quarta-feira, 28 de maio de 2014

Iraque vai voltar a comprar carne do Brasil

AAAAAAAAAAAAAAFRIGORUSSOS
Delegação iraquiana virá ao País no começo de junho para se reunir com representantes do Ministério da Agricultura e do setor para conceder o aval final sobre retomada das importações.
Uma delegação do governo do Iraque irá visitar o Brasil no começo de junho para avaliar as condições sanitárias do rebanho bovino brasileiro e suspender o embargo à carne imposto em 2012. Os compradores do país árabe dependem desta visita técnica para retomar as importações do produto.
De acordo com informações do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, a delegação iraquiana chegará ao Brasil em 02 de junho e ficará no País até o dia 12. Eles irão conhecer o sistema de embarque de carne bovina do Porto de Santos, irão visitar um laboratório que analisa a qualidade da carne produzida no Brasil, deverão visitar uma planta de um dos frigoríficos brasileiros e terão uma reunião com representantes do Ministério da Agricultura.

“Ao fim desta visita, eles deverão finalizar o processo de provável abertura [à carne brasileira]. O Iraque é fundamental para o Brasil. Senão, não teríamos feito um churrasco em Erbil no ano passado (na 9ª Feira Internacional de Erbil, em setembro). O Iraque está aos poucos obtendo tranquilidade política, sempre foi um grande comprador do Brasil. Está em uma área [geográfica] de visibilidade. Não víamos motivo para a suspensão das importações, pois estávamos em franco desenvolvimento na região. A expectativa é de retomada”, disse Camardelli à ANBA nesta terça-feira (27).
O Iraque deixou de comprar carne brasileira em dezembro de 2012 após o Ministério da Agricultura do Brasil revelar que uma vaca portadora do agente causador da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) morreu em 2010. O animal morreu de outras causas e não desenvolveu o “mal da vaca louca”, como a doença é chamada.
Outros países suspenderam a compra de carne do Brasil ou do rebanho do Paraná, onde a vaca morreu. Foi o caso, por exemplo, de Chile, Egito, Japão, China, Arábia Saudita, Kuwait, Iraque e Catar. Entre os países árabes, a Arábia Saudita, o Catar e o Kuwait ainda mantêm o embargo ao produto. Em 2013, a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) classificou o risco de a carne brasileira ser prejudicial aos consumidores é “insignificante”.
Camardelli disse à ANBA que a indústria brasileira tem condições de atender rapidamente a demanda do Iraque e afirmou que pedidos já foram feitos aos exportadores brasileiros. Os negócios dependem, no entanto, do aval dos técnicos iraquianos.
No começo deste mês, o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, recebeu o embaixador do Iraque em Brasília, Adel Mustafa Kamil Al-Kurdi. Na ocasião, o diplomata afirmou ao vice-presidente brasileiro que o Iraque importa 95% da carne que consome. Ele observou que o Brasil já foi um grande fornecedor do produto ao país árabe e que tem condições de retomar os embarques.
Fonte: www.anba.com.br

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Marfrig planeja fábrica no Oriente Médio

Arábia Saudita é o país mais cogitado para receber a planta do frigorífico. Negócio será desenvolvido pela subsidiária Keystone. Construção deve acontecer nos próximos cinco anos
São Paulo, SP, 26 de Maio de 2014 - O frigorífico Marfrig está planejando construir uma fábrica no Oriente Médio nos próximos cinco anos. O país ainda não está definido, mas o destino mais provável da nova planta é a Arábia Saudita. As informações são de Ricardo Florence, diretor-executivo de Finanças da companhia.

“[A fábrica] faz parte da estratégia das nossas unidades de negócios. O Oriente Médio é um dos nossos objetivos de expansão. Temos diversos clientes lá com crescimento forte”, explica Florence sobre a decisão de abrir uma planta na região.

A nova unidade, que será dedicada a alimentos processados, será desenvolvida pela Keystone Foods, subsdiária da Marfrig dedicada ao mercado de food service. Para erguer a fábrica do Oriente Médio, a Keystone está buscando um parceiro local.

“Tipicamente, em outras joint-ventures, os parceiros têm sido grandes produtores de frango locais e nós entramos com o processamento”, conta Florence. Ele afirma que o foco da Keystone é trabalhar com proteína de frango, mas isso não exclui a possibilidade de que a fábrica árabe possa vir a processar carne bovina.

O executivo não revelou quanto deve ser investido no empreendimento nem qual o volume esperado de produção da nova fábrica.

Atualmente, a Marfrig atende o Oriente Médio com produtos vindos da Ásia e da América do Sul. “A parte de frango e processados é fabricada principalmente na Ásia. A parte de carne vai do Brasil, Uruguai e Argentina”, diz o executivo.

Segundo ele, não é provável que a nova planta venha a substituir as exportações para a região. “Dificilmente nós deixamos um canal de atendimento quando estamos no mercado local. Nós gostamos de ter as duas possibilidades”, destaca.

Perguntado se o embargo à carne bovina brasileira imposto pela Arábia Saudita desde dezembro de 2012 poderia comprometer as operações da nova planta, Florence afirma que não. “Temos plantas no Uruguai e na Argentina, o que nos dá flexibilidade para atender qualquer país em relação à exportação”, ressalta.

De acordo com o diretor-executivo, a Marfrig vende para quase 140 países, sendo que Emirados Árabes Unidos, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita e Egito encontram-se entre os 20 maiores destinos de exportação da empresa.
(ANBA) (Redação)

Carne de frango: principais importadores no 1º quadrimestre de 2014


Campinas, 26 de Maio de 2014 - No quadrimestre inicial de 2014, quatro dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira reduziram o volume importado. O processo envolveu os três primeiros (Arábia Saudita, Japão e Holanda) e o último integrante do rol (Kuwait).

Felizmente, os outros seis importadores do grupo compensaram (com pequena vantagem) as perdas registradas. Por exemplo, os chineses (Hong Kong + China) aumentaram suas compras em 15% e, com isso, praticamente neutralizaram a queda ocasionada pelos dois maiores importadores. O grande destaque, entretanto, ficou com a Venezuela, cujas importações cresceram quase 50%.

Com esse desempenho, os “10 mais” encerraram o quadrimestre com um volume 3% maior que o de idêntico período de 2013, resultado que neutralizou também a queda de 1,2% registrada entre os demais 121 países atendidos pelo Brasil no período.

Nada disso, porém, influenciou a receita cambial alcançada no período. Porque o preço médio dos quatro itens exportados caiu mais de 12% em comparação aos mesmos quatro meses de 2013. Por essa razão, a receita cambial da carne de frango recuou 11%.

(AviSite) (Redação)