sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Frigorífico Silva amplia bonificação para animais do Carne Angus Certificada


O Frigorífico Silva lançou no começo do mês de novembro de 2011, a nova tabela de bonificação para
os animais inseridos noPrograma Carne Angus Certificada e abatidos na planta de Santa Maria (RS). "Antes as bonificações eram de 3%, 4%, 5% e 6%. Com a nova tabela, os produtores serão bonificados em 3%, 7%, 8% e 10%, respectivamente, pela entrega de animais abatidos dentro das especificações técnicas do programa para o mercado interno", explica Diogo Soccal, chefe de compra de Gado do Frigorífico Silva.
De acordo com o representante da indústria, a alteração vai representar um ganho total da ordem de 66,66% nos casos em que o animal atingir bonificação máxima.

Para Fábio Medeiros, coordenador do programa de certificação, o novo sistema de premiação representa um forte indicativo da melhora nas relações de mercado entre indústria e produtor rural, e mais uma vitória conquistada pela carne de qualidade Angus.

"A demanda e valorização crescente pelo consumo de Carne Angus Certificada tem permitido a valorização da raça em todos os elos da cadeia produtiva. Na indústria, as premiações para machos já chegam a 10% e para as fêmeas próximo a 16%, dependendo da diferença de base entre os sexos. Sem dúvida, temos um avanço e mais uma demonstração ao produtor de que a produção de animais Angus de qualidade é o caminho certo a seguir", pontua Medeiros.

Simplificar o processo, transformando a antiga tabela num novo sistema de mais fácil compreensão e memorização pelo produtor, e oferecer a mesma remuneração dos machos para as fêmeas que forem enquadradas no programa de certificação, são alguns dos objetivos principais do Frigorífico Silva em oferecer a nova tabela ao pecuarista.

Reynaldo Salvador, diretor do Programa Carne Angus Certificada da associação, fala que a nova tabela de bonificação vai ao encontro com os interesses do produtor rural. "É a indústria sinalizando que o pecuarista deve investir em genética de qualidade para produção de carne Angus", explana o diretor.

Parceiro da Associação Brasileira de Angus (ABA) desde 2009, o Frigorífico Silva é um dos pioneiros no que diz respeito à valorização de machos e fêmeas na mesma base de preço no estado do Rio Grande do Sul.

"Este é um importante passo na direção ao fortalecimento de nossa relação com os fornecedores de animais Angus de qualidade. Acreditamos no programa e no engajamento do produtor na criação dos animais. Com esse aumento, além de aumentar nossa fatia no mercado, esperamos dobrar o abate de animais inseridos no programa, que hoje beira a mil carcaças por mês", aludiu Soccal.

Um exemplo do quanto essa mudança na tabela de bonificação vai significar ganho adicional ao pecuarista que produz com maior produtividade, pode ser observado na mudança das regras de premiação paga aos novilhos Angus e cruza Angus, jovens com até dois dentes de leite. 

A partir de agora este mesmo novilho que recebia um adicional de 4% aos 220kg passa a receber 7%, com a vantagem de poder ser abatido aos 200 kg. "Além dessa valorização, o frigorífico bonifica também fêmeas e suas cruzas, fazendo delas um novo nicho de mercado", finaliza Salvador.

Para informações sobre a Angus Brasil acesse www.angus.org.br e informações sobre o Programa Carne Angus acesse : www.carneangus.org.br.

FONTE

Texto Assessoria de Comunicações
Carlos Nascimento Jr. - Jornalista
Telefone: (11) 2198-1860

Frigorífico Minerva tem lucro de R$ 15,5 mi no 3º trimestre

O frigorífico Minerva registrou lucro líquido de R$ 15,5 milhões no terceiro trimestre, queda de 36,5% sobre o mesmo período do ano passado, segundo comunicado no site da companhia. A receita líquida da companhia foi de R$ 1,06 bilhão, alta de de 16,9% sobre o terceiro trimestre de 2010.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)avançou 36,5% na comparação anual, atingindo R$ 90,9 milhões no período. Já a margem Ebitda cresceu 1,2 ponto percentual frente a um ano antes, para 8,5%. A companhia afirmou, em comunicado, que continua atenta a potenciais aquisições do setor.
"Acreditamos que a indústria de proteínas continuará seu processo de consolidação e estamos muito bem preparados para assumir um papel de destaque neste contexto", afirmou no comunicado o presidente da companhia, Fernando Galletti de Queiroz.
Ele acrescentou, contudo, que as decisões de aquisições da companhia "serão sempre pautadas pela racionalidade econômico-financeira e estratégica, dando passos adequados com a estrutura de capital correta".

Exportação de carnes surpreende nos EUA

As exportações de carne bovina e suína dos Estados Unidos apresentam ritmo recorde neste ano, enquanto a demanda interna se recupera com força surpreendente, indicando que mesmo um lento crescimento na economia global e o elevado desemprego no país não prejudicaram o apetite por carnes. Segundo reportagem do Wall Street Journal, o desejo dos consumidores por carne ajudou a manter elevados os preços futuros do gado neste ano, mesmo que outras commodities tenham recuado fortemente.
A firme demanda também puxou os preços domésticos no varejo de muitos produtos de carne bovina e suína nos últimos anos. O preço médio do bacon fatiado em setembro era de US$ 4,82 por libra (1 libra = 0,45 kg), o que representa elevação de 34% em dois anos. Os preços do boi vivo subiram 13% neste ano na Bolsa de Chicago, tornando o gado uma das poucas commodities, além do ouro, a subir dois dígitos em 2011. Os futuros do suíno magro avançaram 9% neste ano. Ambos os contratos de carnes também saltaram em 2010, avançando 26% e 22% respectivamente.
"Até o momento, não estamos vendo enfraquecer a demanda nos Estados Unidos ou as exportações", disse oprofessor de economia agrícola da Ron Plain, da Universidade do Missouri.
Entre os consumidores dos Estados Unidos, o apetite por cortes melhores de carne parece especialmente forte. Nos últimos meses, aumentou a diferença de preço entre os cortes bovinos mais caros, vendidos tradicionalmente em restaurantes, e os cortes mais baratos, que costumam ser vendidos em supermercados, segundo Glynn Tonsor, professor de economia agrícola na Universidade do Estado do Kansas.
Os clientes que não podem pagar os preços altos estão simplesmente migrando para cortes mais baratos, em vez de optar por não comprar carne, disse Sal Biancardi, sócio da Biancardi Meats, no Bronx (NY). "Eles vão comer mais bife, vão comer mais carne moída." Segundo Biancardi, a dieta dos norte-americanos deve continuar incluindo carnes. "Os americanos estão muito acostumados. Não dá para comer massa toda noite", brincou.
Com preços elevados e exportações crescendo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que a produção de suínos do país aumentará 2% no ano que vem. Até o momento, a alta das carnes não está afastando os consumidores. Os Estados Unidos exportaram 862 mil toneladas de carne bovina neste ano, no acumulado até agosto, quase o mesmo volume de todo o ano de 2009.
As exportações de carne bovina estão perto de superar em 10% a máxima histórica de 1,13 milhão de toneladas, registrada em 2003, de acordo com o USDA. Já os embarques de suínos devem superar o recorde de 2008, de 2,13 milhões de toneladas. Até agosto, os Estados Unidos enviaram mais carne suína para o exterior do que em todo o ano de 2007 e duas vezes mais do que em 2002, totalizando 1,49 milhão de toneladas. As informações são da Dow Jones.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Carnes: desempenho externo melhora e compensa parte das perdas anteriores


Campinas, 3 de Novembro de 2011 - Senão totalmente, as carnes compensaram em outubro o que haviam perdido em setembro, mês em que as exportações do produto foram fracas, apresentando resultados negativos quase generalizados no volume, no preço médio e, por decorrência, na receita cambial.
Em outubro, ao contrário, a maior parte dos resultados foi positiva, registrando-se apenas três exceções. Nos volumes embarcados das carnes suína e bovina, que continuaram apresentando retração em relação a idêntico mês do ano passado. E no preço médio da carne de frango, que havia se recuperado (e bem) em setembro, mas retrocedeu novamente em outubro, voltando a registrar valor inferior a US$2.000/t, como já havia ocorrido em agosto passado.
Uma vez que o volume total exportado aumentou 7,5% de um mês para outro e só houve retração no preço médio da carne de frango (o da carne bovina permaneceu estável e o da suína aumentou quase 8,3%), a receita cambial experimentou aumento de pouco mais de 5%. Já em comparação ao mesmo mês do ano anterior, a simples recuperação (entre 16 e 18%) no preço médio neutralizou a queda de volume das carnes suína e bovina e fez com que a receita cambial total aumentasse perto de 17,5%.


(AviSite) (Redação)

Quatro fazendas da Fazendas Reunidas Boi Gordo vão a leilão


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Quatro fazendas vão a leilão

03/11 
MARIANNA PERES
Da Editoria com Folha de São Paulo

Quatro fazendas de propriedade da Massa Falida da Fazendas Reunidas Boi Gordo S/A irão a leilão judicial nos dias 7 e 24 de novembro, conforme publicado na terça-feira pela Folha de São Paulo. Do total, três estão localizadas em Mato Grosso. A Boi Gordo, um dos maiores grupos pecuaristas do País entrou na Justiça de Comodoro (677 quilômetros a oeste de Cuiabá) com pedido de concordata preventiva em 16 de outubro de 2011. O processo se arrasta há mais de uma década.

Na época, o promotor de da cidade, Mauro Poderoso Júnior, avaliou a dívida da empresa com seus parceiros em mais de R$ 1 bilhão somente no Estado. A Boi Gordo possuía 77 propriedades no Estado.

Conforme a Folha, no primeiro evento, serão colocadas à venda as fazendas Alteza I e II, localizada em Cárceres (225 quilômetros ao oeste de Cuiabá), avaliada em R$ 744 mil, e a fazenda Primavera em Poconé (110 quilômetros ao sul de Cuiabá), avaliada em R$ 1.380 milhão. Já no do dia 24 de novembro, serão leiloadas a fazenda Realeza localizada em Itapetininga (SP), avaliada em R$ 13.925,717,50 e a fazenda Vale do Sol II em Salto do Céu (371 quilômetros a oeste de Cuiabá), avaliada em R$ 1.267,00. Todos os valores da avaliação serão atualizados até a data do leilão, com base na Tabela do TJ/SP.

Ainda conforme a reportagem, o valor obtido com a venda dos quatro imóveis será utilizado para o pagamento dos credores da Boi Gordo, que pediu concordata em outubro de 2001 e acabou tendo a falência decretada pela Justiça em abril de 2004, deixando um passivo estimado em cerca de R$ 2,2 bilhões em valores da época.

O ativo da Boi Gordo é composto, principalmente, por 14 fazendas distribuídas pelos estados de MT e SP. Segundo o síndico da massa falida, advogado nomeado pelo juiz para conduzir o processo de falência no qual será avaliado e vendido o patrimônio da falida, Gustavo Sauer de Arruda Pinto, as outras fazendas devem ser leiloadas no decorrer do próximo ano.

INÉDITO - Evento será o primeiro leilão judicial transmitido pela TV no Brasil. O Sistema Brasileiro do Agronegócio (SBA) foi contratado pela Massa Falida, mediante autorização do Juízo da falência, a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo para, em parceira com a Freitas Leilões, proceder a ampla divulgação dos leilões que forem realizados na falência pelo leiloeiro oficial nomeado. Nesse contexto, além de promover os leilões em sua programação, a SBA promoverá também a sua transmissão ao vivo através do Canal do Boi. A transmissão também poderá ser acessada pelo site da Massa Falida (www.massafalidaboigordo.com.br/), pelo site do leiloeiro (www.freitasleiloeiro.com.br) e pelo site da SBA (http://www.sba1.com).

A transmissão do primeiro leilão acontece no dia 7 de novembro, segunda-feira, a partir das 14 horas, horário de Brasília, direto da Casa de Portugal em São Paulo (SP). O segundo leilão será no dia 24 de novembro, no mesmo local horário.

HISTÓRICO – Quando houve o pedido de falência, há dez anos, tinha, em Mato Grosso, 267 investidores e parceiros, que haviam aplicado mais de R$ 6,8 milhões. Mas no país, eram cerca de 27 mil investidores, entre pecuaristas, grandes grupos do agronegócios, celebridades e pessoas comuns que viam na compra do chamado “boi de papel”, uma forma segura de aplicar e fazer o dinheiro render. Para os credores entrevistados pelo Diário na época, além de problemas administrativos e irregularidades junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa vendia mais bois no papel, do que havia de fato, no pasto.

Diário de Cuiabá

País busca status de território livre de aftosa sem vacinação


03/11 
Daniel Popov

Enquanto o Brasil luta para erradicar a doença da totalidade de seu território, Minas Gerais e Goiás já se preparam para pedir o status de "livre sem vacina"

Com planos de elevar o status de todo o território brasileiro para livre de aftosa sem vacinação até 2013, 19 estados iniciaram na terça-feira a corrida para a segunda fase de imunização de seu rebanho de bovinos e bubalinos. Entretanto, alguns estados, como Minas Gerais e Goiás, já traçam estudos para pedir ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o título de "livre da doença sem vacinação".



Depois de Roraima, Rondônia e Amapá, que iniciaram a imunização de seu rebanho em meados do mês passado, o Mapa espera que sejam vacinados agora outros 160 milhões de cabeças nessa segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a aftosa. "Em 2010 vacinamos cerca de 97,4% do rebanho; na primeira etapa deste ano os índices saltaram para 97,7%, e queremos manter essa porcentagem subindo", disse coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Mapa, Plínio Leite Lopes.



Tradicionalmente todos os estados, exceto Santa Catarina que é o único estado a deter o título de "livre sem vacinação", imunizam todo o rebanho de bovinos e bubalinos nas duas etapas da campanha. Entretanto, este ano, na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Tocantins e no Distrito Federal apenas os animais com idade abaixo de 24 meses serão imunizados. "Em breve Sergipe também entrará nesse grupo, que na primeira etapa vacina todos os animais, e na segunda, apenas os mais novos", comentou Lopes.



No estado goiano, um dos agraciados pela redução de animais a serem imunizados, a perspectiva é vacinar aproximadamente 10 milhões de cabeças de gado de menos de dois anos de idade, que representa a metade do plantel total do estado. "Pela primeira vez em nossa história recente, estamos vacinando apenas animais jovens nessa segunda etapa. A expectativa é de imunizar mais de 99% dos animais desses bovinos mais jovens", garantiu José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg/Senar).



Em Minas Gerais a expectativa também é vacinar 10 milhões de bovinos e bubalinos (40% do rebanho do estado, que é de 23,4 milhões cabeças), com a meta de igualar ou superar o índice alcançado no mesmo período de 2010, que foi de 97,5%. Já no Paraná, onde serão vacinados 100% do rebanho de bovinos e bubalinos, a estimativa é imunizar as 9,3 milhões de cabeças.



Enquanto muitos estados ainda lutam para obter o status de livre da aftosa com vacinação, outras regiões buscam um salto ainda maior: livrar-se da doença e da vacinação, a exemplo do estado catarinense. "Todos os estados possuem a liberdade de pleitear junto ao Ministério, o status de livre sem vacinação. Desde que sejam apresentadas as garantias necessárias para pleitear isso. E essas garantias envolvem medidas de prevenção em torno da área total", comentou o coordenador do Mapa, Leite Lopes.



De acordo com ele, apesar de até o momento nenhum novo pedido de alteração do status ter chegado ao Mapa, a intenção do governo brasileiro é estimular as melhores práticas para isso. Em Goiás, onde o ultimo caso registrado da doença foi em meados de 1995, esse processo parece bastante adiantado.



"Nós estamos trabalhando muito para chegar ao ponto de liberar o estado da vacinação, e nos preparamos para isso. Entretanto não consigo estipular uma data para realizarmos esse pedido ao Mapa. O órgão de defesa do nosso estado está passando por uma reestruturação, no qual já contratamos mais de 700 profissionais, para fortalecermos os serviços e pedir a retirada da vacinação", considerou José Mário Schreiner, da Faeg/Senar.



Outro estado interessado na troca do título de "com" para "sem vacinação" é Minas Gerais. Para o diretor do Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), Altino Rodrigues Neto, o estado pretende nos próximos meses discutir o assunto com membros do ministério. "A nossa postura aqui, em Minas Gerais, é de colocarmos no calendário uma data para discutirmos o status de 'livre sem vacinação'. O problema é que, com nossas dimensões, livrar apenas o estado geraria muitos problemas; temos que pensar em regiões. A maioria dos estados já trilha há muito tempo sem ter um foco", considerou o executivo.



Já o Estado de Santa Catarina, que segue como "livre sem vacinação", a preocupação é dobrar a atenção para evitar sustos. "Não vamos retirar o status catarinense, vamos ajudá-los a se prevenir, e queremos, sim, ampliar a zona livre sem vacinação", finalizou o executivo do Mapa, Lopes.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

Crise da carne fecha frigoríficos argentinos


03/11 
Buenos Aires - A Argentina tem registrado o fechamento de frigoríficos nos últimos meses devido aos problemas enfrentados pelo setor da carne, que viu o consumo interno cair de forma drástica e a criação de gado reduzir-se nos últimos anos. O presidente da Câmara da Indústria e Comércio de Carne da Argentina (Ciccra), Miguel Schiaritti, estimou que o fechamento de plantas frigoríficas continuará enquanto as empresas se readaptam à situação. Segundo as câmaras frigoríficas de Córdoba, em dois anos fecharão mais de 100 plantas. "Ainda nos restam sete anos de crise", disse Schiaritti. De 456 frigoríficos ativas em 2010, agora só restaram 353."

DCI - Diário do Comércio & Indústria

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rússia pode renegociar acordo de carnes

Alterações não devem afetar acordo firmado com o Brasil 
Mônica Costa 

A decisão do governo russo de reabrir a negociação do acordo de carnes com o Brasil e com outros exportadores foi vista com surpresa pelo setor produtivo. O país toma a medida às vésperas da negociação final para sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). Até o momento, a retomada das discussões não foi confirmada pelo governo brasileiro. 
 “A conclusão do acordo deve ser assinada no próximo dia 15 de dezembro, o capítulo das carnes está praticamente encerrado”, afirmou Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo o dirigente, não deve haver alteração na cota definida para a carne suína, considerando que falta muito pouco para a conclusão do acordo “Mesmo que haja alguma mudança no acordo previsto para as outras carnes, não deve ser nada muito grande”, avalia o presidente da Abipecs.

A Rússia irá rever o acordo das carnes por pressão dos Estados Unidos, que estão aproveitando o câmbio para ampliar o mercado exportador. Os norte-americanos querem reaver a cota estabelecida com o mercado russo.
“A cota dos EUA é diferente daquela determinada para o Brasil, por isso, não acredito que sejamos atingidos com as mudanças”, afirma Antenor Nogueira, presidente do Fórum de Pecuária de Corte daConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo Nogueira, os russos buscam mercados pelo preço e a carne norte-americana é mais cara, porque os EUA atendem mercados seletos, como o Japão e Coréia, que preferem cortes especiais e pagam mais por isso.

Uma das mudanças previstas no acordo já acertado com o Brasil é o estabelecimento de uma cota para carnes especiais, a exemplo da Cota Hilton, determinada pela União Européia. “Uma cota para cortes especiais pode ser positivo para o Brasil”, destaca Nogueira. “A Rússia é importadora de cortes dianteiros, de menor valor, e a possibilidade de vender produtos com valor agregado representa uma oportunidade para o exportador brasileiro”, salientou.
O que prevê o acordo
As negociações do mercado de carne entre o Brasil e a Rússia fazem parte da busca por apoio do governo brasileiro à entrada de Moscou na Organização Mundial do Comércio (OMC). O acordo previa a redução das tensões na relação comercial entre os dois países e o fim do embargo temporário imposto pela Rússia aos frigoríficos brasileiros.

A oferta deve vigorar a partir do momento em que a Rússia se tornar membro da OMC. Os volumes definidos valerão até 2020, quando o sistema de cotas será substituído apenas por tarifas.

As condições atuais estabelecem as seguintes cotas para a importação de carne:
Carne bovina
Outros Países ( Brasil incluído) - 410 mil toneladas
EUA e UE - 60 mil toneladas para cada
Tarifa intra cota 15%
Tarifa extra cota 55%
Carne Suína
Cota global - 400 mil toneladas
Tarifa intra cota 15%
Tarifa extra cota 70%
Frango
Cota global - 250 mil toneladas
Tarifa Intra cota 25%
Tarifa extra cota 80%
Peru
Cota global - 60 mil toneladas
Tarifa Intra cota 25%
Tarifa extra cota 80%

Prefeitura de Campos (RJ) doa 50 mil doses da vacina contra aftosa


Cinqüenta mil doses da vacina contra a febre aftosa vão ser doadas pela Prefeitura de Campos, durante a campanha, aberta na segunda-feira (31), pelo secretário de Agricultura e Pesca, Eduardo Crespo, que prossegue até o dia 30 deste mês. A secretaria está vacinando gratuitamente bovinos de pequenos produtores com até 70 animais. Os interessados devem procurar os vacinadores nas localidades ou ligar para a Secretaria de Agricultura pelo telefone 27326400 e agendar a visita dos vacinadores.

— O objetivo da campanha é o controle maior da doença. Há 14 anos que o Estado do Rio de Janeiro não tem um caso de aftosa — ressalta o responsável pelo departamento Veterinário, Marcelo Salves.

O proprietário rural Alciene Rangel Alves, diz que a Prefeitura de Campos tem ajudado muito aos produtores. “A prefeitura tem nos apoiado bem. Esta é mais uma ajuda da prefeitura. A vacinação é importante porque previne a doença. Se nós não vacinarmos, o animal pode ficar afetado”, enfatiza o criador, que trabalha há seis anos com gado, no Assentamento Zumbi I, próximo à antiga Usina São João, na Agência de Desenvolvimento Rural (ADR) 3. A Campanha Nacional de Vacinação contra Aftosa, organizada pelo Ministério da Agricultura, tem duas etapas por ano – a primeira foi realizada em maio.