quinta-feira, 8 de abril de 2010

PREÇOS PEDIDOS POR FRIGORIFICOS EM CORTES

1 ALCATRA C/ MAMINHA R$ 10,00

2 CAPA DE CONTRA FILÉ  R$ 5,70

3 CONTRA FILÉ R$ 10,00

4 COXÃO DURO R$ 8,00

5 COXÃO DURO (BLOCO) R$ 7,80

6 COXÃO MOLE  R$ 8,40

7 FILÉ MIGNON C/ CORDÃO R$ 16,00

8 FILÉ MIGNON S/ CORDÃO  R$ 18,00

9 LAGARTO  R$ 8,00

10 MAMINHA R$ 10,50

11 MIOLO DE ALCATRA R$ 10,80

12 MUSCULO  R$ 6,00

13 PATINHO R$ 8,10

14 PICANHA GRILL  R$ 24,00

15 PICANHA A R$ 18,00

16 PICANHA B  R$ 16,00

CORTES DIANTEIRO RESFRIADOS

1 ACEM S/ PEITO  R$ 6,00

2 PALETA C/ MUSCULO R$ 6,00

3 PALETA S/ MUSCULO R$ 6,60

4 PEITO  R$ 6,00

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Italianos vao instalar matadouros de bovinos em Angola

O grupo empresarial italiano Cremonini, através da Inalca JBS Spa, especializada na produção, tratamento e distribuição de produtos alimentares, mormente de carne de vaca e derivados, líder neste segmento na Itália e um dos principais da Europa, está a proceder a um estudo de avaliação para a eventualidade de uma futura instalação de matadouros industriais de bovinos em Angola.
Segundo anunciou em Roma o seu administrador delegado, Luigi Pio Scordamaglia, em entrevista exclusiva ao JE, essas estruturas seriam montadas em províncias onde a criação de gado o justifique, com o Kwanza-Norte, a Huíla e o Cunene no topo das prioridades.
“Angola e a Rússia são os dois países mais importantes na estratégia de expansão das actividades do grupo”, disse Scordamaglia, igualmente vice-presidente da Associação da Indústria e Comércio de Carne da Itália (ASSOCARNI). “O mercado angolano é muito dinâmico e tem um crescimento que se pode prever com alguma antecedência”, justificou.
O grupo Cremonin entrou em Angola no princípio da década de 80, com o fornecimento de carne congelada e conservas às forças armadas angolanas. A partir de 1990, começou a montar no país uma estrutura de logística e distribuição, que compreende armazéns de frio e secos, e, até 2004, já tinha investido em Angola 30 milhões de euros (USD cerca de 45 milhões), sem incluir o capital circulante.
O grupo já tem representações nas cidades do Lobito e Malanje. Segundo Scordamaglia, para já a sua aposta é na tecnologia de transformação de carne, de que a Itália é potência europeia. A montagem de matadouros abarcará igualmente, numa primeira fase, acções de ajuda aos criadores, com novas técnicas e modalidades, a fim de que aumentem substancialmente a sua produção de gado, para alimentar a indústria nesse segmento.
Scordamaglia deixou em aberto a possibilidade de o grupo Cremonin vir fazer uma incursão directa no sector da pecuária, com o desenvolvimento da criação de gado. “A nossa estratégia é de crescimento por etapas, ou seja, preferimos começar por fazer uma actividade bem feita, e, depois, avançar para outra”, sublinhou.



Facturação em 2009



Segundo Luigi Pio Scordamaglia, o grupo não foi afectado de forma substancial pela turbulência que sacudiu as finanças e as economias mundiais, a partir de 2008. “A crise representa, para nós, uma importante oportunidade de crescimento”, disse.
O grupo Cremonini, através da Inalca JBS Spa, está presente na Europa e África, sendo que, neste último continente, opera nos Congos Kinshasa e Brazzaville, na Argélia e Angola. Scordamaglia considera o mercado angolano como o mais importante na estratégia de crescimento do grupo no continente africano, estatuto atribuído à Rússia, na Europa.
Quanto à facturação global da Inalca JBS Spa, em 2009, ela foi de USD 1.600 milhões, sendo 227 milhões realizados em África, com a pasição angolana de Luanda a entrar com 105 milhões, e o Lobito com 12 milhões. O resto foi repartido pela República Democrática do Congo (80 milhões), República do Congo (15 milhões) e Argélia (15 milhões).
Scordamaglia prefere não arriscar em números, mas enfatiza que a tendência de crescimento do grupo Cremonini e da Inalca JBS Spa se manterá ao longo de 2010. Acredita que a retoma da economia mundial se processará de forma diferente. Segundo ele, será mais rápida em países como Angola e os Estados Unidos. “Na Europa, o processo será mais lento”, remata.

A empresa e seus negócios

A Inalca JBS Spa é líder em Itália na produção e transformação de carne bovina e está entre os principais operadores no sector industrial na Europa. Foi fundada em 1966, por Luigi Cremonini, que, três anos antes, iniciara a sua actividade no sector de carnes. A localização estratégica das suas instalações de abate no coração de Valle Padana, onde está concentrado 75% do património zootécnico italiano, representa uma significativa vantagem competitiva. A entrada no negócio dos enchidos, em 1976, representou a primeira oportunidade de diversificação neste segmento de negócio. Ao longo dos anos, a empresa foi ganhando espaço no mercado, com aquisições de empresas do sector, o que lhe permitiu consolidar a sua posição de liderança.
O ano de 2006 representa um passo mais no processo de consolidação da empresa, quando a Inalca Spa é selecionada pela McDonald’s para produzir e fornecer hambúrgueres na Rússia. Em Dezembro de 2007, o grupo brasileiro JBS SA, o maior produtor de carne bovina do mundo, e a Cremonini Spa constituiram uma joint-venture, detida a 50% pelas partes e de que resultou, em 2008, a actual Inalca JBS Spa. Nesta joint-venture, a parte brasileira responde pelos mercados da América do Sul, Estados Unidos e Austrália, enquanto a Cremonini Spa, através da Inalca Spa, está presente na Europa e África.
A Inalca JBS Spa considera que o desenvolvimento da empresa no sector agro-alimentar deve estar ligado a uma sustentabilidade que não se deve limitar exclusivamente à dinâmica económica de mercado, mas se alargue a factores ambientais e sociais, de modo a assegurar um adequado nível de sustentabilidade às actividades agrícolas primárias e o simultâneo equilíbrio das produções agrícolas com o ambiente circundante. Neste contexto, a promoção e o garante do bem-estar animal representam o principal elemento de toda a actividade produtiva.

Reunião de formação de preços BGA-RJ em 05-04-2010

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Exportação de bovinos vivos para abate ganha regulamento técnico

A Instrução Normativa Nº 13, publicada no Diário Oficial da União (DOU), traz os procedimentos básicos para todas as etapas que antecedem o embarque dos animais. As regras incluem a seleção nos estabelecimentos de origem, o transporte até os Estabelecimentos de Pré-embarque (EPE) e para o local de saída do País, além do manejo nas instalações de pré-embarque e no embarque.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, as exportações de bovinos vivos para posterior abate apresentaram considerável aumento nos últimos anos. Em 2008, os embarques de bovinos vivos, por exemplo, somaram U$ 370 milhões e, no ano passado, alcançaram U$ 443,5 milhões. Líbano e Venezuela são os principais destinos.
Países do Oriente Médio praticam abate dentro dos preceitos religiosos e têm hábito de comercializar e consumir carne fresca. “Europa é importante mercado para animais jovens engordados para abate sob condições alimentares especiais, principalmente na Itália. Para atender aos requisitos do importador e possibilitar certificação sanitária com segurança e registros auditáveis essa atividade requer regulamentação”, afirma Kroetz.
O texto da IN 13 prevê que os bovinos, búfalos, ovinos e caprinos vivos destinados ao abate sejam mantidos nos EPEs sob responsabilidade técnica do médico veterinário contratado pelo proprietário. O estabelecimento deverá ser localizado a uma distância que não implique jornada superior a quatro horas de viagem por via rodoviária e atender às exigências para o alojamento dos animais. Além disso, estão definidas também as condições necessárias para o transporte marítimo.

39 frigoríficos possuem o SIF

Em Mato Grosso, 39 frigoríficos de bovinos possuem selo de inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o SIF (Serviço de Inspeção Federal). Segundo o médico veterinário, Antônio Sérgio Lôbo, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (Sipag), da Superintendência Regional do Mapa, as plantas são fiscalizadas e passam por uma rigorosa vistoria antes de entrar em operação.
No caso do abatedouro legalizado, um médico veterinário avalia todos os animais que chegam com pelo menos seis horas de antecedência. Cada animal já vem com um certificado da Secretaria de Agricultura, atestando que recebeu todas as vacinas necessárias para o controle de doenças.
No processo, os animais ficam em regime hídrico (bebem apenas água) durante 12 horas antes do abate. Este tempo é necessário para que o animal possa eliminar o conteúdo do rúmen e as fezes, diminuindo o risco de contaminação na hora de abrir a carcaça.
Durante o repouso, o animal também repõe energia, aumentando uma substância chamada glicogênio que, após o abate, se transforma em ácido lático, aumentando a durabilidade da carne e diminuindo a multiplicação de bactérias.
Antes de serem abatidos, os animais passam por um corredor de 80 metros, onde recebem um forte jato de água. Ao invés de marretadas, o boi é atordoado por uma pistola pneumática que perfura o cérebro do animal. Depois ele vai para a sangria, onde será cortada a jugular e permanecerá de três a cinco minutos, para escorrer todo o sangue. Depois o sangue será coletado para compostagem - produção de adubo orgânico.Após todo este procedimento, é retirado o couro e as vísceras do animal, que também são inspecionadas por um veterinário para detectar se o animal está totalmente saudável. Feitos os cortes, a carne fica armazenada em uma câmara fria.
Uma lei federal exige que o abate seja realizado de forma humanitária. Todo animal antes de ser morto deve ser previamente insensibilizado com o uso da pistola pneumática. O contrário da prática cruel das marretadas e tiros que caracterizam o abate clandestino. (MM)

70% da carne sem inspeção na Grande Cuiabá/MT

Estado supera grandes obstáculos, vira exportador, mas patina no mercado local


Detentor do maior rebanho bovino do país, com mais de 27 milhões de cabeças, Mato Grosso ainda não conseguiu superar um velho problema: o abate clandestino de animais para o consumo doméstico. De acordo com os estudos, 70% da carne in natura bovina consumida na Grande Cuiabá não passam por qualquer tipo de inspeção. São mais de 500 mil animais abatidos de forma irregular, com perdas para a economia e riscos à saúde pública.




“Conseguimos, por meio do esforço da cadeia produtiva e do poder público, oficializar Mato Grosso como exportador de carne à União Européia. Não podemos permitir que questões como estas venham prejudicar essa conquista junto ao mercado internacional”, adverte Paulo Resende da Associação dos Proprietários Rurais do Estado (APR/MT).
O assunto é tão grave que obrigou o Estado a lançar uma força tarefa para fiscalizar e inibir o abate clandestino de animais e o comércio irregular de carnes. Durante mais de cinco meses, fiscais do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) e Vigilância Sanitária dos municípios percorreram abatedouros, supermercados, açougues e outros estabelecimentos comerciais.
O resultado da ação foi a interdição e lacre de três matadouros clandestinos – dois em Várzea Grande e um em Cuiabá – que estavam atuando de forma irregular e sem qualquer licença prévia de funcionamento dos órgãos sanitários. Os processos referentes às interdições foram encaminhados ao Ministério Público Estadual, para outras providências.
No total, foram visitados 74 estabelecimentos industriais (abates de bovinos e suínos, principalmente) e comerciais nos dois municípios, que resultaram em 50 autuações. O valor das multas atinge a cifra de R$ 600 mil.