quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Boi Gordo: Escassez boi gordo aumenta ociosidade nos frigorificos brasileiros.Unidades reduzem dias de trabalho nos abatedouros e algumas já anunciam férias coletivas. O prazo de escala na maioria dos frigoríficos do país caiu de uma semana para, no máximo, dois dias. Na região de Ribeirão Preto, os frigoríficos diminuíram em até 30% o número de abates diários. No frigorífico Barra Mansa, em Sertãozinho, SP, a queda foi de 28,5% - o abate diário que era de 700 cabeças caiu para 500 cabeças. E os dias de abate caíram de seis para até três dias. No Frigorífico Minerva, de Barretos, SP, os dias de trabalho caíram de seis para cinco dias. E a queda só não foi maior porque a empresa, que tem nove frigoríficos espalhados pelo país, intensificou sua estratégia de mercado para conter a escassez de boi gordo. "Estamos utilizando o nosso próprio confinamento para a engorda dos bois, inclusive com bois vindos dos nossos fornecedores", afirmou Fabiano Tito Rosa, gerente de mercado do Minerva. O Marfrig, antecipou férias coletivas para funcionários da unidade de Porto Murtinho, MS. Apesar da crise de abastecimento, o frigorífico afirma que a paralisação foi necessária para manutenção de equipamentos. Segundo representantes do setor, a escassez foi causada pelo baixo preço do boi nos últimos cinco anos. Em 2005, por exemplo, a arroba chegou a ser comercializada a R$ 53. A falta de animais coincidiu com a elevação do consumo interno, a crise e a seca extrema, resultando em um recorde no preço da arroba: R$ 101,35 valor registrado nesta quarta feira, 20 pelo indicador do Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/ USP. Apesar da situação, Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo, Associação Brasileira de Frigoríficos, não acredita em desabastecimento. Ele afirmou que a recuperação do mercado deve ocorrer em até dois anos. "Esse é o prazo para o produtor voltar a acreditar, investir em matrizes e bezerro, para lá na frente ter um gado em situação de abate", disse. Fonte: Folha de S. Paulo


Unidades reduzem dias de trabalho nos abatedouros e algumas já anunciam férias coletivas.






O prazo de escala na maioria dos frigoríficos do país caiu de uma semana para, no máximo, dois dias. Na região de Ribeirão Preto, os frigoríficos diminuíram em até 30% o número de abates diários. No frigorífico Barra Mansa, em Sertãozinho, SP, a queda foi de 28,5% - o abate diário que era de 700 cabeças caiu para 500 cabeças. E os dias de abate caíram de seis para até três dias.
No Frigorífico Minerva, de Barretos, SP, os dias de trabalho caíram de seis para cinco dias. E a queda só não foi maior porque a empresa, que tem nove frigoríficos espalhados pelo país, intensificou sua estratégia de mercado para conter a escassez de boi gordo. "Estamos utilizando o nosso próprio confinamento para a engorda dos bois, inclusive com bois vindos dos nossos fornecedores", afirmou Fabiano Tito Rosa, gerente de mercado do Minerva.
O Marfrig, antecipou férias coletivas para funcionários da unidade de Porto Murtinho, MS. Apesar da crise de abastecimento, o frigorífico afirma que a paralisação foi necessária para manutenção de equipamentos.
Segundo representantes do setor, a escassez foi causada pelo baixo preço do boi nos últimos cinco anos. Em 2005, por exemplo, a arroba chegou a ser comercializada a R$ 53. A falta de animais coincidiu com a elevação do consumo interno, a crise e a seca extrema, resultando em um recorde no preço da arroba: R$ 101,35 valor registrado nesta quarta feira, 20 pelo indicador do Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/ USP.
Apesar da situação, Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo, Associação Brasileira de Frigoríficos, não acredita em desabastecimento. Ele afirmou que a recuperação do mercado deve ocorrer em até dois anos. "Esse é o prazo para o produtor voltar a acreditar, investir em matrizes e bezerro, para lá na frente ter um gado em situação de abate", disse.
Fonte: Folha de S. Paulo