quarta-feira, 27 de março de 2013

Carne bovina rastreada no GPA


Grupo Pão de Açúcar firma compromisso com fornecedores e estende programa para 100% da carne bovina vendida nas lojas Pão de Açúcar e Extra

 

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

 


DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Em pré-lançamento realizado na manhã dessa segunda-feira, 25 de março, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) convidou seus fornecedores de carne bovina para firmar o compromisso de adesão ao programa Qualidade Desde a Origem (QDO) encestando a ação a 100% da cadeia. “Ao estender o programa a 100% dos fornecedores de carne bovina avançamos na consolidação de uma  

  cadeia de valor sustentável, que inclui desde o micro fornecedor até grandes empresas, garantindo benefícios a todos os envolvidos e ainda maior segurança e confiabilidade dos nossos consumidores aos nossos produtos e serviços”, afirma José Roberto Tambasco, presidente do varejo alimentar do GPA, que inclui as redes Pão de Açúcar e Extra.


O Qualidade Desde a Origem é um programa exclusivo do GPA e pioneiro no varejo brasileiro. O QDO estabelece pontos críticos de controle ao longo da cadeia de suprimento, do produtor ao cliente final, e tem como objetivo garantir padrões socioambientais eficientes, gerando valor aos consumidores, respeitando o meio ambiente e desenvolvendo soluções inovadoras, em um modelo parceiro, de responsabilidade compartilhada no qual todos se beneficiam. Para Paulo Gualtieri, VP comercial e supply chain, "essa ação demonstra um processo de cooperação entre varejo e indústria, buscando alternativas possíveis para a oferta da melhor prestação de serviços ao consumidor".

Por meio de indicadores que controlam o padrão de qualidade do fornecedor, o GPA consegue monitorar o produto desde a planta do fornecedor até as lojas das redes Extra e Pão de Açúcar. Para Leonardo Miyao, diretor comercial perecíveis do varejo alimentar do Grupo, o QDO permite maior interação entre o produtor e o supermercadista com captura de sinergias e benefícios em toda a cadeia. “Os fornecedores melhoram seus produtos e processos através de um fluxo de informação bidirecional, enquanto o GPA garante a oferta de um produto de mais qualidade e padrão de segurança no aspecto sanitário e de maciez da mercadoria. Dessa maneira, o consumidor tem a melhor experiência de compra, com a garantia de produtos saudáveis e que foram produzidos, transportados e armazenados de acordo com padrões que respeitam as boas práticas produtivas”, declara.

O QDO é reconhecido pela Anvisa como modelo de desenvolvimento da cadeia abastecedora no varejo, utilizando a rastreabilidade e o controle de pontos críticos relacionados a qualidade, como oportunidade para prevenir e melhorar o produto final. O programa mapeia em uma plataforma online (Controle de Desempenho de Fornecedores de Carnes), as etapas de produção, permitindo ao fornecedor acompanhar o seu desempenho em todos os quesitos de qualidade definidos pelo Grupo: Auditoria, Inspeção de Qualidade no recebimento do produto, Monitoramento de Resíduos e Análises Microbiológicas, além do Índice de Maciez – considerado um dos mais importantes pilares na decisão de compra do consumidor.

A Inspeção de Qualidade, realizada no recebimento dos produtos nas Centrais de Distribuição, associada ao rastreamento, ou seja, ao frigorífico e as fazendas que compõem o lote de produção,possibilita identificar as não-conformidades e, para cada caso, propor ações corretivas mais assertivas. Esta integração de informação e ação impacta positivamente na melhoria da cadeia, não apenas na relação com o GPA, mas também para toda relação do fornecedor com o varejo nacional. Trata-se, portanto, de uma contribuição efetiva para a melhora da competitividade do segmento.

SOBRE O QUALIDADE DESDE A ORIGEM

O Programa Qualidade Desde a Origem, lançado em 2008, tem como principal objetivo desenvolver a cadeia produtiva dos fornecedores, através da qualificação e da adequação dos produtos às legislações vigentes, além da melhoria dos processos e sistemas de produção que proporcionam ao consumidor mais segurança e confiabilidade dos produtos. Em sua primeira fase, o programa incluiu o setor de frutas, legumes, verduras e agora se estende a 100% das carnes bovinas nas redes Pão de Açúcar e Extra de todo o país, totalizando mais de 615 lojas. O cronograma evolutivo prevê a cobertura total, em todos os pontos de venda GPA, até Junho/2013.

De maneira abrangente, o Programa contribui com a agropecuária no Brasil ao integrar todas as partes que compõem o setor: o produtor rural, os órgãos regulatórios, como o Ministério da Agricultura e da Saúde, o Ministério Público e os clientes do GPA.

GPA E A DESONERAÇÃO DA CARNE

Alem da oferta de produtos de alta qualidade e com total segurança e confiabilidade, desde o anúncio do Governo que desonerou impostos de alguns itens da cesta básica, o Grupo Pão de Açúcar repassou o beneficio aos seus clientes. Na categoria de carnes, aves e suínos, por exemplo, cujo imposto é recolhido diretamente pelo varejo, o impacto é imediato, beneficiando os consumidores e a economia do Brasil. "Com o repasse imediato da desoneração, o Grupo demonstra alinhamento e apoio as medidas do governo para o estímulo ao consumo e a manutenção do crescimento econômico", declara Enéas Pestana, presidente do GPA.
Mídia News 

  

MP e supermercados fazem acordo contra carne ilegal


O Estado de S.Paulo
Um acordo assinado ontem entre o Ministério Público Federal e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) promete combater o consumo de carne bovina proveniente de áreas desmatadas na Amazônia ou outra origem que desrespeite leis socioambientais. O termo de cooperação técnica ainda prevê incentivos para que seja divulgado, nos locais de venda, a procedência dos produtos.
O objetivo principal é mobilizar as mais de 82 mil lojas associadas à Abras em todo o País para a valorização de fornecedores que adotem práticas sustentáveis na produção. Além da exploração ilegal na Amazônia, o termo tem como alvo fazendas onde foram constatadas irregularidades, como invasão de terras públicas ou exploração de trabalho escravo.
A Abras se comprometeu, ainda no primeiro trimestre, a publicar em seu site na internet e em publicações institucionais as ações do MPF e de outros órgãos do governo no combate à produção irregular.
Nesses veículos será informada a relação de frigoríficos e fazendas produtoras que já participam de programas de boas práticas e gestão ambiental organizadas pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
"Esperamos que em pouco tempo as grandes cadeias de supermercados de todo o País empreendam ações, como certificação e um controle de seus provedores, que garantam que não aceitam aqueles que desmatam, praticam trabalho escravo ou atividades que prejudicam comunidades indígenas", afirmou o procurador Daniel César Azeredo Avelino, que faz parte do grupo de trabalho Amazônia Legal.
Na questão da carne produzida na Amazônia, a Abras ficará responsável por ampliar o programa Municípios Verdes, lançado há dois anos no Pará, que tem a missão de promover o desenvolvimento econômico da região considerando a meta de desmatamento zero.
Com a participação dos governos estadual e federal, prefeituras, empresários e produtores, a iniciativa conta com a adesão de 92 cidades paraenses. O objetivo do programa é que cada município não ultrapasse o desmatamento anual de 40 km2.
Plano de ação. Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o presidente da Abras, Fernando Yamada, entregou aos procuradores a primeira versão do plano de ação, com sugestões de práticas a serem implementadas pelos supermercados em pontos de venda e nas bandejas de carne. As primeiras iniciativas devem ficar a cargo dos estabelecimentos de grande porte.
"O MPF espera que o consumidor brasileiro e as empresas representadas pela Abras se engajem em um esforço pela preservação do meio ambiente", diz Avelino.

Supermercados brasileiros controlam carne para proteger Amazónia


O objectivo é combater a desflorestação ilegal, a invasão de terras públicas e o trabalho escravo.


Pará e Mato Grosso são os estados onde mais floresta foi destruída BRUNO DOMINGOS/REUTERS

Os supermercados brasileiros vão iniciar uma série de iniciativas para evitar a venda de carne proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazónia. Um acordo neste sentido foi firmado segunda-feira entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) – que representa 82 mil lojas no país – e o Ministério Público Federal.
Segundo o acordo, a Abras irá incentivar os seus associados a informarem os consumidores da origem da carne que compram. Ao mesmo tempo, a associação irá divulgar através do seu portal na Internet e das suas publicações as acções do Ministério Público Federal no controlo das actividades ilegais na produção da carne.
O objectivo é não só combater o desmatamento ilegal da Amazónia como também outras práticas que têm vindo a ser alvo de acções de fiscalização, como a invasão de terras públicas e o trabalho escravo.
O acordo agora assinado vem na sequência de uma intensificação da vigilância sobre a pecuária pelas autoridades brasileiras, iniciada em 2009. Nessa altura, o Ministério Público autuou 20 herdades e 11 matadouros e armazenistas, acusados de terem desmatado 157 mil hectares de floresta no estado do Pará. As autoridades pediram 770 milhões de euros de indemnizações às empresas.
No mesmo ano, três grandes cadeias de supermercados – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – suspenderam a compra de carne de produtores envolvidos na desflorestação ilegal. Ao mesmo tempo, o Ministério Público lançou a campanha Carne Legal, para a regularização progressiva dos produtores.
A expansão da pecuária foi responsável por cerca de 70% da desflorestação da Amazónia desde 1995, segundo dados citados no site do Ministério Público Federal. Só no Pará haverá entre 150 mil e 220 mil propriedades rurais. No Mato Grosso, serão mais 111 mil, com 26 milhões de cabeças de gado. Ambos os estados são a principal fronteira da desflorestação da Amazónia, tendo sido responsáveis por dois terços de toda a área de floresta derrubada desde 1988, segundo a monitorização por satélite feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
A taxa de desflorestação da Amazónia tem, no entanto, vindo a cair nos últimos anos, tendo ficado nos 4656 quilómetros quadrados em 2012, o menor valor desde meados da década de 1970.