sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Boi em alta

A valorização do boi está deixando bastante contentes os criadores que tem animal pronto para o abate. A escassez de gado fez os frigoríficos intensificarem as ofertas. Saiba como está a situação no oeste de São Paulo.
O pecuarista Guilherme Prata possui uma propriedade em Sandovalina, na região oeste do estado de São Paulo. Ele tem atualmente 2,2 mil cabeças no confinamento e está comemorando a alta no preço da arroba. Nesta semana, vendeu oitocentas cabeças para os frigoríficos da região por R$ 100 a arroba.
“Pouca gente confinou. A seca foi muito forte e o preço subiu por conta da falta do boi e do pouco confinamento deste ano. Então, para nós foi muito bom”, explicou Prata.
O pecuarista também cria parte do gado no pasto, mas este ano, por causa da seca rigorosa, ele teve que retirar 20% a mais do rebanho e colocar no confinamento para poder ter mais lucro nas vendas.
“Na verdade, eu retirei 20% a mais do que no ano passado. Porque estava muito seco e eu precisava tirar. Também porque o preço estava compensando. Então, eu fechei mais animais do que no ano passado”, justificou Prata.
Com a falta de boi no mercado, os frigoríficos da região diminuíram o ritmo de abates. O frigorífico, localizado em Presidente Prudente, abatia 800 cabeças por dia. De um mês pra cá a atividade vem sendo realizada apenas três vezes por semana. O número de bois abatidos diminuiu para 600 por dia.
Com as altas dos últimos dias, o valor da arroba do boi gordo está 30% acima do que era pago ao criador em outubro do ano passado.