sexta-feira, 18 de março de 2011

Informação preços

No Rio foi negociado alcatra resfriada a R$ 9,80a prazo e a R$ 9,65 a vista. O Contra filet foi negociado a R$ 10,00 a prazo.,mas sem grandes volumes.O mercado foi muito travado.Houve procura de duro e peito para a industria.

Brasil comprando nos EUA


O processo de internacionalização de empresas brasileiras, favorecido por fatores como o aquecimento da economia nacional e até mesmo o real forte, inclui a aquisição, por grupos brasileiros, de companhias norte-americanas. Hoje, marcas fortemente ligadas à cultura norte-americana como Budweiser, Burger King e Swift têm por trás a mão de brasileiros.
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Além de os Estados Unidos estarem perdendo a cada ano espaço para a China no comércio com o Brasil (o país asiático já é o principal destino das exportações brasileiras), empresas nacionais têm entrado no mercado americano por meio da aquisição de empresas do país.
Entre 2006 e 2010, o número de aquisições de empresas dos EUA pelas do Brasil superou as operações ao contrário, ou seja, de norte-americanas que adquiriram nacionais, segundo os registros da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Nos cinco anos, foram 36 compras de americanas por companhias do Brasil e 29 no sentido oposto.
A lista da Anbima, porém, não registra todos os casos ocorridos nos últimos anos. De acordo com a entidade, a adesão ao ranking é voluntária por parte das instituições.
O G1 listou casos de destaque de norte-americanas compradas por brasileiras. Além dos exemplos citados abaixo, o levantamento da Anbima inclui também marcas que pertenciam a empresas norte-americanas, mas cuja operação era voltada ao Brasil e não ao mercado norte-americano, como o sabonete Pom Pom, adquirido da Colgate Palmolive pela Hypermarcas, e a compra das subsidiárias da American Express (amex) no Brasil pelo Bradesco.
Relembre casos de destaque:
SpringsEm 2005, a Coteminas, da família do ex-vice-presidente José Alencar anunciou uma fusão com a Springs, uma das maiores marcas de artigos de cama, mesa e banho dos Estados Unidos.
BankBostonO Itaú anunciou, em 2006, a aquisição do BankBoston International, em Miami, e do BankBoston Truste Company Limited, em Nassau. O acordo foi assinado com o Bank of America. Na época, o Itaú não informou o valor da operação. O Itaú também adquiriu operações do Bankboston no Brasil.
Swift e Pilgrim´s PrideEm maio de 2007, a JBS-Friboi, da família Batista, comprou a americana Swift & Company por US$ 1,4 bilhão, ingressando no mercado de carne suína. Em setembro de 2009, o grupo comprou a Pilgrim’s Pride, ingressando no segmento de frangos e se consolidando como a maior empresa em processamento de proteína animal do mundo.
BudweiserEm julho de 2008, a fabricante de cerveja belgo-brasileira InBev comprou a rival americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser, cerveja-símbolo dos EUA, por US$ 52 bilhões. Com a aquisição, a empresa, que tem os brasileiros Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira entre os principais sócios, se torna líder mundial na indústria cervejeira.
Sunoco ChemicalsEm fevereiro de 2010 a Braskem, petroquímica brasileira, assinou acordo com a companhia petrolífera norte-americana Sunoco para aquisição da Sunoco Chemicals, divisão de ativos de polipropileno - PP nos Estados Unidos, em uma operação de US$ 350 milhões. A operação representou uma etapa importante no processo de internacionalização da Braskem.
Burger KingA rede de fastfood Burger King foi adquirida em setembro de 2010 pela companhia de investimentos 3G Capital, um fundo multimilionário administrado por brasileiros, em um acordo de cerca de US$ 4 bilhões. A 3G Capital tem os empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira entre seus principais sócios.
FosfertilEm setembro de 2010, a Vale comprou participação da norte-americana Mosaic no capital da Vale Fertilizantes, antiga Fosfertil. A Vale adquiriu mais 20,27% da empresa por US$ 1,029 bilhão. Com a aquisição, a Vale passou a deter 78,90% do capital da Vale Fertilizantes, o que compreende 99,81% das ações ordinárias e 68,24% das ações preferenciais da empresa.
TamcoEm setembro de 2010, a Gerdau fechou acordo para a compra da siderúrgica americana Tamco, por cerca de US$ 165 milhões (o valor estava sujeito à ajustes à época). Localizada na Califórnia, a Tamco é produtora de vergalhões na costa oeste dos Estados Unidos, com capacidade anual de cerca de 500 mil toneladas, e é a única produtora de aços longos do estado.
Keystone FoodsO Grupo Marfrig assumiu, em outubro de 2010, o controle da empresa americana Keystone Foods, empresa global de desenvolvimento, produção, comercialização e distribuição de alimentos à base de carnes. O valor da aquisição foi de US$ 1,26 bilhão.

(Observação: dos casos  acima, os da Budweiser, do Burger King e da Springs não constam na lista da Anbima. O da Springs é de 2005 e os dados da Anbima são a partir de 2006. O do Burguer King é considerado pela agência como operação entre duas estrangeiras, além de a empresa não ter passado os dados à época à associação. O caso da Budweiser foi uma operação toda feita no exterior e também não entrou nas contas da entidade).
Portal G1

Carnes aos EUA

A demora dos Estados Unidos em cumprir o acordo para facilitar a entrada da carne brasileira no mercado americano tornou-se um ponto de conflito com o governo brasileiro, nos preparativos para a visita do presidente Barack Obama ao País.
O acordo, parte dos entendimentos que encerraram uma disputa sobre os subsídios ilegais ao algodão americano, tem sido cumprido "de forma não inteiramente satisfatória", e é uma "questão aberta" com o governo Obama, confirmou o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota.
Ele disse que discutirá, durante a visita de Obama, as barreiras às exportações de mercadorias brasileiras. Condenado na Organização Mundial do Comércio (OMC) por subsídios ilegais ao algodão, os EUA prometeram, como compensação, retirar barreiras à carne exportada por 14 Estados brasileiros, mas demora a conceder os certificados necessários. "Esperamos que a certificação saia no momento oportuno", cobrou Patriota.
O acordo do algodão, em que o Brasil abriu mão de retaliações comerciais em troca de compensações, como maior abertura para exportação de carnes, foi citado pelo ministro como exemplo do "histórico de entendimentos e conciliação de interesses" dos dois países. Apesar disso, há grande insatisfação no governo brasileiro e nos Estados exportadores com a demora americana em analisar as condições da carne exportada e permitir a exportação.
Segundo apurou o Valor, durante as negociações paralelas à visita de Obama, os americanos ouvirão do governo brasileiro que é considerado inaceitável o adiamento da abertura do mercado dos EUA para a carne bovina nacional. Sob pressão das associações do setor, o governo adotará postura mais agressiva no caso.
"Essa deve ser uma prioridade do governo", avalia o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, (Abiec), Antonio Jorge Camardelli. "Estamos muito interessados no tema." Nos bastidores, fala-se até em usar o direito de retaliação contra produtos dos EUA, para convencer os americanos. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defende uma "ação mais efetiva" para resolver a pendência. Os EUA, nos últimos dias, têm tentado retirar o assunto de pauta, alegando que as autoridades americanas de agricultura não compõem a comitiva de Obama.
A disputa ocorre porque o Departamento de Agricultura dos EUA adiou para 30 de junho o prazo para publicar a proposta de regulamento a ser usada no processo de reconhecimento do status de livre de febre aftosa com vacinação em 14 Estados do país. O subsecretário do Departamento de Agricultura, Edward Ávalos, já havia assinado compromisso formal, fixando janeiro como data-limite.
No fim de 2010, os EUA abriram o mercado às carnes de Santa Catarina, único Estado com status de livre sem vacinação. Mesmo assim, os EUA não habilitaram os frigoríficos que poderão exportar suínos e bovinos a partir do Estado.
Ao comentar a visita de Obama, Patriota evitou dar detalhes sobre os acordos a serem assinados, com o argumento de que as definições sobre cada compromisso bilateral dependem do resultado de "todo o pacote". É uma indicação de que ainda há divergências, mas o ministro confirmou que Brasil e EUA deverão assinar um acordo de cooperação econômico e comercial (Teca, na sigla em inglês), uma das prioridades dos empresários brasileiros e americanos.
A presença na comitiva do representante comercial dos EUA, Ron Kirk, é "indicação" de que o Teca deve ser assinado, disse Patriota. O acordo criará canais de negociação, consulta e informação mais ágeis entre os dois governos para resolver conflitos, como o que trava a solução do caso do algodão.
Patriota se mostrou otimista em relação aos resultados do encontro e minimizou mal estar entre os empresários brasileiros com declarações do vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Froman, que afirmou que Obama está em busca, no Brasil, de ampliar exportações e criar empregos nos EUA. "O foco dele é necessariamente comércio, finanças, economia, interações entre setores privados".
Valor Econômico

FRIGOL já opera a 75% da produção e prevê crescimento

Grupo do setor frigorífico marca audiência com credores para aprovar plano de recuperação judicial e começar o pagamento das dívidas; empresa já retomou 75% do ritmo de produção normal.
“O momento mais difícil já passou e ficou para trás. Quando a FRIGOL olha para o futuro, vê um mercado muito promissor para sua atividade e quer estar nele muito mais bem posicionada no mercado do setor frigorífico”. As palavras são do empresário Djalma Gonzaga de Oliveira, diretor do Grupo FRIGOL, sediado em Lençóis Paulista (SP), ao avaliar o desempenho da empresa em seu plano de recuperação.
Está agendada para este mês, dias 23 e 31, as duas convocações da Assembleia de Credores, para votar o plano de recuperação financeira apresentado à Justiça. O plano de recuperação prevê ações da empresa para quitar suas dívidas, hoje calculadas pelo administrador judicial na casa dos R$ 140 milhões.
O otimismo do empresário está alicerçado no desempenho da empresa. Segundo Djalma, o endividamento real da empresa está na casa de R$ 120 milhões (bem abaixo do valor estimado pelo administrador judicial, que estaria superestimado). Boa parte das dívidas trabalhistas já foi paga e a FRIGOL vai para a assembleia de credores com um saldo devedor que representa 17% do seu faturamento anual. A margem de endividamento de outros frigoríficos que pediram recuperação judicial em meio à crise no setor – a partir de 2008 e até o segundo semestre de 2010 - está na casa dos 45% a 50% do faturamento.
Diante da crise mundial, a FRIGOL reduziu produção no período crítico e cortou despesas operacionais para se recompor, mas não interrompeu atividade nas plantas industriais próprias. Essa postura passou a ser um diferencial no mercado, já que a maior parte das empresas do setor arrastadas pela crise paralisou totalmente a linha de produção. “Embora devedora, a empresa continua operante e faturando para pagar seus credores”, avalia o empresário.
O cenário atual é de um a empresa que fatura cerca de 75% do que faturava antes do período da crise. O Grupo FRIGOL chegou a faturar R$ 700 milhões por ano no passado recente. Diante do cenário adverso na crise, a empresa reviu sua posição para um faturamento na casa dos R$ 550 milhões ano. Para 2011, a previsão é de estabilidade operacional na casa dos R$ 550 milhões.
Com esse faturamento previsto, aliado à rentabilidade do mercado da carne neste ano, a FRIGOL prevê cumprir integralmente o plano de recuperação judicial. A empresa também acredita na retomada dos investimentos em suas plantas a médio prazo, operando dentro da sua capacidade produtiva e atenta às oportunidades de ampliar sua participação no mercado.
Emprego - O Grupo FRIGOL tem duas plantas industriais próprias, uma em Lençóis Paulista/São Paulo e outra em Água Azul do Norte/Pará. Incluindo a rede de distribuição, a organização emprega perto de 850 funcionários. O número já foi maior no período anterior à crise, mas também já foi menor logo no início do período crítico. Cerca de 250 funcionários perderam o emprego no momento de ajuste à nova realidade de mercado, em meados de 2010. “Desse pessoal que foi demitido no início da crise, 70% já foram recontratados e estão reintegrados ao quadro da empresa desde que o frigorífico se estabilizou financeiramente”, anuncia o empresário e diretor.
A empresa também está com a folha salarial em dia e retomou o ritmo de abates. Na linha de produção, o abate de animais está em 70% do que a FRIGOL abatia antes de entrar com o pedido de recuperação judicial. “Quem olha para esse mercado, vê que a grande maioria dos frigoríficos de médio porte que concorriam diretamente com a FRIGOL está parada e com dívida de até 50% do faturamento anual. Também vê que nossa posição é de vantagem, pois nosso endividamento é menor (17% do faturamento) e estamos em plena atividade produtiva. E mais: o mercado está reagindo bem, o que melhora as oportunidades de negócios para a empresa se recuperar totalmente”, aposta Djalma de Oliveira Lima, diretor do Grupo FRIGOL.
Outra prova de confiança do mercado na total recuperação da FRIGOL vem de seus parceiros primários, os pecuaristas. Durante a crise no setor frigorífico, muitos pecuaristas deixaram de fornecer animais para abate, reduzindo a oferta de bois para o corte. No caso da FRIGOL, com a apresentação do plano de recuperação judicial aliado aos sinais de reação do mercado, a grande maioria dos pecuaristas voltou a fornecer animais para as plantas da FRIGOL imediatamente, comprovando a confiança do próprio mercado na idoneidade e na capacidade de superação da empresa.
Origem da crise - Até 2008, o mercado mundial da carne e derivados vinha em ritmo positivo. O setor sempre trabalhou com margem de lucro pequena (abaixo de 3%), o que obriga os frigoríficos a atuarem de forma alavancada (utilizando crédito de terceiros, dependendo de capital de giro externo e altamente endividados).
Em 2008, o mundo financeiro entrou em crise de crédito, reduziu as linhas de financiamento e aumentou o custo do dinheiro para as empresas que trabalham alavancadas. Algumas linhas de crédito simplesmente deixaram de existir. A medida estrangulou todas as empresas do setor, pequenas, médias ou grandes. Muitas pararam a produção e entraram com pedido de recuperação judicial. A grande maioria ainda não voltou a operar. A FRIGOL é um caso raro, pois não interrompeu a produção, apesar de ter que fazer ajustes.
No Brasil, a situação se agravou no setor frigorífico. O agente fomentador da indústria nacional (BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) abriu linhas de créditos somente para grandes grupos do setor e fechou o crédito para as empresas de médio e pequeno portes. O cenário - que já era desfavorável - deixou os três maiores grupos do setor frigorífico com caixa robusto, criando uma prática predatória para as demais empresas que disputam este mercado. Resultado: comprometeu toda a cadeia produtiva da carne, prejudicou a oferta de emprego no setor e elevou os preços do produto para o consumidor final.
No período pré-crise, o setor frigorífico brasileiro estava dividido entre três grandes empresas, 15 empresas de médio porte (no qual, enquadra-se a FRIGOL) e outras empresas de pequeno porte. Das 15 empresas de médio do setor, praticamente todas entraram em processo de recuperação judicial. Algumas já encerraram atividades definitivamente. A FRIGOL enfrentou corajosamente as dificuldades da crise desde o final de 2008 e durante todo o ano de 2009.
No primeiro semestre de 2010, como o mercado mundial não reagiu, a empresa se viu obrigada a entrar com o pedido de recuperação judicial em setembro de 2010. É esse processo de recuperação judicial que está sendo elaborado pela empresa no momento e cujo plano de recuperação vai a votação dos credores neste mês.

quarta-feira, 16 de março de 2011

JBS compra banco

A venda de 60% do capital do banco Matone para o grupo controlador do frigorífico JBS, anunciada ontem, põe fim - ao menos, por ora - à busca por um novo sócio, que vem sendo empreendida desde 2006. Em junho de 2008, um grupo de ex-sócios do Pactual, na época encabeçado por André Esteves, chegou a avaliar a compra de uma fatia minoritária no Matone, mas as conversas não evoluíram.
A fusão chega em boa hora para o Matone. De pronto, a operação vai reforçar sua estrutura de capital, sustentando a expansão das concessões de crédito. "Prefiro ser minoritário em um negócio maior a ter o controle total de um negócio menor", afirma Alberto Matone, presidente da instituição financeira que leva seu sobrenome. Faz parte dos planos, mais para frente, uma oferta pública de ações do novo banco, que deve ganhar também novo nome assim que a parceria receber o aval do Banco Central (BC).
Após efetivado um aporte de R$ 300 milhões (R$ 200 milhões no Banco JBS e R$ 100 milhões no Matone), o balanço consolidado das duas instituições vai apresentar um patrimônio líquido de R$ 550 milhões. As carteiras de crédito somam R$ 2,5 bilhões. A expectativa de Joesley Batista, presidente da holding J&F (debaixo da qual está a J&F Participações Financeiras, controladora do Banco JBS), é que o saldo de financiamentos alcance cerca de R$ 6 bilhões em um ano e meio.
O cenário é bem diferente daquele que se desenhava no horizonte do Matone até então. Em setembro, quando o patrimônio líquido do banco era de R$ 231 milhões, seu índice de Basileia (capital para a cobertura de eventuais perdas com operações de crédito) estava em 9,13%, abaixo do mínimo de 11% exigido pelo BC. O banco chegou, inclusive, a ter sua nota de risco de crédito rebaixada pela Fitch Ratings há três semanas.
Em dezembro, o patrimônio líquido do Matone era ainda menor do que em setembro, de R$ 180 milhões, segundo Matone - o balanço auditado do banco em 2010 deverá ser divulgado nos próximos dias. Com o mercado de cessão de carteiras de crédito ainda travado por conta das fraudes apuradas no PanAmericano e a exigência de mais capital para a concessão de empréstimos com prazo superior a 36 meses - medida do BC que atingiu em cheio o segmento de atuação do Matone, o crédito consignado em folha de pagamento -, a tendência era de que a pressão sobre o banco aumentasse ainda mais.
"Agora voltaremos a ter folga", afirma Matone. Segundo fontes de mercado, o banco chegava a produzir, por mês, R$ 170 milhões em crédito consignado, só que não tinha capital suficiente para sustentar esse ritmo. Com a fusão, Matone também espera reduzir em 10% o custo de captação do banco no mercado. Em 2010, até setembro, o Matone acumulava prejuízo de R$ 10,483 milhões.
O Banco JBS, ao contrário do Matone, possui bastante folga de capital. Seu índice de Basileia, em setembro, era de 27,91%. Trata-se de uma instituição nova, com apenas três anos de vida e um patrimônio líquido pequeno, de R$ 104,35 milhões. Criado para financiar a cadeia de pecuaristas fornecedores do frigorífico do grupo, o Banco JBS vai expandir agora a atuação para atender ao varejo, público-alvo do Matone. O novo banco a ser formado a partir da união entre as duas instituições financeiras vai explorar também o crédito imobiliário, segmento no qual o Matone já conta com alguma presença.
Valor Econômico

Globoaves faz parceria em Cuba


A Globoaves, maior produtora de ovos férteis e pintos de um dia da América Latina, está negociando os termos finais de um contrato com o governo de Cuba que deve resultar na construção de uma cadeia completa de produção de aves naquele país. Trata-se de mais um passo na internacionalização da empresa, que tem aviários na Argentina, prepara a instalação de um abatedouro no Paraguai e exporta cerca de 15 milhões de ovos por mês, o equivalente a 25% de sua produção, para países da América Latina, África e Oriente Médio.
Em Cuba, a intenção é fazer transferência de tecnologia, gerir a unidade por um tempo e, depois de entregar a estrutura para ser administrada pelo governo, continuar a enviar ovos a partir do Brasil. Estes seguirão por via aérea, chegarão em cerca de 48 horas ao destino e depois serão levados para o incubatório.
Em abril, o gerente internacional de negócios da Globoaves, Marcos Bertoli, deve voltar ao país, junto com missão do governo brasileiro. Ele espera avançar no detalhamento da negociação, que começou há dois anos e meio e resultou em várias visitas e estudos. O início das obras é esperado para 2012 e uma equipe da empresa deve ser enviada para lá. "Mas os trâmites são demorados", comenta.
Bertoli conta que hoje Cuba só produz ovos de consumo e todo o frango é importado. A intenção, segundo ele, é que no futuro 30% da demanda por carne de ave seja atendida localmente. No começo, deverá ser criada estrutura para abate de 40 mil aves por dia. O executivo explica que o ovo responde por 40% do custo de produção e que um dos fortes da empresa é a área genética. Ele conta que, nos últimos dois anos, foi a cerca de 30 países para tratar de parcerias em projetos de avicultura e que há conversas em andamento com países como Marrocos, Moçambique, Angola, Chade, Panamá, Namíbia e Peru, entre outros.
Roberto Kaefer, presidente da empresa, afirma que de 2007 a 2010 foram investidos R$ 215 milhões em ampliação de estrutura. A Globoaves, que tem sede em Cascavel (PR), faturou R$ 1,2 bilhão em 2010, 20% mais que em 2009, e para 2011 são esperados R$ 1,4 bilhão. Os ovos férteis e pintinhos de um dia respondem pela metade das receitas, mas a área de produção, abate e venda de carnes tem crescido.
O empresário quer implantar segundo turno em quatro abatedouros, localizados em Bariri (SP), Castelo (ES), Espigão do Oeste (RO) e Lindoia (SP). A unidade de Cascavel já funciona com dois turnos. Hoje a empresa abate 360 mil frangos por dia, sendo 80% para exportação, e 55 mil suínos por mês. Com os planos em andamento, deve chegar a 580 mil aves/dia até o fim do ano.
Kaefer afirma que já exporta carne para Cuba e explica que nas visitas que faz a vários países, a empresa apresenta um programa de avicultura familiar para ajudar a gerar renda para a população. Segundo o empresário, o momento é bom, os preços estão se recuperando e os investimentos estão andando. Questionado se há plano de construir mais abatedouros no Brasil, ele responde que não há previsão para isso, mas acrescenta que pode "aproveitar oportunidades" de compra, sem revelar detalhes.
A empresa aguarda aprovação do BNDES para financiamento da unidade planejada para o Paraguai, que terá capacidade diária de abate de 160 mil aves. O projeto está orçado em US$ 50 milhões e a inauguração está prevista para o fim de 2012.
Valor Econômico

Frigorifico Gera emprego e renda

Atraídos pelo rebanho bovino de Rondônia, um grupo de empresários paulistas instalou em Rolim de Moura o frigorífico Alfa Carnes, que deve gerar mais de 300 empregos. A meta é abater 400 bois por dia. O grupo pretende ainda investir ainda mais na região. Além do abate os proprietários querem atuar com a industrialização do produto como a fabricação de charque e linguiça e mortadela, produtos que grandes grupos como a Sadia já demonstram interesse.
A inauguração ocorreu na segunda-feira e contou com varios autoridades do municipio.

Leonel Pereira

Greve: frigorífico tem mais mil cabeças de gado no pátio

Mil cabeças de gado estão no pátio do Frigorífico Minerva que está em greve
Foto: Divulgação/Wilson Aguino

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – FTIAA/MS Vilson Gimenes Gregório, informou por meio de sua assessoria que mais de 1 mil cabeças de gado que deveriam ter sido abatidas na madrugada de hoje ainda estão no pátio do frigorífico Minerva, em Batayporã, devido à greve dos mais de 800 empregados da empresa.



Estão no local lideranças sindicais e centenas de trabalhadores em frente à indústria e que se recusam a trabalhar se a empresa não acatar os reajustes salariais reivindicados.
“A paralisação foi de 100% dos empregados do frigorífico”, informa Gimenes. Ele disse também que a empresa tentou acabar com a greve entrando dizendo que era ilegal. Mas, segundo o líder sindical, isso não aconteceu. A greve continua e os trabalhadores não voltam enquanto a empresa não ceder em melhores condições de trabalho e de salário.

Fonte: Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)