quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Acrimat reforça pedido para ICMS do boi cair para 3,5% em Mato Grosso

A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – voltou a se reunir com o secretário de Fazenda – Sefaz – Éder Moraes, para solicitar, mais uma vez, a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadoria – ICMS - de 7% para 3,5% nas operações relativas à saída interestaduais de gado em pé destinado para abate. No ano passado a redução do ICMS foi concedida de abril a setembro somente para a região Noroeste e o impacto econômico foi muito grande.
“Voltamos com a pauta de reivindicação ao governo de Mato Grosso, pois a capacidade de abate no estado continua comprometida em 37% com o fechamento dos frigoríficos que estão enfrentando processos de recuperação judicial”, explicou o presidente da Acrimat, Mario Candia Figueiredo. Segundo levantamento apresentado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - Imea - das 39 plantas frigoríficas registradas no SIF de Mato Grosso 15 estão em processo de recuperação judicial, sendo seis plantas do frigorífico Quatro Marcos, cinco plantas do frigorífico Independência, três plantas do frigorífico Arantes e em planta do frigorífico Margen.
O presidente da Acrimat diz está otimista com o resultado da última reunião que teve com o secretário da Sefaz. “O Éder Moraes disse que o estado está estruturado e hoje tem condições de fazer algumas concessões fiscais, devido ao combate de evasão de impostos que o governo vem realizando nos últimos anos. A proposta está caminhando para uma parceria, onde a Acrimat, junto aos seus associados, faria uma campanha para evitar a evasão fiscal na comercialização do gado em contra partida da concessão do beneficio. É bom para todos”, disse Candia. Numa primeira etapa a redução seria de 7% para 4% “e posteriormente, poderia ser dado os 50% de redução, baixando a alíquota pra 3,5%”.
A Acrimat alegou ao governo do estado que a redução torna o preço do gado mais competitivo, já que para abater é necessário percorrer longas distâncias. Com a redução do ICMS o impacto real da crise foi menor, principalmente nas cidades de Canarana, Confresa e Nova Xavantina, que ficaram sem nenhum frigorífico. A partir de abril de 2009, data em que a redução do ICMS foi instaurada, o envio de animais da região Noroeste para fora de Mato Grosso cresceu muito, sendo que entre janeiro e setembro essa opção de abate aumentou 953%, saindo de 1.288 de animais comercializados, para 13.561 animais em setembro, último mês do beneficio. Se comparado o período de janeiro a agosto do ano passado, mês em que houve o maior fluxo de animais para outros Estados o aumento foi ainda maior, 1.012%. Nos meses de setembro a novembro, período em que foi extinto o benéfico, teve uma redução de 41% na saída de animais para outros Estados.

Marfrig negocia com Globoaves - Comunicado

COMUNICADO AO MERCADO




São Paulo, 23 de fevereiro de 2010 - Marfrig Alimentos S.A. (BM&FBOVESPA: MRFG3), comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que está em negociação com o Grupo Globoaves para aquisição ou arrendamento de duas plantas frigoríficas de pequeno porte aptas ao abate de frango caipira e pato, o que inclui os negócios de frango caipira, com a Marca Nhô Bento e de pato, com a Marca Germânia.
A negociação ainda depende de processo de "Due Diligence" e não possui qualquer caráter vinculativo.
A Marfrig considera ser estratégica a ampliação de sua atuação em aves no Brasil através de negócios em frango caipira e pato, diversificando a gama de produtos da divisão Nova Seara, que concentra sua atividade em aves, suínos e industrializados no Brasil.


Ricardo Florence

Diretor de Planejamento e de Relações com Investidores

Marfrig Alimentos S.A.

Mapa suspende frango temperado

O Ministério da Agricultura (Mapa) suspendeu a produção de carcaças e cortes temperados de aves, bem como de produtos marinados destinados ao mercado interno. A decisão foi regulamentada por ofício do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal no dia 12 de janeiro e passa a valer em 15 de março. A medida não atinge aves especiais, perus, patos, marrecos e galinhas d""angola.
As indústrias têm 60 dias a contar da data de publicação do documento para comercializar a produção estocada. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, a medida foi tomada porque não existe método para controlar a quantidade de água injetada com o tempero. "O peso estava passando dos limites." Segundo Kroetz, as aves poderão ser temperadas, mas de outra maneira. As empresas têm dez dias para apresentar a lista dos produtos atingidos pela medida ao SIF local.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Importador quer avaliar condições da produção de carnes

O Ministério da Agricultura vai receber neste ano 13 missões sanitárias do exterior, que virão para avaliar as condições da produção de aves, bovinos e suínos do Brasil. Não está definido quantas irão para Santa Catarina, mas Edson Veran, presidente da Cidasc, estatal responsável pela saúde animal e vegetal, acredita que boa parte visitará unidades catarinenses pelo fato de o Estado ser o único livre de aftosa sem vacinação.
A missão da Comunidade Europeia que foi em outubro avaliar a sanidade de SC visando à abertura do mercado europeu para bovinos e suínos do Estado, ainda não deu seu parecer final. Os técnicos do grupo que avaliou a parte de saúde pública, nos frigoríficos, solicitou mais informações à defesa agropecuária do ministério este mês e já recebeu as explicações.
A expectativa geral é de exportações de carne em alta este ano.

Preços Pedidos por suinos

carré .......................................................R$ 4,80/kg
costela inteira ..........................................R$ 6,20/kg
copa lombo ............................................ R$ 5,20/kg
pernil c/osso ind. .....................................R$ 4,30/kg
pernil s/osso ............................................R$ 5,30/kg
barriga .....................................................R$ 4,70/kg
bacon barriga ...........................................R$ 6,30/kg
carcaça tipo exportação............................R$ 4,00/kg

Laticínios: Itambé diz não à Friboi e quer a fusão de cinco cooperativas

A Itambé, maior cooperativa de laticínios e terceira maior indústria do setor no país, com cinco unidades produtoras, recusou, no mês passado, uma oferta de aquisição pela Friboi e trabalha agora para que aconteça uma fusão entre cinco cooperativas de leite.

Se acontecer a fusão entre as mineiras Itambé, Cemil e Minas Leite, a paranaense Confepar e a goiana Centroleite, a nova empresa passaria a ser a maior do setor de laticínios no país em volume, com 2,5 bilhões de litros de leite por ano. Ultrapassaria a Nestlé (com cerca de 1,9 bilhão de litros) e a Perdigão (aproximadamente 1,5 bilhão). Sozinha, a Itambé responde hoje por cerca de 1,2 bilhão de litros por ano.
Na segunda quinzena de março, a PricewaterhouseCoopers (empresa de auditoria) deve entregar os estudos finais sobre a fusão, com a parte que caberia a cada um no negócio. Depois, ocorreriam as conversas finais entre as cooperativas, que poderiam concretizar a fusão.
"Se o pessoal concordar com as avaliações que a auditoria definir, virá a fase mais burocrática, com diligências, contratos, advogados. Mas, se os números forem validados por todos, é um grande avanço", disse Jacques Gontijo, presidente da Itambé.
Em 2009 algumas dessas cooperativas já conversaram sobre a união, mas não houve acordo. "Estou muito animado", afirmou Gontijo.
A recusa à proposta da Friboi foi feita no mesmo dia em que ela foi apresentada em janeiro. Mas essa não foi a primeira proposta a ser recusada. No final de 2009, outras duas grandes empresas procuraram a Itambé também com propostas de compra, ambas recusadas. A empresa não quis revelar os nomes dos interessados.
Gontijo diz que "o mundo está levando" as empresas a se unirem para que sejam competitivas e que as cooperativas não estão imunes a isso. Mas a intenção da Itambé, diz ele, é que a fusão não fique apenas na criação de uma megacentral de cooperativas. Desde já, os envolvidos fazem planos e discutem a viabilidade de transformar a futura megacentral em uma S/A., com a participação de um sócio estratégico, como a BNDESPar. (PP)

JBS na Austrália

O JBS confirmou ontem a conclusão do processo de aquisição da empresa australiana Tatiara Meat Company (TMC), após a aprovação pelos órgãos oficiais da Austrália. A companhia também informou a incorporação imediata dos novos ativos, o que torna a empresa a líder de mercado no país no setor de ovinos.
Com receitas ligeiramente inferiores a US$ 200 milhões, a TMC reforçará a presença da JBS Austrália no mercado de exportação de carne de cordeiro de alta qualidade, no qual a Austrália tem aumentado sua participação nos últimos anos. A JBS pagou aproximadamente US$ 27 milhões pela companhia australiana

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MDIC: receita de exportadoras de carne sobe em janeiro

As maiores cias exportadoras de carnes brasileiras registraram aumento das exportações em janeiro, em comparação ao mesmo período de 2009, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). De acordo com o levantamento do órgão que pertence ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Marfrig Alimentos foi a companhia do setor que apresentou o maior avanço no intervalo, de 110,6% na receita obtida com as vendas externas. A companhia exportou o equivalente a US$ 48,15 milhões no mês passado, ante US$ 22,86 milhões em janeiro de 2009. Em relação a dezembro, a expansão foi de 0,5%.
A BRF-Brasil Foods, no entanto, ocupa a posição de líder nas exportações de carnes e aparece como a oitava maior exportadora brasileira na relação do Ministério. Em janeiro de 2010, a antiga Perdigão vendeu ao exterior US$ 141,85 milhões. O levantamento do MDIC não fornece comparativo para essa indústria, que no ano passado passou por uma reestruturação. Em comparação com dezembro, houve uma queda de 14,8% nas exportações da companhia, que somaram US$ 166,62 milhões na ocasião.
A Sadia, que mesmo após a fusão continua separada da BRF operacionalmente, em obediência ao Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro) assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vendeu a outros países US$ 125,88 milhões em janeiro, um crescimento de 2% em comparação ao mesmo período do ano passado, mas uma queda de 26,3% ante dezembro.
O Minerva, por sua vez, avança na lista dos maiores exportadores brasileiros, com um aumento de 57,6% nas vendas externas em janeiro. No mês passado, as exportações do frigorífico somaram US$ 64,95 milhões, ante US$ 41,2 milhões em janeiro de 2009. Em comparação a dezembro, houve retração de 10,9%.
As vendas externas da JBS Friboi a partir do Brasil cresceram 39,6% no primeiro mês de 2010, ante janeiro de 2009, para US$ 60,65 milhões. Em relação a dezembro, porém, o MDIC apurou uma retração de 25,2%. Já as exportações do frigorífico Bertin, que no ano passado se associou à JBS, permaneceram praticamente estáveis em janeiro e caíram 20,8% ante dezembro, somando US$ 79,82 milhões no mês passado.

Pilgrim´s disputada

Cinco cidades do Colorado (EUA) tentam atrair executivos da processadora de aves Pilgrim"s Pride que estão de mudança para a região depois que a empresa foi adquirida pela brasileira JBS. Uma caravana de prefeitos e empresários viaja esta semana a Pittsburg, no Estado do Texas, onde está sediada a Pilgrim´s, para apresentar as vantagens de morar nas suas respectivas cidades. "Só temos a ganhar se esses executivos resolverem viver nas nossas cidades", afirmou ao Valor o presidente da Upstate Colorado, Larry Burkhardt, a agência de promoção do desenvolvimento econômico que organiza a excursão.
Os Estados Unidos atravessam uma grave recessão, que elevou a taxa de desemprego a 10%, e os bons salários pagos aos executivos da empresa brasileira são uma forma de injetar dinheiro novo nas economias locais. "Vamos fornecer todas as informações para eles selecionarem uma das nossas cidades para morar." O controle acionário da Pilgrim"s, segunda maior processadora de aves dos Estados Unidos que estava em "recuperação judicial", foi adquirido em setembro de 2009 pela JBS USA, subsidiária da brasileira JBS, por US$ 800 milhões. O presidente da JBS USA, Wesley Batista, diz que, como parte da restruturação administrativa do negócio, serão adicionados 400 novos funcionários na sede do frigorífico, na cidade de Greeley, no Estado do Colorado. "Cerca de metade desses novos funcionários virão da sede da Pilgrim"s no Texas", disse Batista ao Valor. Além de Greeley, quatro outras cidades tentam seduzir os executivos: Windsor, Evans, Johnstown e Milliken.
Nessa empreitada, eles têm que enfrentar a concorrência de Fort Collins, uma localidade mais abastada da região em que vivem os três principais executivos da JBS USA, incluindo Batista. "O custo de vida nas nossas cidades é bastante acessível e temos uma boa estrutura de serviços, comércio e lazer", afirma Burkhardt. "É possível comprar uma casa por bem menos do que se paga em outras regiões do país", acrescenta. A delegação irá exibir vídeos institucionais para os funcionários da Pilgrim"s, mostrando atrativos da região, e empresários estarão à disposição para oferecer serviços e esclarecer dúvidas.
O grupo inclui corretores de imóveis, donos de creches e até mesmo agência de empregos. "Muitos dos funcionários são casados", explica Burkhardt. "Maridos e mulheres vão ter que arrumar novos empregos quando se mudarem." Com 3.650 funcionários, a JBS USA é a maior empregadora da região coberta pela Upstate Colorado. Burkhardt diz que a região tem tido um desempenho econômico relativamente positivo, comparando com o resto do país, porque atraiu novas indústrias nos últimos anos, como uma fabricante de motores elétricos para veículos. A JBS também vem se expandindo na região.
Além de ampliar a área administrativa com a aquisição da Pilgrim"s, o frigorífico comprou recentemente um imóvel na cidade onde irá instalar um novo centro de distribuição, que, segundo as estimativas do governo local, deverá criar mais 800 empregos. Já a cidade de Pittsburg, no Texas, onde fica a sede da Pilgrim"s, que saiu da recuperação judicial em dezembro, vem perdendo postos de trabalho.
A integração com a companhia brasileira levou à extinção de cerca de 230 empregos na área administrativa da indústria de aves. Agora, 200 postos de trabalho devem ser realocados ao Colorado. A Upstate Colorado é uma das cerca de 15 mil agências de desenvolvimento econômico que existem nos Estados Unidos. É uma organização sem fins lucrativos, que tem como cotistas os governos das 31 cidades da região e empresas privadas. Normalmente, os esforços dessas agências são para atrair novas companhias. Mas a experiência de atrair empregados não é nova.
A Upstate Colorado fez um esforço semelhante na década de 1980 quando o frigorífico Monfort, do Colorado, comprou a concorrente Swift. A JBS ganhou musculatura nos Estados Unidos com a compra da Swift, então sediada no Colorado, em maio de 2007. De lá para cá, a empresa brasileira adquiriu o controle de outras companhias americanas, como a Smithfield Beef, e alguns dos funcionários se mudaram do Estado de Iowa para o Colorado. "Não temos planos de fazer novas aquisições", disse Batista. "Primeiro, vamos consolidar o que já temos", acrescentou o presidente da JBS USA.

Auditoria: missão europeia chega a MT no dia 2 de março

No período de 2 a 15 de março, a missão técnica do FVO (FoodVeterinary Office), órgão da Comunidade Europeia responsável por fiscalizar o cumprimento da legislação sobre segurança alimentar, saúde animal, sanidade vegetal e bem-estar animal, estará no Brasil. O objetivo da missão é auditar os serviços veterinários oficiais dos estados exportadores àquele grupo, como Mato Grosso, que recebe os técnicos no próximo dia 2 de março e deverá durar uma semana.
“Os resultados desta visita são fundamentais para que o estado possa manter e ampliar suas exportações de carne bovina para a União Europeia”, disse o diretor-tesoureiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Eduardo Alves Ferreira.
Durante a missão, haverá visitas a fazendas, frigoríficos e escritórios do serviço de defesa sanitária oficial de cada estado. O objetivo é verificar se as exigências do sistema de rastreabilidade bovina vêm sendo cumpridas pelas indústrias e propriedades credenciadas.
Atualmente, 338 propriedades estão aptas a exportar para a UE. Os técnicos vão checar a situação das propriedades enquadradas no Sisbov, o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina. Por uma questão estratégica, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não divulga os nomes de municípios, propriedades e plantas frigoríficas a serem visitadas.
Além de Mato Grosso, os outros estados do Centro-Oeste – Mato Grosso do Sul e Goiás – também deverão ser incluídos na agenda dos europeus.