sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Marfrig apresenta novidades no principal encontro atacadista da América Latina, em Recife


Setor atacadista brasileiro faturou mais R$ 151 bi em 2010.
Recife (PE) será palco do maior encontro do setor atacadista da América Latina, de 08 a 11 de agosto (segunda a quinta-feira), com a realização da 31ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor, que contará com a participação do Grupo Marfrig apresentando três novidades: os alimentos enlatados Searela, o Jerked Beef e o Charque Tradicional Seara.
A linha de alimentos enlatados Searela destacará um produto exclusivo – o Enlatado de Frango – destinado às pessoas que buscam um alimento saudável e de fácil preparo. O produto estará disponível nas versões Almôndega de Frango, Frango Desfiado, Frango em Cubos, Frango ao Molho Branco e Fiambre de Frango.
As embalagens trazem receitas e sugestões de consumo, além de serem litografadas e expandidas, o que lhes dá visual moderno e de destaque nos pontos de venda. As embalagens da Searela foram premiadas como a melhor embalagem na categoria “Três Peças” (corpo, tampa e fundo) no Prêmio Latincan 2011.
A linha Searela também oferece produtos à base de carne bovina e suína, como Carne em Cubos ao Molho, Carne com Batata, Almôndega Bovina, Carne em Conserva, Fiambre Bovino, Feijoada, Salsicha Viena, Apresuntado e Mortadela.
A outra novidade é a linha Jerked Beef Seara - carne salgada, curada e dessecada, similiar ao charque - oferecida em três diferentes cortes: dianteiro, traseiro e ponta de agulha, e em embalagens que vão de 500 gramas, prática para o consumo diário, até 30 quilos, para uso profissional.
“A garantia de procedência, o processo de industrialização e a embalagem a vácuo garantem ao consumidor a segurança de adquirir um alimento certificado e de padrão superior. Um atrativo extra da nova linha são as embalagens com tons dourado e vermelho, que possibilitam maior visibilidade na gôndola e identificação dos produtos”, complementa Walter Scheufler, gerente de marketing da divisão bovinos Brasil do Grupo Marfrig.
A empresa também apresentará sua linha Charque Tradicional Seara que segue todas as características de tamanho de embalagens e cortes oferecidos pelo Jerked Beef, diferenciando-se no processo de produção, já que no charque é artesanal. A produção dessa linha é realizada na unidade de Ariquemes (RO).
O segmento atacadista brasileiro apresenta crescimento nos últimos anos: dados do Instituto Nielsen apontam um faturamento em torno de R$ 151 bi em 2010, ante R$ 131 bi em 2009 (o que representou crescimento de 30% em relação a 2008).
Tendo em vista os bons números do setor e a importância que o evento representa, atraindo público do Brasil e exterior, a expectativa da Marfrig é muito positiva: “O encontro reúne os profissionais que buscam novidades e a possibilidade de estreitar o relacionamento com a indústria. Dessa forma, apresentamos um portfólio que atendam às expectativas desse público”, destaca Scheufler.
A Convenção Anual do Atacadista Distribuidor, realizada pela Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados) é um espaço para realização de novos contatos, conhecer as tendências da cadeia de abastecimento e estreitar o relacionamento entre indústria, varejo, agentes de distribuição e prestadores de serviço.

Feira agropecuária fomenta o negócio de gado em Angola



Feira agropecuária fomenta o negócio de gado

Domingos Mucuta | Lubango - Hoje


A potencialidade agró-pecuária da Huíla está patente na feira promovida pela Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola
Fotografia: Arimateia Baptista
 A VIII edição da maior bolsa de negócios agropecuários da região Sul abriu na quinta-feira, no Lubango, com 600 cabeças de várias espécies de gado para leilão, numa exposição inaugurada pelo ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Afonso Pedro Canga.
A Feira Agropecuária, promovida pela Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola, inserido na 25ª edição das Festas da Nossa Senhora do Monte, expõe outras 400 cabeças de gado bovino, caprino, ovinos, suínos e equinos e produtos agrícolas diversos. O presidente da cooperativa, Luís Nunes, disse que a mostra se realiza, este ano, numa infra-estrutura moderna e funcional, na qual estão patentes várias espécies de bovinos adoptadas nesta região, como é o casos de brahman, simbra, bosmarra, simental e outras raças seleccionadas para o evento.
Luís Nunes acrescentou que a iniciativa é a imagem viva e demonstrativa do potencial agropecuário do Sul de Angola, iniciado em 1986, com o objectivo de fomentar o negócio de gado dos criadores Benguela, Cunene, Namibe e Huíla. Esta edição da feira agropecuária realiza-se numa altura em que a diversificação da economia é uma das questões estratégicas mais relevante da agenda política nacional. “Estamos em crer que esta feira pecuária, associada a equipamentos e produtos agrícolas e outros factores de produção, é a mensagem mais eloquente e apelativa de que a Huíla continua a ser o destino privilegiada de investimento no sector de agropecuária”, referiu.
Defendendo o recurso à importação de raças de bovinos, vacas e touros, que permita alavancar de forma competitiva e com rentabilidade a produção da carne e conseguir melhorar as espécies autóctones, frisou que esta questão tem merecido a atenção dos criadores e do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. O objectivo é consagrar o assunto nas políticas de desenvolvimento pecuário nacional, a exemplo do que aconteceu noutros países da região austral. Luís Nunes disse que assegurada a estabilidade política do país é tempo de combater a pobreza e assegurar a alimentação permanente e saudável da população. A meta é a de o incremento da produção nacional de carne e hortícolas diversas favorecer o abastecimento do mercado. A reabilitação de infra-estruturas produtivas, a promoção do desenvolvimento rural, a investigação agrónoma e veterinária e a reabilitação das vias de acesso são fundamentais para a sustentabilidade da económica. Na visão de Luís Nunes, a construção e reabilitação das infra-estruturas são pressupostos essencial para o desenvolvimento da economia que, através do relançamento da produção interna de bens e serviços, permite reduzir as importações e incrementar a riqueza nacional e o emprego. “Ano após anos a feira atinge níveis de excelência que em nada ficam a dever às demais feira nacionais e internacionais”, argumentou. O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Afonso Pedro Canga, destacou o profissionalismo dos pecuários da região Sul de Angola, pelo facto de todos os anos promover “a maior e a mais importante exposição especialmente dedicada a agricultura e pecuária no  nosso  país”.


Profissionalismo



Para Pedro Canga, o prestígio e interesse da feira agropecuária da Huíla já ultrapassaram as fronteiras de Angola, pois a participação de empresários e visitantes estrangeiros é cada vês mais expressiva. O ministro disse que a exposição demonstra o profissionalismo dos pecuários da Região Sul, agricultores e técnicos, que com tenacidade e determinação vencem obstáculos e conquistam o espaço merecido na economia angolana”, sublinhou.
“Este é o testemunho vivo das políticas públicas e da visão do executivo angolano em relação à agricultura e à diversificação da economia. O meu reconhecimento ao governo da província da Huíla no apoio e promoção do desenvolvimento agrário”, disse.
O governador do Cunene, António Didalelwa, considerou a feira agropecuária como um espaço que incentiva os criadores e produtores a investirem mais na reprodução de animais e em produtos locais.
 “Esta bolsa de valores vai incentivar os criadores e compradores a dinamizarem os negócios”, disse.

Carnes suína e de frango em alta


Nem só de boi vivem os frigoríficos e a indústria de carnes nacional. O ano de 2011 vem sendo um período bastante positivo também para o mercado de suínos e aves. Com o apoio da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a 10ª edição da TecnoCarne – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne, reflete, de 23 a 25 de agosto, nos corredores do Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, toda a força e o potencial econômico já característicos do setor.
Segundo a Ubabef, as exportações de carne de frango somaram surpreendentes US$3,99 bilhões só no primeiro semestre deste ano. Cerca de 28% a mais do que os US$3,11 registrados entre janeiro e junho de 2010. Em volume, os embarques totalizaram 1,92 milhão de toneladas. Número bem superior às 1,2 milhão de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado. Apesar da estimativa de um segundo semestre mais tímido devido à valorização do real frente ao dólar, ao final do ano, o balanço promete ser positivo para a indústria da avicultura. Projeções indicam um crescimento anual de 3% a 5% no volume comercializado.
A carne suína não fica para trás. De acordo com a Abipecs, apesar de um pequeno declínio no volume total exportado, a carne suína é um dos produtos básicos que obtiveram substancial aumento na receita das vendas externas em 2011. Com um preço em média 12,37% mais caro, o Brasil exportou o equivalente a 735 mil dólares no primeiro semestre de 2011, o que representa um aumento de, aproximadamente, 11% em relação aos seis primeiros meses de 2010. Ao contrário do mercado de aves, o segundo semestre é aguardado com otimismo pelos profissionais do setor. Até dezembro, o governo espera ter autorização para exportar para o Japão e para a Coréia do Sul, em um negócio que pode atingir a casa dos US$850 milhões
Alexandre Barbosa, presidente da BTS Informa, empresa responsável pela TecnoCarne, mostra-se otimista com a realização de mais um encontro da indústria de carnes: “É uma grande oportunidade de networking, troca de experiências, interação e negócios  com toda a cadeia produtiva, que é o alicerce para o desenvolvimento da indústria de carnes tanto dentro quanto fora do país. Com a presença de cerca de 650 marcas expositoras, e a expectativa de uma visitação de mais de 25 mil pessoas, a TecnoCarne é o momento ideal para o profissional do ramo de carnes saborear o mercado.”
Serviço
TecnoCarne – 10ª Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne
Local: Centro de Exposições Imigrantes
Dias: 23 a 25 de agosto de 2011
Horário: das 14 às 21 horas
Assessoria de Imprensa do Evento

Frigorífico é condenado em R$ 16 mi por problemas trabalhistas


De acordo com juíza responsável pela decisão, a conduta de precarização do trabalho praticada pela Seara Alimentos, do Grupo Marfrig, atinge não apenas ao empregado de modo individual, mas à coletividade dos trabalhadores
Por Repórter Brasil
A Justiça do Trabalho condenou a Seara Alimentos, do Grupo Marfrig, a pagar R$ 16,1 milhões por problemas relacionados às condições oferecidas aos seus empregados, destaca o Blog da Redação. São R$ 14,61 milhões de dano moral coletivo e mais R$ 1,5 milhão por litigância de má-fé.

Provocada por ação civil pública de 2007 da Procuradoria Regional do Trabalho da 12ª Região (PRT-12), a decisão da juíza Zelaide de Souza Philippi, da 4ª Vara de Criciúma (SC), obriga ainda a empresa a: conceder intervalos de 20min para cada 1h40 trabalhados, sempre que a temperatura no local for inferior a 10º C; disponibilizar cadeiras e mesas suficientes no espaço destinado ao descanso durante as pausas; garantir a saída dos trabalhadores, a qualquer momento e sem necessidade de comunicado ao superior para o uso dos banheiros; abster-se de exigir a prestação de horas extras em determinados setores, aceitar atestados médicos de profissionais não ligados à empresa; bem como diagnosticar de forma precoce as doenças e os agravos à saúde do trabalhador, emitindo Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

De acordo com a decisão, a companhia frigorífica manteve empregados da sala de cortes em temperaturas sabidamente inferiores a 10º C, sem conceder as pausas previstas em lei; impediu que os mesmos fossem ao banheiro fora dos horários preestabelecidos, compelindo-os, em caso de premente necessidade, a se justificarem na presença de todos os colegas, o que causava manifesto constrangimento; e também rejeitou atestados médicos de profissionais não ligados ao seu serviço de saúde sem nenhuma justificativa, sequer avaliando os exames realizados e o tratamento prescrito, o que, aliado ao descaso dos médicos da empresa, acarretava situação em que os empregados, mesmo com dores, eram compelidos a permanecer trabalhando.

Para fundamentar o seu parecer, a juíza, que atua na primeira instância do Judiciário trabalhista, frisou ainda que a Seara manteve ritmo frenético de trabalho, em ambiente hostil e com tarefas repetitivas, altamente propensas ao desenvolvimento de doenças ocupacionais; e omitiu a notificação de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais à Previdência Social, negando-se a emitir CAT e, em casos extremos, até propôs aos empregados que comparecessem à empresa apenas para registrar o ponto.

"A conduta de precarização do trabalho pela demandada, por óbvio, atinge não apenas ao trabalhador individualmente, mas à coletividade destes, que veem, impotentes, serem rasgadas todas as normas legais e constitucionais relacionadas à valorização do trabalho. Atinge, igualmente, a sociedade local, visto que a empresa, por seu imenso porte, constitui-se na maior empregadora da região, lançando a impressão, aos olhos da comunidade, de tratar-se de terra sem lei. Por fim, atinge também o já combalido sistema previdenciário brasileiro, às portas do qual vai bater a legião de trabalhadores incapacitados pelas técnicas brutais adotadas pela empresa ré", acrescentou.

A magistrada optou por destinar os recursos a um projeto conjunto entre a Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltado à recuperação e reintegração das trabalhadoras e dos trabalhadores afetados do setor. O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um processo contra a empresa após a demissão de nove funcionárias da unidade da Seara em Forquilinha (SC) em 2006. Elas não suportaram o frio intenso da sala de cortes e saíram do local por alguns minutos. Na volta da pausa, acabaram dispensadas por justa causa.

Consultada, a Seara Alimentos, do Grupo Marfrig, observou que a referida decisão "não é definitiva" e que "já protocolou competente recurso, respaldada por documentos e argumentos técnicos que demonstram a improcedência das denúncias frente à legislação em vigor".

A companhia disse ainda que "cumpre rigorosamente todos os requisitos da legislação trabalhista em vigor e oferece aos seus funcionários condições de trabalho e benefícios superiores à média do setor".

Segundo o procurador do trabalho Sandro Sardá, gerente do projeto nacional do MPT de atuação em frigoríficos, entretanto, pesquisas apontam que ainadequação das condições de trabalho vem gerando o adoecimento de cerca de 20% do total de trabalhadores no setor.

As empresas não vêm concedendo pausas de recuperação térmica e de recuperação de fadiga, assim como não vem reduzindo o ritmo de trabalho, relatou o procurador. Segundo ele, é comum ver jornadas estendidas por horas extras e empregados realizando de 90 a 120 movimentos por minuto, no frio e com posturas inadequadas , quando o limite aceitável é de cerca de 30 a 35 movimentos por minuto. "É lamentável que, mesmo após condenações exemplares e brilhantes como essa, as empresas continuem descumprindo a legislação trabalhista e afrontando a dignidade humana".

*Com informações da assessoria de comunicação do MPT/SC

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Importações de Alimentos - Russia


O jornal “Moskovskie novosti” (“Novidades de Moscou”) compara as economias russa e brasileira. Focaliza especialmente as importações de alimentação. A edição observa que quase 30 por cento da população russa gastam todas suas rendas em alimentação. Como há muitas décadas, os Russos continuam consumindo os gêneros mais baratos, só que estes, ou seja, “os mais baratos”, encareceram bastante. Por exemplo, o preço médio das coxas de frango é agora de 115 rublos. Em 2004, entretanto, custavam 50 rublos. Os pobres na Rússia já perderam para os brasileiros. Apesar de que a carne bovina subiu 6 por cento desde o começo do ano e sua entrada diminuiu 1,6 por cento, o problema não consiste unicamente em que três Estados brasileiros continuam sob interdição de exportar para a rússia. Acontece que o nível de vida no Brasil, o fornecedor de produtos cárneos mais importante da Rússia, vai aumentando; portanto, o que lá se produz é, agora, consumido quase por inteiro em casa. Na Rússia, entretanto, o poder aquisitivo da população baixou entre 5 e 7 por cento no último semestre – resume o jornal.
Entretanto, a inflação na Rússia foi e continua sendo elevada. Esta é a opinião de Serghei Dubinin, ex-presidente do Banco Central da Rússia. Ele acentua que a Rússia está habituada à inflação e que seu alto nível será mantido. Pior é que a Rússia está entrando em um período de baixo crescimento econômico. Vêm surgindo muitos países ultrapassando a Rússia em ritmo de crescimento do Produto Intern o Bruto. E já não é somente a China, mas também a Indonésia e o Brasil. O fenômeno nada de bom promete a nós – resume o “Moskovskie novosti”.

Boi Gordo: apesar de leve melhora na oferta, mercado do boi gordo se mantém firme

10 de agosto de 2011 - 16:45h
Autor: Scot Consultoria

A oferta de animais terminados está melhor, comparada à das últimas semanas, mas o mercado se mantém firme em São Paulo.

As escalas atendem de 3 a 4 dias, na maioria dos casos. Existe bastante variação quanto à programação dos frigoríficos.

Os que possuem escalas menores mantém a firmeza do mercado. As empresas que estão com escalas maiores testam valores mais baixos, mas o volume de negócios recua bastante.

O preço das fêmeas caiu. Em São Paulo as vacas estão cotadas em R$91,00/@, à vista, e R$93,00/@, a prazo, livres de imposto.

No mercado atacadista houve recuo no preço da vaca casada, que está sendo negociada por R$6,00/kg.

A movimentação no atacado está pequena.

Ajustes nas cotações não estão descartados, passado o período de maior movimentação de início de mês. 

Pecuaristas de MT aprovam proposta para receber de frigorífico


Fonte: Só Notícias/Agronotícias
Foi provada pelos credores do Mataboi uma proposta para ser apresentada aos proprietários do frigorifico em recuperação judicial. A proposta é de pagamento a todos os credores, independente do montante da divida, de R$ 100 mil 30 dias após a homologação do Plano aprovado pela Assembleia Geral dos Credores. O restante do crédito dividido em 24 parcelas mais correção monetária pelo índice do INPC. A aprovação foi unanime durante reunião com os credores realizada, esta tarde, em Rondonópolis.

Frigorífico Bertin na BR-060 demite 300 funcionários


O frigorífico acabou com o segundo turno de desossa, que começava a partir das 3h30

Aproximadamente trezentos funcionários foram demitidos esta semana do setor de desossa no frigorífico JBS Bertin na BR-060, saída para Sidrolândia. A informação é do presidente do (Stic-CG) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande.
 
De acordo com o presidente, o frigorífico acabou com o segundo turno de desossa, que começava a partir das 3h30. “Essas indústrias recebem todo tipo de incentivo da União, Estado e Município e quando bem entendem fazem esse tipo de mudança, prejudicando centenas de famílias com a demissão de funcionários”, disse.
Em menos de 15 dias, a mesma indústria, dona da antiga BMZ, indústria de curtume instalada no Núcleo Industrial de Campo Grande, demitiu 300 funcionários.
Os demissionários, com de um ano de empresa farão rescisão contratual na sede do sindicato nos dias 22, 24 e 25 de agosto. Os demais demissionários têm menos de um ano de casa. Por causa disso, o acerto será feito na própria empresa.
O diretor do sindicato, Mauro Silva Gotardo, que trabalha no Bertin, o drama dos funcionários demitidos é muito grande. “É uma pena serem demitidos neste início de segundo semestre de 2011. “O governo deveria intervir para garantir o emprego, finaliza o diretor.
De acordo com o site A Folha de São Paulo, o grupo JBS-Friboi, fechou dois curtumes paulistas e um em Mato Grosso do Sul. As demissões chegam a 1.025 funcionários, somando as que também ocorreram num frigorífico do grupo.
A empresa alega que problemas tributários levaram ao fechamento dos curtumes paulistas. Segundo o grupo, no caso de São Paulo, não se trata de demissões, mas de reorganização, porque o mesmo número de funcionários está sendo contratado em três curtumes no Ceará, em Minas Gerais e em Goiás.
O fechamento mais recente ocorreu em Franca (SP), na última sexta-feira. O curtume, adquirido há um ano, era o quinto maior do grupo. Foram 370 demitidos.
Em Aguaí, as demissões começaram em 15 de julho. São 350 desligamentos,a produção foi paralisada na última segunda-feira. O Friboi não deu detalhes sobre quais seriam os problemas tributários.
Outro curtume foi fechado em Rio Brilhante (MS), com 150 demitidos a empresa diz que a operação foi apenas transferida para um curtume de uma cidade vizinha.

Ucrânia pede abertura de mais 4 frigoríficos de carne bovina do Brasil

São Paulo - O setor de carnes do Brasil, que segue bastante movimentado nos últimos meses, recebeu o pedido para habilitação de quatro novas plantas para vender carne bovina à Ucrânia. Esse novo pedido reforça ainda mais que os problemas sanitários levantados pelos russos para embargar a carne brasileira não são o real motivo para a atitude.

As empresas autorizadas foram o Tatuibi, e o Barra Mansa de São Paulo, Mafripar, do Pará, e o Frigorífico Irmãos Gonçalves, de Rondônia. Atualmente 20 plantas já exportam para aquele destino, principalmente com miúdos e língua. Em 2010, o Brasil exportou para a Ucrânia 10,3 mil toneladas de carne bovina, com receita de US$ 38,3 milhões, o equivalente a 0,8% do total de exportações brasileiras no período.

A liberação das plantas é resultado de uma missão de veterinários ucranianos ao Brasil, que inspecionaram as unidades em fevereiro deste ano. "É um mercado que pode ser muito importante para o setor de carnes do Brasil", comentou o presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar.

Para Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), essa expansão é o resultado do esforço de todo o setor, para ampliação dos volumes e plantas capacitadas a exportar carnes. "No caso da Ucrânia essas novas plantas capacitam o país a voltar aos volumes de importações do Brasil praticados anteriormente. Esse país já teve um período de importação de carnes brasileiras bastante grande, mas depois veio a crise de 2008, que acabou reduzindo o fôlego de muitos países. Agora podemos recomeçar para voltar aos quantitativos anteriores", frisou ele.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ainda não confirmou o pedido, entretanto a coordenação geral de Programas Especiais (CGPE) do Mapa, recebeu um comunicado do setor sobre o assunto. "Enquanto o Itamaraty não nos enviar um comunicado oficial, não podemos fazer nada. Eu recebi um documento enviado por um importador, só que não podemos enviar nenhuma circular até receber essa documentação. Eu já pedi esse comunicado, e acredito que até sexta nós iremos receber", informou ao DCI Vantuil Sobrinho, coordenador-geral do CGPE.

Segundo o Mapa, o Brasil havia solicitado aos ucranianos a habilitação de duas plantas frigoríficas, uma para carne bovina, e uma para suínos. Entretanto, não recebeu qualquer resposta do país. O Brasil que enfrenta um grave problema com o embargo russo, que afetou principalmente o setor de suínos, também tem problemas com a África do Sul em relação a carne de aves, visto que o país colocou a carne brasileira sob suspeita de dumping.

Minupar estuda fusão com frigorífico Nova Araçá

Adriana Lampert


Visando a maximizar resultados, a Minupar Participações S.A., administradora da Minuano Alimentos, e a Agostinho Carrer Participações Ltda, controladora da Frigorífico Nova Araçá, estudam a possibilidade de unir suas operações. Ontem, a Minupar publicou fato relevante na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde anunciou a intenção de fusão entre as duas companhias. A consolidação do negócio, no entanto, dependerá de avaliação econômica da Nova Araçá, incluindo eventuais pendências de ativos e passivos da empresa. Com resultado previsto para em torno de 60 dias, a auditoria também definirá os valores para a possível operação.
O fato é que o pontapé inicial já foi dado. As duas companhias firmaram nesta semana um memorando de entendimento estabelecendo as condições iniciais para a desejada integração operacional e societária, que pode vir a ser uma fusão ou uma incorporação, conforme esclarecimento do assessor de Relações com Investidores da Minupar, Décio José Schnack. “Havendo concordância das partes, pode ou não acontecer uma negociação”, adianta, destacando que “nada ainda foi definido”. “Só vamos saber o que irá acontecer após os trâmites estabelecidos no acordo. Por enquanto estamos na esfera da intenção e sondagem de possibilidades.”
Segundo a publicação feita na Bovespa, se a fusão ocorrer, as melhorias poderão ser observadas na capacidade financeira, nos preços mais competitivos e nas melhores condições para negociação na compra de matérias-primas. Também pesam na análise o desenvolvimento de produtos e tecnologias, o fornecimento das principais marcas, a otimização das estruturas de vendas e marketing e as plataformas de produção, além da facilidade de acesso a novos mercados.
Schnack ressalta que a integração das atividades da Minupar com o Frigorífico Nova Araçá criará sinergias de curto, médio e longo prazos para ambas as empresas, visando ao benefício dos acionistas e cotistas. Ele garante que, pelo menos por enquanto, não se considera aumentar ou diminuir quadro funcional de ambas as empresas.
Fundado em dezembro de 2000, o Frigorífico Nova Araçá atua na criação, abate, processamento e comercialização de alimentos e produtos de origem animal no Brasil e exterior. Tem capacidade para abater 160 mil aves/dia, 500 suínos/dia, 700 toneladas/mês de industrializados, além de 15 mil toneladas/mês de rações para aves.
Em 2010, a Companhia Minuano de Alimentos faturou R$ 120 milhões, sendo que, até então, 51% de sua receita foram provenientes da prestação de serviços a terceiros. “Com uma possível união de esforços das duas empresas, haverá incremento de unidades e também no faturamento com marca própria da Minupart”, estima Schnack.

FRIBOI fechou três cortumes


Ivan SantosAta Diária




O grupo JBS-Friboi, um dos maiores produtores de carne do mundo, fechou três curtumes –dois em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul.
A empresa também reduziu o tamanho de um frigorífico sulmatogrossense. Nos quatro lances, foram ao olho da rua 1.025 trabalhadores.
A responsabilidade pelas demissões foi transferida para o governo. O Friboi alega problemas tributaries. Quais? Não especifica.
Quanta ingratidão! O mesmo Friboi que alveja o fisco mantém com o governo federal, desde 2009, uma próspera parceria.
O velho e bom BNDES borrifou R$ 3,2 bilhões na caixa registradora do Friboi. Injetou mais R$ 2,5 bilhões no frigorífico Bertin, adquirido pelo Friboi.
Quando a empresa estendeu os seus negócios aos EUA, emitiu R$ 3,4 bilhões em debêntures. O BNDES comprou 99,9% do papelório.
Quer dizer: o Estado não é responsável pelas demissões, mas sócio do infortúnio dos 1.025 brasileitos que perderam o contracheque que lhes permitia encher a geladeira.
No mês passado, o empresário José Batista Jr., conhecido como Júnior do Friboi, filiou-se a um partido político. Planeja disputar o governo de Goiás em 2014.
Júnior sentou praça, veja você, no PSB, o partido “socialista” do governador pernambucano Eduardo Campos.
Ou seja: no mundo da política, Júnior do Friboi é um neosocialista. No universo empresarial, é um capitalista à brasileira.
Com uma mão apanha verbas públicas. Com a outra, socializa os prejuízos (Blog do Josias na Folha de São Paulo).

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

NEUZO - José Maria Pazetti

Foto arquivo Pampa Carnes


Soube agora pelo Sr. Manolo (ex-Bordon) o falecimento do nosso amigo em comum  Sr. Neuzo no dia 08/08/2011 passado  e gostaria de repassar abaixo, o que escrevi sobre ele no dia 25 de maio de 2009 uma segunda-feira.


Neuzo

"JOSÉ PAZETTI - NEUZO -Trabalhou no Frigorífico Bordon durante 41 anos e atuando em todos os setores do mesmo, desde a expedição até diretoria comercial, atendendo tanto a compra como a venda. Desde o ano 2000 atua na mesa de operação da Pampacarne." Assim , a excelente e inquestionável empresa Pampacarne define o Neuzo, mas esse homem , além do citado acima deveria ser reconhecido no Brasil como sinonimo para o mercado da carne bovina. Durante esses anos todos no Bordon (41), ele foi na verdade o próprio mercado da carne. Sempre ouvi falar do Sr. Neuzo no Bordon desde do fim dos anos 70,onde comecei a trabalhar, mas contato pessoal com ele passei a ter já na Swift nos anos 90. Um profissional exemplar - sério, que tem uma visão aguçada do mercado como se fosse um guru ou coisa parecida ; com informações precisas , exatas e reais. Graças a Deus, continua entre nós com saúde de um jovem e passando a sua experiência para os mais novos e tomara que continue com esse vigor por muitos anos ainda . O Neuzo tem ainda um dom para pintar, desconhecido por muitos ,fazendo belas telas. Não me lembro bem sobre a origem do Neuzo, mas acho que uma vez li nun jornalzinho do Bordon que tem a ver com nenem (nenê) ou algo parecido, mas não tenho a certeza se é isso mesmo. O Neuzo (me desculpe a intimidade) , é tão importante para o setor da carne no Brasil que deveria escrever um livro de memórias, para ser objeto de estudos para os mais novos do mercado da carne no futuro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Preço do filé sobe 38% enquanto que a arroba do boi em MT foi de 16%

Fonte: Rosana Vargas

O bife de filét mignon ficou 38,7% mais caro no período de agosto de 2010 e o mesmo mês de 2011. Enquanto isso, na outra ponta da cadeia produtiva, o preço pago pela arroba do boi gordo ao pecuarista em Mato Grosso, registrou um aumento de apenas 16,6%, passando de R$ 76,58 para R$ 89,26 em agosto de 2011, uma diferença de 93%. "Precisamos de preços mais justos e o varejo não pode tratar o consumidor com esse desrespeito, pois nada explica esses aumentos exorbitantes", disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat, Luciano Vacari.

A média no aumento dos preços da carne bovina nas gôndolas dos supermercados em Cuiabá foi de 22,9%, segundo levantamento feito pela Associação dos Produtores Rurais - APR. Esse percentual mostra uma diferença de 63% em relação ao preço da arroba do boi gordo. Os cortes chamados ‘ nobres", da parte traseira do boi, chegaram a aumentar até 38,7%, como é o caso do filé mignon, que custava R$ 20,27 o quilo em agosto do ano passado e saltou para R$ 28,12 em agosto deste ano. A picanha acompanhou a tendência e passou de R$ 24,31 o quilo para R$ 33,26, registrando uma majoração de 36,8%. O contra filé subiu menos, 22,4%, passando de R$ 15,66 o quilo para R$19,16. A maninha, boa para um churrasco, saltou de R$ 16,16 para R$ 21,58, um aumento de 33,5%. Os cortes da parte dianteira chamados popularmente de ‘segunda" foram menos valorizados, mas também acima do preço da arroba, como o músculo que aumentou 21,4%, saindo de R$ 8,56 para R$ 10,39. A costela teve um aumento no varejo de 19,0%, saindo de R$ 6,63 em agosto de 2010 para R$ 7,89 em agosto deste ano. O acém que era vendido nos açougues por R$ 7,49 subiu para R$9,79 neste mês de agosto, uma diferença de 30,7%.

Vacari analisa que "nos últimos anos houve uma melhor distribuição de renda no Brasil e isso levou muitos consumidores que pertencia a uma classe social para um melhor poder aquisitivo, o que proporcionou uma maior participação desses consumidores ao acesso da proteína vermelha". O superintendente observa que o mercado interno é muito bom e tem um potencial tremendo. Mas, ele ressalta que para estimular o consumo dos brasileiros "temos que tratar melhor o povo, oferecendo um preço mais justo e não como vem acontecendo com os atuais preços cobrados pelo varejo".

Um levantamento divulgado pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - mostra que o movimento de ascensão é grande por parte da população brasileira, com destaque para o aumento do consumidor da classe "C". Um dos indicadores desse forte aquecimento da demanda interna é o índice Big Mac, no qual o Brasil figura dentre os países mais caros para se comer. Sendo esse aumento da procura pela carne bovina apontada em alguns meses como um dos causadores do aumento da inflação oficial, favorecendo o aumento do peso do subgrupo carnes no IPCA de 1,61% em julho de 2006 para 2,41% em julho deste ano. O mercado interno está cada dia mais em alta, principalmente num momento em que as exportações estão em baixa.

Pesquisadores brasileiros sequenciam genoma do boi nelore




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Pesquisadores sequenciaram o genoma do boi Futuro, de Araçatuba

Foi anunciado hoje o sequenciamento genético do nelore, raça de boi zebuíno responsável pela maior produção de carne no Brasil. O trabalho é um grande passo para a melhoria da qualidade da carne no país e também para o aumento da produção de leite. Isto porque com o mapeamento genético do animal, produtores vão poder aliar o genoma a decisões antes tomadas apenas pelas características físicas dos progenitores dos bovinos. 


De acordo com o professor da Faculdade de Medicina Veterinário da UNESP, José Fernando Garcia, o mapeamento vai permitir que o produtor decida ainda no embrião para que o animal deve ser destinado. “Dá maior precisão para o melhoramento genético, que antes era feito apenas com base nas características físicas do animal. A seleção genomica vai revolucionar o processo que já é feito hoje”, disse. O estudo será publicado em setembro no periódico científico Genome Research.
Outro fator é a padronização da carne. “Se comprarmos alguns cortes de picanha no supermercado hoje, vai ter gente quebrando a dentadura enquanto outros vão achar a carne uma delícia. Pois não há um padrão da carne brasileira”, disse. Garcia acredita que em dez anos a carne nacional deva ter um salto de qualidade por causa do melhoramento baseado no genoma. “Fazendo uma comparação, nós acabamos de imprimir a lista telefônica, não há nada demais chato, mas é importante ter esta informação para a melhoria do animal”, disse.
O estudo da UNESP, que contou com a participação da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos e do Departamento Americano de Agricultura (USDA), sequenciou o código genético do boi Futuro, da raça Nelore (Bos primigenius indicus), que vive na região de Araçatuba. Futuro foi escolhido por ter um alto índice de endogamia, cruzamento entre parentes, para que não houvesse dúvidas sobre a origem do animal.


Foto: DivulgaçãoAmpliar
José Fernando Garcia acredita que em 10 anos ocorra melhorias na qualidade da carne por causa do melhoramento baseado na genética
do animal antes mesmo dele nascer, a partir de uma biópsia do embrião.
Com o genoma referencia da subespécie de bovinos, os pesquisadores pretendem testar o DNA de outros animais a partir do SNP chip, ferramenta que identifica os marcadores genéticos relacionados com as características dos animais. Com isto, não será preciso mapear o genoma de cada animal e identificar a qualidade da carne ou a quantidade de leite que ele possa produzir. Com a identificação dos pontos da sequencia genética referencia poderá ser possível prever qual será o melhor destino do animal antes mesmo dele nascer ,a partir de uma biópsia do embrião.




“Os custos deste teste são determinados por quem fabrica a tecnologia. Os chips custam 200 dólares. Porém teste com 5 ou 6 marcadores que reconstroem o genoma, custam em torno de 40 dólares, querem que seja no máximo de 20 dólares, para que produtores possam identificar já no embrião as características do animal”, disse Garcia.
Produto nacional
O Brasil é o maior exportador de carne no mundo. Cerca de 90% da carne nacional é de animais zebuínos, com exceção dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina onde há a prevalência da subespécie de taurinos. O nelore é mais bem adaptado para o clima tropical e mais resistente ao carrapato, mas tem a carne de pior qualidade que animais da raça Hereford (taurinos), por exemplo.
Garcia participou também do projeto que sequenciou o genoma do taurino, da raça Hereford. O pesquisador afirma que o avanço da tecnologia para o sequenciamento genético não só barateou como deixou o processo mais rápido. O genoma do Hereford, que foi iniciado em 2003 e concluído em 2009, custou 50 milhões de dólares. Já o do nelore levou dois anos para ser concluído e sob o custo de 500 mil dólares. 

A ideia dos pesquisadores é que agora com o genoma referência do Nelore e do Hereford seja possível comparar e identificar que partes do código genético são responsáveis pela qualidade da carne ou pela maior resistência ao clima e ao calor. A partir destas informações será possível entender melhor as características que diferem um zebuíno de um taurino e para que num futuro seja possível ter um maior controle no processo de seleção de animais resultantes do cruzamento das duas subespécies.


Garcia explica que um estudo mostrou que em uma mesma linhagem bezerros de zebuínos com taurinos, ao testar o DNA alguns animais tinham 90% de taurino, enquanto outros só 5%. “Quando se constroi o DNA há quebras e rearranjos que determinam esta porcentagem completamente diferente do que era o esperado de 50% zebuíno e 50% taurino”, disse.
Zebuínos e taurinos
A análise ainda é preliminar, mas os pesquisadores já puderam identificar que os zebuínos têm maior variabilidade que os taurinos. “Chega a 25%, 30%”, disse Garcia. Isto significa que a pressão de seleção que houve entre os taurinos foi muito maior. Os zebuínos foram trazidos da Índia no século passado, sem ser de programas de melhoramento. Em 50 anos eles foram colocados em melhoramento. “Há ainda muito o que melhorar em relação aos zebuínos”, disse Garcia.
De acordo com Tad Snstegard, pesquisador da USDA e que participou da pesquisa, a comparação vai propiciar a compreensão sobre a origem dos 17 milhões de variações genéticas comuns entre os taurinos e zebuínos – que ocorreu antes de eles se separarem evolutivamente. Há alguns milhões de variações exclusivas dos zebuínos.


“Nós já sabemos a diferenças entre taurinos e zebuínos, mas o que interessa é saber quais são as regiões do DNA que estão envolvidas nisso e assim poderemos explorá-las em vários sentidos, como o melhoramento, por exemplo”, disse. 



Reunião dos vendedores na BGA-RJ

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domingo, 7 de agosto de 2011

Deputados anunciam criação de novo matadouro


Na manhã desta quinta-feira, 04, uma comissão de deputados da Assembléia Legislativa de Roraima esteve na sede da Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima).
Os parlamentares Francisco Britto, Soldado Sampaio e Dhiego Coelho encaminharam ao presidente, Ramiro Teixeira, um requerimento solicitando informações sobre as atividades da empresa.
Entre os assuntos citados pelos parlamentares estão questões referentes à folha de pessoal, empréstimos e projetos da companhia. Ramiro Teixeira recebeu o documento e comprometeu-se a prestar todos os esclarecimentos aos deputados.
“Respeito o trabalho dos parlamentares e esclareceremos todas as dúvidas sobre a Codesaima”, afirmou. Na ocasião, o deputado Britto anunciou que 10 empresários de Roraima fizeram uma sociedade para a criação de um novo matadouro frigorífico no Estado. Segundo Britto, cada um colaborou com o valor de R$ 1 milhão para a obra que já conta com uma área próxima do Mafir (Matadouro Frigorífico Industrial de Roraima).
Esta notícia foi recebida com satisfação pelo presidente da Codesaima que salientou a coragem dos empresários em investir num setor complexo e de alto custo de operação e manutenção. O deputado Britto comentou que o Mafir deveria ser privatizado, mas Ramiro lembrou que o matadouro do Estado exerce um importante papel social e econômico, oferecendo um abate sem custo tanto para o pequeno produtor quanto para o grande, permitindo um barateamento da produção.
O presidente ressaltou também a eficiência do Mafir que, atualmente, realiza em média 400 abates por dia, atendendo os mercados de Roraima e exportando carne para o Amazonas. Toda esta atividade do matadouro é fiscalizada pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura, o que garante a qualidade dos serviços e produtos do Mafir. 

Confinar boi está 35% mais caro que há um ano


DA REDAÇÃO 07/08/2011 09h49
 
A estiagem deixou os pastos comprometidos, difícil encontrar um que não esteja seco. Além disso, as pastagens foram castigadas pelas geadas e baixas temperaturas do inverno. Os campos só estarão em condições de receber o gado nos próximos meses. Por isso, para garantir boi gordo nesta época do ano, uma fazenda que fica em Avaí, na região de Bauru, conta com o sistema de confinamento.
A ração é servida aos animais oito vezes por dia. Nos 15 piquetes, há 1800 bois, que passam em média 90 dias, até ganharem peso de pelo menos 30 arrobas antes de seguirem para o frigorífico.
O pecuarista Ernesto Guimarães conta que o custo de produção no confinamento aumentou 35% este ano, em comparação com o ano passado. Mas ele concorda que o preço da arroba, acima de R$ 100 é bom.
Na região de Bauru, na primeira semana de julho, o valor era de R$ 94,50. Agora, em agosto, chegou a R$ 101,70. “O boi aqui dentro custa caro, se eu demorar muito tempo, ficar segurando o boi, ele não vai ganhar tanto peso. Aqui não se segura boi porque mesmo com preço bom, a remuneração não compensa”.
O analista de mercado Eduardo Toloi acredita que a tendência do preço da arroba é aumentar nas próximas semanas, mas não deve chegar aos patamares de 2010. “Não acreditamos que chegue aos níveis do ano passado, de até R$ 120 por arroba o preço de venda”.