza a frota de caminhões-boiadeiros.
Uma das principais questões levantadas pelos opositores de processo de venda direta está relacionada ao desemprego que o novo sistema provocaria imediatamente na cidade. Todos açougues espalhados pelos bairros e distritos serão forçados a reduzir o número de empregados.
Dentre os donos de açougues e supermercadistas há um sentimento de revolta após tomarem conhecimento de que o atual prefeito, Túlio Fontes (DEM), autorizou o serviço -- sem consultá-los -- após reunião com a direção do frigorifico em Cáceres.
Um açougueiro, que prefere não ter seu nome citado, ironiza dizendo que esse projeto não tem como sobreviver em Cáceres. De acordo com ele é alto o indice de inadimplentes na cidade. “Aqui tem cardeneta de 1992, que até hoje um sujeito conhecido não pagou. Imagine essa gente recebendo carne na porta da casa sem consulta aos orgãos de proteção ao crédito. Tem caloteiro que irá fazer churrasco de picanha todos os dias”, previu.
Outro comerciante que opõem a implantação da venda direta prefere citar trecho da Bíblia que narra a passagem na qual o escravo hebreu José previu que o Egito passaria sete anos de vacas gordas e em seguida sete anos de vacas magras.
“Nós vamos viver literalmente esse termo do Velho Testamento, preparem-se para os meses de vacas magras” observou o dono de açougue situado próximo à Praça da Feira.
O municipio de Cáceres tem cerca de 90 habitantes é apontado pelo Instituto de Defesa Agropecuaria (INDEA) como detentor do maior rebanho bovino de Mato Grosso, com cerca de 1,2 milhão de cabeças.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Preços sugeridos para venda .

FILÉ MIGNON S/ CORDÃO 4/5 19,90

FILÉ MIGNON S/ CORDÃO 3/4 19,50

NOIX - PONTA DO CONTRA FILÉ 9,80
 
CONTRA FILE SEM NOIX 11,00

CONTRA FILE COM NOIX 10,50

MIOLO DE ALCATRA 11,50

ALCATRA C/ MAMINHA 10,50

MAMINHA 11,00

COXÃO MOLE 7,80

COXÃO DURO 6,50

PATINHO 6,80

LAGARTO 6,80

MÚSCULO 4,70

ALCATRA COMPLETA CHURRASCO 14,00

ALCATRA COMPLETA 12,50

CUPIM COMERCIAL 5,00

PICANHA GRILL 23,50

ALCATRA GRILL 14,00

CUPIM GRILL 9,30

FRALDÃO GRILL 8,50

MAMINHA GRILL 11,50

CONTRA FILE EXPORT. 12,50

FRALDINHA GRILL 8,50

COSTELA 3 RIPAS 5,70

COSTELA GAUCHA 5,40

COSTELA GROSSA 5,40

COSTELA EM TIRAS 5,30

COSTELA JANELA 5,50

COSTELA SEM OSSO 6,90

BUCHO 3,80

RABO 5,50

CORAÇÃO 1,50

FÍGADO 2,10

LÍNGUA 2,50

MOCOTÓ 2,80

Acrissul consegue barrar cobrança do Funrural

Ontem a  tarde , a juíza Janete Lima Miguel Cabral, da 3° Região do Tribunal Regional Justiça Federal acatou pedido de liminar impetrado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e suspendeu a exigibilidade da cobrança da Seguridade Social, mais conhecido como Funrural. O mandado de segurança foi protocolado no dia 24 de novembro.
Segundo o advogado da entidade, Márcio Torres, agora todos os associados estão desobrigados a pagarem o tributo.
Em sua argumentação Torres lembrou que há, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação de inconstitucionalidade contra o Funrural, sobre a qual cinco dos onze ministros da Corte já manifestaram seu voto pelo fim da cobrança.
Esta é a primeira ação contra a cobrança do Funrural que é deferida no país.
No mês passado muitos produtores de Mato Grosso do Sul receberam cartas da Receita Federal informando sobre a dívida de transações feitas desde junho de 2008.
Como foi - No ano passado, o governo federal revogou o parágrafo quarto do artigo 25 da lei 8.212/1991 que garantia a isenção do imposto sobre operações entre pessoas físicas que tratasse de cria, reprodução e engorda de gado. Anteriormente, o tributo -que tem uma alíquota de 2,3%-, era cobrado somente quando o gado ia para o abate, o frigorifico recolhia do pecuarista e repassava à Receita Federal.
Agora, em cada transação comercial o imposto tem de ser recolhido. Se um animal nasceu em uma fazenda, foi criado em outra, engordado em uma terceira e, finalmente, abatido no frigorífico o Funrural vai ser cobrado três vezes, o que vai acrescentar 6,9% ao produto final.

Bancos suspendem mais uma vez assembleia geral do Quatro Marcos

A quarta tentativa de acordo entre credores e o frigorífico Quatro Marcos foi adiada para o dia 29 de janeiro de 2010, depois do pedido dos credores financeiros de uma auditoria independente do frigorifico Quatro Marcos. “Mais uma vez o Quatro Marcos demonstrou que o estilo de relação que tem com os pecuaristas é de total desrespeito e descaso”, comentou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat, Luciano Vacari, que participou de todas as tentativas de negociação. Para ele, a relação do Quatro Marcos é meramente comercial com o pecuarista e a postura que a empresa assumiu nesse ano de crise foi a de dar satisfação apenas para os bancos. “O Quatro Marcos não aprendeu nada neste ano que ficou fora do mercado por conta da crise, mas é bom que eles não se esqueçam que o boi não nasce nas câmaras frigorificas e muito menos nos caixas eletrônicas dos bancos. Vamos iniciar uma campanha de conscientização junto ao produtor para que venda seu gado apenas para empresas parceiras”, disse insatisfeito Luciano Vacari.
O representante da região do Arinos no Norte de Mato Grosso, Luis Fernando Conte, disse que “os pecuaristas estão se sentindo ultrajados com a postura do Quatro Marcos”. Revoltado avisou que vai iniciar na região que representa, “uma campanha pesada para que os produtores não vendam mais gado para o Quatro Marcos e nem para as unidades que a empresa arrendou. Essa é a única linguagem que eles entendem, temos que fazer pressão para sermos respeitados, pois não aceitamos mais tanto desrespeito por parte dessa empresa”.
A primeira assembleia geral dos credores do Frigorífico Quatro Marcos foi cancelada por falta de quorum no dia 20 de outubro. A segunda convocação foi realizada no dia 27 de outubro, suspensa para o dia 12 de novembro. A AGC do dia 12 de novembro foi suspensa para o dia 3 de novembro, que também não encerrou a questão. “Agora vamos para a quinta tentativa no dia 29 de janeiro e se não conseguirmos um acordo para a aprovação ou não do Plano de Recuperação Judicial apresentado pelo Quatro Marcos, ela poderá ser suspensa quantas vezes forem necessárias”, explicou o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia. Como os bancos detêm a maior parte dos créditos do processo, conseguiram suspender mais uma vez a assembleia com pedido de uma auditoria, pois só irão aprovar o Plano de Recuperação Judicial depois de terem a real garantia que o Quatro Marcos possuiu condições de pagar o que deve. “Eles (bancos) tem a força e o poder de suspender quantas vezes forem necessárias uma AGC. Essa é a lei”, explica o assessor jurídico da Acrimat.
A maior parte da dívida de R$ 427.869.332,67 do Quatro Marcos é com os agentes financeiros. Com os pecuaristas o montante é de R$ 35,7 milhões, sendo 273 pecuaristas de Mato Grosso que esperam receber mais de R$ 26 milhões.

Proposta do Quatro Marcos para os Pecuaristas
Pagar a dívida com correção pela taxa Selic, porém, a partir da data aprovação do Plano de Recuperação Judicial e também aceitou diminuir o tempo de carência, que a princípio era de 12 meses a partir da aprovação do Plano, para julho de 2010.



Proposta dos pecuaristas:

A carência para o início de pagamento das 12 parcelas seja março de 2010 e não julho como eles propuseram; que a correção pela taxa Selic seja retroativa a 6 de janeiro de 2009, quando foi homologado o pedido de Recuperação Judicial do Quatro Marcos e não a partir da aprovação do Plano na AGC; que a empresa e seus respectivos sócios sejam responsabilizados dentro do processo; que o frigorífico não tenha liberdade de vender os ativos da empresa e de fazer novos empréstimos; que no caso do descumprimento do Plano seja decretada a falência do Quatro Marcos; apresentação de um laudo econômico financeiro, da avaliação dos bens e ativos do Quatro Marcos; além da criação de um comitê formado pelos credores para acompanhar todo processo de recuperação da empresa.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quarta-Feira

Hoje o pessoal estava falando em alcatra e contra pelo menos a partir de R$ 10,00 kg. Coxão duro R$ 6,40 kg, lagarto e patinho R$ 6,80 kg e coxão mole a R$ 7,60 kg.
Dianteiro sem osso 03 cortes a R$ 4,30 kg.

Quatro Marcos ignora reivindicações dos pecuaristas

TENTAR ACORDO

Nessa quinta, dia 03 de dezembro, às 11 horas, no Hotel Pan Americano, Rua Augusta, número 778, Bairro da Consolação, São Paulo/ SP, os credores do frigorífico Quatro Marcos irão tentar, pela quarta vez, fechar um acordo para receber uma dívida de R$ 427.869.332,67 pendente desde o início deste ano. A continuação da segunda Assembleia Geral de Credores – AGC – promete muito embates entre quem deve e quem tem a receber. “Achamos que houve um avanço desde que as negociações começaram, mas foram melhorias tímidas que acreditávamos que fossem evoluir. Porém, a proposta apresentada pelo Quatro Marcos para ser apreciada amanhã (03) na assembleia, mostra que eles não estão preocupados em permanecer no mercado”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele avalia que o Quatro Marcos está “usando a estratégia errada, pois não ter o pecuarista como parceiro é o mesmo que pedir falência”.
Na última assembleia realizada no dia 12 de novembro, que foi suspensa por 93,36% dos credores de todas as Classes (Classe I - Trabalhistas; Classe II – Garantia Real; Classe III – Quirografários – onde estão os pecuaristas), ficou definido que o Quatro Marcos iria analisar as reivindicações feitas pelos credores e apresentar um novo Plano de Recuperação Judicial. A nova proposta foi disponibilizada no site do frigorífico na segunda (30) e pela análise do assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia, “as sugestões dos pecuaristas foram ignoradas pelo Quatro Marcos e do jeito que está, vai ser rejeitada”.
O Quatro Marcos já aceitou pagar a dívida com correção pela taxa Selic, porém, a partir da data aprovação do Plano de Recuperação Judicial e também aceitou diminuir o tempo de carência, que a princípio era de 12 meses a partir da aprovação do Plano, para julho de 2010. Mas, os pecuaristas se uniram e apresentaram uma só proposta com o apoio de alguns bancos e da classe trabalhista, que não foram levados em consideração pelo frigorífico Quatro Marcos. Entre eles, que a carência para o início de pagamento das 12 parcelas seja março de 2010 e não julho como eles propuseram; que a correção pela taxa Selic seja retroativa a 6 de janeiro de 2009, quando foi homologado o pedido de Recuperação Judicial do Quatro Marcos e não a partir da aprovação do Plano na AGC; que a empresa e seus respectivos sócios sejam responsabilizados dentro do processo; que o frigorífico não tenha liberdade de vender os ativos da empresa e de fazer novos empréstimos; que no caso do descumprimento do Plano seja decretada a falência do Quatro Marcos; apresentação de um laudo econômico financeiro, da avaliação dos bens e ativos do Quatro Marcos; além da criação de um comitê formado pelos credores para acompanhar todo processo de recuperação da empresa.
“Vamos insistir nos pontos que entendemos ser fundamentais. Entendo que a empresa está perdendo mais uma boa oportunidade de ficar realmente do lado de quem faz a cadeira produtiva girar, pois boi não se cria em câmaras frigoríficas”, se posicionou o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini. Só com os pecuaristas o montante da dívida do Quatro Marcos é de R$ 35,7 milhões, sendo 273 pecuaristas de Mato Grosso que esperam receber mais de R$ 26 milhões.



O processo do Quatro Marcos



A crise do Quatro Marcos começou juridicamente no dia 29 de dezembro de 2008 quando foi protocolado o pedido de Recuperação Judicial. A data do recebimento do protocolo, no entanto, é de 06 de janeiro deste ano com o despacho publicado somente no dia 16 de março, na edição 434 do Diário de Justiça de São Paulo (SP), depois da apresentação oficial do Plano no dia 09 de março. O Juiz da Comarca de Barueri, da cidade de Jandira (SP), publicou no Diário de Justiça de São Paulo (SP) a data da primeira assembleia geral dos credores do Frigorífico Quatro Marcos para o dia 20 de outubro, que foi cancelada por falta de quorum. A segunda convocação foi realizada no dia 27 de outubro, suspensa para o dia 12 de novembro. A AGC do dia 12 de novembro foi suspensa para o dia 3 de novembro.

Catalão ganha no frigorifico

Presidente da Goiasindustrial, Marcos Abrão Roriz recebeu ontem o diretor do Frigorífico Excelência, Hung Faat Lau. O objetivo da reunião foi a abertura do processo de instalação de uma nova unidade do frigorífico no Distrito Mineroindustrial de Catalão - Dimic, com produção voltada para a exportação, gerando mais de 160 empregos. Segundo Lau, a atividade de “beneficiamento” de pés de frango será voltada para potenciais clientes chineses, que já aguardam a exportação.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mercado

Embora a pedida no alcatra e contra seja de R$ 9,50 kg de alguns frigorificos hoje no Rio foi negociado a R$ 9,20 a vista , mas espera-se que esses cortes tenham um aumento significativo nesse mes de dezembro.
O dianteiro de boi está muito ofertado a R$ 3,00 , sendo que algumas charqueadas compraram devolvidos no mercado a R$ 2,65 kg a prazo. Coxão duro em caixa tem oferta de R$ 6,50 kg e peito em saco para charque a R$ 3,80 kg.
Pelos niveis de matança , os cortes de dianteiro, do coxão e os miudos deverão recuperar preços sõ a parti de janeiro do ano que vem, pois os clientes estão comprando artigos natalinos e diminuindo espaço que esses produtos ocupavam.
A venda de charque já está praticamente paralizada nos seus volumes.

Ucrânia oferece oportunidades de negócios para Goiás

O governador Alcides Rodrigues está em Kiev, capital da Ucrânia, onde integra missão comercial do Governo Federal e pretende divulgar as potencialidades econômicas de Goiás. A Ucrânia, que se tornou independente da extinta União Soviética em 1991, é grande produtora de aço, equipamentos metalúrgicos e trigo, entre outros produtos. No ano passado, vendeu insumos de adubos e fertilizantes para Goiás e importou carne de frigoríficos que operam no Estado.

MT aumenta em quase 41% exportações de carne para Oriente Médio

Mato Grosso ampliou a oferta de carne bovina exportada para a Venezuela e o Oriente Médio no mês de outubro, na relação com setembro. O incremento verificado atingiu 52,26% (822 mil quilos de equivalente carcaça) e 40,98% (986 mil quilos de equivalente carcaça), respectivamente. Já o volume destinado para a União Européia se estabilizou, apresentando queda de 0,31% (3 mil quilos equivalente carcaça) de setembro para outubro.
O levantamento divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) aponta que as vendas realizadas para a China e para a Rússia computaram decréscimo de 4,46% (72 mil quilos em equivalente carcaça) e 5,77% (400 mil quilos em equivalente carcaça).
A análise da cadeia bovina do instituto mostra que \\\"a alta nos embarques do Estado, do mês de outubro, é em grande parte justificado pelo bom volume exportado para o Oriente Médio e para a Venezuela, já que as exportações para os outros países ou se estabilizou ou caiu.
No quesito oferta e demanda, a entidade vinculada à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) mostra que o pico de oferta observado em janeiro deste ano parece ter influenciado na estabilização dos preços no varejo e mesmo uma oferta tímida tem sido suficiente para manter os preços.
O valor à vista da arroba do boi gordo no Estado apresentou desvalorização de 0,12% (R$ 0,08/@) e terminou a semana com cotação de R$ 65,78/@) na última sexta-feira. O preço da vaca gorda, no mercado à vista, teve queda de 0,16% (R$ 0,10/@), fechando a semana cotado a R$ 61,80/@.

Brasil é um dos principais exportadores de carne de cavalo

Apesar dos preconceitos e tabus que envolvem o produto no mercado doméstico, o Brasil é um dos principais exportadores mundiais de carne de cavalo, com vendas externas no valor de US$ 27,7 milhões, em 2008. Mesmo apresentando queda de 13% em relação ao valor fechado um ano antes, o produto brasileiro vem conquistando cada vez mais o mercado europeu. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os embarques internacionais da carne de cavalo acumularam alta de 465% desde 1990. Em 2008, o Paraná teve a maior participação nas exportações de carnes, representando 47% ou US$13.209.692 do total exportado. Seguem o Rio Grande do Sul, com 42% (US$ 11.592.807), Minas Gerais com 10% (US$ 2.774.807) e São Paulo com 1,0% (US$ 164.434). 
Os grandes compradores da carne de cavalo brasileira são a França, Itália e Bélgica, países onde o produto é consumido sem reservas, ao contrário do que ocorre no mercado doméstico. Com um alto teor de ferro e menor presença de gordura, a carne de cavalo é ligeiramente mais avermelhada do que a carne bovina e tem paladar mais adocicado. “Quem viaja muito ao exterior pode ter comido a carne de cavalo sem saber. Ela é muito utilizada na confecção de embutidos, ou mesmo servida durante as refeições em receitas tradicionais”, conta o agrônomo Roberto Arruda, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo (USP). No Brasil, a comercialização do produto não é proibida, mas o professor garante que as grandes fabricantes nacionais de salame, salsicha ou mortadela não utilizam a carne de cavalo como ingrediente. “A produção nacional é totalmente vendida no exterior, não teríamos nem escala adequada para atender essas empresas”, afirma Arruda.
Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Brasil é dono da segunda maior tropa eqüina do mundo, com 5,9 milhões de cabeças, mas assim como em todos os outros países do mundo, não há cavalos criados exclusivamente para o abate. O animal que vai para o frigorífico é um cavalo que foi criado com outra função, que não a de consumo. “É como na natureza, quando o leão escolhe sempre os mais velhos como preza. Nós só trabalhamos com os animais que estão no fim da vida. Depois de prestar serviços por tampo tempo os animais têm um fim digno”, explica o gerente de comercialização da exportadora Fava, André Luz. Com atuação nesse mercado desde 1961, a empresa vende cerca de 600 toneladas/mês de carne de cavalo e diz trabalhar apenas com frigoríficos que utilizam o sistema de abate humanitário - prática regulada pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) que garante o bem-estar do animal. “O cavalo comprado para o abate nos frigoríficos recebe um número de registro, é avaliado por um veterinário na hora da compra e posteriormente pelo veterinário do frigorífico que se encarrega de fazer outra bateria de exames”, revela Luz.
Apesar do profissionalismo do setor, o produto ainda está longe da cesta de consumo do consumidor brasileiro. Na opinião do professor Arruda, essa situação persiste por uma série de mitos e mal entendidos que periodicamente surgem para denegrir a carne de cavalo. “Ao contrário do que circula por aí, os animais não são maltratados e a carne de cavalo não transmite mais doenças do que a carne bovina pode transmitir. Não há diferença alguma entre as duas, se ela estiver bem preparada e for de boa procedência, não há perigo algum”, revela. O processo histórico da utilização do cavalo no Brasil também é usado para explicar as diferenças de paladar em relação aos consumidores europeus. “Lá, a domesticação do cavalo se deu em função da alimentação e só depois o homem passou a utilizá-lo como animal de tração e sela”, conta Luz.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Frigoríficos mato-grossenses poderão contabilizar uma economia anual de até R$ 109,50 milhões

Após uma luta de quase cinco anos, a indústria frigorífica finalmente está desonerada do pagamento dos impostos federais PIS e Cofins. Com a medida, os frigoríficos mato-grossenses poderão contabilizar uma economia anual de até R$ 109,50 milhões por conta da desoneração do pagamento desses tributos nas operações internas da carne.
Em Mato Grosso, os frigoríficos comemoraram a publicação da Lei 12.058/09, que suspende o pagamento da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a receita bruta da venda de produtos derivados de carne bovina no mercado interno.
“A desoneração da carne bovina para o mercado interno representa um passo importantíssimo para a formalização total do setor, estimulando o fim da informalidade que ainda existe na cadeia frigorífica”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins.
Ele afirma ainda que esta é a melhor notícia que a indústria frigorífica organizada recebe nos últimos anos. “É uma grande conquista do setor, todos vão ganhar com isso. O mais importante é que todos vão ter condições de sair da informalidade”.
A medida elimina a cobrança da contribuição para toda a cadeia da carne. Hoje os frigoríficos pagam 60% da alíquota, que é de 9,25%. A contribuição do PIS e da Cofins resultava em uma carga de 3,65% sobre o faturamento dos frigoríficos que comercializam para o mercado interno.
Mato Grosso abate cerca de 4 milhões de cabeças por ano, com uma movimentação estimada de R$ 4 bilhões. As operações internas respondem por 75% deste total, R$ 3 bilhões. Além de beneficiar frigoríficos, produtores e consumidores, a medida ainda formaliza as negociações entre o produtor e o frigorífico.
“Há anos vínhamos batalhando para conseguir esta isenção, que traz alívio para toda a cadeia. Aqueles que já estão organizados vão ficar mais competitivos ainda”, afirmou Martins.
O setor entende também que a medida irá coibir as sonegações. “Não vamos ter mais o abate clandestino e a carne será inspecionada. A medida dará garantias ao consumidor”.
2005 - A lei foi sancionada pelo presidente Lula após intenso trabalho de aproximação entre a indústria e órgãos do governo federal, iniciado em fevereiro de 2005. A contribuição gerava uma carga de 3,65% sobre o faturamento dos frigoríficos, nas operações internas. Ao mesmo tempo, devido à informalidade, a arrecadação do governo federal não alcançava todo seu potencial. "Através de estudos técnicos, demonstramos ao governo que a desoneração seria benéfica a todos. A sanção da lei significará o fim do abate clandestino, representando uma nova época para a indústria frigorífica brasileira", lembrou Martins.
Na avaliação dos empresários do setor, todos vão ganhar com a nova lei. "Com a redução da clandestinidade, esses frigoríficos vão procurar os serviços de inspeção, garantindo produtos de maior qualidade na mesa do consumidor".
Segundo informações, cerca de 30% dos bovinos abatidos anualmente no Brasil são oriundos da clandestinidade, o que implica em um grave problema sanitário para os consumidores de carne bovina.
Acredita-se que a medida também implicará em um reaquecimento do setor, pois grandes empresas alimentícias que não atuavam no segmento de bovinos por não poderem competir com a clandestinidade voltarão a investir. E as pequenas e médias empresas poderão se capitalizar. “É uma nova era de desenvolvimento para a indústria de carnes e derivados", completa Martins.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Frigorifico volta a funcionar em Jequié

O Frigorífico Vale do Sol, (antigo Frisulba), já está em pleno funcionamento. A empresa começou suas atividades nesta quarta-feira (25), Cerca de 120 funcionários estão trabalhando no abate. A carne será comercializada para o mercado consumidores de Jequié e Região, onde a população serão beneficiados com carne bovina fiscalizada através de inspeção federal, garantindo assim ao consumidor qualidade do produto.


O médico veterinário do Ministério da Agricultura, Dr. Francisco Salles, lembrou que a Prefeitura de Jequié terá participação fundamental no processo de permanência da empresa na cidade. Para isso, terá que aumentar a câmara fria do Centro de Abastecimento Vicente Grillo(Mercadão), para armazenar uma maior quantidade de animais abatidos. "Cada peça que fica estocada no frigorifico por falta de local para armazenar, é um boi que deixa de ser abatido" lembrou. A meta inicial do Frigorífico Vale do Sol, são de abater cerca de 5 mil cabeças de gado por mês.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mercado

Alcatra e contra filet t foi vendido a R$ 8,80 kg a prazo. Peito resfriado em bloco a R$ 4,00 kg e coxão duro com lagarto (capote) a R$ 6,50 kg

IBGE aponta MS como o 3º rebanho bovino do Brasil

No fim desta ultima semana a Pesquisa da Pecuária Municipal divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostrou que o Mato Grosso do Sul tem o terceiro maior rebanho bovino do País, tendo como base em dados de 2008.
No total são 22.365.219, cabeças de bovinos, nós perdemos somente para o Estado de Mato Grosso (26.018.216) e Minas Gerais (22.369.639).
Logo atrás de Mato Grosso do Sul vem Goiás, com 20.466.360 bovinos. O município de Corumbá permanece como o maior rebanho no País, são 1.935.896 animais.
Já Ribas do Rio Pardo, aparece com 1.176.151, aparece em terceiro e Três Lagoas em 7º (rebanho de 788.602 bovinos).

Outras criações:
Destaca também no Mato Grosso do Sul outras criações como; 18.368 bubalinos, 357.675 equinos, 957.697 suínos e 32.057 caprinos.
Quanto às aves são 23.864. 815 e a produção anual de ovos de 34 639.000 dúzias. A produção estadual de mel é de 646 toneladas, com valor de comercialização de R$ 4,4 milhões e de bicho-da-seda de 280 toneladas de casulos, R$ 1,5 milhão.(Fonte: IBGE)

Exportação de carne de MT para União Europeia cai 54%

A Associação de Criadores de Mato Grosso – Acrimat, avalia que uma série de fatores contribuiu para que os números das exportações da carne bovina em Mato Grosso sofressem um abalo significativo nos 10 meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, de janeiro a outro de 2008 foram exportados para a União Europeia 18,6 mil de toneladas (equivalente carcaça) e no mesmo período deste ano, a queda foi de 10,1 mil de toneladas, registrando apenas 8,5 mil toneladas, provando uma variação negativa de 54%. “O Sisbov, sistema de rastreabilidade, foi sem dúvida o grande entrava nas vendas para os países europeus. A falta de uma política séria, confiável e auditável, provocam uma instabilidade certeira na relação comercial com a Europa”, analisou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele acredita que as novas regras aprovadas pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, vão mudar esse cenário, “pois todos os pecuaristas poderão cumprir e são auditáveis”.


Outros fatores que influenciaram na queda das exportações podem ser observados nos números registrados nas exportações para a Venezuela e Oriente Médio. A redução nas vendas para a Venezuela chegou a 63% onde as 48,6 mil toneladas comercializadas de janeiro a outubro de 2008 baixaram para 17,8 mil toneladas no mesmo período de 2009. A queda também é grande com relação ao Oriente Médio, registrando uma redução de 35%%. Foram exportadas 36,2 mil toneladas de carne de Mato Grosso em 2008 contra apenas 23,4 mil toneladas este ano. “A grande influência nesses mercados foi a crise do petróleo. Sem dinheiro, a queda nas comprar foi imediata, mas esse quadro já começa a se reverter e acreditamos numa retomada nas exportações para esses países”, comentou Vacari.

A china e a Rússia evitaram uma queda ainda maior nas exportações neste ano de crise mundial. “A Rússia fez uma grande diferença no volume de carne bovina exportada e é nosso maior consumidor, principalmente da carne de dianteiro, mais barata”, ressaltou o superintendente da Acrimat. O aumento das vendas para a Rússia foi de 37%, saltando de 37,3 mil toneladas para 58,8 mil toneladas. No caso da China o aumenta nas exportações também foi significativo, registrando uma alta de 38%, saindo de 8,5 mil toneladas para 13,7 mil toneladas em 2009. “A China cresce num ritmo frenético, de mais de 10%, e isso refletiu no aumento de consumo da carne”, disse Luciano Vacari. As informações são de assessoria de imprensa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rebanho bovino volta a crescer

Rio de Janeiro - O rebanho bovino do país voltou a crescer em 2008, após dois anos em queda, segundo informações divulgadas na sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O efetivo somou 202,2 milhões de cabeças, alta de 1,3% em relação a 2007. A maior parte, correspondente a 34,1% do total, estava concentrada na região Centro-Oeste. Mato Grosso firmou-se como o principal produtor, com 26 milhões de cabeças, o equivalente a 12,9% do total. Na comparação com 2007, houve alta de 1,3% no efetivo bovino do Estado.

O principal incremento foi detectado na Região Sul, onde houve crescimento de 4%, seguido por Norte (3,3%), Centro-Oeste (1,2%) e Nordeste (0,5%). Na região Sudeste, houve retração de 2%, com destaque negativo para São Paulo, que teve o rebanho encolhido em 5,1%. Segundo o IBGE, o gado paulista encolheu em cerca de 605.000 cabeças, em função da substituição das pastagens por canaviais.

Os dados fazem parte da PPM 2008 (Pesquisa da Pecuária Municipal), que mostra ainda um aumento de 5,1% no efetivo de frangos, em relação a 2007, totalizando cerca de 100 milhões de cabeças. Já o efetivo de suínos totalizou 36,8 milhões de cabeças, aumento de 1,6% na comparação com 2007. O IBGE identificou ainda alta de 5,5% na produção de leite, que somou 27,5 bilhões de litros em 2008. Esse resultado coloca o Brasil como o quarto maior produtor mundial, atrás de Índia, China e Rússia.

Queda nas exportações derruba preço da carne

Má notícia para os frigoríficos: as exportações de carne despencaram com a crise global e o câmbio desfavorável e já acumulam queda, em volume, de 15% de janeiro a setembro.
Boa notícia para os consumidores: sobrou carne no mercado doméstico e os preços caíram 4,76% de janeiro a novembro -ante uma inflação média de 3,81% no período.
Segundo levantamento da FGV com base no IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10), feito a pedido da Folha, os preços de quase todos os cortes recuaram, especialmente os da carne de segunda -mais procurada no mercado externo.
O acém caiu 10,06% no acumulado do ano. A picanha baixou 6,72% -a maior queda entre os cortes de primeira.
Tal cenário contrasta com o de 2008, quando as exportações estavam aquecidas e a carne subiu 17,78% ao consumidor no acumulado até novembro.
De acordo com André Braz, economista da FGV, os preços caíram ao longo de todo o ano por causa, primeiro, da queda do consumo mundial.
Caíram as exportações, diz, sobretudo de carne de segunda, mais consumida nos mercados atendidos pelo Brasil, como a Rússia. Depois, diz, veio a nova rodada de desvalorização do dólar, que encareceu o produto e desestimulou as exportações.
Com a recente depreciação do dólar, a cotação da arroba (referência para o preço da carne) do boi no Brasil já está mais alta, em moeda americana, do que na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Austrália e já encosta até mesmo na dos EUA -onde o custo de produção é mais elevado. Os cálculos são da consultoria Scot, especializada em pecuária, que monitora os preços desses países.
Todos esses países são os principais produtores e exportadores de carne bovina do mundo e começam a avançar em mercados brasileiros, segundo Alex Lopes Silva, analista da Scot. Ainda assim, diz, o Brasil mantém a posição de maior exportador global do produto, assumida no começo desta década justamente no período após a desvalorização do real de 1999.
Silva diz que os frigoríficos chegam muitas vezes à conclusão de que é mais vantajoso vender no mercado doméstico.
Diante disso, completa Braz, a indústria faz promoções para os varejistas, que, por sua vez, repassam para o consumidor as reduções de preço.
O presidente da Bolsa de Alimentos do Rio de Janeiro, José Souza e Silva, diz que é possível encontrar picanha e filé mignon por R$ 15 o quilo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Brasil abre mercado a vacinas argentinas contra aftosa

BUENOS AIRES, Argentina — O chanceler argentino, Jorge Taiana, manifestou na quinta-feira(12) sua "grande satisfação" pela abertura do mercado brasileiro às vacinas contra a febre aftosa produzidas por um laboratório privado da Argentina.
"Temos a grande satisfação e a alegria de ver nisto um exemplo da interação entre o público e o privado", disse Taiana.
O chanceler destacou que se trata do "resultado de uma longa tramitação, que passou por distintas etapas e envolveu o interesse específico da presidente da Nação, Cristina Fernández de Kirchner".
Segundo Taiana, a presidente Kirchner tinha solicitado em março passado, durante um encontro com Luiz Inácio Lula da Silva, a abertura do mercado brasileiro para as vacinas.
Segundo a ministra argentina da Indústria e Turismo, Débora Giorgi, a gestão de Kirchner "permitiu solucionar em nove meses um tema que vinha se arrastando por 11 anos...".
Giorgi destacou que a Argentina exportou no ano passado 70 milhões de dólares no setor e que a abertura do mercado brasileiro permitirá duplicar o volume de exportações para o continente americano, que atualmente é de 10 milhões de dólares.
Taiana precisou que o fabricante da vacina é o laboratório Biogénesis Bagó.
O primeiro lote de vacinas, de 2,2 milhões de doses, já está sendo comercializado no Brasil, revelou Alejandro Gil, diretor da Biogénesis-Bagó.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Especialistas reclamam da dificuldade em implementar a rastreabilidade

Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável esteve reunido nesta terça, em São Paulo

Especialistas em pecuária reclamam das dificuldades em implementar a rastreabilidade bovina. Um dos desafios é identificar o produtor que faz a cria do gado e não a engorda. O assunto foi discutido nesta terça, dia 10, em São Paulo, durante reunião do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, formado pelos principais frigoríficos do país, Ongs de defesa ambiental, instituições financeiras e a Embrapa.
Mesmo antes de virar projeto de lei, a rastrabilidade já era motivo de polêmica no setor da pecuária bovina. No fim de outubro foi aprovado no senado um novo modelo para o Sisbov, que torna obrigatória a identificação da origem dos animais para todos os pecuaristas. Nesta terça, em São Paulo, especialistas e representantes de produtores e frigoríficos analisaram esta nova lei. E a conclusão é de que o sistema ainda tem falhas.
O sistema de rastreabilidade usado hoje no Brasil, o Sisbov, foi adotado para garantir a qualidade da carne em relação à sanidade. Só que agora, é preciso dar outras garantias: que o produto não vem de área de desmatamento e nem de onde tenha trabalho escravo. Por isso, o desafio do sistema que vai ser implementado é ainda maior.
Os frigoríficos sabem disso. Eles assinaram um compromisso em não comprar animais criados em áreas de desmatamento. As empresas garantem que já estão investindo para implementar o sistema, mas admitem que a tarefa não é fácil. O gerente de sustentabilidade do grupo JBS Bertin, Daniel Furquim, afirma que a dificuldade está em rastrear o fornecedor de bezerros. Em Mato Grosso e no Pará, por exemplo, 80% deles são pequenos produtores.
Para os pecuaristas, o grande problema está no custo do rastreamento. Esta é a opinião do diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Estado que tem o maior rebanho do Brasil, Vicente Falcão.
Outro tema polêmico do encontro foi uma proposta apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente. A idéia é impedir que áreas embargadas pela Lei Ambiental sejam autorizadas a vender os animais. Assim, a emissão da Guia de Trânsito Animal ficaria automaticamente suspensa.

Frigorífico Diplomata é obrigado a depositar FTGS de 400 funcionários

O Frigorífico Diplomata será obrigado a efetuar o depósito de 48 meses de FGTS dos mais de 400 funcionários da extinta Frangovit, com sede em Campo Grande, adquirida por ele (Diplomata) em 2008. A decisão foi tomada pelo juiz federal Ademar de Souza Freitas, a 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, informa Vilson Gimenes Gregório, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Mato Grosso do Sul - FTIA/MS.
A determinação do juiz, segundo o sindicalista, é para o Diplomata efetuar o depósito integral imediatamente. A indústria vinha protelando na justiça para não arcar com despesas da Frangovit existentes antes de ser adquirida pela empresa.
Vilson Gimenes esclareceu que o juiz entendeu que a responsabilidade trabalhista do Diplomata se estende também ao período que antecede a data da transação comercial das duas empresas.
Essa decisão judicial se deu a partir de ação impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande, presidida por Gilberta Gimenes Gregório, legítima representante dos trabalhadores em frigoríficos da Capital.

Pecuaristas de MT ameaçam bloquear frigorífico Quatro Marcos

Cerca de 70 produtores dos municípios de Colíder e Alta Floresta, região Norte de Mato Grosso, e com uma conta a receber de cerca de R$ 7 milhões, prometem bloquear a entrada do boi e a saída da carne das dependências do frigorífico Quatro Marcos, localizada em Alta Floresta a 812 km da capital Cuiabá, a partir do próximo domingo, dia 15 de novembro.
A planta, com capacidade de abate diário de 800 cabeças de gado, foi arrendada no inicio de julho pelo grupo JBS-Friboi, que anunciou na época, o arrendamento de cinco frigoríficos do Quatro Marcos desativados em Mato Grosso em recuperação judicial desde o final de 2008. As unidades ficam nas cidades de Juara (com capacidade de abate diário de 825 animais), Alta Floresta (800 animais/dia), Colíder (700 animais/dia), Cuiabá (800 animais/dia) e São José dos Quatro Marcos (900 mil animais/dia).
Desde que a unidade de Alta Floresta voltou a funcionar o clima é de muita desconfiança. “Ninguém nunca nos procurou para conversar sobre a dívida que já vai completar um ano ou como iriam agir a partir daquele momento”, disse revoltado o produtor Moises Prado dos Santos, que tem R$ 175 mil para receber do Quatro Marcos desde o dia 15 de dezembro de 2008. “Vamos bloquear o frigorífico no domingo pela manhã caso não apresentem uma posição aceitável até sexta-feira, 13. O Friboi, quando arrendou as unidades do Quatro Marcos, sabia que existia um passivo, tinha conhecimento de todos os problemas e mesmo assim não tomou nenhuma providência. Agora não vamos mais esperar, nós estamos decididos a fechar o frigorífico até que a situação seja resolvida”, garantiu Santos.
“O JBS-Friboi, maior empresa frigorífica do mundo começou uma relação comercial com produtores dos maior rebanho bovino do país, com 26 milhões de cabeças, de forma errada, pela porta dos fundos, desrespeitando o pecuarista”, disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Luciano Vacari. “Não podemos aceitar que continuem usando o pecuarista para resolver os problemas da empresa. Finalmente os produtores resolveram tomar uma atitude, pois a pressão é a única linguagem que o frigorífico entende e respeita”, disse.
O frigorífico Quatro Marcos tem uma dívida total de R$ 427.869.332,67. Com os pecuaristas o montante é de R$ 35,7 milhões, sendo R$ 26 milhões com 273 produtores de Mato Grosso. No próximo dia 12 de novembro, às 11 horas na cidade de Jandira- SP, no Teatro Municipal Luiz Gonzaga, na Rua Elton Silva, nº 450, Parque J.M.C. será realizada a terceira tentativa de acordo com o frigorífico Quatro Marcos. A segunda assembleia geral de credores – AGC – foi suspensa no dia 27 de outubro e adiada para a próxima quinta-feira(12). Pela proposta original do Quatro Marcos os pecuaristas seriam pagos pelo valor de face (sem correção) num prazo de 12 meses, com carência de mais 12 meses após a homologação do plano. Porém, a proposta apresentada na última AGC, o pagamento seria feito após a aprovação do plano, somente em janeiro de 2011 e em 12 parcelas, e não a partir do mês da aprovação do Plano, que seria novembro.

Mercado

Alcatra e contra filet continuam falando no mesmo patamar. Em média o preço de R$ 9,00 kg, mas houve venda no prazo de contra a R$ 8,80 kg e alcatra a R$ 9,00 kg, embora jhaja pedida de até R$ 9,30 kg, mas sem negócios evidentemente.
Dianteiro isolado a R$ 3,60 kg e PA a R$ 3,50 kg ambas de boi.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Frigorifico Torlin de Itaporã vai reabrir

ITAPORÃ - Durante a agenda de visita do governador André Puccinelli a Dourados, na ultima sexta feira, o prefeito Marcos Pacco foi informado que o Frigorífico Torlim, unidade de Itaporã, retomara suas atividades normais nos próximos 10 dias. Esta afirmativa foi confirmada pelos deputados estaduais Zé Teixeira, Londres Machado e Ary Rigo, que intermediaram as negociações junto ao governador e à Secretaria de Fazenda do Estado.
Desde o mês de agosto deste ano, o Frigorífico Itaporã estava de portas fechadas, na época, a indústria encerrou as atividades e demitiu 280 funcionários.
A justificativa do fechamento, segundo a gerência, é de que a indústria estaria suspendendo as atividades depois de perder o regime especial de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), o que obrigava o pagamento dos pecuaristas no momento em que os bois são retirados das propriedades. "Esta situação inviabilizou o funcionamento da indústria", disse o gerente.
Após o encerramento das atividades, a administração da indústria foi transferida para o Paraná, onde a empresa tem duas unidades, nos municípios de Umuarama e Maringá.
Na época, a direção disse que a indústria poderia voltar a funcionar, caso o governo do Estado revisse a concessão do benefício.
Diante do empenho dos deputados Zé Teixeira, Londres Machado e
Ary Rigo, o governo do Estado, através da Secerataria de Fazenda, abriu precedente e concedeu a renegociação dos débitos e a volta do regime especial para que o Frigorífico volte às atividades normais, inclusive com as exportações.
O prefeito Marcos Pacco, juntamente com deputado Zé Teixeira, vinha há mais de 3 meses, buscando soluções junto ao governo do Estado para a volta das atividades da empresa. Sensibilizado com o impacto que isso causou em Itaporã, o governador Andre Puccinelli atendeu aos apelos, fato esse muito comemorado por todos, pois a reabertura do Frigorífico é um ponto extremamente positivo, especialmente em um momento de crise.
Pacco reitera a importância desta ação do governo, confirmando que a unidade do Frigorífico Itaporã realmente era responsável pela maior geração de empregos no setor, sobretudo, incrementando a economia local e participando ativamente na questão social da geração de empregos e rendas para o município.

Cama de frango proibida de ser usada como ração

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) proibiram ontem, através da Instrução Normativa (IN) nº 41, de 8 de outubro de 2009, a utilização de alimentos feitos com subprodutos de origem animal, como cama de frango, na criação de ruminantes, como bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos.
Em entrevista à Rádio JM, o presidente do Sindicato Rural de Uberaba Rivaldo Machado Borges, contou que a medida é lei e visa preservar de doenças causadas pela ingestão deste produto. “Os pecuaristas de Minas Gerais que alimentam o gado com subprodutos de aves e suínos, caso insistam nessa prática, vão sentir a consequência no próprio bolso, os animais podem ser sacrificados e os proprietários não terão nenhuma indenização’, explicou o presidente.
A medida foi adotada após a comprovação de que o uso da cama de frango causava doenças como a vaca louca, que começou na Europa e trouxe vários prejuízos para o setor pecuário do Continente. “Não temos conhecimento desta doença no Brasil, mas já tivemos o botulismo. Então, o Ministério preferiu prevenir antes que o alimento comece a desenvolver algum tipo de doenças nas pessoas”, contou.
Questionado sobre como ficará os produtores de cama de frango, Rivaldo disse que o produto poderá ser usado para adubação de pastagens. “Estes produtos podem ser utilizados de maneira geral como adubo na agricultura, mas em nenhuma hipótese devem ser incluídos na alimentação dos ruminantes”, concluiu.

Carne brasileira fica menos competitiva e margem cairá

SÃO PAULO - A margem dos frigoríficos brasileiros deve cair em 2010 com a valorização do real e a retração dos mercados dispostos a pagar mais caro pela carne. Atualmente, a cotação do boi gordo brasileiro, em dólares, só perde para a carne norte-americana. A mesma tendência começa ser seguida pelo mercado de aves e suínos.
Em contrapartida aos preços altos, a rentabilidade da indústria segue em queda e a meta de recuperação para o próximo ano já esbarra em obstáculos. "A expectativa de termos que conviver, no próximo ano, com o real valorizado somente reforça a urgência da imediata abertura de novos mercados com preços mais atraentes", afirmou Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Suína (Abipecs).
As exportações de carne suína em outubro ilustram bem o cenário de redução das margens: apesar da alta expressiva de 34,31% em volume, para 63,03 mil toneladas, em valor, as vendas externas caíram 9,67%. Segundo Camargo Neto, os preços continuam deprimidos, refletindo as crises financeira e setorial, que atingem os principais países produtores. Ele destaca ainda que a União Europeia, EUA e Canadá atravessam crise no setor de suínos parecida à do Brasil, vendendo a carne mais barato, o que torna o contexto de apreciação do Real mais complicado. "Estamos claramente perdendo competitividade. Nesse câmbio, nosso produto já está mais caro que o norte-americano", disse o presidente da Abipecs. Ele entende que para avaliar uma tendência para 2010 é necessário que o governo altere a política cambial. "Se deixar por conta do mercado vai ser um ano muito difícil", salientou.
O pecuarista Flávio Telles de Menezes, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e atual membro do conselho, afirma que entre os produtos agrícolas brasileiros, a carne só não está sendo tão afetada pelo câmbio quanto a soja. "A negociação possível é tentar fazer o preço subir em dólar que é o que a indústria frigorífica está fazendo", disse.
A estratégia de avançar nos preços em dólar também pode atrapalhar as exportações brasileiras. Isso porque ao longo da crise financeira mundial, o Brasil viu seus principais mercados importadores - Rússia e União Europeia - se retraírem. Além da importante quantidade de carne comprada, esses mercados costumavam pagar mais caro pelo produto brasileiro.
De acordo com Alexandre Mendonça de Barros, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e sócio da MB Agro, os volumes exportados já estão em paridade com os do ano passado e podem ser considerados bons. No entanto, o padrão de remuneração da carne que está sendo vendida é baixo. "O Brasil assegurou mercados, mas cresceu em países pobres, que não dispostos a pagar um preço alto pela carne", avaliou Mendonça de Barros.
Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), pelo segundo ano consecutivo, a arroba do boi acumula queda em outubro - neste ano, o indicador recuou 5,6%. No encerramento do mês, esteve a R$ 75,16, o que significa retornar ao patamar nominal de fevereiro de 2008. O fechamento de outubro é 14,4% inferior ao de outubro do ano passado (em termos nominais).
Os pesquisadores da entidade avaliam ainda que nos últimos dias, a pressão exercida, sobretudo pelas escalas alongadas de frigoríficos, tem levado pecuaristas a aceitar os valores ofertados por compradores, ainda que considerem as ofertas insatisfatórias.

Compensação

Se do lado das vendas a situação dos pecuaristas está complicada, do lado das compras as relações de troca estão melhores para os criadores. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, os pecuaristas da Bahia, Mato Grosso, Paraná e Pará têm atualmente um poder de compra maior do que no mesmo período do ano passado, considerando a venda de um boi gordo de R$ 16,5 arroba e a compra de bezerros recém-desmamados.
"Com a chegada do período de desmame, a oferta de bezerros deve aumentar e, como o mercado não está comprador, a expectativa é que os preços caiam, melhorando o poder de compra dos produtores com a venda do boi gordo", avalia Maria Gabriela Tonini, analista da Scot.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pecuaristas dizem sim ao Independência

Pecuaristas credores das empresas Independência S.A. e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda, anunciaram nessa quinta-feira (5), no final da tarde que vão aceitar a proposta apresentada pelos frigoríficos contida no plano de recuperação judicial.
Durante mais uma assembleia de credores – marcada por tumultos e interrupção -, os pecuaristas concordaram com o pagamento à vista de R$ 100 mil e os com crédito superior, receberiam R$ 100 mil de entrada e saldo dividido em 36 parcelas sendo que na 24ª parcela a divida seria quitada, corrigida pela taxa Selic.
A assembleia teve início às 10 horas no Centro de Convenções do Hotel Transamérica, na Avenida das Nações Unidas, 18.591, Santo Amaro, São Paulo/SP e até às 20 horas de dessa quinta-feira (5), o plano de recuperação judicial apresentado ainda não havia sido votado. A votação foi retomada à noite e seguiu sem hora para terminar, já que a os votos são nominais e a aprovação do Plano depende da aceitação de 50% mais um de cada classe de credores.
“Esse não é o melhor resultado, mas é a melhor alternativa. Nós evoluímos muitos desde o início dessa negociação. O pecuarista mostrou união, profissionalismo e maturidade. Com a situação definida abre uma chance para o produtor levar a vida em frente. A lição que todos tivemos neste processo, foi de que vale à pena nos mobilizar e acreditar que juntos somos mais fortes”, disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.
GANHOS - Outro ponto conquistado pelos credores foi a garantia de que os sócios das empresas seriam responsabilizados no processo, “o que representa mais uma garantia aos credores”, disse o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia.
Ele ressaltou que ficou definida que a data do pagamento dos R$ 100 mil será até 31 de janeiro 2010, podendo ser antecipado ou retardado até 31 de março de 2010. “Se os pecuaristas não aceitassem a proposta a falência da empresa seria decretada na hora e essa foi a melhor saída para os pecuaristas e para a empresa voltarem a ter uma relação comercial”, acrescentou. “Essa proposta vai quitar a dívida de mais de 75% dos pecuaristas”, disse o produtor Marcos da Rosa, presidente da Comissão dos Credores de Mato Grosso, que também considera que esse resultado “foi o melhor diante da situação”.
DÍVIDA - Os credores do frigorífico Independência estão em cinco estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais e Goiás. Ao todo são 1.524 pecuaristas e uma conta a receber na ordem de R$ 194 milhões. O Independência tem uma dívida de R$ 55,66 milhões com 494 produtores de Mato Grosso.

Termina auditoria chilena no Tocantins

A Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, bovinocultores e proprietários de frigoríficos aguardam o relatório final da auditoria que declarará se o Tocantins poderá ser ou não exportador de carne bovina para o Chile. A auditoria no Serviço de Defesa Sanitária do Estado, feita pelo representante do Serviço Agrícola Ganadero do Chile, foi finalizada na tarde desta quinta-feira, dia 5, na cidade de Gurupi, a 240 km de Palmas, região do Sul do Estado.

Segundo o presidente da Adapec, José Luciano Azevedo, no relatório da auditoria, além da resposta sobre a aprovação do serviço estadual podem ser apresentadas algumas exigências para que o comércio com o Tocantins seja estabelecido, como a instituição da noventena para as propriedades exportadoras, que ficam impedidas num período de noventa dias de receber animais de áreas não habilitadas pelo Chile. “Ainda não fazemos isso porque é uma exigência única do Chile. Mas assim que confirmado o comércio, estabeleceremos a medida”, explicou.

A visita técnica, de praxe para a habilitação de novos mercados, começou na terça-feira, dia 3, e percorreu cinco cidades do Estado: Palmas, Porto Nacional, Araguaína, Tocantinópolis e Gurupi. Foram inspecionados escritórios e uma barreira fixa da Agência, além de uma loja agropecuária, um frigorífico, um leilão e uma propriedade de confinamento de animais.

De acordo com o diretor de Defesa Animal da Adapec, José Emerson Gomes, que acompanhou o técnico chileno José Herrera, no Tocantins, a expectativa é boa. “Mostramos como funciona o nosso Sistema de Defesa, a emissão de Guia de Trânsito Animal on line e tiramos todas as dúvidas do técnico. Esperamos que o Tocantins seja habilitado”, falou.
Exportação
O Tocantins está habilitado a exportar carne, seus produtos e sub-produtos para mais de 130 países, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No Brasil, estão habilitados para exportar carne para o Chile os estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, de acordo com o departamento de Saúde Animal do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mercado

Embora haja alguns frigorificos pedidndo até R$ 10,00 pela alcatra e contra filet., existe ainda ofertas desses produtos no preço de R$ 9,20/9,30 kg., mas sem negócios efetuados, pois quem compra paga no maximo R$ 8,70 kg vista. Dianteiro de boi já se fala novamente em R$ 3,60 kg e a PA a R$ 3,50 kg , casados com o traseiro de boi inteiro.

Frigorífico BIig Frango seleciona 200 em Londrina

O frigorífico Big Frango, com sede em Rolândia, realiza hoje(5) e sexta-feira, na sede da Epesmel (avenida Angelina Rizzi Vezozzo, 85, Parque das Indústrias Leves, Londrina), seleção de 200 interessados em vaga de auxiliar de abate. Serão selecionados 140 homens e 60 mulheres, que ganharão salário mensal de R$ 700, mais vale-transporte, cesta básica e plano de saúde. A seleção será das 8 às 18 horas e exige apenas que os interessados saibam ler e escrever.

Coreia deve aprovar carne brasileira

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, prevê que somente depois do próximo dia 15 a Coreia do Sul tomará uma decisão sobre o início das importações de carne brasileira. Na avaliação do secretário, feita em declaração à Agência Estado, a resposta dos coreanos será afirmativa. Uma missão de técnicos da Coreia do Sul chegou ontem ao Brasil para verificar as condições sanitárias e o serviço veterinário oficial brasileiro. Os técnicos ficarão no País até o próximo dia 14.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Primeiro chip nacional para rastreabilidade bovina entra em fase de testes

Brasília (DF) - O primeiro chip 100% brasileiro para rastreabilidade bovina entrará, nesta semana, na fase final de testes antes de começar a ser produzido em larga escala. Desenvolvido pelo Centro de Excelência em Tecnologia Avançada (Ceitec) de Porto Alegre, ele será testado em animais da Fazenda Experimental Santa Rita, no município de Prudente de Morais, em Minas Gerais.

Os ministros Sergio Resende, da Ciência e Tecnologia, Reinhold Stephanes, da Agricultura, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, além do governador de Minas, Aécio Neves, participarão do lançamento da fase de testes em campo na quinta-feira (5), às 10h. A identificação eletrônica possibilita o acompanhamento de informações genéticas, zootécnicas e sanitárias de cada animal, desde o nascimento até o abate.

O sistema de rastreabilidade desenvolvido pelo Ceitec conta com um software de banco de dados, um coletor e um brinco que contém um chip e uma antena. Para colher os dados do animal, basta aproximar um bastão com um leitor do chip, preso na orelha do animal. As informações são repassadas a um computador por meio de cabo ou rádio. Cada leitor tem capacidade de armazenar até 7 mil dados.
A rastreabilidade vem sendo cada vez mais exigida por países compradores de carne. No início de 2008, a União Europeia embargou as importações de carne bovina brasileira devido a falhas no sistema de controle nacional e até hoje, um ano e meio depois, não retomou as compras no mesmo volume de antes do embargo.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, “o chip do boi faz parte da estratégia nacional de desenvolver um padrão brasileiro de rastreabilidade e, a partir daí, estimular a criação de um mercado comprador”. O chip nacional deve ter o preço como grande diferencial aos pecuaristas, na medida em que eliminará o pagamento da validação no exterior e de royalties.
O país tem cerca de 200 milhões de cabeças de gado bovino, segundo dados do Ministério da Agricultura, e é o maior exportador mundial de carne. As exportações do setor ultrapassam R$ 2 bilhões.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

157 mil bovinos devem ser vacinados contra Aftosa em Itumbiara/GO

A Agrodefesa lançou na última quinta-feira a segunda etapa da campanha de vacinação contra Febre Aftosa e a venda da vacina contra a doença começou no sábado(31). De acordo com Airton Amorim do Amaral, veterinário da unidade Itumbiara da Agrodefesa, a antecipação do início da vacinação, foi um pedido da Superintendência Federal de Pecuária em Goiás e Ministério Público. Os pecuarista tem até 30 de novembro para imunizar o rebanho e, há 14 anos, Goiás é considerada área livre de Aftosa. Em Itumbiara, devem ser imunizados 154 mil animais e quem não vacinar pagará multa de R$ 7,00 por cabeça, bem como interdição da propriedade e vacinação assistida após a campanha.

Noroeste de Mato Grosso tem 100% do abate

Levantamento Acrimat/Imea revela impacto do fechamento das plantas

Onze das 39 plantas frigoríficas instaladas em Mato Grosso, com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), estão paralisadas desde o início deste ano, o que restringe em cerca de 30% a capacidade de abate no Estado. No noroeste mato-grossense, a situação atinge o pior nível, já que 100% das unidades estão desativadas.

Os números foram divulgados ontem pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que fez um levantamento da situação em que se encontram os pecuaristas das oito regiões pólos representativas do Estado - centro sul, médio norte, nordeste, norte, noroeste, oeste, sudeste e Arinos -. A aferição da realidade local foi realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária (Famato).

“Atualmente, quase 30% dos frigoríficos estão fechados. O impacto disso na vida do produtor é grande, pois a pressão dos frigoríficos, principalmente dos oportunistas na hora da compra do boi, baixa o preço da arroba de forma significativa”, afirma o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

A capacidade de abate atual, em Mato Grosso, é de 37.816 mil cabeças/dia, se todas elas estivessem em operação. Com o fechamento das 11 plantas, 8.961 mil cabeças deixam de ser abatidas diariamente.

O impacto da crise econômica mundial sobre o segmento industrial da cadeia da bovinocultura é ainda pior quando os números revelam que a região noroeste, composta por oito municípios e com mais de 2 milhões de cabeças de gado, está com a única planta fechada e ele pertencia ao do grupo Independência.

“Os pecuaristas desta região estão abatendo seu gado nos municípios de Sinop e Juara e isso compromete a competitividade de seu gado, pois a distância influencia na qualidade dos animais e encarece o frete”, frisa Vacari.

ICMS - A situação da região noroeste chegou nesse ponto depois que o beneficio da redução de ICMS de 7% para 3,5% nas operações relativas à saída interestaduais de gado em pé destinado para abate, não foi mais prorrogado pelo Estado. “A redução do ICMS foi concedida de abril a setembro e aumentou a comercialização na região em quase 400%. O impacto econômico foi grande e a justificativa para a Acrimat ter solicitado a redução do ICMS foi justamente tornar mais competitivo o mercado do boi, não deixando o pecuarista nas mãos dos frigoríficos, como ocorre agora”, argumenta Vacari. Para Laércio Fassoni, “seria importante o retorno do benefício, pois empresas de São Paulo e Goiânia deixaram de comprar o nosso gado depois que esse incentivo acabou”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Abate de gado no Mato Grosso do Sul aumenta 16%

A quantidade de bovinos abatidos em setembro nos frigoríficos certificados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) em Mato Grosso do Sul cresceu 21,24% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários –Sipag/SFA/MS, foram 257,4 mil abates em setembro de 2009. Em comparação com agosto deste ano, o crescimento foi de 16,62%. Apesar do aumento registrado em setembro, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), projeta que em 2009 os abates ficarão 5% menores do que o registrado no ano anterior. O presidente da Associação dos Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne de Mato Grosso do Sul (Assocarne), João Alberto Dias, acredita em queda maior na quantidade de abates. “Algumas unidades nem estão conseguindo manter a escala diária de abates”, afirma Dias. A falta de crédito e a retenção do gado no pasto pelos pecuaristas, que esperam uma alta no preço da arroba são, segundo o presidente, alguns motivos do cenário desanimador para as empresas frigoríficas. No levantamento do segundo trimestre de 2009 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul aparece como terceiro Estado em número de abates, com 12,2% da produção nacional, atrás de Mato Grosso (13,6%) e São Paulo (13,3%). A quantidade de aves abatidas em setembro deste ano teve leve redução, passando de pouco mais de 11 mil animais, em agosto, para 10.589, segundo a Sipag/-SFA/MS.

Acrimat diz que 30% dos frigoríficos estão fechados em Mato Grosso

A Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat- fez um levantamento da situação em que se encontram os pecuaristas das oito regiões pólos representativas do estado - Centro Sul, Médio Norte, Nordeste, Norte, Noroeste, Oeste, Sudeste e Arinos - e constatou através dos dados o Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - que das 39 plantas frigoríficas registrados no Serviço de Inspeção Federal - SIF – instaladas em Mato Grosso, 11 estão sem abater desde o inicio deste ano. “Hoje quase 30% dos frigoríficos estão fechados. O impacto disso na vida do pecuarista é grande, pois a pressão dos frigoríficos, principalmente dos oportunistas na hora da compra do boi, baixa o preço da arroba de forma significativa”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. A capacidade de abate hoje em Mato Grosso, se todas as plantas estivem funcionando, é de 37.816 mil cabeças/dia. Com o fechamento das 11 plantas, 23,69% dos frigoríficos, compromete o bate diário e 8.961 cabeças. A realidade é ainda mais dura quando os números revelam que a região Noroeste, composta por 8 municípios e com mais de 2 milhões de cabeças de gado, o único frigorífico instalado, do grupo Independência, está fechado. “Os pecuaristas da região Noroeste estão abatendo seu gado nos municípios de Sinop e Juara e isso compromete a competitividade de seu gado”, disse o superintendente da Acrimat. Outra região com quase 60% da capacidade de abate comprometida é a Nordeste, composta de 22 municípios e mais de 6 milhões de bois. Nessa região estão instalados seis frigoríficos, sendo que quatro fechados. Do grupo Independência as plantadas das cidades de Confresa (1.200 cab/dia), Nova Xavantina (1.200 cab/dia), Juina (500 cab/dia) e Arantes de Canarana (440 cab/dia) estão fechadas.Funcionando apenas o grupo Bertim em Água Boa, com capacidade de abate diária de 500 cabeças e a do Quatro Marcos de Vila Rica, arrendado pelo JBS/Friboi, com capacidade de abate de 1.415 cabeças. “Os frigoríficos estão fazendo muita pressão. Enquanto a arroba está sendo comercializada a R$ 68,00 em outras regiões, os frigoríficos aqui estão pagando apenas R$ 65,00 e já avisaram que esse preço vai baixar ainda mais. A oferta é maior que a demanda e os pecuaristas estão perdendo muito dinheiro”, disse o presidente do sindicato Rural de Água Boa, Laércio Fassoni. A situação da região Noroeste chegou nesse ponto depois que o beneficio da redução de ICMS de 7% para 3,5% nas operações relativas à saída interestaduais de gado em pé destinado para abate, não foi mais prorrogada pela Sefaz – Secretaria de Fazenda de MT. “A redução do ICMS foi concedida de abril a setembro e aumentou a comercialização na região Noroeste em quase 400%. O impacto econômico foi muito grande e a justificativa para a Acrimat ter solicitado a redução do ICMS foi justamente tornar mais competitivo o mercado do boi, não deixando o pecuarista nas mãos dos frigoríficos”, disse Luciano Vacari. Para Laércio Fassoni, “seria muito importante que a redução do ICMS retornasse, pois empresas de são Paulo e Goiana deixaram de comprar o nosso gado depois que esse incentivo acabou”. Na região do Médio Norte, composta por 16 municípios com mais de 1,2 milhões de cabeças de gado, 41,74% do abate está comprometido. O Oeste de Mato Grosso, com 22 municípios, com quase 4 milhões de bois, não pode contar com 36,52 da capacidade de abate. A região Norte, com 17 municípios e com um rebanho de 4,4 milhões de cabeças contam com 9 frigoríficos, sendo que os frigoríficos do Arantes da cidade de Nova Monte Verde do Norte e do Quatro Marcos em Colíder, que abatem 2.141 cabeças diariamente, estão fechados, comprometendo quase 30% da capacidade da região. A região Centro Sul com 23 municípios e 3,8 milhões de cabeças conta com 8 frigoríficos sendo que apenas a planta do JBA de Cáceres, com capacidade de 600 cabeças/dia, entrou em férias coletivas no inicio do mês outubro e ficará parada até o dia 26 de novembro. A região Sudeste está com 3,97% do abate comprometido, onde dos 7 frigoríficos apenas o Margem de Barra do Garças, que abatia 300 boi por dia, esta fechado em recuperação judicial. A região do Arinos, composta por 4 municípios, não vive esse problema, pois conta com dois frigoríficos em pleno funcionamento, com capacidade de abater 1.245 cabeças/dia.

INDEPENDÊNCIA MUDA, por Mauro Zafalon

INDEPENDÊNCIA MUDA O pagamento da dívida dos pecuaristas é prioritária porque eles possibilitam a retomada das atividades do frigorífico. Essa é a avaliação do Independência, que elevou para até R$ 100 mil o pagamento à vista das dívidas com o setor. PERÍODO MENOR A dívida será corrigida pela Selic desde o vencimento do título; o saldo restante, se houver, será pago em até 24 meses -antes eram 36. A empresa promete pagar até o final de janeiro, podendo antecipar ou postergar o pagamento para até o final de março de 2010. SEM ABATES A crise que afetou parte dos frigoríficos brasileiros deixou algumas regiões de Mato Grosso sem abate de boi, segundo a Acrimat. É o que ocorre na região noroeste do Estado. ATIVAS Os maiores abates ocorrem na região centro-sul, onde os frigoríficos utilizam 94% da capacidade, mostram dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Já na região norte, também importante, os abates utilizam 70% da capacidade instalada dos frigoríficos. CAUTELA A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, recomenda cautela aos produtores no plantio de soja nesta safra 2009/10. A valorização do real diante do dólar deixa o produto agrícola brasileiro menos competitivo. "É mais barato ao chinês comprar soja dos Estados Unidos", diz a senadora. PROBLEMAS CRUCIAIS Presente ontem no seminário internacional de trigo, em São Paulo, a senadora destacou três pontos cruciais para o agronegócio: tributação, logística e insegurança jurídica. "MATANDO MISSISSIPIS" A logística está tirando produtores do ramo e uma das saídas viáveis para o transporte agrícola, a hidrovia, está sendo desprezada. "Estão matando os Mississipis", disse a senadora, em referência ao bom aproveitamento daquele rio pelos produtores norte-americanos. RITMO MENOR Os preços do álcool voltaram a subir nas usinas paulistas nesta semana, mas com evolução menor do que nas anteriores. O litro do hidratado foi a R$ 0,9669, com reajuste de 0,94%. Já o anidro permaneceu estável em R$ 1,1210 por litro, segundo o Cepea. SEGUINDO O FINANCEIRO As commodities agrícolas voltaram a cair ontem nos principais mercados de negociações externas, afetadas pela fraqueza do mercado financeiro e pela melhora nas perspectivas de colheita nos Estados Unidos. A soja caiu 0,8% e o milho, 3,6% na Bolsa de Chicago.