sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tangará: frigorífico concede aumento e funcionários voltam ao trabalho


Fonte: Redação Só Notícias

Após dois dias de paralisação os funcionários de um dos maiores frigoríficos do país, em Tangará da Serra, retomaram as atividades, ontem. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Frigoríficas, de Álcool e de Refinação e Açúcar (Sintiaal), a empresa confirmou o reajuste salarial de 8%. O menor salário passa a ser de R$ 730. Além de conseguirem manter a cesta básica distribuída pela empresa, os funcionários conseguiram aumento no valor da alimentação, que de R$ 108, passa para R$ 140. O valor de participação nos lucros da empresa aumentou para R$ 800 e o auxílio creche para R$ 150.

Os funcionários apesar de comemorarem a conquista, devem ingressar uma ação judicial para discutir o desconto de 25% no prêmio do trabalhador, mesmo com faltas justificadas.

Conforme Só Notícias já informou, cerca de 150 funcionários aderiram à paralisação reivindicando reajuste salarial e participação nos lucros da empresa. Os funcionários chegaram a proibir a entrada dos caminhões de entrega de carne.

O frigorífico é considerado o segundo maior do país e chega a abater duas mil cabeças de gado por dia.


JBS volta às compras em 2012


"O reconhecimento de que estamos no caminho certo nos vem pelo Prêmio DCI 2012", declarou o diretor de Relações com o Investidor do grupo JBS Friboi, Jeremiah O'Callaghan. A comp...

Bruno Cirillo

O reconhecimento de que estamos no caminho certo nos vem pelo Prêmio DCI 2012", declarou o diretor de Relações com o Investidor do grupo JBS Friboi, Jeremiah O'Callaghan. A companhia, que vem se consolidando como o maior frigorífico não só do Brasil, mas do mundo, ganhou o Prêmio Empresas Mais Admiradas, na categoria de Alimentos, sendo eleita também a mais admirada empresa de Capital Nacional.
"É sempre uma honra ser reconhecido pelo trabalho que fazemos, e trabalhamos incansavelmente para sermos reconhecidos como donos do melhor modelo comercial", disse O'Callaghan, explicando que os focos da empresa estão na redução de custos e na relação com o mercado internacional. "A premiação - agradecemos - é um incentivo para continuar."
O presidente do JBS, Wesley Batista (na foto), disse que, com o plano de expansão das unidades de bovinos no País e também em aves, a JBS Mercosul, que inclui as operações da companhia no Brasil, na Argentina, no Paraguai e Uruguai, responderá por 35% da receita líquida total da companhia em 2013 ante 65% das vendas oriundas das outras unidades. "Em 2011, a JBS Mercosul era de 25%, em 2012 ficará ao redor de 30% e em 2013, de 35%", disse o executivo.
Esta semana, os credores do frigorífico Independência aprovaram uma nova versão do seu plano de recuperação judicial, que confirma a compra dos ativos da companhia pela JBS. A proposta é o pagamento de R$ 135 milhões em ações e de R$ 133 milhões em dinheiro.
A JBS havia arrendado, este ano, o Doux FrangoSul, e neste mês anunciou a aquisição da Agrovêneto, por R$ 128 milhões.
1,2 milhão de cabeças
Ao fim de 2012, a JBS abaterá 1,2 milhão de cabeças de gado a mais do que em 2011, devido a arrendamentos e aquisições feitas recentemente. Em 2013, com a abertura de mais seis unidades até o fim do primeiro semestre, a empresa terá uma capacidade adicional de mais 1,2 milhão de cabeças, o que representará um incremento de 20% do total, e espera chegar ao final do ano com um abate de 2 milhões de cabeças de gado a mais em 2013 ante 2011, expansão de 22%.
Já com relação à receita líquida consolidada para 2012, Batista disse que ela ficará ao redor de R$ 75 bilhões, 21% a mais do que os R$ 62 bilhões de 2011. A previsão inicial, informada recentemente, era de R$ 72 bilhões. "Além de ser o trimestre mais forte em termos de vendas, o quarto trimestre de 2012, nos Estados Unidos, terá uma semana a mais, ou seja, é uma semana a mais de receita", ressaltou O'Callaghan.
Seis novas plantas
De acordo com o presidente-executivo (CEO) da companhia, Wesley Batista, no ano que vem o grupo JBS vai ampliar em 2 milhões de cabeças a sua capacidade de abate. Além disso, a abertura de seis plantas, das quais três são próprias e três são do frigorífico Independência, vai dar a principal contribuição para o aumento dos abates. A empresa vai precisar de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões para começar a girar as seis plantas, que estarão com mix focado no mercado, de acordo com o CEO.
História
A JBS é a maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno e latas. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção e escritórios em países como Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia.
O grupo JBS Friboi tem origem em 1953, quando o seu fundador, José Batista Sobrinho, abriu o açougue Casa de Carne Mineira, na cidade de Anápolis. Em pouco tempo ele se tornou o único marchante (profissional que abate e vende gado a açougues) da região. Quatro anos depois, a empresa se instalou junto às construções da futura capital do País, Brasília, estabelecendo o nome Friboi. E estabeleceu suas operações, nos anos seguintes, em Goiás, alugando um abatedouro em Luziânia e tendo comprado o Matadouro Industrial de Formosa. Somente no final da década de 1990 a empresa voltou a investir na expansão, por meio de aquisições, como a compra do Frigorífico Mouran, de Andradina (SP).
Em 2005 a companhia adquiriu a Swift Armour, o então maior frigorífico da Argentina. No ano seguinte, a Friboi deixou de ser uma empresa limitada (Ltda) para se tornar uma sociedade anônima (S.A.) e altera a razão social para JBS, as iniciais do seu fundador.
Em março de 2007 a JBS S.A. emite ações na Bolsa de Valores de São Paulo e em julho do mesmo ano adquire a Swift Foods & Company, dos Estados Unidos, tornando-se assim a maior empresa de carne bovina em capacidade de abate do mundo (47 mil cabeças por dia).
Dois anos depois adquire 64% do capital social da Pilgrim's Pride Corporation, cuja sede fica em Pittsburgh, Texas (EUA), com atuação em criação, abate, processamento e comércio de carne de frango. Atualmente, é a maior multinacional brasileira do setor de alimentos e emprega cerca de 40 mil pessoas pelo mundo. A capacidade de abate é de 150 milhões de bovinos por ano.

Fonte DCI  
  

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Criadores integrados à Diplomata soltam aves por falta de ração

Criadores integrados à Diplomata soltam aves por falta de ração
Avicultores de Mandirituba, PR, enfrentam dificuldades com os frangos. Frigorífico não está enviando quantidade de ração prometida.
Mandirituba, PR, 29 de Novembro de 2012 - É só Fernando de Oliveira abrir a porta da granja e começa o alvoroço, a corrida dos frangos por comida. Já são oito dias sem ração.

O desespero nas granjas de Mandirituba é reflexo da crise do frigorífico Diplomata, que está tentando evitar a falência. Segundo a assessoria da empresa, parte da ração já foi enviada, mas muitos produtores continuam na mesma situação.

Eles estão de mãos atadas. Por causa do contrato, não podem vender para outras empresas que, por outro lado, dificilmente comprariam frangos ainda tão pequenos.

Em outra granja, a solução foi soltar as aves pela propriedade pelo menos durante o dia para evitar que elas fiquem ainda mais agressivas por conta da falta de comida.

Miguel Mariano já perdeu duas mil aves. Além disso, fez investimentos no aviário a pedido do frigorífico, R$ 15 mil que ele não sabe quando vai receber. Até para pagar a conta de luz, o avicultor teve de pedir dinheiro emprestado.

A Secretaria de Agricultura do Paraná informa que está tentando encontrar uma solução para garantir o fornecimento de ração às granjas até as aves ficarem prontas para o abate.
(Globo Rural) (Redação) - Avisite

Rússia suspende embargo às exportações de carne de 3 estados brasileiros


Ainda não há previsão de quando serão retomadas as vendas de MT, do PR e RS 

Ag. Brasil - Mariana Branco

O embargo russo às exportações de carne de três estados brasileiros, que já durava um ano e cinco meses, foi suspenso. A informação foi divulgada somente hoje (28) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embora a Rússia tenha comunicado a decisão ao embaixador do Brasil em Moscou na última sexta-feira (23).
Apesar do fim do embargo, ainda não há previsão de quando serão retomadas as vendas de Mato Grosso, do Paraná e Rio Grande do Sul  para o país europeu. Isso dependerá, segundo o Mapa, da celeridade de adaptação das empresas exportadoras às regras impostas pelos russos. Também restariam alguns frigoríficos em outros estados sob embargo da Rússia.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques Pereira, para que houvesse a retomada do comércio, o Brasil optou por se submeter às exigências do país. Entre elas, está a exigência de que as carnes exportadas – tanto a bovina quanto a suína e de aves - não tenham hormônio promotor de crescimento, a ser atestado por um laudo de laboratório.
A mesma exigência já é feita pelos países da União Europeia.  “O comércio com a Rússia já tem em torno de 15 anos. Nestes últimos dois anos, as exigências passaram a um limite que tivemos muita dificuldade de atender”, disse o secretário.
Desde o início do embargo, em junho do ano passado, foram realizados mais de dez encontros com autoridades russas na tentativa de solucionar o impasse. Além do Ministério da Agricultura, o Ministério das Relações Exteriores tomou parte nas discussões. 
Segundo dados do Mapa, as exportações brasileiras de carne mantiveram-se estáveis. De janeiro a outubro deste ano, somaram US$ 12,981 milhões. Nos mesmos meses de 2011, ficaram em US$ 12,965 milhões.
De acordo com Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, o embargo causou prejuízo principalmente ao mercado interno dos estados onde houve veto à exportação. Ele afirmou ainda que a suinocultura foi a mais prejudicada, pois 50% das exportações de suínos partindo do Brasil são destinados à Rússia.

Fonte: JB online

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Situação do Frigorífico Diplomata segue preocupando a população da fronteira

Adolfo Pegoraro


Todos os municípios da região da fronteira com a Argentina estão preocupados com a situação do Frigorífico Diplomata, de Capanema, que possui hoje cerca de 1.100 funcionários, recebe aves de quase 500 agricultores e conta com os serviços de cerca de 60 caminhões para o transporte animal e de ração. A empresa tem uma dívida de aproximadamente R$ 455 milhões, quase o dobro da avaliação de seu patrimônio. Depois de passar o ano de 2012 capengando, a Diplomata encontra-se em processo de recuperação judicial, ou seja, tenta contornar a crise para evitar de fechar as portas. No dia 20 de dezembro, todos os funcionários vão ganhar férias coletivas. Algumas pessoas têm medo de que a empresa nem volte a funcionar depois disso.

Divulgação
A relação da indústria com os funcionários e conveniados não está mais muito boa. Segundo o Sindicato da Alimentação, várias pessoas já mudaram de emprego, devido à falta de segurança que a empresa oferece aos seus colaboradores. "De uns dois anos para cá, a empresa já perdeu quase 300 funcionários. Isso que a rotatividade é muito grande, mas as pessoas estão evitando trabalhar na Diplomata. O que a gente sabe é o que os funcionários nos contam quando vêm pedir alguma orientação", comenta Claudimir Orsolin, vice-presidente do Sindicato da Alimentação de Francisco Beltrão e região. Ele trabalha na sub-sede de Capanema.
Os avicultores também estão sentindo o baque e muitos já trocaram de frigorífico. Segundo o presidente do Sindicato dos Avicultores de Realeza, Pedro Luis Dalla Costa, de 60 fornecedores da Diplomata no município, sobraram apenas 20. "E se continuar assim, não vai sobrar mais nenhum. A situação está complicada, todo mundo está trabalhando no vermelho. A ração demora a chegar e, quando chega, já é quase tarde. As aves estão sentindo, acabam ficando na metade do peso em que deveriam estar", reclama o avicultor. "Nosso último lote teve 19 mil aves e ainda não conseguimos receber. Está difícil de lidar com essa situação. A gente tem que economizar a ração para manter as aves vivas. Uma situação que faz com que a gente pense se segue ou não com essa atividade", complementa Hélio Vaz, avicultor de Capanema.

Manifesto dos avicultores
Na última segunda-feira, dia 19, os avicultores que fornecem frangos e perus para a Diplomata fizeram um manifesto em frente à empresa. Eles chegaram a trancar os portões para impedir o funcionamento da indústria. Mas logo entraram em negociações com a diretoria e ficaram acampados, segurando faixas de protesto, em frente à Diplomata. Eles pediram R$ 460 mil na semana que passou e conseguiram. A empresa disse que podia pagar apenas R$ 100 mil por dia e conseguiu cumprir com o prometido. "A gente fica um pouco mais aliviado de ter conseguido receber parte do que perdemos. Na semana que vem vamos conversar novamente para conseguir o dinheiro dos lotes que começaram do dia 16 de novembro para cá. É algo em torno de R$ 500 mil. Se precisar, vamos fazer mais um manifesto", afirma o presidente da Associação dos Avicultores de Capanema, Dari Possatto.

Motoristas também protestam
Há cerca de 60 caminhões transportando aves e ração para a Diplomata de Capanema. E os motoristas chegaram a fazer protesto no início da semana também. Mas logo que saiu a primeira reunião, voltaram ao trabalho. "Eu sou peão, meu patrão é o dono do caminhão e negocia com a empresa. Ele não está recebendo tudo o que investiu, mas o meu salário está em dia. Se ele pedir para eu trabalhar, eu vou obedecer. Mas a situação está ficando crítica para eles", comenta um dos motoristas que estava em horário de folga e não quis se identificar.

Empresa pouco se manifesta
A Diplomata pertence ao deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB). Mas até o momento, a direção pouco se manifestou em relação à situação complicada. Em nota divulgada recentemente, a empresa afirma que o abate segue até a retirada das dez milhões de aves do campo e, quando concluída, os cinco mil funcionários das plantas de Capanema e Xaxim (SC) entrarão em férias coletivas.
A empresa segue em processo de recuperação judicial. Em outubro foi entregue o plano que apontava alternativas para retirar o frigorífico do vermelho. Segundo o advogado da Diplomata, Fábio Forti, a paralisação não interfere no andamento do processo. "O plano de negócio continua normalmente", afirmou, em entrevista à Gazeta do Povo, que também está acompanhando o caso com reportagens frequentes.

Comércio também sente dificuldades
Segundo o presidente da Cacispar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná), Vanderlei Copini, de Planalto, a situação da Diplomata está afetando todos os setores da região. "A gente fica triste com essa situação, pois esses funcionários e avicultores acabam movimentando a economia da região. Tem casos de alguns colegas de venda de móveis, por exemplo, que tiveram que pegar de volta as mercadorias porque os clientes não iam ter condições de pagar. Eles têm a comprovação da renda, mas não têm o pagamento do salário efetivo. Isso traz prejuízos muito grandes em todos os setores", avalia.

Fonte: Jornal de Beltrão

Redução de oferta de carne suína dos EUA deve favorecer Brasil em 2013



A pressão dos Estados Unidos no mercado externo de carne suína será menor no próximo ano, o que é bom para os produtores e exportadores brasileiros.
Custos elevados, devido aos preços do milho, e consequente redução de rebanho provocaram um aumento na oferta interna e externa de carne suína pelos norte-americanos neste ano. O produto poderá escassear no próximo.
Isso é bom porque os produtores norte-americanos serão menos agressivos em 2013, afirma Pedro Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).
Os dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que o país nunca produziu tanta carne suína nos meses de outubro como no mês passado.
Camargo Neto diz que a presença dos norte-americanos no mercado externo atrapalha as vendas brasileiras, principalmente na Rússia, na Ucrânia e em Hong Kong, importantes mercados para os exportadores do Brasil.
Mesmo com a presença dos norte-americanos, o mercado externo tem sido favorável aos brasileiros nos últimos meses. O país vem conseguindo exportações mensais superiores a 60 mil toneladas.
Esse aumento, somado à proximidade das festas de final de ano, vem puxando os preços internos. A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) informa que a arroba já chega a ser negociada a R$ 72, com alta de 8% no mês.
Outro fator de alta é que o setor não tem estoques e boa parte dos animais ainda não está pronta para abate.
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Milho  O atraso no plantio de soja e a necessidade de replantio da oleaginosa em algumas regiões de Mato Grosso provocarão uma redução na área e na produção de milho safrinha no Estado, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).
Quanto cai Inicialmente prevista em 2,92 milhões de hectares, a área agora é estimada em 2,79 milhões. A produção recua para 13,3 milhões de toneladas, 4,3% menos do que a prevista antes.
Menos O plantio de arroz caminha para o término no Rio Grande do Sul. Pelo menos 95% da área a ser destinada ao plantio já foi semeada no Estado. Na avaliação do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), os gaúchos semearão 1,1 milhão de hectares nesta safra 2012/13.
Abaixo A produção mundial de arroz, embora ainda elevada, será menor do que o previsto. O Usda agora estima 464 milhões de toneladas, vindas de uma área semeada de 158,4 milhões de hectares.
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Fonte: Boainformacao.com.br http://www.boainformacao.com.br

Carne de frango: tendências de importação pela Arábia Saudita



Carne de frango: tendências de importação pela Arábia Saudita
Campinas, 28 de Novembro de 2012 - Os esforços pelo aumento da produção interna têm sido intensos. Mas projeções efetuadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sugerem que enquanto o consumo saudita deve aumentar perto de 24% até 2021, o aumento da produção interna não irá além de 21%, situação que deve levar a Arábia Saudita a manter suas importações de carne de frango em constante expansão.

De toda forma, ainda que dados anteriores apontem que em 2012 a Arábia Saudita irá importar 880 mil toneladas de carne de frango, aumentando esse volume em pelo menos 5% no ano que vem, estudos mais recentes sugerem que o volume importado neste ano será inferior ao previsto, devendo decrescer cerca de 4% em 2013, dada a expectativa de um aumento na produção interna.

A propósito, o USDA destaca que o Brasil é o principal fornecedor de carne de frango para a Arábia Saudita, respondendo por cerca de 80% do volume importado pelos sauditas.

Nos 10 primeiros meses de 2012 o Brasil exportou para a Arábia Saudita (seu principal comprador) pouco mais de 516 mil toneladas de carne de frango, volume que sugere embarque anual total da ordem de 620 mil toneladas. Mantida a proporcionalidade citada, de 80%, as importações sauditas ficarão em 775 mil toneladas no corrente exercício.


Rússia encerra embargo a carne de Mato Grosso

Autor: A Gazeta 

Exportações mato-grossenses de carne bovina para a Rússia estão liberadas após um ano e meio de embargo, conforme noticiado pelo Serviço Federal de Controle Veterinário e Fitossanitário da Rússia na última sexta-feira (23).Informação foi veiculada após reunião na semana passada entre o chefe do Serviço Veterinário russo, Sergey Dankvert, o embaixador do Brasil para a Federação Russa, a secretária de Saúde Animal e Vegetal e Inspeção e o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ênio Marques.

Suspensão vale para todos os estados brasileiros envolvidos no embargo, que inclui, além de Mato Grosso, o Paraná e Rio Grande do Sul. De acordo com a assessoria de imprensa do Mapa, não foi possível confirmar com o secretário nesta segunda-feira (27) se após o último comunicado do governo russo foram realizadas novas reuniões entre os representantes dos dois países. Esclarecimento será feito hoje (28), logo após o desembarque de Marques às 7h30, no Brasil.

Entendimento explicitado pelo governo russo é que a análise preliminar das informações recebidas do governo brasileiro permite tomar uma decisão sobre a retomada das entregas de animais oriundos desses estados e que as vendas podem recomeçar após o estudo dos documentos apresentados, que já foi concluído. Por meio da informação oficial, Dankvert declarou que a admissão de produtos de carne das plantas de processamento desses estados para o mercado russo já foi previamente acordada. Condição exigida é que “todos os lotes de produtos sejam acompanhados de uma declaração de laboratório confirmando a ausência de ractopamina” (substância utilizada em rações industriais e proibida na Rússia, por estimular o crescimento do tecido muscular dos animais).

Conforme informações fornecidas pelo Ministério na época do início do embargo, em 15 de junho de 2011, o veto à exportação para a Rússia envolveu 20 unidades frigoríficas em Mato Grosso, sendo 16 de carne bovina e 4 de carne suína, além de outras 66 no Paraná e Rio Grande do Sul. De acordo com o governo russo, as restrições “temporárias” sobre as entregas de produtos de 85 plantas localizadas nos 3 estados brasileiros foram impostas após as violações das exigências russas e da União Aduaneira Veterinária, detectadas durante inspeção realizada em abril do mesmo ano.

Para compensar a perda nas exportações para a Rússia nesse período, as indústrias mato-grossenses buscaram outros mercados, fortalecendo os embarques para a Venezuela, por exemplo, explicou o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Freitas. Para ele, a retomada do comércio com os russos pode incrementar as exportações de carne mato-grossense em 10% no próximo ano. “Cada um desses mercados é importante por adquirirem produtos diferentes. A Rússia, por exemplo, consome os cortes menos nobres e compra um volume considerável”.