- Governo do Japão está finalizando exame de documentos brasileiros. Mapa sugere a abertura do mercado também para carne in natura
- O Japão deve reabrir o mercado para a carne bovina brasileira. A notícia foi dada por Hisao Harihara, vice-ministro de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão, durante encontro com Neri Geller, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no evento “1º Diálogo Brasil – Japão sobre Agricultura e Gêneros Alimentícios”, realizado em São Paulo, nesta segunda feira, 8.
- De acordo com Harihara, o Ministério da Saúde japonês já está em fase final a análise da documentação brasileira. "Esta é a última etapa para retomarmos as negociações”, afirmou.
- As avaliações restringem-se à retomada das exportações de carne bovina industrializada. Geller aproveitou o encontro para solicitar que o Japão inicie o processo de análise de risco para carne bovina in natura nos Estados com reconhecimento internacional como livres de febre afatosa, mas ainda não há previsão sobre o início do processo e a consequente exportação da carne in natura para o mercado japonês.
- O país asiático suspendeu a importação de carne bovina do Brasil no início de dezembro de 2012, quando foi constatado um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como ‘mal da vaca louca’, em uma fêmea bovina morta no Paraná em 2010. O diagnóstico foi confirmado dois anos após a morte do animal e não houve novos casos, por isso a OIE manteve o status do Brasil como risco insignificante para EEB. A medida não foi suficiente para manter o mercado japonês, que encerrou 2012 com US$ 7,11 milhões em compras, queda de 54% na comparação com o ano anterior, quando as exportações renderam US$ 15,72 milhões para os exportadores brasileiros.
- Se as análises forem positivas e o Japão retomar as exportações, será o sexto país e suspender embargos às carne bovina brasileira. Este ano, Arábia Saudita, África do Sul, China, Egito e Irã voltaram a importar a matéria prima do Brasil.
A segunda etapa da imunização contra a febre aftosa acontece em todo Brasil entre os dias 1º e 30 de novembro deste ano. Nesta fase são vacinados bovinos e bubalinos, de mamando a caducando. A expectativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) é imunizar mais de 28 milhões de cabeças, em aproximadamente 100 mil propriedades rurais no Estado. Quem não vacinar será multado em 2,25 Unidades de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça, ou R$ 230,28.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) mantém em seu portfólio de treinamento, o aperfeiçoamento de 24 horas "Agente sanitário em saúde animal", que tem o objetivo de ensinar o participante a aplicar vacinas anti febre Aftosa e Brucelose em bovinos e bubalinos. Nos meses de outubro e novembro, a instituição, em parceria com os sindicatos rurais, promove seis treinamentos da área nos municípios de Guarantã do Norte, Luciara, Campinápolis, Chapada dos Guimarães, Pedra Preta e Arenapolis.
De acordo com o instrutor credenciado junto ao Senar-MT, José Oliveira Aguiar Filho, é importante que o pecuarista e o trabalhador se qualifiquem para poder fazer a vacinação da forma menos agressiva possível, evitando que o animal fique estressado. "Animal estressado representa sistema imunológico comprometido", alerta.
Aguiar é veterinário por formação e explica que uma aplicação mal feita pode resultar em prejuízos para o pecuarista. "O local correto da aplicação é a tábua do pescoço do animal, onde se encontra a carne menos nobre, se a aplicação for feita na traseira esse animal pode ter seu valor reduzido pelo frigorifico e até mesmo ter a carcaça condenada".
Outro problema é que a vacinação sem os devidos cuidados pode causar lesões no animal como coroços e abscessos. "Os abscessos são caroços com acúmulo de pus em diferentes tecidos e ocorrem como resposta ao desenvolvimento de bactérias que ganham acesso ao organismo animal por uma ferida na pele e por meio de agulhas ou instrumentos contaminados".
Os principais fatores de risco da vacinação são o uso de seringas e agulhas contaminadas, falta de higiene no local de aplicação e uso de vacinas ou medicamentos cujos veículos são oleosos. "Todas essas informações são repassadas aos participantes do treinamento, além disto, abordamos assuntos como segurança e saúde no trabalho, a importância do serviço de defesa sanitária animal e os prejuízos causados em toda a cadeia produtiva e outros", antecipa o instrutor.
Autor: MIDIA NEWS
Fonte: MIDIA NEWS
Fonte: MIDIA NEWS