sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Diretor sanitário russo nega novo embargo à carne brasileira

Autor: DCI

A Rússia não decretou novo embargo à carne produzida no Brasil, segundo entrevista do diretor do Serviço de Controle Veterinário e Fitossanitário da Rússia (Rosselkhoznadzor), Sergei Dankvert, concedida à Rádio Voz da Rússia e reproduzida ontem pelo site Diário da Rússia.

Dankvert afirma que o Brasil enfrenta, no momento, o que ele chama de "restrições temporárias" para as exportações, porém assegura que mais da metade dos 249 frigoríficos brasileiros que ainda mantêm contratos de fornecimento com a Rússia estão embarcando seus produtos normalmente.

De acordo com o site, na entrevista concedida à rádio em Moscou, Sergei Dankvert afirmou que, desde 1.º de agosto, 27 frigoríficos brasileiros estão sujeitos a essas "restrições temporárias", que serão levantadas assim que todas as exigências dos sanitaristas russos forem cumpridas. O executivo ressalta que, além dos padrões de conservação da carne estabelecidos pelas autoridades sanitárias para consumo humano, a Rússia tem seguido rigorosamente as disposições do Código Sanitário elaborado pela Organização Mundial de Saúde.

O diretor lembra que as restrições às empresas brasileiras são aplicadas pelo Rosselkhoznadzor desde 2007. Primeiro foram sete frigoríficos. Progressivamente, o número aumentou para 10, e em 2010 chegou a 15. Este ano, o número sofreu grande elevação porque, de acordo com os sanitaristas e veterinários russos, 85 empresas no Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, inspecionadas em abril, não apresentaram os padrões de conservação exigidos.

Esta semana circulou a informação de que outras 37 empresas teriam sido afetadas pelas restrições. Mas Sergei Dankvert explicou que "atualmente, 116 empresas brasileiras estão vendendo suas carnes, normalmente, para a Rússia". "O Brasil, como principal fornecedor desses produtos, representa 53% das importações russas de carne. Antes de se queixar do embargo, os críticos deveriam saber o que nós, russos, estamos exigindo, ou seja, um controle maior na conservação desses produtos para que seja evitado o risco de transmissão de doenças. Para nós, os produtos alimentares vendidos ao mercado russo têm de ser 100% seguros."

De acordo com o site, Dankvert esclareceu que da parte russa não há intenção de criar empecilhos e que toda a questão se resume à defesa da saúde da população. "Na realidade, não há quaisquer empecilhos. O Serviço de Controle Veterinário funciona com base na confiança. Durante as visitas dos nossos funcionários ao Brasil explicamos que as nossas inspeções se tornaram mais rigorosas porque em algumas amostras das carnes que examinamos identificamos agentes de risco para consumo humano", disse. 

Cortes bovinos vendidos no varejo em MT ficam mais caros

Autor: Só Notícias/Alex Fama

Os principais cortes de carne bovina no varejo em Mato Grosso ficaram mais caros entre 2010 e 2011. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na comparação entre maio do ano passado com maio deste ano, o corte que mais encareceu foi a picanha com variação de 58,3%. O quilo da carne, no referido mês deste ano, custava na média no Estado o valor de R$ 36.

Já na comparação entre os meses, o produto também teve uma alta assustadora. Em abril deste ano, o quilo da picanha custava em média R$ 28,2. Já em maio passou para R$ 35,9. Ou seja, uma variação de 27,1%. Outro corte que também sofreu uma grande variação de preço de um ano para cá foi o lagarto com 47,5%. Segundo o Imea, o quilo do produto, em maio deste ano, foi cotado em média a R$ 15,32.

O coxão duro foi outro que inflacionou durante o ano com uma alta de 39,6% e, este ano, estava avaliado em média a R$ 15,9. A costela teve alta de 40% e é encontrada em média a R$ 8,52. Ou seja, para o churrasco do final de semana, este ano, o consumidor terá que desembolsar uma grana um pouco maior. 

Interdição de frigorífico gera transtornos a açougues da cidade


A recente interdição do frigorífico Boi Bravo, em Uberaba, causou alguns transtornos aos empresários do segmento de açougues da cidade. Apesar de o preço não ter sofrido reajuste, o atraso na entrega das mercadorias tem sido um problema constante.
Leonardo Santos Oliveira, proprietário de açougue localizado no bairro São Benedito, conta que os custos ainda não sofreram alterações. No entanto, ele lembra que o fato de os animais estarem sendo abatidos na cidade de Delta torna a ação um pouco mais burocrática. “No início da semana o atraso foi maior. Agora, parece que a situação está se regularizando”, revela.
Já Luciana de Araújo, também proprietária de açougue no bairro São Benedito, explica que os atrasos nas entregas têm sido constantes e até atrapalhado as vendas. “Antes, a carne chegava por volta de 7h. Agora, há dias em que só recebemos o produto por volta de 11h. Às vezes o cliente vem e não encontra a carne que ele quer. Porém, isso tudo ainda não influenciou no preço”, diz.
Em outros açougues pesquisados pela reportagem a situação é praticamente a mesma. Os atrasos na entrega são o grande desafio enfrentado pelos empresários, já que muitos clientes fazem suas compras no início da manhã. Assim, a busca por outros fornecedores também tem sido uma das opções procuradas.
Tatiane Vieira Cordeiro, de um açougue no Parque São Geraldo, conta que a busca pelos outros fornecedores foi imprescindível para que não faltasse o produto aos consumidores. “Como temos outros fornecedores, não dependemos apenas do frigorífico local. Mas, houve, sim, uma preocupação no início”, lembra.

Mapa pede a suspensão

Governo brasileiro fez ontem novo pedido à Rússia. Há 36 dias 21 plantas de Mato Grosso estão restritas


Entre indústrias de abates e processamento de bovinos, suínos e aves, 21 estão localizadas em Mato Grosso
MARIANNA PERES
Com Agência Brasil

O governo brasileiro enviou ontem uma carta ao Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) reforçando o pedido de suspensão do embargo aos frigoríficos do Rio Grande do Sul e Paraná e de Mato Grosso, em vigor desde 15 de julho. Também foi reivindicada a aceitação da lista apresentada pelas autoridades brasileiras no início de julho, em reunião em Moscou, com 88 unidades que cumprem todas as exigências para exportação imediata.

Entre as 85 indústrias de abates e processamento de bovinos, suínos e aves vetadas à exportação, 21 estão localizadas em Mato Grosso. Dessas, 17 são frigoríficos de bovinos - mas deste número apenas 11 plantas estão em atividade - e o restante é de aves e suínos. Em relação às plantas de bovinos, estão suspensas as compras do JBS/Friboi (Barra do Garças, Pedra Preta, Araputanga e São José dos Quatro Marcos), Agra (Rondonópolis, frigorífico misto com abates de bovinos e suínos), Guaporé (Colíder), Marfrig (Tangará da Serra e Paranatinga), Sadia (Várzea Grande), Perdigão (Mirassol D´Oeste), Vale Grande (Sinop) e outras duas de suínos (Agra e Intercop) e duas de aves.

O Rosselkhoznadzor afirma que as unidades dos três estados não conseguiram atender aos requerimentos da união alfandegária. A Rússia é atualmente o maior consumidor de carnes do Brasil e em Mato Grosso respondeu em 2010 por 93% dos embarques suínos.

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, “diferentemente das expectativas, na semana passada, as autoridades russas comunicaram aceitar a lista de suspensão temporária sugerida pelo Brasil a 37 plantas frigoríficas que não exportam há mais de um ano ou ainda têm de apresentar algumas análises laboratoriais, sem, no entanto, suspender o embargo aos três estados". Além disso, o Rosselkhoznadzor pediu mais informações sobre as 88 unidades que, segundo Oliveira, estão completamente dentro dos padrões russos.

O caso se arrasta desde o final de maio, quando as autoridades russas comunicaram o embargo. Desde então, algumas missões brasileiras foram à Rússia para tentar entender as alegações para o embargo e responder aos questionamentos.

Oliveira disse que na carta enviada ontem também foi pedido aos russos que aceitem os embarques feitos até o dia 2 de agosto pelos 37 frigoríficos suspensos temporariamente. Isso porque o Rosselkhoznadzor estipulou a data de início do embargo para essas plantas o dia 6 de julho, quando a proposta foi apresentada pelos brasileiros em Moscou, mas os frigoríficos só foram comunicados quando o documento chegou ao Brasil, na semana passada.

Para que haja uma “harmonização de critérios”, o governo brasileiro espera que o governo russo aceite promover encontros regulares de especialistas em laboratórios de análises dos dois países. Para buscar um melhor entendimento entre as partes, Oliveira disse que, na segunda quinzena de outubro, o diretor do Rosselkhoznadzor, Sergei Dankvert, vem ao Brasil para participar de um seminário de esclarecimento das exigências russas.

A indústria de carnes bovinas e de aves, segundo Oliveira, não sofreu impactos significativos nos embarques para a Rússia porque consegue remanejar a produção destinada à Rússia para plantas de estados que não têm restrição de exportação. O setor que mais sente os efeitos do embargo é o de suínos, o que mais vende para a Rússia e que tem 90% dos frigoríficos localizados nos três estados cuja exportação está proibida.

Aurora tem interesse de arrendar frigorífico de Lindóia do Sul


A Cooperativa Central Aurora demonstrou interesse de arrendar o frigorífico de aves de Lindóia do Sul. O assunto foi levantado durante a assembleia da quarta-feira, dia 3/8. Na oportunidade os associados da Copérdia aprovaram a continuidade das discussões para uma fusão com a Coperio. Alguns membros do quadro social da Copérdia fizeram questionamento à direção da Aurora sobre possíveis investimentos na região de Concórdia. Foi especulada a possibilidade de que a Cooperativa Central comparasse o frigorífico de Lindóia do Sul, mas o presidente da Aurora, Mario Lanznaster, disse que a organização não tem condições de fazer uma compra, mas estaria disposta (havendo interesse da empresa lindoiense) de arrendar o frigorífico.

Mesmo estando em fase de especulações, a Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia aguarda com expectativa o possível investimento da Aurora na região. Se isso acontecer, a Copérdia poderá ampliar o espaço dentro da Cooperativa Central. Atualmente, a cooperativa concordiense praticamente não tem atuação na área avícola. O presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, torce para que as especulações se tornem realidade.

Conforme Valdemar Bordignon, a Copérdia ficará atenta às possíveis negociações para que a Aurora arrende o frigorífico de Lindóia do Sul. Bordignon acrescenta que o arrendamento seria importante também para os produtores, já que a Aurora poderia ampliar o abate de aves nas regiões de Lindóia do Sul e Ipumirim.
 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EUA recolhem 16 t de carne de peru após surto de salmonela


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ordenou nesta quarta-feira a retirada de mais de 16 t de carne moída de peru da empresa Cargill por um surto de salmonela nesse produto, que causou uma morte na Califórnia e contaminou outras 77 pessoas em 26 estados.
As autoridades sanitárias emitiram um alerta de saúde pública, já que a bactéria detectada, a salmonela Heidelberg, é uma variante resistente aos antibióticos e difícil de tratar. Tanto o Departamento de Agricultura e o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informaram nesta quarta-feira que ainda não localizaram a origem do surto.
O CDC explicou que a contaminação aparentemente começou em março deste ano e afetou 26 estados: Alabama, Arizona, Califórnia, Geórgia, Illinois, Indiana, Iowa, Kentucky, Louisiana, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Missouri, Mississipi, Montana, Nebraska, Nevada, Carolina do Norte, Ohio, Oklahoma, Oregon, Pensilvânia, Dakota do Sul, Tennessee, Texas e Wisconsin.
Segundo dados do CDC, cada ano 50 milhões de americanos sofrem intoxicações alimentícias e delas, cerca de 3 mil morrem, especialmente idosos, crianças e pacientes com doenças crônicas.
A salmonela, que provoca diarreia, dores abdominais e febre, é a principal causa de envenenamento por alimentos nos EUA e pode ser evitada consumindo alimentos cozidos e mediante a pasteurização.

Embaixador quer levar carne Brasileira para Indonésia


O futuro embaixador do Brasil na Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, revela que o mercado asiático está aberto para receber a carne brasileira
O futuro embaixador do Brasil na Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, revela que o mercado asiático está aberto para receber a carne brasileira
O embaixador do Brasil em Cingapura, e futuramente na Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, visitou, ontem, Uberaba, para conhecer as potencialidades do mercado brasileiro de carne. "Se eu pudesse, ficaria uma semana na cidade provando essas carnes maravilhosas. A nossa ideia, com essa visita, é promover o Brasil no exterior. Acho que chegou o momento dos produtos brasileiros, especialmente a carne bovina, ocupar mais espaço no mercado asiático", afirma.
De acordo com o embaixador, são mais dois bilhões de potenciais consumidores de produtos brasileiros. "Uberaba mostrou ser excelente na tecnologia de agronegócio, sobretudo na agropecuária. A primeira vez em que conheci Uberaba, eu tive a oportunidade de constatar o grau tecnológico, bem como toda técnica empregada na carne bovina. O nosso concorrente está ocupando espaço na Ásia e, agora, chegou a vez de Uberaba entrar nese mercado", garante.
Conforme o embaixador, a Indonésia tem, aproximadamente, 240 milhões de consumidores potenciais e ainda não importa carne brasileira. "O Brasil não quer ser exportador apenas do produto final. Quer, também, compartilhar tecnologia. Uberaba, por exemplo, pode ser um exportador de genética, tecnologia dos frigoríficos, e, aos poucos, ganhar mais espaço no mercado asiático, onde os negócios de carne aproximam dos R$ 500 milhões de dólares. Agora, o nosso próximo passo é organizar uma missão multisetorial do agronegócio na Ásia, começando pela Indonésia", conclui

Convite ao Codau - Após conhecer a Estação de Tratamento (ETE), o futuro embaixador da Indonésia convidou o presidente do Codau (Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba), José Luís Alves, para apresentar projetos em uma feira de saneamento que acontecerá na Indonésia no mês de novembro. "Estamos estudando uma parceira para aproveitar o Iodo gerado no local, para produção de orgânico mineral", finaliza.
 
Luciana Rodrigues
 

Alta do frango vivo prossegue em Minas Gerais


Campinas, 4 de Agosto de 2011 - Ontem, dia 3, pela terceira vez no mês, o frango vivo comercializado em Minas Gerais obteve mais uma alta. Desta vez mais significativa que as duas anteriores, de cinco centavos cada, pois o novo ajuste foi de 10 centavos. Com isso, o frango mineiro obtém em agosto (e em apenas três dias) valorização de 10%, índice que sobe para 29,4% nos últimos 30 dias.
A exemplo do observado em Minas Gerais, os negócios realizados no interior de São Paulo também transcorreram em ambiente firme. Mas não o suficiente para gerar novo ajuste – o que, entretanto, pode ocorrer hoje. Assim, manteve-se a cotação alcançada na terça-feira, de R$2,00/kg.
Com a estabilização paulista e o avanço mineiro, ampliou-se a diferença de preços entre os dois mercados. Há 30 dias, ambos comercializavam o frango vivo pelo mesmo valor – R$1,70/kg. Agora (e pelo menos até ontem), o produtor de Minas recebe valor 10% superior ao obtido pelo produtor de São Paulo.


(AviSite) (Redação)

Frango: relação de preços vivo x abatido repete 2010


Campinas, 4 de Agosto de 2011 - No final de julho, em matéria na qual analisou a relação de preços entre o frango vivo e o abatido no decorrer de 2011, o AviSite observou que no mês o frango abatido vinha registrando os piores resultados do ano (vide “Frango vivo x abatido: relação de preços ainda desfavorável para o abatido”).
De lá para cá, a relação vem melhorando – o que é típico de praticamente todo início de mês – e o processo tende a sofrer aceleração na medida em que a oferta de aves vivas (produção independente e integrada) se encontra bem melhor ajustada ao mercado que em meses anteriores.
Mas, em uma comparação com o que ocorreu no mesmo período do ano passado, o que surpreende é constatar que a relação de preços frango vivo x frango abatido vem sendo praticamente similar à de 2010, especialmente a partir da segunda quinzena de julho.
A questão que fica agora é: vamos ter, em agosto corrente, o mesmo comportamento de 2010 (preço do frango abatido obtendo adicional de quase 45% sobre a cotação do frango vivo)?
A resposta, aqui, parece estar não no setor produtivo, mas no varejo, e ser menos dependente do frango do que do boi. Ou seja: se os preços da carne bovina (e, portanto, do boi) permanecerem em evolução, as chances de recuperação plena dos preços do frango abatido se tornam maiores, propiciando a melhora da relação de preços com a ave viva. Do contrário, a relação continuará nos níveis atuais, pois, pelo menos no momento, a disponibilidade de aves vivas vem sendo escassa.


(AviSite) (Redação)

Sob pressão, preço do bife deverá subir nesta semana


Segundo consultor, disponibilidade de gado para abate é menor

Da reportagem
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Foto: F.L.Piton - 06.abr.2011 / A CidadeOs consumidores de Ribeirão mantêm as compras em altaOs consumidores de Ribeirão mantêm as compras em alta
O consumo aquecido e a escassez de oferta pressionam o mercado de carne bovina.
Diante a situação, os preços nos açougues de Ribeirão Preto devem subir ainda nesta semana.
Segundo Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria, a pressão sobre o mercado ocorre porque a disponibilidade de gado pronto para abate segue pequena, enquanto os frigoríficos recorrem a mais compras.
Essa combinação faz os preços no atacado subirem.
"Já há frigorífico pagando R$ 102 pela arroba (15 quilos) à vista", diz. Há dois dias, a mesma arroba era comprada por R$ 100.


Dia dos pais
Na outra ponta, está o consumo mais aquecido nos açougues.
"A procura está maior neste início de mês e, também, por conta da proximidade do dia dos pais", comenta.
Diante à corrida do consumidor, os varejistas saem às compras para estocar e o resultado são preços maiores.
Consumidores ouvidos pela Reportagem nesta quarta-feira (3) admitem que vão trocar de carnes, caso os preços do bife bovino subam.
"Se aumentar, vou recorrer mais ao frango e a carne suína", comenta a analista de sistemas Vânia Moreira Cruz.

Carne brasileira tropeça na Rússia e no câmbio

As exportações de carne in natura do Brasil recuaram em julho, cedendo ao peso do câmbio valorizado e ao embargo russo a mais de 100 frigoríficos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 369,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de frango deixaram os portos brasileiros no último mês – volume 15% menor que o de junho e 20% inferior ao de julho de 2010.
As exportações do setor haviam crescido no mês anterior, com importadores antecipando compras para a primeira quinzena, antes da suspensão russa às processadoras brasileiras. “Em julho, já se viu um pouco mais de efeito (do embargo). A queda foi muito significativa para a carne suína, mas o recuo da carne bovina não é desprezível”, disse o diretor técnico da consultoria Informa Economics FNP, José Ferraz. Os analistas ressaltam que ainda é difícil isolar o “efeito Rússia” na queda dos embarques, e esperam por relatórios mais detalhados.


Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC revelam que as exportações de carne suína despencaram para 30 mil toneladas, um tombo de 35% com relação ao mês anterior (veja quadro ao lado). “No nosso caso, a queda é muito por causa da Rússia. Neste mês (de julho), perdemos no mínimo umas 12 mil toneladas”, calculou Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Atualmente, a indústria de suínos conta com apenas um frigorífico habilitado para exportar ao mercado russo, que era o destino de um terço da produção.
Pressionadas pelo real forte, que deixa o produto brasileiro mais caro no exterior, as vendas externas de carne bovina do Brasil caíram 19% no mês passado, para 62,8 mil toneladas. De acordo com Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a crise no mundo árabe, que afeta demanda dessa região, e as restrições europeias, que mantêm um número limitado de propriedades habilitadas a exportar, são o problema.
Para o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, não houve surpresa. “No período em que o dólar esteve derretido, a indústria perdeu mercado europeu e japonês. E teve o problema com o mercado russo.” Os embarques do setor caíram 11% de junho para julho.
No Paraná, a maior queda é a da bovinocultura, cujas exportações de carne congelada caíram 75% mês passado, na comparação com julho do ano anterior, para apenas 308 toneladas. Com recuo de 13%, os embarques paranaenses de carne suína congelada somaram 2,8 mil toneladas em julho. Já as vendas externas de frango inteiro congelado do Paraná somaram 36,1 mil toneladas no mês passado, volume 7% menor que o registrado há um ano.
Gazeta do Povo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Suíno em R$ 56/@


A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo "Mezo Wolters", realizada ontem (01/08), em Campinas (SP), optou pela referência dos preços de suínos entre R$ 56,00 a arroba, ou seja, R$ 2,99 o quilo vivo em condições bolsa [posto frigorífico com 21 dias no pagamento].

De acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior, o mercado está calmo.
Redação Suinocultura Industrial

Carnes de caça estão cada vez mais presentes em cardápios de SP

Carnes de caça estão cada vez mais presentes em cardápios de SP
Esqueça aquele tradicional medalhão de filé-mignon. Os cardápios paulistanos estão cada vez mais diversificados quando o ingrediente é carne. Peças de javali, cateto, queixada e capivara estão despertando o interesse dos chefs da cidade, que buscam com as chamadas "carnes de caça" enriquecer o menu com pratos mais raros e difíceis de serem encontrados na concorrência.

Diferentemente de países da Europa, como Itália, Portugal e França, onde a caça é permitida, no Brasil a prática é proibida por lei desde 1965. É por isso que os animais silvestres que comemos vêm de criações autorizadas e fiscalizadas pelo Ibama.

No passado, diante do baixo interesse das cozinhas por essas carnes, os criadores não investiam nesses tipos de animais, o que criava um círculo vicioso. Para um chef, incluir um prato no menu, conquistar os clientes e depois suspendê-lo por falta de matéria-prima é algo que pode comprometer a fama do restaurante.

De 2007 para cá, a história é outra. Com a agitação gastronômica que toma conta de São Paulo desde meados dos anos 2000 --fenômeno que tem tudo a ver com o crescimento do país--, os chefs aumentaram a procura por carnes exóticas, o que fez com que fornecedores cobrassem maior regularidade de quem cria animais silvestres. O resultado: temos agora mais opões para ousar na hora de escolher o jantar.

Mercado em expansão

Com um nome um tanto inusitado, o açougue Porco Feliz, no Mercado Municipal, é um dos principais distribuidores de carnes de caça na cidade. De acordo com as contas do estabelecimento, em 2009 foram vendidas cerca de 12 toneladas de carnes desse tipo. Em 2010, o número subiu para 15 toneladas. E a tendência de alta deve ser mantida: só até julho já foram comercializadas quase 10 toneladas.

"O javali é o mais vendido. Mas também saem capivaras, queixadas, catetos... Aos poucos, as pessoas estão ficando mais abertas a experimentar carnes diferentes", diz o gerente administrativo do local, Ademir Rodrigues Filho.

Com mais carnes disponíveis, mais concorrentes e clientes ávidos, restou aos chefs estudar o que fazer com esses ingredientes. Para Rodrigo Oliveira, do badalado Mocotó, investir nas carnes de caça é um reflexo das constantes mudanças no mercado gastronômico. "As pessoas procuram novidades, e inovar faz parte do nosso trabalho", conta ele. "Hoje você consegue comprar essas carnes com mais facilidade, o que era raro antigamente", completa o chef Diogo Silveira, do Pomodori.

Justamente por ser a mais conhecida do paladar brasileiro, a carne de javali é a mais presente nos menus. Casas como D.O.M., Friccó, Eñe, Due Cuochi Cucina e Diaccuí já têm o ingrediente fixo no cardápio. Isso sem falar nas churrascarias e nas linguicinhas que alegram as pizzas de casas como Bráz, Speranza e 1900.

A marca Temra, especializada nesse animal, com sede em Araçariguama (SP), está entre as principais distribuidoras da carne no país. O engenheiro agrônomo André Fleury Alvarenga, um dos sócios, conta que a produção atual chega a 3,5 toneladas por mês.

"A marca existe há 15 anos, mas há cerca de quatro anos podemos dizer que conseguimos manter uma produção regular e de acordo com a demanda. O grande desafio era conseguir produzir mensalmente para sustentar o mercado", afirma. Ele conta que foi necessário estudar intensamente toda a cadeia de produção do animal, que é acompanhada por zootecnistas e veterinários.

Além de trabalhar com o javali, a Cerrado Carnes de Caça, de Cotia (SP), fornece animais como capivara, cateto, queixada, paca e faisão. Quem comanda a empreitada é Gonzalo Barquero, muito elogiado pelo diálogo frequente e direto com os chefs. Segundo ele, somente a partir de 2009 é que as carnes passaram a ser fornecidas regularmente.

"Nós garantimos a compra dos animais junto a produtores em todo o Brasil. De 2010 para 2011, já crescemos 250%", conta Barquero, que atualmente abastece o mercado com cerca de 1 tonelada de carnes de caça por mês, a maior parte para São Paulo. "Já podemos produzir 3 toneladas por mês, mas estamos indo aos poucos, para não perder qualidade no meio do caminho."

Desde pequeno, Barquero é apaixonado pelo campo. Sua família, natural da Costa Rica, tinha um sítio em Jundiaí (SP), onde cuidava da criação de gado e cavalos. Aos poucos, os parentes foram abandonando o negócio, e Barquero tomou as rédeas. "Ninguém conhecia bem o assunto", fala ele, que visita seus mais de 30 produtores em Estados como Goiás, Rio, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Desafios à mesa

Para chegar a bons resultados, os chefs suam os aventais. São necessários vários estudos até atingir o tempero e a combinação ideal de complementos. Henrique Fogaça, do Sal Gastronomia, conta que testou várias formas até pegar o jeito de fazer a carne de javali. "Fiz na pressão, assada, marinada... Foram muitas etapas até chegarmos ao ragu que oferecemos hoje. Como ela não tem muita gordura, é preciso técnica para não ficar seca demais", diz.

Para ajudar a popularizar a carne entre os clientes, Fogaça oferece uma pasta de javali no couvert. Ele usa 15 kg do animal em 15 dias, contra 25 kg de carne vermelha convencional semanalmente.

Uma outra forma de apresentar essas carnes aos clientes é realizar festivais. Foi o que fez o chef Ivo Lopes, do Due Cuochi Cucina. Depois de voltar de uma viagem à Itália, ele aproveitou o inverno para investir nessas iguarias. Em julho, o restaurante promoveu um festival com cateto, faisão e javali -este entrou de vez para o cardápio da casa.

"Cada espécie tem sua personalidade. O sabor em geral é forte, mas acredito que o público está mudando e perdendo o preconceito", afirma. Lopes explica que os cortes mais usados (pernis, carrés, stincos, costelas, paletas e filés) já chegam ao restaurante devidamente cortados de acordo com o pedido, congelados e embalados à vácuo.

Investir na queixada será o próximo desafio do chef do Mocotó. Nos últimos meses, ele se dedicou a vários testes com cateto e queixada e, a partir de meados de agosto, esta última fará parte do menu fixo. "Gostei muito das duas, mas resolvi ficar com a queixada. Um dos cortes dos quais mais gostei foi a paleta, que iremos rechear aqui", diz Rodrigo.

Já Patrícia Hadlich Miguel, nutricionista e proprietária do restaurante Diaccuí, em Moema, trabalha com capivaras, queixadas, catetos e javalis há cinco anos. A família dela tem uma pequena criação de capivaras em Miracatu (SP), que ajuda a abastecer o restaurante. "As pessoas só não consomem mais por falta de conhecimento. Algumas das carnes são um pouco secas e o desafio é deixá-las macias sem tirar o sabor."

Nascido na região Centro-Oeste, Diogo Silveira, do Pomodori, ressalta a importância de os animais serem criados em áreas grandes, próximas do ambiente selvagem em que vivem. "Isso garante uma carne saudável e com menos gordura", diz. O chef do Mocotó concorda: "O ambiente e a forma como esses animais são criados são importantes para garantir a qualidade da carne".

Talvez ainda leve mais tempo para que as carnes de caça firmem seu espaço nas receitas, mas os paulistanos já se mostram mais interessados em prová-las. "Essas carnes passaram a existir mais no repertório do brasileiro. Codornas, perdizes e coelhos [considerados animais domésticos], já são bem mais aceitos", diz a chef Marie-France Enry, do La Casserole, que desde os anos 1950 oferece pratos com coelho. "Os chefs fazem um trabalho fundamental para difundir outros tipos de carne", completa. E, no que depender deles, nossos bifinhos nunca mais serão os mesmos.

QUEM É QUEM

Javali
Ancestral do porco doméstico, ele tem carne magra, tenra e com baixo teor de gordura e colesterol
Preço por kg: cerca de R$ 38

Cateto
Espécie de porco-do-mato. Tem carne magra e sabor semelhante ao da carne de porco, porém menos gordurosa e levemente adocicada
Preço por kg: cerca de R$ 78

Queixada
Esse porco selvagem tem carne vermelha escura, com baixo teor de gordura e muito saborosa
Preço por kg: cerca de R$ 78

Paca
Roedor de hábitos noturnos, tem carne rosada e se parece com um porco jovem. Devido à dificuldade de criação, é bastante cara
Preço por kg: R$ 270 (vendido em peça, com cerca de 4 a 5 kg)

Capivara
Maior roedor do mundo, reproduz-se com facilidade. Sua carne tem textura macia, é rica em proteínas e tem sabor delicado
Preço por kg: cerca de R$ 78

Faisão
De origem asiática, suas plumas também são muito procuradas. Sua carne é considerada saborosa, apesar de seca
Preço por kg: cerca de R$ 78

Fontes: "Carne & Cia" (Senac Editora), Cerrado Carnes de Caça, açougue Porco Feliz e chef Ivo Lopes

As regras para quem cria

Como forma de preservar espécies e reduzir a caça ilegal, os criatórios de animais selvagens devem seguir as regulamentações do Ibama, que, além de fiscalizar, determina condições de criação, manejo e reprodução dos animais. Restaurantes e varejo devem trabalhar somente com produtores registrados no órgão. No Estado de São Paulo, segundo o Ibama, hoje existem 22 criadouros autorizados de javalis, catetos, queixadas, pacas, capivaras e animais do tipo.

SABORES ANTIGOS
JOSIMAR MELO, crítico da Folha

Em diferentes pontos do Brasil, javalis destroem criações, capivaras invadem plantações, jacarés espreitam vidas humanas. Mas o equilíbrio entre as espécies não pode, por lei, ser regulado pela caça.

Marrecos em migração também podem causar prejuízo nos arrozais de Mato Grosso. Não chegam a fazê-lo porque os produtores os espantam... a tiros. Que abatem algumas aves.
O peito desses marrecos, com que fui presenteado certa vez, foi das iguarias mais deliciosas que já comi no Brasil. Me fez lembrar pombos ou perdizes servidos na Europa na época da caça. Sabor que a carne "de caça" que temos no Brasil lembra apenas muito de longe.

Sempre é bom, para o paladar e para a cultura, conhecer a variedade de alimentos que a vida animal fornece à nossa espécie (e a outras). De criação ou não, todos deveriam provar a carne de tartaruga, de paca, de jacaré. Mas se alguém achar que são "de caça", não são.

Não sinto prazer nenhum em caçar nem em pescar. Matar não é meu esporte, e dele fui liberado pela divisão social do trabalho na nossa espécie. Mas sem dúvida me sinto mais próximo das origens sentindo o sabor da carne realmente silvestre, criada na natureza, do que da ração dos animais domesticados.

Em muitos países, as espécies são preservadas graças à regulamentação da caça, que de quebra ainda salva os sabores antigos.

Produtores do RS querem área livre de aftosa sem vacina

Qualificar a defesa sanitária e estender os sistemas de rastreabilidade são essenciais nesta conquista
Clarisse de Freitas
Melhorar a situação sanitária a ponto de transformar o Rio Grande do Sul em zona livre de febre aftosa sem vacinação é uma das grandes metas do setor primário, que pretende também erradicar a tuberculose e a brucelose. A direção foi apontada ontem pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi.
Ele participou, ao lado de representantes do Ministério da Agricultura e do presidente da Fiergs, Heitor Müller, de um encontro em que os presidentes das associações nacionais de produtores de carne bovina, suína e avícola detalharam as carências do setor primário e indicaram alternativas para o fortalecimento da produção de carne no Estado.
As propostas feitas pelos produtores devem intensificar a atividade agroindustrial no Estado o que, na avaliação de Müller, ajudará a reduzir as desigualdades regionais. “A importância da agroindústria é absoluta. Uma das minhas bandeiras na presidência da Fiergs será a industrialização da matéria-prima gerada no campo. É uma vocação do Estado”, disse ele.
Um trabalho que, segundo o secretário da Agricultura, complementa o que vem sendo desenvolvido pelo governo, que reativou câmaras temáticas setoriais. “A câmara das carnes deverá definir, neste ano, uma agenda estratégica para cada cadeia produtiva, para que possamos elevar a situação sanitária, aumentar a qualidade do nosso produto e ganhar volume de produção. Isso nos dará competitividade para disputar mercado”, afirmou o secretário.
De acordo com Mainardi, o Estado busca maneiras de melhorar as defesas sanitárias e estender a adoção dos sistemas de rastreabilidade para possibilitar a suspensão da vacina contra a aftosa. Isso permitirá, segundo ele, que o Rio Grande do Sul seja o primeiro estado brasileiro a erradicar a tuberculose e a brucelose nos rebanhos. O secretário detalhou, ainda, que está em negociação um convênio com o Ministério da Agricultura para reequipar a estrutura de defesa agropecuária. O acordo irá destinar recursos tanto para a compra de móveis, equipamentos e veículos, quanto para a capacitação de fiscais.
No encontro, os representantes das cadeias produtivas debateram os motivos da sobra de arroz no Estado e da falta de milho, que precisa ser importado do Centro-Oeste. Para o presidente da União Brasileira da Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o Rio Grande do Sul não precisa reduzir a lavoura orizícola, mas deve dar mais atenção à produção de milho, que é insumo básico para a produção de frangos e suínos. “Temos vocação para a agroindústria, mas estamos perdendo espaço”, afirmou. O líder da avicultura nacional apontou a necessidade de criação, por parte dos governos federal e estadual, de programas específicos para a modernização das granjas. Segundo ele, o Estado, assim como Santa Catarina, possui estruturas antigas e os problemas de manejo de energia e de água são avaliados negativamente pelas missões internacionais de importadores.
Turra indicou, ainda, a necessidade de melhorar a capacitação dos fiscais e dos laboratórios responsáveis pelas inspeções sanitárias no Rio Grande do Sul. Esta deficiência, disse ele, foi um dos fatores considerados na inclusão de frigoríficos gaúchos no embargo russo. 

Só frango inteiro registra aumento de volume nas vendas externas

Campinas, 2 de Agosto de 2011 - Ainda que tenham apresentado significativo avanço em comparação ao que foi registrado na fase mais difícil da recente crise econômica mundial, as exportações brasileiras de carne de frango continuam a registrar expansão bastante moderada em comparação a períodos anteriores.
Assim, em relação ao que foi embarcado no primeiro semestre de 2008 (período pré-crise), as exportações do primeiro semestre de 2011 (três anos depois) apresentaram crescimento de apenas 4,7%. Contra, por exemplo, 40% de aumento entre o primeiro semestre de 2005 e o mesmo semestre de 2008.
Além disso, porém, a evolução dos quatro diferentes itens exportados vem sendo heterogênea. O carro-chefe das exportações, os cortes de frango, obtiveram, entre 2008 e 2011, expansão de apenas 2,3%. E a carne de frango salgada teve suas exportações reduzidas em quase 25% (neste caso, por conta, também, de medidas protecionistas por parte da União Europeia).
Dessa forma, só aumentaram acima da média os embarques de industrializados de frango (+9,3%, mas com participação pouco significativa nos embarques totais) e, especialmente, os de frango inteiro - +13%, uma demonstração, aliás, de que o mundo continua a buscar alimentos de menor valor agregado.
Em função desse desempenho alterou-se, também, o mix de produtos exportados. Os cortes de frango, que no primeiro semestre de 2008 responderam por 54% do total exportado, agora têm participação de 53%. Industrializados e carne salgada viram sua participação recuar de 10,7% para 9,1%. Ou seja: só aumentou a participação do frango inteiro – de pouco mais de 35% em 2008 para 38% atualmente.


(AviSite) (Redação)

Carnes têm o pior desempenho dos últimos cinco meses

Campinas, 2 de Agosto de 2011 - Em julho passado, as exportações brasileiras de carnes só apresentaram resultado melhor, neste ano, que os de janeiro e fevereiro. Isto na receita, porquanto no volume o resultado de julho ficou acima, apenas, do registrado em janeiro (os embarques de fevereiro foram similares aos de julho).
Isso significa, em suma, que, além da receita cambial, também o volume embarcado foi negativo em relação ao mês anterior. E, ainda pior, retrocederam os preços médios da carne suína e de frango.
Tem mais, porém: o volume embarcado foi negativo para as três carnes também em relação a julho de 2010. Neste caso, só a receita cambial da carne de frango apresentou evolução positiva (modesta, de +2,23%), enquanto a da carne suína recuou 17% e a da carne bovina 22%.


(AviSite) (Redação)

Carne de frango: volume exportado em julho foi menor que o de um ano atrás


Campinas, 2 de Agosto de 2011 - Pela primeira vez em 2011, o volume de carne de frango embarcado retrocedeu em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em julho, conforme dados divulgados ontem pela SECEX/MDIC, o setor exportou perto de 276,9 mil toneladas de carne de frango in natura, volume quase 15% menor que o de julho de 2010, ocasião em que as exportações do produto in natura somaram 324 mil toneladas – o que, ressalte-se, correspondeu ao segundo maior volume da história do setor.
Mas além de ficar aquém do resultado excepcional de um ano atrás, as exportações de julho de 2011 também foram menores que as do mês anterior, em relação ao qual recuaram perto de 11%.
E como, comparativamente ao que havia sido alcançado em junho, registrou-se recuo, igualmente, no preço médio do produto, a receita cambial sofreu redução de quase 13% em relação a junho/11, ao mesmo tempo em que apresentou incremento de não mais que 2% sobre julho de 2010 – o menor índice dos últimos 18 meses.
Em função desse desempenho, o volume de produto in natura exportado nos sete primeiros meses de 2011 se encontra apenas 3% acima do registrado em idêntico período de 2010.


(AviSite) (Redação)

Proibida venda de carne devido a níveis de radioactividade

Proibida venda de carne devido a níveis de radioactividade
As autoridades japonesas proibiram hoje a venda de carne de vaca na região de Tochigi, a sul de Fukushima, depois de detectar níveis elevados de césio radioactivo, elevando para quatro o número de províncias afectadas pela contaminação.
O ministro porta-voz, Yukio Edano, comunicou a decisão de alargar a proibição a Tochigi, menos de 24 horas depois de anunciar que tinha proibido a venda de carne na zona Iwate (noroeste) devido à radioactividade.
O escândalo da carne contaminada foi conhecido em meados de Julho, quando se detectou que ao mercado tinha chegado carne com elevadas quantidades de césio radioactivo procedentes da aldeia de Minamisoma, perto da central nuclear de Fukushima.
O governo proibiu, na altura, a distribuição de carne daquela província e comprometeu-se a efectuar análises noutras zonas.
Posteriormente, o governo alargou a proibição à região de Miyagi (nordeste) em finais de julho e a Iwate na passada segunda-feira.
As autoridades acreditam que a contaminação da carne possa decorrer da alimentação dos animais com rações cultivadas ou armazenadas ao ar livre e que receberam doses elevadas de radioactividade no início da crise nuclear.
As autoridades nipónicas sublinharam que é necessário comer diariamente carne contaminada durante um ano para existirem consequências para a saúde humana.