sexta-feira, 19 de novembro de 2010

JBS em baixa

Os títulos da dívida do JBS SA têm a pior semana desde que foram emitidos em julho. O desempenho dos papéis é afetado pela decisão do frigorífico de pagar US$ 300 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para estender o prazo da abertura de capital da subsidiária nos Estados Unidos.

O rendimento dos títulos de cupom 8,25% com vencimento em 2018 subiu 33 pontos-base para 7,9% na semana até ontem, comparado a um aumento de 25 pontos-base para a dívida corporativa brasileira acompanhada pelo índice CEMBI do J.P. Morgan Chase & Co. A dívida corporativa mexicana subiu 25 pontos-base no mesmo período, enquanto o custo de financiamento para as empresas da Rússia avançou 23 pontos-base.

O JBS concordou em pagar a multa para estender o prazo para abrir o capital da unidade americana, sem que seja ativada uma cláusula que permite ao BNDES converter US$ 2 bilhões em títulos em ações da empresa, o que elevaria a participação do banco de fomento na companhia. O custo dos empréstimos para empresas brasileiras aumentou para o maior patamar em dois meses esta semana, com os investidores rejeitando ativos de maior rendimento em meio à investigação sobre possível fraude no Banco Panamericano SA.

"O adiamento da abertura de capital vai ter um impacto", disse Juan Cruz, analista de bônus corporativos do Barclays Plc em Nova York, numa entrevista por telefone. "Isso tem um custo real."

A rentabilidade da dívida do JBS está abaixo do desempenho de títulos corporativos de mercados emergentes. O rendimento médio nos bônus emitidos por empresas de nações em desenvolvimento subiu 20 pontos-base para 5,7% na semana encerrada em 16 de novembro, de acordo com dados do J.P. Morgan. As notas do JBS com vencimento em 2018 perderam 2,4% no período, contra uma queda de 1,8% para a dívida de países desenvolvidos, segundo dados compilados pela "Bloomberg" e pelo J.P. Morgan.

Suspeitas de fraude no Panamericano, sediado em São Paulo, elevaram desde 8 de novembro o rendimento médio dos títulos de empresas brasileiras em 38 pontos-base, ou 0,38 ponto percentual, para 6,1%, de acordo com o J.P. Morgan Chase.

O valor pago ao BNDES "pode impactar negativamente o desempenho dos bônus no curto prazo", escreveu Ruth Mazzoni, analista de títulos corporativos do Standard Bank, num relatório em 15 de novembro. Vanessa Esteves, assessora de imprensa do JBS, não retornou um telefonema e e-mails solicitando comentário para esta reportagem.

Valor Econômico

Rio

Foi vendido boi inteiro hoje no Rio a :
Traseiro - R$ 8,50 kg
Dianteiro - R$ 5,00 kg
PA - R$ 5,40 kg

Mercado correção

Assine o Boletim Intercarnes

Correção do Mercado no Rio : Ontem embora houvesse tido algumas vendas de alguns frigoríficos meio desesperados em sair fora da produção mas na verdade  não foi realizado vendas nos preços que os clientes estavam querendo pagar ou seja R$ 8,00 x R$ 5,00  no Boi inteiro a vista.

Oferta de animais melhora, e preço da carne bovina volta a cair em São Paulo

MAURO ZAFALON

Após subida vertiginosa, os preços do boi gordo começam a ceder. A oferta de animais prontos para abate melhorou e os frigoríficos passaram a pagar menos para os pecuaristas.
A pesquisa de ontem da AgraFNP apontou R$ 110, por arroba em São Paulo, 4% menos do que os preços praticados na quarta-feira. Já os dados do Cepea apontaram para R$ 112,3 por arroba, ontem (18). O órgão registrava R$ 117,20 na sexta-feira.
Lucas Brunetti, analista de mercado da AgraFNP, diz que essa pressão de baixa ocorre porque está chegando ao mercado -com um pouco de atraso- mais gado confinado.
Além disso, as chuvas que ocorrem desde o final de setembro em regiões produtoras como Mato Grosso do Sul e São Paulo permitiram uma pequena melhora na oferta de gado de pasto.
Com essa oferta maior, os frigoríficos se sentiram mais confortáveis para pagar menos pela arroba, segundo Brunetti.
O analista acredita que os preços ainda possam ter nova redução, dependendo das ofertas das próximas semanas, mas que a arroba de boi deverá estar acima de R$ 100 na virada do ano.
Ao contrário do boi, a carne suína mantém alta no mercado paulista. Demanda firme e formação de estoques para o final de ano fizeram com que os frigoríficos pagassem até R$ 72 por arroba ontem.
O frango, que também retomou um comportamento de alta nos últimos dias, está a R$ 1,90 por quilo nas granjas paulistas, 3% mais do que na sexta-feira.

Ação conjunta Brasil, Estados Unidos e União Europeia agem juntos no caso das novas normas da Rússia sobre frango congelado. A ação é para mostrar que não se justifica a proibição do processamento de carne congelada em produtos destinados ao consumo. A restrição já se aplica a gestantes e a bebês.

Em vigor Ricardo Santin, diretor da Ubabef, diz que a medida russa entra em vigor em janeiro e atingirá 20% das exportações brasileiras para o país. A entidade pedirá apoio do Ministério da Agricultura.

Ração As indústrias produziram 50 milhões de toneladas até outubro, 3,3% mais do que em igual período de 2009. A estimativa para o ano é de 60 milhões de toneladas, segundo o Sindirações.

Tudo de novo A China, principal motivo da forte queda das commodities na quarta-feira, voltou a afetar o mercado ontem. Desta vez, para cima.

Preço elevado do algodão atrai produtores paulistas

Os preços elevados do algodão despertam o interesse de plantio em regiões que já tinham praticamente abandonado o produto. Os produtores paulistas, por exemplo, vão destinar 20 mil hectares para o algodão nesta safra 2010/11, área 116% maior do que a do ano passado.
A informação é do Instituto de Economia Agrícola paulista, que aponta que esses dados são preliminares e foram pesquisados em setembro. De lá para cá, os preços continuaram subindo nos mercados interno e externo e mais produtores podem ter optado pelo algodão.

Com KARLA DOMINGUES

Folha de São Paulo

Após suspeita de vaca louca em SP, frigoríficos reforçam que não há casos da doença no Brasil

Hospital responsável informou que a doença não está confirmada; caso está sendo investigado



Os frigoríficos Minerva e JBS-Friboi divulgaram comunicados ao mercado reforçando que não identificam relação entre a indústria de carne com a notícia de suspeita de um caso de infecção por doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) – conhecida como "doença da vaca louca" –, em Campinas (SP).
Profissionais do Hospital Beneficência Portuguesa local investigam caso suspeito de DCJ, cuja causa provável é a ingestão de carne contaminada pela doença bovina.
A Vigilância em Saúde Municipal informou, por meio de nota oficial, que foi notificada sobre o caso, tratado com sigilo, e que não há transmissão da doença no Brasil. O paciente internado é médico e, segundo informações extraoficiais, esteve na Europa. O Hospital Beneficência Portuguesa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a doença neurológica não está confirmada e que o caso está sendo investigado.
– O Minerva reforça a tese de que este caso nada tem a ver com o sistema brasileiro de produção de carnes – diz o frigorífico em nota.
Já o JBS ressalta que "nunca houve um caso de Vaca Louca no Brasil e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), é altamente improvável que ocorra um caso da doença no país, tendo em vista que o gado no Brasil é estritamente alimentado a pasto".
Ambos citam que o Ministério da Agricultura fiscaliza a alimentação animal e a cadeia produtiva de bovinos, reiterando que rações de origem animal são proibidas no Brasil. O comunicado do Minerva explica também que a farinha de origem bovina utilizada na nutrição de aves e suínos "passa por um processo de esterilização, eliminando o risco de contaminação".

AGÊNCIA ESTADO

Bovinos abatidos podem chegar a 405

José Rocher

O número de bovinos abatidos no Paraná por uso de ração com proteína animal – proibida pela legislação que previne a entrada da doença da vaca louca no país – deve chegar a 405 nos próximos dias, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além dos 175 animais mortos nas últimas semanas, mais 85 passaram ontem por um frigorífico de Francisco Beltrão, no Sudoeste do estado, foco do problema. E ainda restam 145 interditados.

“As suspeitas de irregularidade na alimentação dos plantéis vêm sendo confirmadas por exames de laboratório”, relatou a veterinária Ellen Laurindo, fiscal do Mapa. A fiscalização, que mobiliza também técnicos da Defesa Sanitária Animal do Paraná e percorreu 34 municípios neste ano, interdita os animais logo que identifica cama aviária nos cochos. O material, retirado dos criadouros de frango, contém restos de ração aviária com proteína animal, ingrediente proibido para bovinos e ovinos por ser apontado como causa da doença da vaca louca. Seu uso em fazendas de gado foi expressamente proibido em 2004 e, desde o ano passado, os fiscais estão autorizados a encaminhar os animais suspeitos diretamente para frigoríficos.

Essa é a primeira onda de abates relacionados à exposição do rebanho ao risco da encefalopatia espongiforme bovina. A doença, identificada na Europa na década de 80, altera o comportamento do animal, que deixa de se alimentar e precisa ser sacrificado. “A fiscalização vai continuar. As propriedades são escolhidas de forma aleatória. Se houver irregularidades, mais animais serão abatidos”, afirma a veterinária da Defesa Sanitária estadual Elzira Pierre. Em Mato Grosso do Sul, as operações fiscais resultaram no abate de 1.599 bovinos.

Os fiscais relatam que numa única propriedade de Francisco Beltrão foram interditados 263 animais, dos quais 233 foram mortos e 30 estão na fila do abate. Os proprietários não vêm sendo identificados pelos fiscais. A reportagem continua tentando localizá-los para registrar seus depoimentos. Além dos 233 abates do Sudoeste, outros 27 ocorreram em Astorga (Norte), a partir de uma fazenda onde restam 20 bovinos interditados. Existem ainda 95 bovinos interditados em outras estabelecimentos pecuários da região.

Gazeta do Povo

Febre Aftosa: Apenas 30% dos pequenos produtores retiraram vacina

Luciara Schneid

A 11 dias do final do prazo para a vacinação do rebanho bovino gaúcho contra a febre aftosa, apenas 30% dos pequenos produtores de Pelotas/RS enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) retiraram as doses gratuitas da vacina junto à Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ). Os produtores têm até o dia 30 deste mês para retirá-la.

De acordo com o coordenador regional da Secretaria da Agricultura, Clóvis Machado, das 12 mil doses destinadas ao município, 30% ou em torno de cinco mil foram retiradas até agora. A coordenadoria regional da Secretaria de Estado da Agricultura abrange 24 municípios da Zona Sul do Estado, que juntos devem imunizar de 400 a 500 mil animais até dois anos, o equivalente a 30% do rebanho bovino.

Ele alerta aos produtores de que não haverá prorrogação do prazo, pois o Ministério da Agricultura tem exigido que as campanhas encerrem nas datas previstas. O último dia para vacinação dos animais até dois anos, o chamado reforço da campanha do início do ano, é o dia 30 deste mês.

Diário Popular

Arroba e carne desvalorizam após sucessivas altas

9/11 
Depois de um período de altas consecutivas, os preços da arroba e da carne caíram nos últimos dias. O Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa fechou na quarta-feira, 17, a R$ 114,17, queda de 1,7% entre 10 e 17 de novembro. Quanto à carcaça casada de boi negociada no atacado da Grande São Paulo, houve baixa de 3% no período, fechando em R$ 7,13/kg. Os valores, no entanto, ainda estão em patamares elevados. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores pressionaram os valores pedidos por pecuaristas. Vale observar, no entanto, que o número de negócios foi pequeno, visto que a oferta de animais segue bastante restrita.

CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Ap

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mercado

No Rio hoje a oferta para compra de boi inteiro ficou em :
Traseiro R$ 8,00
Dianteiro R$ 5,00
Pa R$  5,40 kg

Isoladamente foi negociado dianteiro de boi a R$ 5,00 kg e o de vaca entre R$ 4,70 kg a R$ 4,80 kg.

A PA para charque foi vendida em torno de R$ 5,50 kg

O contra filet negociado a R$ 13,00 kg e a alcatra a R$ 13,50 kg

Alta da carne bovina impulsiona preços de frango e suíno

Segundo analista, tendência de alta dos valores do frango e do suíno continuará no curto prazo

Suzana Inhesta
A valorização da carne bovina no atacado e no varejo continua sustentando os preços do frango e do suíno.
– Além de a oferta dos dois tipos de carne estar ajustada ante a demanda existente, a trajetória de alta ainda é muito em função da valorização da carne bovina. Com preços mais elevados, o consumidor busca proteínas mais baratas, ocorrendo a migração da demanda – explicou o analista da Scot Consultoria, Alex Lopes da Silva.
No caso dos suínos, segundo levantamento da Scot, somente em novembro o preço pago ao suinocultor aumentou 10% em São Paulo e o animal vivo (terminado CIF frigorífico SP) na região está em R$ 68/arroba ou cerca de R$ 3,77/quilo. A arroba do suíno vem subindo desde junho e as cotações atuais se aproximam dos preços recordes registrados em outubro de 2008. Dados da consultoria AgraFNP ainda mostram preços em Minas Gerais a R$ 3,60/quilo e na Região Sul, a R$ 2,55/quilo para lotes de integração e R$ 3,10 na granja em Santa Catarina, com aumento ante a semana passada (R$ 2,50/quilo para integração e R$ 3/quilo na granja). Já a carcaça suína, negociada no atacado, cotada atualmente em R$ 5,60/quilo, aumentou 15% neste mês até esta quinta, dia 18, em São Paulo.
Em relação ao frango, depois da valorização ocorrida no final de outubro, o preço do animal vivo reagiu e aumentou 5,5% na semana, a R$ 1,90/quilo, em São Paulo. Essa cotação só não é maior do que o encontrado na primeira quinzena de outubro desse ano, quando foi atingido o patamar de R$ 2/quilo. Por outro lado, a cotação do frango abatido, comercializada no atacado da região, é recorde e hoje é vendida a R$ 5,60/quilo.
– No mesmo período de 2009, a carne de frango no atacado era comercializada a 34% abaixo do valor atual – diz Lopes da Silva.
Segundo ele, a tendência de alta dos valores do frango e do suíno continuará no curto prazo.
– Temos o pagamento do 13º salário e as festas de final do ano que acabam estimulando o consumo tanto da carne bovina - que deverá ter seus preços sustentados – quanto das outras proteínas – prevê o analista.
A informação divulgada hoje pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná, em boletim diário, corrobora com a previsão de Lopes da Silva: a intenção dos produtores de suínos da região é atingir, até o final do ano, cotação de R$ 4/quilo do animal vivo ante os R$ 3,50/quilo praticados hoje no Estado.

AGÊNCIA ESTADO

“Recuperações em MT não estão sendo cumpridas pelos Grupos”

Denúncia vem da Acrivale, que concentra, somente em Juara, o maior rebanho de MT



Desde o início do ano passado até agora, mais de uma dezena e meia de plantas está sob recuperação em MT
MARIANNA PERES
Da Editoria

A Associação dos Criadores do Vale do Arinos (Acrivale) está preocupada com os rumos que as recuperações judiciais dos frigoríficos, que atuam em Mato Grosso, estão tomando. “Nada está sendo cumprido, na verdade. Damos chances às empresas, mas nada do que é acordado é honrado”, critica o presidente da entidade, Esly Sebastião Piovezan Moreira de Souza. Diante da situação, que segundo ele não indica nenhum desfecho breve e muito menos favorável ao segmento, a Acrivale reforça a orientação da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) de vender bovinos somente à vista.

A recomendação da Acrivale foi emitida na última terça-feira a todos os pecuaristas que integram a área de atuação de entidade, que engloba os municípios do rio Arinos: Juara, Porto dos Gaúchos, Novo Horizonte e Tabaporã. Juara detém o maior rebanho de bovinos do Estado, mais de 900 mil cabeças, e está entre os dez maiores rebanhos do Brasil. “Somente junto aos pecuaristas de Juara os frigoríficos Frialto, Quatro Marcos e Independência devem mais de R$ 5 milhões. Não bastasse o pedido de recuperação por parte do grupo Frialto, situação essa que vem se arrastado desde meados do primeiro semestre. Duas assembleias de credores realizadas e nenhuma proposta real de pagamento aos pecuaristas, nos deixando a incerteza da quitação desses débitos”.

O presidente diz que esta semana a Acrivale foi informada a respeito da suspensão, por tempo indeterminado, do pagamento das parcelas do grupo Quatro Marcos, que teve seu plano aprovado no início desse ano. “Pensávamos que a recuperação judicial tinha por objetivo recuperar uma empresa, como diz o nome, aprovando um plano viável e justo a seus credores, porém não é isso que vem acontecendo. Estamos diante de um desrespeito à classe produtora do Vale do Arinos”.

Sebastião destaca que a venda à vista tem de ser reforçada, já que os frigoríficos utilizam uma estratégica que ele classifica de “má-fé” e que acaba seduzindo o pecuarista. “A arroba à vista está cotada em cerca de R$ 105. Porém, esse acaba sendo o valor a prazo e para venda à vista há um desconto em que a arroba sai por R$ 100, derrubando a cotação. Para não perder um percentual de ganho, muitos vendem para receber 30 ou 40 dias após o abate”. Apesar do nome “à vista”, como destaca Sebastião, o pagamento ao pecuarista se efetiva em três ou quatro dias após o abate. “Somente forçando a venda à vista é possível reduzir o risco de calote ao qual o pecuarista está sujeito ultimamente. Nossa mobilização é para que ninguém mais caia no conto da venda a prazo”, sentencia.

O presidente da Acrivale lembra que duas assembleias gerais de credores foram marcadas pelo Frialto – grupo frigorífico mato-grossense –, mas nada ficou acordado. “A recuperação judicial não tem sido garantia de nada para nós, pecuaristas, pelo menos”.

Os bovinos da região estão sendo comercializados com a unidade do Frialto de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) e a unidade local do JBS-Friboi. Para serem abatidos em Sinop, na unidade do Frialto, os bovinos percorrem cerca de 300 quilômetros e somente esta planta responde pelo consumo de 40% dos bovinos destinados ao abate em Juara (709 quilômetros ao norte de Cuiabá). Mesmo sob pedido de recuperação, o Frialto tem comprado à vista, como informa Sebastião. O Frialto, entre os grandes grupos em atuação no Estado, é o último deles a entrar com a recuperação judicial, pedido esse protocolado em maio deste ano. Do início de 2009 até agora, 16 plantas frigoríficas entraram com pedido de recuperação no Estado, realidade que reduziu em mais de 30% a capacidade de abate local.

ACRIMAT – Empunhando a bandeira da venda à vista há mais de um ano, a Acrimat frisa que esta é a melhor blindagem que o segmento pode obter neste momento. Cerca de 65% dos animais estão sendo vendidos de forma à vista no Estado. “A crise dos frigoríficos realmente mudou a forma de comercialização, em que prevalecia a condição de pagamento com 30 dias após o abate”, aponta o diretor da Associação, Luciano Vacari.

RANKING – Depois de Juara, com mais de 905 mil bovinos, o segundo município com o maior rebanho em Mato Grosso é Cáceres,com 825,37 mil, seguido de Vila Bela com 803,59 mil. Em quarto está Alta Floresta com 760,17 mil e em quinto, Vila Rica com 642,32 mil. 

Rússia: embargo ao frango congelado só nos industrializados


Campinas, 18 de Novembro de 2010 - Notícias vindas ontem de Moscou recolocaram a questão do embargo ao frango congelado em sua justa dimensão: a partir de 1º de janeiro de 2010 o uso do produto será proibido, apenas, nos produtos industrializados.
Desde meados de 2008 a Rússia vinha anunciando que, futuramente, iria proibir a utilização de carne de frango congelada na elaboração de pós-processados. Inicialmente (2009) aplicou a proibição na fabricação de alimentos infantis, prevendo que uma restrição mais ampla (nos pós-processados) entraria em vigor a partir do início do ano que vem.
Mas em outubro passado criou-se tumulto generalizado. Não se sabe se por confusão de autoridades envolvidas na questão ou, mesmo, da imprensa local, passou-se a noticiar que a venda do frango congelado (de origem russa ou importado) seria proibida também no varejo russo.
Foi preciso que um representante da US Poultry & Egg Export Council (a entidade representativa dos exportadores avícolas norte-americanos) recolocasse os pingos nos is. Ontem, Albert Davleyev, representante da entidade em Moscou, esclareceu que a limitação ao uso do frango congelado estará restrita, como se previa, aos processados e às chamadas “delicatessens”.
Em outras palavras, ressaltou que a medida não vai atingir as vendas a varejo. Mesmo assim observou que o procedimento ainda não está totalmente definido: foi aprovado pelo diretor da entidade russa de defesa do consumidor, Gennady Onishchenko, em 12 de novembro, mas precisa ser ratificado pelo Ministério da Justiça, o que deve ocorrer dentro de uma semana.
(AviSite) (Redação)

Preço do frango, no varejo, não acompanha altas da carne bovina

Campinas, 18 de Novembro de 2010 - Dados do Procon-SP apontam que na segunda semana de novembro o consumidor paulistano pagou pelo quilo da carne bovina de segunda R$10,64, enquanto o frango abatido foi vendido por, praticamente, um terço desse valor – R$3,83/kg.
Contrapostos aos preços médios registrados pelo mesmo Procon-SP em dezembro de 2009 – carne bovina de segunda, R$8,00/kg; frango abatido, R$3,43/kg – os preços mais recentes indicam que no ano a carne bovina de segunda aumentou 33% e o frango perto de 12% (índice de aumento correspondente a 40 centavos, contra R$2,64 da carne bovina, quase sete vezes mais).
Como se constata, o frango vem registrando evolução de preços ínfima frente aos aumentos da carne bovina. Mas esse comportamento não é novo. Assim, observados os preços médios do Procon-SP registrados no ano de 2007 – carne bovina de segunda, R$7,12/kg; frango, R$3,16/kg – chega-se a uma variação de praticamente 50% para a carne bovina e a pouco mais de 20% para a carne de frango.
Isso, em resumo, significa que, na aquisição, hoje, de um quilo de carne bovina de segunda o consumidor paulistano gasta R$3,52 a mais, enquanto o mesmo volume de carne de frango exige não mais que 67 centavos. Desde 2007, note-se. Além disso, o adicional agora necessário para um quilo de carne bovina (+R$3,52) equivale, quase, ao preço de um quilo de frango.
Naturalmente, ao registrar evolução de preços moderada, o frango cumpre importante função social. Mas os baixos valores que vêm sendo registrados equivalem, quase, a um ato de benemerência. Para comprovar estão aí (gráfico abaixo) os dados baseados nas informações do Procon-SP. Eles mostram, por exemplo, que apesar de estar enfrentando verdadeira explosão de preços da carne bovina (claro, por razões justificáveis), o consumidor vem pagando pelo frango menos do que pagava há pouco mais de um ano, entre junho e julho de 2009.

Marfrig prevê ganhos no 4º trimestre

O Marfrig, grupo brasileiro do setor de alimentos com atuação global, sofreu um prejuízo no terceiro trimestre devido a despesas financeiras relacionadas a "hedge" cambial e pagamento de juros das debêntures emitidas para a aquisição da Keystone, um negócio que envolveu 1,2 bilhão de dólares.Os gastos com os juros somaram 233 milhões de reais, enquanto as despesas com as operações nos mercados no terceiro trimestre atingiram 154 milhões de reais, informaram executivos da empresa nesta quinta-feira (18/11). Com esses gastos, o Marfrig registrou prejuízo de 30,1 milhões de reais entre julho e setembro, ante lucro de 200,5 milhões de reais em igual período do ano passado. No segundo trimestre deste ano, o Marfrig lucrou 127,4 milhões de reais.
"Quando fechamos a aquisição da Keystone, o dólar estava a 1,82 real. Se tivesse fechado com esse câmbio, a Keystone ia entrar a 1,82 real. Mas decidimos... fazer um hedge e pagamos em outubro com dólar de 1,76 real. Então tivemos um ganho na aquisição da Keystone que vai aparecer no quatro trimestre", destacou Marcos Molina, presidente do Marfrig, em teleconferência com analistas.
Para a compra da Keystone, que garantiu ao Marfrig ser um dos principais fornecedores do McDonald's, a companhia emitiu cerca de 2,5 bilhões de reais em debêntures, subscritas integralmente pelo BNDESPar, o braço de participações do BNDES.
Os resultados da Keystone, a propósito, serão contabilizados para o Marfrig a partir do atual trimestre.
Se a parte financeira pesou nos resultados, a operacional apresentou dados positivos. A receita líquida foi de 3,9 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 8,3 por cento em relação ao segundo trimestre e crescimento de 60,5 por cento ante o mesmo período do ano passado, quando a companhia ainda não contabilizava as operações da Seara.
A receita foi impulsionada pelo aumento de vendas nos mercados domésticos (incluindo food service) e de exportação das divisões de Bovinos-Brasil e da Nova Seara.
A participação de market share da Marfrig no abate total de gado sifado no país, que era de 7 por cento no terceiro trimestre de 2009 e de 11 por cento no segundo trimestre, cresceu para 14 por cento, apesar da forte alta dos preços do boi no mercado interno.
"Temos uma grande diversificação de plantas no Brasil e temos investido em confinamento. Acredito que fomos bem sucedidos na estratégia de transferência de preços, com um mercado interno bastante forte... E os preços de exportação aumentaram no período. Isso possibilitou esse ganho de market share...", disse o diretor de Relações com Investidores, Ricardo Florence.
O Marfrig aumentou sua participação de market share nas exportações brasileiras de carne bovina para 18,9 por cento, ante 11,6 por cento no mesmo período do ano passado.
"Acho que as vendas do 4o trimestre estão muito boas. Na parte de bovinos, mesmo como o aumento do gado, temos repassado aumento de preços, e eu vejo um cenário mais otimista que no terceiro trimestre", completou Molina.
A companhia afirmou ainda que a marca Seara também registrou aumento de vendas e ganhos de market share no mercado interno, cuja fatia passou de 6,2 por cento em dezembro de 2009 para 7,8 por cento recentemente.
Maiores custos
A empresa só sentirá plenamente o aumento dos custos dos grãos, após a recente disparada das cotações das commodities, no primeiro trimestre de 2011, declarou o diretor de Aves, Suínos e Industrializados do Marfrig, Mayr Bonassi, acrescentando que, por outro lado, o mercado está absorvendo uma alta nos preços dos produtos acabados.
Ele explicou que o impacto da alta das matérias-primas no quarto trimestre não será totalmente sentida no período porque a empresa tinha estoques e estava protegida em mercados futuros.
"Quando começou a alta de preços, tínhamos um estoque bom, nesse período da alta fomos comprando alguma coisa e fazendo um pouco de média, no pico maior seguramos as compras na esperança de uma estabilidade", disse.
"Sem dúvida nenhuma o grão vai impactar os custos mais fortemente no próximo trimestre, mas há abertura maior para repasse de preços, principalmente na área internacional, na chamada food inflation."
"Para o início do ano que vem, sim, os grãos chegarão com custos totais para a produção de aves e suínos."
Por volta das 14h15 (horário de Brasília), as ações do Marfrig perdiam 2,5 por cento na Bovespa, enquanto o índice principal da bolsa subia 1,15 por cento.

O desafio da JBS no mercado

Por que o valor de mercado da JBS orbitou nos últimos meses em torno de seu valor contábil, sem decolar como esperam seus controladores e acionistas? O que falta para o frigorífico brasileiro transferir para suas ações o peso de ter se tornado, no ano passado, a maior empresa de proteínas animais do mundo, com bases de produção em quatro países e presença em todos os mercados do planeta?
Mais do que integrar as dezenas de aquisições feitas nos últimos anos, no País e no exterior, e de tentar harmonizar negócios em cadeias tão diferentes quanto as de carne bovina, carne suína, leite e biodiesel, responder a essas questões tornou-se o grande desafio da diretoria da companhia. Na sexta-feira, quando apresentou os resultados da JBS no terceiro trimestre, o próprio presidente do grupo, Joesley Batista, fez a pergunta aos cerca de 50 analistas presentes. Ninguém respondeu.
O fato é que o valor de mercado da JBS encerrou junho em R$ 19,279 bilhões, apenas R$ 148 milhões acima de seu patrimônio líquido, e fechou setembro R$ 471 milhões abaixo dele, em R$ 18,442 bilhões. Muito longe da relação do fim de março de 2007, logo após a abertura de seu capital, quando o valor de mercado atingiu R$ 6,46 bilhões, 363% superior ao patrimônio líquido. Ou de setembro de 2009, já depois de acelerada a internacionalização, quando o valor de mercado chegou a R$ 12,898 bilhões, 161% acima do patrimônio.
Em entrevista ao Valor, Jeremiah O'Callaghan, diretor de relações com investidores da JBS e principal "embaixador" do grupo juntos aos analistas, concordou com a possibilidade de que o forte e rápido crescimento da companhia nos últimos anos tenha ajudado a confundir o "mercado". E lembrou que, desde a abertura de capital, o entendimento pleno dos analistas sobre as peculiaridades das áreas de atuação da JBS mostrou-se de fato um grande desafio.
"O segmento de bovinos, por exemplo, é bastante complexo. É uma indústria de desmontagem. Do boi temos vários produtos, cada um deles com dezenas de clientes no Brasil e no exterior. É um modelo peculiar, com muito pouco a comparar". Desde a abertura de capital, a complexidade identificada por O'Callaghan é apontada como um dos principais fatores para a permanência do controle da gestão do grupo nas mãos da família fundadora.
"É preciso quebrar paradigmas para domar esse negócio. A gestão da JBS é muito experiente, formada por pessoas que cresceram no setor e entendem desde a lógica do abate até as barreiras comerciais e sanitárias no comércio", afirma. Hoje, analistas reclamam bem menos da gestão familiar. Marfrig e Minerva, os outros dois frigoríficos originalmente de carne bovina de capital aberto, também têm essa marca, e nem por isso seus valores de mercado sofrem com isso.
No caso da JBS, contudo, dúvidas em balanços, dificuldades de compreensão ou mesmo problemas identificados por analistas muitas vezes são associados à gestão. Foi assim no processo de captação, por meio de oferta pública de ações, no primeiro semestre, que resultou em R$ 1,6 bilhão, menos do que a companhia esperava e com parte dos recursos destinados a capital de giro. Ou quando a empresa anunciou, em agosto, que adiaria a oferta inicial de ações da subsidiária JBS USA para 2011, que resultou em multa de US$ 300 milhões a ser paga até o fim do ano ao BNDESPar, que ficou com US$ 2 bilhões em debêntures da empresa conversíveis em ações da JBS USA. Ou diante das devoluções, neste ano, de cargas suas nos EUA pelo uso de um vermífugo em dose acima do permitido pelo país - mas não pelas regras internacionais. Ou mesmo em sua problemática parceria na Itália, inicialmente vista como chance de aprendizado.
Outro foco de rusgas são os problemas ambientais na cadeia produtiva da carne bovina, que só começaram a diminuir recentemente. Só que consumidores e varejo passaram a cobrar dos frigoríficos quaisquer atos de desmatamento ilegal praticados por qualquer pecuarista irresponsável no fornecimento da matéria-prima, o que a empresa considera um exagero. Mas está atenta, e há alguns meses descredenciou um fornecedor no Pará acusado de desmatar.
Consciente de "ruídos" como esses e disposta a tentar silenciá-los, a JBS contratou o executivo Artur Neves, da Amphi - Consultoria em Gestão e Governança, para assumir o cargo de diretor de governança. Neves, que preferiu não conceder entrevista, assumiu em abril, mas três meses depois deixou o cargo. Independentemente das causas que levaram à saída, o fato não colaborou para melhorar as relações com o mercado.
A tarefa voltou a ser capitaneada por Jeremiah O'Callaghan, e ele enxerga avanços. O grupo de analistas que costuma acompanhar os passos da empresa manteve-se mais ou menos o mesmo nos últimos dois anos, e as relações, diz, estão melhorando. Nos encontros periódicos que mantém com analistas, esse irlandês que começou a trabalhar em frigorífico no Brasil há 28 anos, com as oportunidades abertas pelos problemas comerciais enfrentados pela Argentina por causa da Guerra das Malvinas, procura ser direto e didático.
Destrincha dados financeiros, elenca programas ambientais ou com fornecedores, muitos existentes há décadas, mostra que o comércio na área da empresa está mudando de "food security" para "food safety", apresenta projeções, aponta barreiras tarifárias e sanitárias e apresenta projeções de demanda global crescente por proteínas animais, puxada pelos emergentes. "Teremos 9 bilhões de pessoas no mundo em 2050. Os alimentos estão sendo redescobertos pelos investidores e a posição do Brasil é privilegiada nesse contexto, mas nesse processo haverá problemas pontuais que afetarão as ações das empresas do setor. É preciso entender o nosso negócio no longo prazo", afirma.
Nesse sentido, a lógica da expansão da JBS pode dificultar a compreensão de quem não está acostumado com seus segmentos. Desde o início, a empresa procurou ampliar suas bases de produção com foco em escala e na diluição de riscos comerciais e sanitários. Atualmente, se algum importador bloqueia os embarques do Brasil, a empresa pode vender a partir da Argentina, dos EUA ou da Austrália, por exemplo. Mas não para qualquer lugar, já que cada um desses países têm permissões para exportar para alguns mercados e são vetados em outros. São as peças de um tabuleiro que tenta evitar medidas protecionistas.
"Só que aí os analistas passam a ter que entender a dinâmica do mercado australiano. E, quando isso acontece, algo muda no mercado de leite ou de biodiesel. E aí o milho sobe e prejudica as margens. É difícil". Para o executivo, para que JBS e mercado se entendam mais rapidamente, é preciso quebrar dois paradigmas: que a JBS depende de fundamentos brasileiros e que a JBS é uma empresa apenas de carne bovina.
Mas os papéis não reagem e o valor de mercado patina. Após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, analistas realçaram que a companhia tem apresentado fluxo de caixa negativo, por conta da crescente necessidade de capital de giro, questão destacada pela própria companhia em seus comentários e associada às exportações. Perto de R$ 1,2 bilhão do fluxo de caixa no terceiro trimestre foi para capital de giro (R$ 628 milhões) e investimento (R$ 571 milhões). Para a JBS, a dúvida decorre de uma visão simplista, já observada no segundo trimestre.
"A JBS captou R$ 1,6 bilhão e houve um aumento da necessidade de capital de giro na ordem de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre. Essa expansão se relacionou principalmente a um fator positivo para a companhia e o mercado - o financiamento de exportações. Vale ressaltar que os planos anunciados pela JBS para expandir a plataforma de distribuição continuam e que a empresa possui recursos para fazer investimentos nesse sentido. A JBS encerrou o terceiro trimestre com R$ 4,4 bilhões em caixa, o que reforça que possui recursos para viabilizar o projeto de expansão da plataforma de distribuição adiante", diz a empresa.
São coisas de quem que está aprendendo os atalhos do mercado - e vice-versa. "Os resultados já melhoraram, mas o ano que vem será melhor para o setor como um todo. O comércio vai se soltar mais", aposta O'Callaghan.
Valor Econômico

Marfrig mantém exportações para árabes

O Grupo Marfrig irá manter suas exportações para os países do Oriente Médio a partir do Brasil, apesar de ter se tornado proprietário de unidades produtivas na região. Em outubro, o frigorífico comprou a Keystone Foods, multinacional com unidades no Bahrein, Omã, Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos. As vendas externas do Brasil para a região, no entanto, serão mantidas já que daqui são exportadas aves in natura para o Oriente Médio, enquanto as unidades nos países árabes operam com produtos industrializados.
"A aquisição da Keystone Foods não interfere ou modifica o nosso sistema atual de exportações do Brasil para o Oriente Médio. Contudo, no futuro, a empresa espera que o sistema de distribuição da Keystone Foods no local possa vir a contribuir para otimizar ainda mais as exportações para o Oriente Médio", informou Alex Simões Toledo, gerente de Comunicação e Marketing Institucional, à reportagem da ANBA.
Nesta quarta-feira (17), a empresa anunciou seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2010. No período, a receita bruta do grupo aumentou 64% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo o valor de R$ 4,2 bilhões. Já a receita líquida foi de R$ 3,8 bilhões, com crescimento de 60,5% comparado com o terceiro trimestre de 2009. A divulgação foi feita por meio de teleconferência voltada para os analistas de mercado.
As exportações das divisões de bovinos e da marca Seara, além do aumento das vendas no mercado interno, impulsionaram este crescimento, sendo que as vendas ao mercado externo somaram R$ 1,626 bilhão.
O Oriente Médio continuou como o segundo principal destino das exportações da empresa, sendo responsável por 21,1% das vendas externas do Marfrig no terceiro trimestre de 2010. "A Europa cresceu significativamente e o mesmo aconteceu com Oriente Médio e Ásia", destacou Ricardo Florence, diretor de Planejamento e de Relações com Investidores do Marfrig, durante o evento. No mesmo período de 2009, os países árabes absorveram 18,2% das vendas externas da companhia.
A Europa, maior importador do grupo, comprou 45% de suas exportações entre julho e setembro deste ano. Florence também destacou as vendas externas do grupo no total das exportações brasileiras de carne bovina. "Tivemos uma participação recorde de quase 19% nas exportações".
A empresa encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 30,9 milhões, devido ao aumento das despesas financeiras, incluindo operações para a compra da Keystone Foods. O lucro da multinacional só entrará no balanço do Marfrig a partir do quarto trimestre deste ano. O Grupo Marfrig possui 151 unidades industriais em 23 países e emprega 90 mil colaboradores.

Boi Gordo: frigoríficos tentam baixar os preços da arroba

Scot Consultoria

Mercado especulado, com frigoríficos tentando baixar os preços da arroba. Em São Paulo o preço de referência está em R$111,00/@, à vista, e R$112,00/@, a prazo, ambos livres de funrural. Porém, existem ofertas de até R$3,00/@ a menos, mas nos preços menores o mercado trava.

Compras nos valores mais baixos ocorrem somente com lotes menores. Esse comportamento baixista ocorre em todo Brasil. Apesar disso, a oferta de animais terminados continua pequena.

Existem muitos frigoríficos fora das compras, esperando uma definição melhor do mercado, embora haja ainda certa urgência para completar as escalas de abate.

Em todas as praças do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, houve redução nos preços ofertados pela arroba, mas sempre com dificuldade na compra.

No atacado de carne bovina com osso os preços estão estáveis. Aliás, o mercado de carne bovina, que trabalhou em baixa nos últimos dias, é que tem forçado muitos frigoríficos a recuarem e ofertar menos pela arroba do boi gordo.

Só Notícias

Fiscalização determina abate de bovinos no PR

A fiscalização federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou o abate de 175 bovinos no Paraná em função da ingestão de produtos proibidos na alimentação desses animais. Outros 230 bovinos foram interditados pela fiscalização e também podem ser abatidos se for comprovado, por exames de laboratório, que foram alimentados com ingredientes oriundos de subprodutos de origem animal.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) está colaborando com o ministério da Agricultura, que está intensificando a fiscalização sobre o uso da cama de aviário na alimentação de animais bovinos no Paraná. Essa prática é proibida pela legislação diante dos riscos de adicionar subprodutos de origem animal na alimentação dos bovinos.

A medida visa evitar que se instale no Brasil a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da Vaca Louca. De acordo com o diretor do departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária da Seab, Marco Antonio Teixeira Pinto, nunca houve a manifestação dessa doença em animais no território brasileiro, mas infelizmente o Brasil é classificado como sendo um país de risco controlado para a ocorrência da Encefalopatia Espongiforme Bovina, porque entre outros motivos os produtores usam a cama de aviário na alimentação de ruminantes.

Alguns abatedouros não fazem a retirada da linha de abate de materiais de risco específico como encéfalo, olhos, medula espinhal, amídalas, baço e terço final do intestino delgado, locais onde há a maior concentração de príons, que pode originar a doença da Vaca Louca.

A recomendação, diz Teixeira Pinto, é que esses elementos devem ser retirados da carcaça do animal e incinerados, para impedir a sua reciclagem pelas graxarias que produzem farinhas de carne e ossos, produtos permitidos somente na fabricação de rações de aves, suínos, cães, gatos e peixes.

Ele alerta que se os produtores não abolirem a prática do uso da cama de aviário como alimentação aos animais, os ruminantes podem estar expostos ao risco de contaminação. Além disso, contribuem para a manutenção do Brasil na classificação de risco controlado para a incidência da EEB pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que traz restrições à exportação de carnes e subprodutos derivados de ruminantes como bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos.

O veterinário afirma que no caso específico da cama de aviário, fazem parte de sua composição além do substrato (cepilho, casca de arroz, etc.), a ração das aves que cai dos comedouros e as fezes das aves. É importante salientar que na ração das aves é permitido o uso de farinha de carne e ossos, que é feita com os resíduos de abatedouros (carcaças ou parte de carcaças de animais não destinados ao consumo humano como ossos, penas, sangue e vísceras). Mas esses ingredientes agravam o risco de contaminação, salienta Teixeira Pinto.

Indicação materia : Osmar Pereira da Fé (Consultor)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mercado

Houve hoje uma oferta de dianteiros de vaca no Rio tendo de tudo quanto é preço desde R$ 4,80 até R$ 5,20 kg e o pior sem vendas. No dianteiro sem osso a pedida ficou entre R$ 7,40/7,50 kg.
A Ponta de Agulha, por outro lado, segue um pouco  mais firme havendo pedidas até de R$ 6,00 kg , mas com  menor oferta que o dianteiro, embora algumas industrias dizem ter comprado a R$ 5,70 kg e a R$ 5,80 kg.

EUA liberam carne suína e bovina de Santa Catarina

Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - Os Estados Unidos liberaram a importação de carne suína e bovina in natura do Estado de Santa Catarina, informou nesta terça-feira a Abipecs, entidade que reúne os produtores e exportadores de suínos no Brasil.
Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, a liberação de Santa Catarina, Estado reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como livre de febre aftosa sem vacinação, foi publicada nesta terça-feira no diário oficial norte-americano.
O envio do produto aos EUA, no entanto, não é automático. Camargo afirmou que a partir de agora tem início o processo de habilitação pelos EUA de unidades processadoras no Estado.
"Agora tem que habilitar as fábricas, um processo individualizado", declarou ele a jornalistas.
O dirigente afirmou que o Brasil poderá ser competitivo para exportar para os EUA, inicialmente, em alguns cortes suínos como costela e bacon.
"Carcaça chegaria mais caro (que o produto dos EUA pelo frete)", observou.
O Brasil é o quarto produtor e exportador global de carne suína, enquanto os EUA estão em segundo no ranking da exportação e em terceiro no da produção, segundo dados divulgados pela Abipecs.
No caso da carne bovina, a autorização dos EUA não tem grande impacto, já que Santa Catarina não detém um grande rebanho de bovinos. Em suínos, ao contrário, o Estado é o maior produtor brasileiro e teria condições de ampliar as exportações.
Mas considerando que os norte-americanos também contam com uma importante posição no comércio internacional de carne suína, Camargo Neto comentou que a liberação tem mais um aspecto positivo indireto, que é o de facilitar a abertura de outros mercados como os do Japão e da Coreia do Sul, pelo reconhecimento internacional do serviço de inspeção dos Estados Unidos.
"Os EUA têm influência na Ásia e vai ajudar no trâmite de processos com Japão e Coreia, ajuda indiretamente, dá credibilidade para a carne de Santa Catarina", afirmou ele durante evento da Brasil Foods na Bovespa.
A Brasil Foods, maior produtora e exportadora de carne suína do Brasil, deverá se beneficiar da decisão dos
EUA.
"É uma notícia bem interessante, bem boa", declarou o presidente executivo da Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, ao saber da notícia durante o evento.
Na mesma linha, outra companhia brasileira que pode eventualmente ser beneficiada é a Marfrig, que comprou a Seara no ano passado e se tornou a segunda em carne suína no Brasil.
O aval dos EUA para Santa Catarina veio após o Brasil ter obtido neste ano um acordo com os norte-americanos dentro da disputa relacionada aos subsídios ao algodão.
O Brasil concordou em não retaliar os EUA --uma medida autorizada pela Organização Mundial de Comércio, que considerou os subsídios ao algodão ilegais-- desde que, entre outras coisas, os norte-americanos liberassem a carne catarinense.
O processo na OMC do Brasil contra os subsídios ao algodão dos EUA foi iniciado justamente sob a batuta de Camargo Neto, quando ele integrava o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Santa Catarina obteve da Organização Internacional de Saúde Animal o status de livre de febre aftosa sem vacinação em 2007, mas os EUA sempre adiaram o reconhecimento dessa condição.

Mercado Atacado - São Paulo - 16-11-2010

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CARNES: receita média diária de embarques atinge US$ 60,374 milhões

As exportações brasileiras de carnes somaram US$ 60,374 milhões nas duas primeiras semanas de novembro, período compreendido de 01 a 14. A média acumulada é 2,1% superior à média diária de outubro último, de US$ 59,119 milhões.Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nessa terça-feira (16). No comparativo com a média diária de novembro de 2009, de US$ 49,754 milhões, o desempenho deste mês é 21,3% superior.
fonte: Safras e Mercado

SP:Carne suína vai a R$ 72 arroba

A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) reportou negócios com suínos a preços de R$ 70/72,00 arroba nessa terça-feira (16), envolvendo criadores independentes de São Paulo. Conforme a APCS, foram negociados 14.770 suínos nessas bases de preços.O patamar de até R$ 72,00/arroba supera o recorde de R$ 71,03 arroba,obtido em 06 de outubro de 2008 e extrapola até mesmo previsões.
No mês passado, o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, visualizou patamar de R$ 70,00 na arroba do suíno em São Paulo para o mês de novembro.Conforme o analista, como não há produção elevada, o suíno deve dispor de oferta ajustada no final do ano em relação à demanda, com preços sujeitos a seguir a alta do boi.fonte: Safras e Mercado