segunda-feira, 26 de maio de 2014

Marfrig planeja fábrica no Oriente Médio

Arábia Saudita é o país mais cogitado para receber a planta do frigorífico. Negócio será desenvolvido pela subsidiária Keystone. Construção deve acontecer nos próximos cinco anos
São Paulo, SP, 26 de Maio de 2014 - O frigorífico Marfrig está planejando construir uma fábrica no Oriente Médio nos próximos cinco anos. O país ainda não está definido, mas o destino mais provável da nova planta é a Arábia Saudita. As informações são de Ricardo Florence, diretor-executivo de Finanças da companhia.

“[A fábrica] faz parte da estratégia das nossas unidades de negócios. O Oriente Médio é um dos nossos objetivos de expansão. Temos diversos clientes lá com crescimento forte”, explica Florence sobre a decisão de abrir uma planta na região.

A nova unidade, que será dedicada a alimentos processados, será desenvolvida pela Keystone Foods, subsdiária da Marfrig dedicada ao mercado de food service. Para erguer a fábrica do Oriente Médio, a Keystone está buscando um parceiro local.

“Tipicamente, em outras joint-ventures, os parceiros têm sido grandes produtores de frango locais e nós entramos com o processamento”, conta Florence. Ele afirma que o foco da Keystone é trabalhar com proteína de frango, mas isso não exclui a possibilidade de que a fábrica árabe possa vir a processar carne bovina.

O executivo não revelou quanto deve ser investido no empreendimento nem qual o volume esperado de produção da nova fábrica.

Atualmente, a Marfrig atende o Oriente Médio com produtos vindos da Ásia e da América do Sul. “A parte de frango e processados é fabricada principalmente na Ásia. A parte de carne vai do Brasil, Uruguai e Argentina”, diz o executivo.

Segundo ele, não é provável que a nova planta venha a substituir as exportações para a região. “Dificilmente nós deixamos um canal de atendimento quando estamos no mercado local. Nós gostamos de ter as duas possibilidades”, destaca.

Perguntado se o embargo à carne bovina brasileira imposto pela Arábia Saudita desde dezembro de 2012 poderia comprometer as operações da nova planta, Florence afirma que não. “Temos plantas no Uruguai e na Argentina, o que nos dá flexibilidade para atender qualquer país em relação à exportação”, ressalta.

De acordo com o diretor-executivo, a Marfrig vende para quase 140 países, sendo que Emirados Árabes Unidos, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita e Egito encontram-se entre os 20 maiores destinos de exportação da empresa.
(ANBA) (Redação)