domingo, 14 de setembro de 2014

Receita líquida do Minerva subiu mais de 25% em relação ao 2T13

No segundo trimestre a receita líquida do frigorífico Minerva subiu mais de 25% em relação ao 2T13, a margem ebitda ajustada se manteve em aproximadamente 10% e o retorno sobre o capital investido atingiu 21,0% (1T14: 19,8%). Além disso, houve redução da alavancagem, através do crescimento de mais de 20% do ebitda.
O desempenho do 2T14 foi beneficiado ainda pela regularização do regime de chuvas no Brasil a partir do final de março, especialmente na região Norte e Centro-Oeste. Desta forma, o segundo trimestre foi caracterizado pelo aumento gradual da disponibilidade de gado, reduzindo assim a pressão exercida no final do trimestre anterior, fruto de um ambiente climático seco, atípico para aquela época do ano. Consequentemente, além do animal previamente programado para entrar no abate no 2T14, foi também abatido parte do gado que não havia sido disponibilizado para a indústria nos meses de fevereiro e março, represados pelo efeito da seca.
“Lembramos ainda que, atualmente, 25% das operações da companhia são originadas no Paraguai e Uruguai. Nestes países, diferente do que ocorreu no Brasil, o clima favoreceu a engorda do gado para abate que, combinado ao ciclo positivo de produção, em especial no Uruguai, tem beneficiado a rentabilidade da indústria frigorífica naqueles países”, afirma Fernando Galletti de Queiroz, diretor presidente do Minerva.
Do ponto de vista comercial, vale destacar o forte desempenho das exportações brasileiras, que atingiram crescimento de 13% em faturamento no 2T14 quando comparado com o mesmo período de 2013. No caso do Uruguai e Paraguai, este crescimento foi ainda maior, respectivamente 18% e 23%.
Resultado é explicado pelo gradual enfraquecimento dos Estados Unidos, Austrália e Europa, que tem constantemente perdido participação no mercado mundial. Com base nesse cenário, o USDA estima que no ano de 2014, Estados Unidos, Austrália e Europa reduzirão seus volumes de exportação em 2,6%, 2,1% e 1,6%, respectivamente, enquanto Paraguai, Brasil e Uruguai aumentarão seus volumes em 7,4%, 9,8% e 13,9%, respectivamente. Esta estimativa confirma a assertividade e coerência da estratégia de crescimento de longo prazo adotada pela Companhia.
A Minerva celebrou no final do trimestre um contrato de prestação de serviços com a BRF, contrato este em que a Minerva fornecerá o gado à BRF, que realizará o serviço de abate e desossa, bem como embalagem, acondicionamento e disponibilização da carne bovina em suas unidades fabris. Posteriormente, a Minerva retirará e distribuirá estes produtos nos mercados interno e externo, dependendo da estratégia comercial.
Após um período atípico de seca nos meses de fevereiro e março, que reduziu fortemente a disponibilidade de pasto e atrasou a saída do gado, no segundo trimestre observou-se uma regularização do volume de chuvas, principalmente no Norte e Centro-Oeste do Brasil, permitindo a recuperação das pastagens. Com isto, a oferta de animais aumentou significativamente, pois além do animal de pasto previamente programado para o período, existia uma oferta de gado represada pelo efeito seca, que também foi disponibilizada para o abate. O primeiro giro dos confinamentos, que normalmente começa a chegar ao mercado a partir de julho, foi antecipado para junho, assim como a entrada de animais de semi-confinamento, uma vez que a suplementação ficou mais barata neste ano, com a queda nos preços dos grãos.
Conforme esperado, o preço médio da arroba do boi cedeu e, após atingir R$ 127,00 ao final de março, encerrou o trimestre em R$ 121,70, em um movimento de queda que se iniciou em abril, conforme demonstrado no gráfico.
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Mercado Externo
O resultado do 2T14 registrou novamente forte volume de exportação de carne bovina in natura, com receita de US$ 1,4 bilhão, 13% superior ao 2T13. No primeiro semestre do ano, a receita atingiu US$ 2,7 bilhões, 15% superior ao primeiro semestre de 2013. Vale destacar que o preço médio da carne bovina brasileira em dólares subiu de US$ 4,4 mil/ton no 1T14 para US$ 4,7 mil/ton no 2T14, resultado principalmente do maior volume de vendas para Europa, que possui mix de produtos com valor agregado superior.
Mercado Interno
Em relação ao 1T14, o volume de vendas no mercado interno se manteve firme no segundo trimestre. Além do Dia das Mães, que normalmente é um período de boa demanda por carne bovina, a realização da Copa do Mundo no Brasil contribuiu positivamente para elevar o volume de vendas no mês de junho, principalmente nas cidades que sediaram o evento.
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A receita bruta da Companhia no 2T14 totalizou R$ 1.759,9 milhões, um crescimento expressivo de 25,7% na comparação com o mesmo período de 2013. Este resultado é explicado pela combinação de  aumento de 8,8% da receita da divisão carnes (72% da receita bruta) e  crescimento de 107,7% da receita da divisão outros (28% da receita bruta), com destaque para as operações de gado vivo, revenda e couros.
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O ebitda do 2T14 atingiu R$ 178,7 milhões, 32,9% acima do reportado no mesmo período de 2013, com margem de 10,8%.
No 2T14, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 18,5 milhões, após impostos. A margem líquida atingiu 1,1%. O lucro líquido, ajustado pelos efeitos da variação cambial e do pagamento de impostos, atingiu R$ 4,0 milhões.
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Encerrou-se o trimestre com R$ 1.907,3 milhões, suficiente para amortizar 100% das dívidas até 2022. A dívida de curto prazo encerrou o trimestre em 19% do total. Ao final do segundo trimestre de 2014, aproximadamente 67% da dívida total era denominada em dólares.
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Fonte: Minerva, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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