quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Governo isenta carne de suínos e aves de PIS/Cofins

O governo já aprovou a isenção de PIS/Cofins em suínos e aves para pequenos e médios frigoríficos que atuam no mercado interno. Frigoríficos que exportam já são isentos de PIS/Cofins, por isso não serão atingidos pela medida. No mercado interno, o incentivo é considerado pelo setor uma forma de combater a concorrência de empresas que realizam abate de forma ilegal.

De acordo com o deputado federal, Valdir Colatto, esta Lei é uma conquista de todo setor produtivo, que terá melhores condições de trabalhar e investir em estrutura e geração de emprego.

"Com esta medida, os frigoríficos tendo menos despesas com impostos, poderão remunerar melhor o produtor, um dos nossos objetivos nesta briga", revela. Ele ressalta também que muitas pequenas indústrias estavam fechando as portas por inviabilidade econômica e esta lei vem a dar mais fôlego aos empresários.

Estimativas do setor indicam que cerca de 30% do abate nacional é irregular. O número representa cerca de 15 milhões de cabeças que saem de frigoríficos sem fiscalização.

Segundo ele, a ideia é dar mais equilíbrio entre a exportação e o mercado interno. "Isso vai tornando essa concorrência muito difícil. Então, nós, da bancada ruralista vínhamos estudando uma equalização entre os exportadores que também produzem para o mercado interno e aqueles que produzem somente para o mercado interno", finaliza. O presidente do Instituto Nacional da Carne Suína, INCS, Wolmir de Souza, comemora a decisão, ressaltando que esta é uma das premissas da entidade, buscando maior remuneração ao produtor e melhores condições de trabalho aos frigoríficos.

As informações são do Instituto Nacional da Carne Suína, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Mercado São Paulo - Atacado - 22/12/10

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O empurrão que a ovinocultura precisava

A criação de ovinos voltou a chamar a atenção dos fazendeiros gaúchos – o preço do quilo vivo que, historicamente, era de R$ 1,90 ou pouco mais, próximo do quilo do boi, nesta primavera chegou a R$ 8,00, quase três vezes o preço do boi, diante da falta de animais para atender a uma extraordinária demanda pela carne, que entrou na moda, e pela diminuição da oferta internacional. Mas, com a crise da lã, que diminuiu o rebanho gaúcho de 13 milhões de cabeças para apenas 3 milhões, a cadeia produtiva, de comercialização e de abate se desestruturou. Também as cidades chegaram mais perto do campo, levando problemas urbanos para as áreas rurais, o que tornou a criação de ovinos diferente da que se fazia há 20 ou 30 anos. Muita coisa precisa ser mudada para que ela volte a crescer.
Ovinos - abate garantido

Uma tentativa importante está sendo feita pelo frigorífico Marfrig com o objetivo de desenvolver a ovinocultura nas regiões Sul e Central, através de novas tecnologias de produção e cruzamentos e garantia de comercialização e abate. A intenção é aumentar a qualidade dos animais. Tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul, o projeto começou em 2009. O primeiro passo foi inaugurar um frigorífico de ovinos, em Promissão (SP), com capacidade de 1.000 abates/dia, que recebe animais de SP, MS, MT, GO, PR e MG, e dois confinamentos, em Getulina e Marilia (SP), com capacidade estática de 1.000 cordeiros.
Ovinos - excelentes mães

A primera é um composto terminal formado pelas raças suffolk, white suffolk e pool dorset, com características de rápido ganho de peso, alto rendimento frigorífico e excelente qualidade de carcaça. A highlander é um composto materno, formado pelas raças texel, finn e romney, cujas características são precocidade reprodutiva, alta prolificidade, excelente habilidade materna e produção de lã de qualidade. Ambas chegam a produzir até três cordeiros por parto, mas isso não é recomendável pela falta de alimento aos recém-nascidos.

Ovinos - Com confinamento
MARFRIG/DIVULGAÇÃO/JC
Highlander, um composto de texel, finn e romney
Highlander, um composto de texel, finn e romney                                               

No Rio Grande do Sul, o Marfrig arrendou os frigoríficos de ovinos de Mato Leitão, Alegrete e Capão do Leão I, do Grupo Mercosul, com capacidade de abate de 3.500 animais/dia. Paralelamente, foi instalado um confinamento de 5.000 animais, já sendo estruturado para abrigar 20.000 animais. A terminação é feita em regime de parceria, com o produtor tendo a opção de venda dos animais tanto terminados quanto magros, garantindo a comercialização, inclusive para os pequenos produtores, pois o frigorífico compra qualquer quantidade, sem preenchimento de cotas.
Ovinos - 9 mil cordeiros por semana
A primera, mais produtora de carne, é ideal para cruzamento terminal com qualquer outra raça com o objetivo de obter cordeiros, tanto machos quanto fêmeas, destinados ao abate. A highlander é ideal para cruzamentos absorventes, selecionado-se as melhores fêmeas para futuras matrizes e abatendo as demais e todos os machos para carne. A meta dos programas do Marfrig é produzir 4.000 mil cordeiros por semana na unidade de Promissão e 5.000 cordeiros por semana, no Rio Grande do Sul, para abastecer  Alegrete e Capão do Leão I. A dúvida é a questão dos preços a serem pagos pelos cordeiros.
Ovinos - primera e highlander

Diego Alagia Brasil, gerente de Fomento do MFB Marfrig Frigoríficos S.A., informa que o grupo quer melhorar a produção levando ao produtor informações sobre técnicas de produção, eficiência, produtividade, sustentabilidade e mercado, uma troca de experiências entre campo, indústria e consumidor. Qualquer produtor pode participar. Diante da crise da ovinocultura nos últimos 50 anos, o Marfrig sabe que terá um longo trabalho pela frente, inclusive ajudando na seleção e melhoramento genético. Atualmente, o projeto trabalha com duas raças relativamente novas no Brasil, a primera e a highlander, ambas chamadas “compostas”.
Divisão vinífera

Um dos aspectos que mais prejudicou a vitivinicultura gaúcha foram as brigas e disputas inter-regionais e até intervicinais que existiam nos anos 50, 60, 70 e 80 do século passado na região produtora italiana. Hoje, quando o vinho brasileiro (gaúcho) ganha os mercados nacional e internacionais, pelo aumento de qualidade, e as exportações de vinhos não são mais apenas um sonho, acreditava-se que o passado de desentendimentos e rivalidades estava sepultado. Parece que não. Bento Gonçalves, que sempre teve o comando do Sindicato do Vinho (Sindivinho), um dos mais antigos do estado, vem desde 1928, perdeu, em 2007, a presidência, para Cristiane Passarin, de Flores da Cunha, e não se conformou muito.


O Dia

Fusão cria maior empresa de laticínios do Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A Bom Gosto e a LeitBom anunciaram nesta quarta-feira a fusão das duas empresas, dando origem à LBR, Lácteos Brasil, que ambas anunciam como a maior empresa nacional de laticínios.

Segundo o comunicado, a companhia terá faturamento de anual de cerca de 3 bilhões de reais e captação anual de mais de 2 bilhões de litros de leite.
"Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares", informaram as companhias, em nota.
O novo conglomerado reunirá marcas como Parmalat, LeitBom, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, Corlac e Ibituruna.
Com a fusão, todos os acionistas da Bom Gosto e da LeitBom passam a ser acionistas diretos da LBR. A BNDESPar, braço de participações do BNDESP, fará um aporte de 700 milhões na companhia, sendo 450 milhões de reais via aumento de capital e outros 250 milhões de reais via a subscrição de debêntures conversíveis a serem emitidas pela LBR.
O CEO da LBR será Fernando Falco, oriundo da LeitBom. O Conselho de Administração da nova empresa será co-presidido por Wilson Zanatta, fundador e diretor-presidente da Bom Gosto, e por Fersen Lambranho, co-presidente da GP Investments.
De acordo com as companhias, a fusão permitirá ainda que a LBR chegue ao mercado em condições de competir internacionalmente no setor.
(Reportagem de Aluísio Alves)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Depois do boi, sobe o preço do frango

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Às vésperas de preparar a ceia das festas de fim de ano, o consumidor terá poucas opções para escapar da alta de preços da carne bovina. A disparada da arroba do boi gordo, que começou em junho, arrastou as cotações do frango e dos suínos, porque são as carnes substitutas.
Os preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês, aponta o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pelo Instituto de Economia Agrícola. Esse resultado indica tendência de alta dos preços ao consumidor do frango e do suíno. De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição. Já o preço da arroba do boi, que atingiu R$ 105,32 na primeira quadrissemana, praticamente ficou estável na última apuração.
"Com o grande poder de compra que existe hoje no mercado, com o pagamento do 13.º salário e aumento da massa de salários, os preços da carne ao consumidor devem começar a recuar só no ano que vem", prevê o técnico responsável pelo índice, Danton Bini. Com o começo das chuvas e a redução dos custos para engordar o gado, a tendência é de preços menores do boi gordo.
Apesar de a arroba ter atingido níveis recordes, com valorização de 43,56% em um ano e de 28,32% em seis meses, os produtores reclamam que a boa cotação não é repassada para o criador. Sem margem para repor as matrizes que foram abatidas no período de crise, entre 2006 e 2008, o pecuarista mantém o plantel reduzido. O preço alto, porém, pode afugentar o consumidor. "Quem quiser comer carne de primeira, vai ter de pagar o preço de bacalhau", afirma o pecuarista José Lopez Fernandez Neto, de Itapeva, sudoeste paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.A

Consumo doméstico de carne de frango mantém-se nos níveis de 2002/03

Campinas, 22 de Dezembro de 2010 - Enquanto os segmentos produtores de arroz e feijão constatam, assustadíssimos, que nos últimos seis anos o consumo doméstico dos dois produtos apresentou queda de 40% e 26%, respectivamente, a avicultura de corte observa que o consumo doméstico da carne de frango praticamente não se alterou: passou de 12,792 kg per capita em 2002/03 para 12,774 kg per capita em 2008/2009, o que significa que recuou apenas 0,14%.
Mas isso só já não é motivo de preocupação? De forma alguma – o que vale tanto para a carne de frango como para o arroz e o feijão. Esses dados, levantados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002/03 e 2008/09) do IBGE, se referem apenas às aquisições de alimentos para consumo no lar. E como a industrialização e a urbanização são continuamente crescentes (assim como os índices de ocupação da mulher fora do lar), é natural que o consumo doméstico de produtos in natura apresente redução no decorrer do tempo.
Isso aceito, a simples estabilidade no consumo doméstico da carne de frango já é um avanço. Mas que, provavelmente, deve ser creditado ao aumento do poder aquisitivo do consumidor. Que deve ter permitido também, por exemplo, um aumento de 0,85% no consumo doméstico de carne bovina.
Como aponta o quadro abaixo, no período analisado as carnes avícolas apresentaram o maior índice de retração (-4,75%). Mas essa retração ficou restrita a carnes que não a de frango, pois a participação deste no consumo total de carnes de aves, que era de 92% em 2002/03, subiu em 2008/09 para, praticamente, 97%.
Em relação à carne de frango, especificamente, houve significativa queda (já esperada, de 18%) no consumo do frango inteiro, com aumentos expressivos em todos os cortes. A maior expansão (+169%) ocorreu entre os cortes não-especificados (no quadro, N/E), o que dificulta apontar com mais precisão onde ocorreram as maiores expansões.

Investimentos contra aftosa crescem quase 1.700% em oito anos

No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões. O resultado representa crescimento de 1.693,9%. No próximo ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, serão destinados para a Saúde Animal R$ 93,8 milhões.
– Vamos continuar atuando, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste para alcançarmos, até o fim de 2011, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Já o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ocorrer em 2012 – informa o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim.
Neste ano, foram realizadas vacinações oficiais contra a doença no Amapá, nos 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e em áreas indígenas de Roraima (nas reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos).
Em relação à cobertura vacinal da primeira etapa da campanha, no primeiro semestre deste ano, o índice alcançou 97,2%. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que vacinou 100% dos animais com idade abaixo de 12 meses, em fevereiro, na região de fronteira com a Bolívia, e 99,7% dos animais com menos de 24 meses, em todo o estado, em maio.
Segundo o secretário Jardim, a retirada da vacinação deve ser vista com cautela.
– É preciso que os serviços veterinários estaduais estejam estruturados, com profissionais capacitados para realizar uma detecção rápida da doença e que o controle de trânsito dos animais seja efetivo – explica.
Entre os avanços conquistados neste ano, está o reconhecimento pelos Estados Unidos de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação.  A decisão é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína catarinense, pleiteada pelo governo desde 2007.
Classificação
Neste ano, alguns estados evoluíram na classificação contra a febre aftosa. O noroeste do Pará passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram de ser risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido.
Hoje, 15 unidades da federação já detêm o status de livre de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

 

Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28

Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28

Frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores nesta terça em São José do Rio Preto (SP)

Agência Estado-Suzana Inhesta
 
Mais uma vez a questão do pagamento dos credores do Grupo Arantes, em recuperação judicial desde julho de 2009, foi adiada. O frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores (AGC), em segunda convocação, nesta terça, dia 21, em São José do Rio Preto (SP), cidade onde fica a sede da companhia.
Segundo o advogado do grupo, Paulo Campana, da Felberg & Associados, não houve deliberações e a assembleia foi suspensa. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 28, no mesmo local e horário (Ypê Park Hotel, localizado na rodovia Washington Luiz, quilômetro 428, em São José do Rio Preto, a partir das 10h).
De acordo com fontes que participaram do encontro, a nova data marca a preocupação da companhia em aprovar um novo plano de reestruturação da dívida ainda em 2010 para conseguir alguns benefícios fiscais. Segundo o plano de recuperação judicial do grupo, aprovado em janeiro pelos credores, o pagamento aos pecuaristas seria realizado até abril de 2011, mas nenhuma parcela foi quitada.
Conforme novo plano de recuperação judicial do grupo que o Arantes quer aprovar na assembleia, uma nova companhia seria criada para assumir os cerca de R$ 120 milhões da dívida e também a injeção de outros recursos, como a unidade de Nova Monte Verde (MT) e divisão de carnes da Frigor Hans e Frio Eder.
Em dezembro de 2008, a dívida total do Arantes era de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão com 24 bancos. Antes do pedido de recuperação, o grupo, formado por nove empresas, entre elas a Sertanejo Alimentos, Guaporé e Brafri, tinha cerca de quatro mil trabalhadores.

AGÊNCIA ESTADO

 

Marcas fortes despertam interesse pela Sara Lee

Ilan Brat e John Lyons
The Wall Street Journal
Nos últimos cinco anos, a Sara Lee Corp., que já teve uma colcha de retalhos de marcas de consumo, estreitou seu foco para produtos alimentícios. Mas suas divisões, que vão dos cafés Pilão e do Ponto à linha de frios Hilshire Farm, ainda têm pouco em comum, um dos motivos que tornam a empresa um alvo tentador de uma aquisição.
Este ano, o conselho da Sara Lee rejeitou uma proposta da firma de private equity Kohlberg Kravis Roberts & Co. Nas últimas semanas, o conselho vem considerando a venda da empresa para a empresa brasileira de processamento de carnes JBS SA, dizem pessoas familiarizadas com a situação.
Uma venda interromperia o esforço iniciado pela ex-diretora-presidente da empresa Brenda Barnes cinco anos atrás para transformar a Sara Lee, de uma holding com divisões bastante independentes, numa empresa operacional mais centralizada e sofisticada.
Um porta-voz da Sara Lee não quis comentar. Funcionários da JBS também não quiseram comentar.
Bloomberg News
A marca de bolachas Jimmy Dean é um dos atrativos da Sara Lee para potenciais compradores, como o JBS

Analistas especulam há meses que a empresa está pronta para uma venda e subsequente desmembramento. Em novembro, a Sara Lee informou que venderia sua divisão norte-americana de pães para a panificadora mexicana Grupo Bimbo SAB por cerca de US$ 1 bilhão. As divisões restantes de seu portfólio funcionam de forma praticamente independente e aparentemente oferecem poucas sinergias comerciais. Entre elas estão divisões altamente lucrativas, como a área internacional de cafés e a divisão norte-americana de carnes processadas, bem como suas divisões internacionais de pães e massas prontas e de serviços alimentares.
Com mais da metade de seus lucros vindo de fora dos Estados Unidos — boa parte dele da divisão de cafés —, a Sara Lee precisa importar caixa para custear a reestruturação de suas operações norte-americanas e pagar seus dividendos. Ao fazê-lo, ela incorre em uma carga tributária substancial, escreveu a analista Alexia Howard, da Sanford Bernstein, numa nota para investidores na semana passada.
Se for para a empresa ficar unida, seus executivos teriam de descobrir uma maneira para aumentar as margens e o fluxo de caixa na América do Norte, talvez pela compra de outra empresa de café, disse Howard. A conclusão dela: o desmembramento da empresa pode dar um bom impulso à cotação da ação da Sara Lee.
A ação da Sara Lee fechou ontem cotada a US$ 17,53 na Bolsa de Valores de Nova York, em baixa de 0,9%.
"Nós vemos a Sara Lee cada vez mais como uma empresa cujo portfólio e foco geográfico atuais são ineficientes sob a perspectiva tributária. Por isso, algo precisa mudar", escreveu Howard. "Vemos a Sara Lee numa encruzilhada e acreditamos que nos próximos vários meses vamos começar a ver sinais de qual das duas rotas a empresa planeja seguir."
[Sara]
Quando Barnes assumiu o comando da Sara Lee no começo de 2005, o conglomerado tinha dezenas de marcas que faziam desde graxa de sapato até salsicha. Cada uma delas fazia suas próprias compras e pouco hedge, quando fazia. Ela criou um departamento centralizado de compras e ajudou a gerenciar melhor a volatilidade de preços de commodities ao levar a empresa a comprar e negociar contratos futuros para algumas de suas matérias-primas. A Sara Lee também consolidou sua equipe americana de pesquisa e desenvolvimento em Illinois, concentrou os recursos de marketing nas marcas maiores e começou a tentar simplificar sua grande lista de produtos.
Barnes estabeleceu uma meta de uma margem operacional de 12%, o que a empresa como um todo ainda não alcançou. Ela se desfez de bilhões de dólares em divisões, terceirizou várias funções e lançou uma grande iniciativa de corte de custos.
Quando Barnes saiu da empresa em agosto, depois de ter sofrido um derrame, a Sara Lee tinha somente cinco unidades de negócio. A divisão internacional de café tinha uma margem operacional perto dos 18% , enquanto a divisão norte-americana de carnes, sob a liderança de Christopher John "CJ" Fraleigh, tinha mais que dobrado sua margem operacional, para cerca de 12%.
Uma compra da Sara Lee pela JBS seria a mais recente aquisição estrangeira do esforço bilionário da empresa brasileira para ganhar presença em mercados como os EUA e Europa. Desde 2007, a JBS, cujo faturamento anual gira em torno dos US$ 20 bilhões, comprou o frigorífico Swift & Co., duas divisões da Smithfield Foods Inc. e o controle acionário na produtora de aves Pilgrim's Pride Corp.
As compras fazem parte de uma onda de aquisições feitas por grandes empresas brasileiras de agronegócios que dominam seus mercados domésticos e estão usando uma moeda forte e o acesso ao capital para se expandir no exterior. Ao comprar empresas americanas, a JBS busca acesso a um mercado gigantesco que de outra forma seria inalcançável para a empresa. Os frigoríficos brasileiros não podem exportar suas carnes para os EUA devido a regras americanas de segurança alimentar, que a indústria brasileira de carnes considera como medidas protecionistas. Sem conseguir exportar para os EUA, a JBS está montando sua tenda em solo americano, dizem analistas.
"As regras sanitárias são vistas como medidas protecionistas disfarçadas e, para contorná-las e fazer negócios nos EUA, uma empresa de carnes precisa comprar os frigoríficos de lá", diz Alcides Torres, que dirige a firma de pesquisa da pecuária brasileira Scot Consultoria.
A expansão internacional da JBS é patrocinada em parte pelo governo brasileiro, que oferece financiamento subsidiado para muitas das maiores empresas do País por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com o objetivo de ajudar a transformar essas empresas em importantes participantes do mercado global. Mas a estratégia tem ultimamente atraído críticos, que dizem que o governo está escolhendo suas potências empresariais.
Quando candidato de oposição à presidência, por exemplo, José Serra usou a televisão para criticar o uso de empréstimos subsidiados pelo contribuinte para ajudar a JBS a comprar a então concordatária Pilgrim's Pride. Autoridades do BNDES dizem que não estão escolhendo as grandes vencedoras nacionais.
Além do BNDES, que detém uma participação de 17% na JBS, o frigorífico tem outras fontes de financiamento, como a emissão de ações e os empréstimos tomados no mercado internacional.













terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mercado em São Paulo - Atacado - 20/12/10

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Peru mais barato é opção natalina

Os preços dos alimentos subiram cerca de 10%, em média, desde o Natal do ano passado, informou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). E isso vai fazer com que a ceia do brasileiro pese um pouco mais no orçamento este ano.
Para se ter uma ideia, no caso das carnes, a alta chegou a mais de 40%. Mas, quem não abre mão do tradicional peru na mesa natalina poderá comer sem culpa. É que o preço da ave já recuou 11,45% desde dezembro de 2009.
A mesma queda foi verificada nos preços do chester. Portanto, quem optar pelas aves neste ano, além de saborear uma refeição mais saudável, ainda vai aliviar o orçamento familiar.
Para os consumidores que não dispensam o pernil e o lombo no período de festas, o melhor é preparar o bolso. Desde o Natal passado, esses cortes suínos já foram reajustados em 14,83% e 18,38%, respectivamente.
No caso das carnes bovinas, o preço médio subiu 31% no período. Os maiores aumentos ocorreram nos preços da picanha (39,9%) e do file mignon (39,4%).
eBand

Natal com mais carne

A demanda por carne mostra-se aquecida apesar do reajuste generalizado nos preços ao consumidor verificado no último ano. Nos próximos dias, o setor produtivo espera novo aumento, pela proximidade das festas de Natal e Ano Novo. A cadeia prevê que, passada essa empolgação, o consumo ainda será bom o suficiente para justificar incremento na criação de frango, suínos e bovinos no Paraná.
Os preços de todos os tipos de carne bovina, suína e de frango subiram no varejo, mostra o Departamento de Economia Rural Rural do Paraná (Deral). O filé mignon foi campeão, com alta de 51,17% na comparação com dezembro de 2009. Entre as carnes bovinas, a que menos subiu foi o acém, que está 20% mais caro.
Na carne suína, houve reajustes de 19,62% (lombo sem osso) a 29,25% (paleta com osso). O frango congelado subiu 27,15% e o resfriado 28,31%. A alta generalizada atingiu também outras carnes, como a de carneiro. O pernil de ovino com osso teve aumento de 45,11% no último ano, registra o Deral.
Na outra ponta da cadeia da carne, os preços pagos ao produtor subiram menos. No caso do frango, a cotação praticada no Paraná teve reajuste de 15,69% desde dezembro de 2009. O preço recebido pelo suinocultor aumentou 42,75% no último ano. Já o bovinocultor teve alta de 35,22% no período, como um recado direto da demanda crescente.
"Houve ganho real no preço da carne bovina, não foi só inflação. Calculamos ganho real de 43,8% entre setembro de 2009 e setembro deste ano. Esse reajuste permite que o pecuarista se capitalize depois de três anos de preços horríveis", afirma o zootecnista Paulo Rossi Júnior, um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (LapBov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A alta nos preços foi marcada pelo pico de R$ 106 por arroba de boi gordo, registrada em novembro pelo LapBov. O laboratório pesquisa diariamente negócios concretizados em dez mesorregiões do estado. Na avaliação de Rossi, o índice LapBov deve se estabilizar entre R$ 85 e 90 a arroba em 2011, interrompendo o abate de fêmeas e estimulando investimentos em bezerros.
Na carne bovina, os preços aumentaram porque a terminação do gado foi antecipada e faltaram novilhos no final da entressafra, explica o setor. No mercado de suínos e aves, os reajustes devem-se à interferência dos preços da carne vermelha e também ao crescimento do consumo.
"Com a migração de consumidores dos grupos D e E para os B e C aumenta a demanda por frango, a carne mais acessível e mais consumida no Brasil. As exportações estão crescendo, mas continuam representando um terço da nossa produção, graças a essa expansão do mercado interno", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.
Gazeta do Povo

JBS preocupa analistas

Enquanto JBS e Sara Leemantinham ontem silêncio sobre um possível acordo de compra da multinacional americana pela brasileira, analistas e fontes desses mercados avaliavam quais as alternativas da JBS para financiar a eventual nova aquisição.
A empresa tem em caixa R$ 4,4 bilhões, mas seu endividamento é elevado. O de curto prazo está em R$ 5 bilhões e os financiamentos de longo prazo, em R$ 9,9 bilhões, segundo a Economática. O que preocupa os analistas é a alavancagem elevada da companhia, que recorreu a emissões de ações e de debêntures conversíveis em ações, no ano passado, para financiar as aquisições da Bertin Alimentos e da Pilgrim's Pride.
De acordo com a JBS, no fim de setembro deste ano, sua alavancagem - relação dívida líquida sobre EBITDA - era de 2,9 vezes. No fim do segundo trimestre deste ano estava em três vezes.
Um analista do segmento de carnes observa que, em todo o setor de frigoríficos de carne bovina, o processo de desalavancagem está sendo mais lento do que o esperado. Isso significa que a geração de caixa do setor não tem sido suficiente para que as empresas reduzam seu endividamento. Diante disso, a questão é se este é o momento para se endividar ainda mais.
A ausência de informações sobre o que exatamente a negociação englobaria também gera dúvidas no mercado. Nem JBS nem Sara Lee admitem as conversas, mas também não negam a existência de uma operação de venda de uma parte ou mesmo de toda a operação da Sara Lee para a companhia brasileira.
Segundo fontes do mercado ouvidas pelo Valor, as conversas entre as duas empresas tiveram início há cerca de seis meses e a JBS estaria interessada em adquirir toda a operação do grupo americano, que envolve indústrias e marcas de chá e café na Europa e Brasil, os negócios de food service e as empresas de alimentos industrializados, com forte presença nos Estados Unidos.
De acordo com essas mesmas fontes, a negociação estaria sendo demorada pela falta de consenso sobre o valor de cada ação da Sara Lee. A informação é que a JBS teria proposto pagar entre US$ 17,40 e US$ 17,60 por ação. A Sara Lee, no entanto, quer entre US$ 20 e US$ 20,50 por ação.
A Sara Lee cresceu graças a um processo forte de diversificação. Além de alimentos e bebidas, a empresa já atuou no mercado de cosméticos, higiene e até mesmo roupas íntimas. Nos últimos anos, iniciou um processo de reestruturação com a venda de ativos. Em 2005, a multinacional vendeu suas operações de café no mercado americano para a italiana Segafredo Zanetti, deixando de operar no maior mercado consumidor de café do mundo. Uma das últimas operações foi a venda de sua rede global de cuidados com o corpo e as suas empresas europeias de detergentes para a Unilever, uma operação de €1,21 bilhão.
No Brasil, segundo maior mercado consumidor de café, a Sara Lee detém uma fatia de quase 21% das 19 milhões de sacas comercializadas por ano, um mercado estimado em R$ 7 bilhões.
O interesse da JBS na Sara Lee chamou a atenção justamente pela diversificação da empresa americana. Segundo fontes, mesmo sem ter qualquer afinidade com a indústria de café, a JBS chegou a buscar informações no setor para entender o funcionamento desse mercado.
Mais compreensível é o interesse da brasileira na área de carnes e de food service da Sara Lee, já que a JBS pretende ampliar seus canais de distribuição no mercado americano.
Valor Econômico

80% da dívida não foi paga

Crédito pendente de 4 frigoríficos junto aos pecuaristas de MT chega a R$ 150 milhões


Vívian Lessa
Da Redação
Aproximadamente 80% dos pecuaristas mato-grossenses ainda não receberam o pagamento do valor devido pelos frigoríficos Arantes, Quatro Marcos, Independência e Frialto. A estimativa é da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que calcula que esses credores tenham créditos pendentes na ordem de R$ 150 milhões com as 4 empresas que atuam no Estado. O valor estadual é praticamente a metade do total do débito existente, que inclui pecuaristas de outros estados. De acordo com o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia, o setor está cada vez mais pessimista quanto ao recebimento das dívidas.
"Iremos encerrar o ano de 2010 menos esperançosos se comparado a dezembro de 2009, quando as perspectivas para o pagamento dos valores eram iminentes". Ele revela que o frigorífico Arantes é o que mais preocupa os produtores. A empresa, que teve o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) aprovado por 66% dos credores em 19 de janeiro de 2010, mas até agora não efetuou nenhum pagamento aos credores. Os pecuaristas aprovaram o pagamento da dívida de R$ 20 milhões em até 12 meses. Em Mato Grosso o débito do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas. Com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorifico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias no valor de R$ 1,1 bilhão. O advogado da Acrimat diz que a esperança está na reunião que ocorrerá hoje (21), em São Paulo. "Iremos discutir o atraso no pagamento dos débitos".
Em situação não muito diferente encontra-se o frigorífico Quatro Marcos que conseguiu pagar somente 7 parcelas de uma dívida total de R$ 427,8 milhões. Desse valor R$ 35,7 milhões são com pecuaristas, sendo que 273 são produtores de Mato Grosso, que precisam receber R$ 26 milhões do frigorífico. O Plano de Recuperação da empresa foi aprovada em 24 de março de 2010, após 7ª tentativa de negociação. O acordo previa que a dívida com os pecuaristas fossem pagas em 12 parcelas. Biancardini ressalta que desconhece os motivos que levaram a suspensão dos pagamentos. "O que sabemos é que a empresa tem posto em leilão as unidades frigoríficas". O Quatro Marcos foi alvo de protestos no ano passado quando pecuaristas ameaçaram, sem sucesso, fechar a unidade de Alta Floresta que havia sido arrendada pela JBS/Friboi. Esse grupo arrendou as 5 plantas do Quatro Marcos que estavam desativadas em Mato Grosso (Juara, Alta Floresta, Colíder, Cuiabá e São José dos Quatro Marcos) que abatiam 4,025 mil animais/dia.
O assessor jurídico da Acrimat ainda lembra que o frigorífico Independência também não quitou seus débitos junto aos pecuaristas. Ele explica que a empresa, conforme previsto no primeiro Plano de Recuperação (aprovado em 6 de setembro de 2009), pagou todos os pecuaristas que tinham créditos de até R$ 100 mil (totalizando R$ 152,4 milhões). "Com isso, 80% da dívida foi paga, mas as parcelas restantes, que deveriam ser pagas em até 24 meses, foram canceladas pelo Independência". Vale lembrar que em 6 de junho de 2010 o grupo, formado Independência S/A e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda, pediu a modificação do plano, que foi aprovado novamente no dia 22 de junho de 2010.
A empresa tem uma dívida total de R$ 194 milhões. O financeiro do Independência Luiz Carlos de Souza conta que a empresa resolveu desativar todas as 16 unidades espalhadas pelo país - dessas 5 estão em Mato Grosso. De acordo com ele, o grupo deverá continuar no dia 31 de janeiro de 2011 a assembleia com credores iniciada em 22 de novembro deste ano. "A intenção é discutir no próximo encontro a opção de que investidores aportem capital de giro para a retomada da indústria". Souza acrescenta que não há previsão para a retomada das unidades.
O Frigorífico Frialto é o último da lista que teve o Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores, na quinta-feira (16), em Sinop, após 4 tentativas de negociação. O texto do plano aprovado foi diferente do apresentado na última Assembleia Geral de Credores (AGC) que previa o pagamento em 5 anos com parcelas trimestrais. Depois de reivindicações por parte dos pecuaristas, o frigorífico reduziu para 4 anos o prazo para pagamento, com parcelas mensais. O Frialto tem uma dívida de cerca de R$ 94 milhões com quase 2 mil pecuaristas, localizados em 3 estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia). Só em Mato Grosso a dívida chega a R$ 45 milhões junto a aproximadamente 1,1 mil criadores. A reportagem entrou em contato com o representantes do Arantes mas não obteve retorno. Os diretores do Quatro Marcos não foram localizados.

Negociação entre Sara Lee e JBS trava em preço, diz fonte


21/12 
A empresa de alimentos e bebidas Sara Lee Corp tem mantido conversações para ser vendida à produtora brasileira de carnes JBS, mas ainda não se chegou a um consenso sobre preços e não está claro se um acordo poderá ser alcançado, disse uma fonte próxima ao assunto na noite de domingo (19).
As conversações têm ocorrido há meses, disse a fonte à Reuters, acrescentando que as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda.
Baseado no preço de fechamento da ação da Sara Lee na sexta-feira, de 17,26 dólares, a empresa tem um valor de mercado de 11 bilhões de dólares. O valor do JBS é de cerca de 10,5 bilhões de dólares.
O JBS, maior companhia de proteína animal do mundo, informou que não comenta o assunto.
"A JBS S.A., de acordo com as boas práticas de governança corporativa, comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que a Companhia declina comentar sobre as recentes especulações a respeito de uma potencial aquisição na América do Norte", limitou-se a dizer a companhia em nota ao mercado.
A Sara Lee Corp, que também disse que não comenta o assunto, possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.
O futuro da Sara Lee, cujas marcas incluem também as linguiças Jimmy Dean e o café Senseo, tem sido assunto nos últimos meses.
Em novembro, a companhia vendeu sua unidade de panificação para a empresa mexicana Grupo Bimbo por 925 milhões de dólares. E analistas indicaram que o novo foco da companhia, carnes na América do Norte e café na Europa, ficou um pouco sobreposto.
Bem como a possível venda, a Sara Lee também está considerando opções de desmembrar seus negócios de carnes e bebidas, disse a fonte.
A Sara Lee tem operado com um presidente-executivo interino desde agosto quando Brenda Barnes deixou o cargo por motivos de saúde.
O presidente-executivo interino, Marcel Smiths, e Christopher J. (CJ) Fraleigh, chefe do serviço de varejo e alimentos da companhia para a América do Norte, são considerados como candidatos para o principal cargo.
A companhia de equity privado Apollo Global Management sondou a Sara Lee sobre um acordo, disse uma fonte à Reuters em outubro, após notícias de que a empresa havia recusado uma oferta no valor de 12 bilhões de dólares da KKR.

Reuters