quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Registro de aftosa no Paraguai deixa MT em alerta


Esse é o segundo foco registrado naquele país em 3 meses


Reprodução 

Esse é o segundo foco registrado naquele país em 3 meses

Welington Sabino 
GAZETA DIGITAL
Confirmação de um foco de febre aftosa no Paraguai, em uma região que faz fronteira com o Brasil, coloca novamente em alerta pecuaristas e autoridades responsáveis pela erradicação da doença não só em Mato Grosso, mas em todo o país. Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, lembra que isso é uma prova aos produtores de que a aftosa deve ser tratada como um problema continental sendo necessárias ações que envolvam países da América Latina.
Bernades acrescenta que o fato de o Paraguai ter percebido que é necessário agir com transparência em casos como esses e divulgar logo para os demais países, a ocorrência de da doença é uma ação preocupante. ‘O Paraguai é o país que mais tem crescido nas exportações de carne e ao adotar essa postura de não esconder esse fato, mostra que as autoridades locais já estão tomando providências para impedir que a aftosa se espalhe‘.
Detectado no dia 30 de dezembro em uma fazenda de San Pedro del Ycuamandiyú, município do departamento de San Pedro e confirmado por meio de análises laboratoriais na segunda-feira (02) o foco da doença já preocupa também o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que já informou que tomará todas as medidas necessárias para proteger a fronteira do Brasil.
‘Agiremos da mesma forma que há mais de 3 meses. Estamos sintonizados com os secretários de agricultura dos estados que fazem divisa com aquele país e agiremos com a mesma prontidão e eficiência‘, informa, em nota, salientando que, se necessário solicitará o apoio logístico do Exército e da Polícia Federal.
Apesar de Mato Grosso não fazer divisa com o Paraguai, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) está atento ao problema. Coordenadora de Centro de Doenças Animais, Daniella Soares, lembra que é o segundo foco registrado naquele país em 3 meses na mesma região, em uma distância de 20 km. O primeiro foi em 18 de setembro de 2011 quando 820 bois foram sacrificados.

Aftosa no Paraguai põe o Rio Grande do Sul em novo alerta

Equipes de fiscalização começam a atuar nesta quarta-feira em áreas de fronteira do EstadoUm mês depois do anúncio da reabertura das importações de carne bovina in natura do Paraguai, um novo foco de febre aftosa foi confirmado ontem no país vizinho. A incidência da doença foi registrada no departamento de San Pedro, próximo da região de fronteira com o estado do Mato Grosso do Sul. O vírus atinge pelo menos 170 cabeças da propriedade de Gustavo Trugger, a 340 km da capital Assunção, e foi verificado no mesmo dia em que o governo paraguaio decretava o fim do estado de emergência sanitária.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil havia suspendido as importações de carne desossada e de animais vivos do Paraguai no dia 20 de setembro de 2011, quando cerca de 820 bovinos foram sacrificados na estância de Santa Helena, a 20 km da propriedade em que foi constatado o novo foco. Até julho do ano passado, o Brasil comprou 5,5 mil toneladas do Paraguai, totalizando US$ 29,1 milhões. Em 2010, as entradas de carne bovina paraguaia somaram 6,7 mil toneladas, um montante US$ 34,6 milhões.
Em nota, o ministro Mendes Ribeiro Filho declarou que está tomando todas as medidas necessárias para proteger as fronteiras do Brasil. Ontem, o governo elegeu as medidas prioritárias para proteger o territorio brasileiro da doença. Entre elas está a suspensão temporária das importações de carnes oriundas de San Pedro, retomada da desinfecção dos veículos procedentes do Paraguai, suspensão de todos os eventos agropecuários no Mato Grosso do Sul e reativação de alerta sanitário no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. "Agiremos da mesma forma que há mais de três meses. Estamos sintonizados com os secretários de agricultura dos estados que fazem divisa com aquele país e agiremos com a mesma prontidão e eficiência", afirmou.
O ministério solicitará o apoio logístico das Forças Armadas para dar suporte às ações de defesa sanitária animal. Também, em conjunto com os órgãos de saúde animal do Mato Grosso do Sul e do Paraná, haverá um reforço nas ações rotineiras de vigilância e de educação sanitária na fronteira, com a identificação e fiscalização a cada 30 dias de propriedades sentinelas (de maior risco de vulnerabilidade). Na próxima semana uma missão técnica brasileira vai ao Paraguai verificar os controles de origem dos animais abatidos e as condições de processamento das carnes exportadas ao País.
No Rio Grande do Sul, técnicos da Secretaria da Agricultura Pecuária e Agronegócio (Seapa) estiveram reunidos na manhã de ontem para traçar um plano de ações. A preocupação é que a epidemia possa chegar à Argentina e por consequência voltar a ameaçar a fronteira gaúcha. O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) do Estado, Eraldo Leão Marques, disse que não existem razões para pânico entre os produtores gaúchos. "O foco verificado tem algumas barreiras antes de chegar ao Rio Grande do Sul, como os estados do Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, por um lado, e a Argentina de outro", declarou.
O veterinário do Serviço de Doenças Vesiculares da Seapa, Marcelo Göcks, explica que o primeiro passo será o reforço na fiscalização das entradas de animais na divisa com a Argentina, em uma área que abrange cerca de 200 km às margens do rio Uruguai, entre os munícipios de Garruchos e Barra do Guarita, na Fronteira-Oeste do Estado. Em cidades como São Borja, Uruguaiana e Itaqui, em função do alto índice de entrada de gado, a fiscalização já é feita por postos do Ministério da Agricultura.
Seis equipes volantes, formadas por veterinários, técnicos agrícolas e rurais, apoiadas pela Brigada Militar, começam a atuar hoje em 29 municípios das regiões de São Luiz Gonzaga, Santa Rosa e Ijuí. Além disso, quatro equipes fixas nas localidades de Porto Xavier, Porto Mauá e Porto Soberbo, onde ainda há o transporte por balsas, devem fazer o controle sanitário e desenvolver ações educativas. Para Marcelo Göcks, o risco de contaminação nas propriedades gaúchas é considerado baixo.
Ontem, o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (Senacsa), Daniel Rojas, se reuniu com sua equipe para discutir formas de evitar a propagação da doença no território paraguaio. O Senacsa informou que os testes aplicados em animais da fazenda constataram um vírus de classificação tipo "O". O processo de vacinação contra a febre aftosa - concluído em novembro de 2011 nos animais de até 24 meses - atingiu índice de  95,96% de abrangência em todo o Estado.
Fonte: J. do Comércio/Rafael Vigna


Redes já compram carne de primeira até 27,5% mais barata .

OBSERVAÇÃO: O  percentual  referido na matéria refere-se apenas ao item Filé Mignon  com cordão e não em toda a carne.


Os cortes de primeira estão custando até 27,5% menos nas negociações entre supermercados e frigoríficos neste início de 2012, por conta da queda na demanda após as festas de fim de ano. Segundo o diretor da Bolsa de Gêneros Alimentícios (BGA) Everaldo Nascimento, a previsão é que os preços possam recuar ainda mais nas próximas semanas.
— Alguns supermercados ainda têm carne em estoque, comprada a preços mais altos. A tendência é que agora esse estoque já seja reabastecido com preços mais baixos, e o valor do produto comece a cair para o consumidor — explica Everaldo Nascimento.
Segundo o diretor da BGA, é normal os preços subirem em dezembro, voltando a cair em janeiro. Em um mês, o preço do quilo do filé-mignon com cordão passou de R$ 29 para R$ 21 no atacado — valor pago pelos supermercados aos frigoríficos — um recuo de 27,5%.
Nos cortes mais populares, como alcatra e contrafilé, a queda foi um pouco mais tímida, com o valor passando de R$ 15,20 para R$ 14. O lagarto baixou de R$ 10,70 para R$ 9, enquanto o patinho caiu de R$ 10,70 para R$ 9,80. Nos cortes de segunda, houve leve redução, com o preço de acém, paleta e peito recuando de R$ 6,80 para R$ 6,50.
Promoções
Nas redes de supermercados, as promoções estão acompanhando a queda de preços no atacado. O Prezunic, por exemplo, venderá, hoje, a alcatra e o contrafilé por R$ 15,95, um real a menos do que o cobrado na semana passada, segundo o diretor-executivo da rede, Genival Beserra.
A dona de casa Edna Barroso, de 46 anos, percebeu os preços mais baixos da carne, ontem, fazendo compras no Prezunic do Catumbi.
— Aumentou muito em dezembro. Agora, está mais dentro da normalidade — diz a dona de casa, que aproveitou para levar cortes de primeira e de segunda.


Ana Paula Viana 

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