quinta-feira, 17 de julho de 2014

China libera Brasil para exportação de carne bovina

Além da retirada do embargo, os dois países fecharam outros acordos de comércio


O mercado chinês está de volta à agenda de exportações da carne bovina brasileira. O anúncio foi feito nesta quinta, dia 17, pela presidente Dilma Rousseff durante a visita oficial do presidente da República Popular da China, Xi Jinnping. Com isso, o Brasil retoma a comercialização que girava em torno de US$ 37,7 milhões até 2012, ano em que as negociações foram interrompidas.
O embargo da carne bovina brasileira pela China aconteceu após notificação do caso de Encefalopatia espongiforme bovina (BSE), o Mal da Vaca Louca, no Estado do Paraná em dezembro de 2012. Para o ministro da Agricultura, Neri Geller, a reabertura do mercado fortalece ainda mais a posição do Brasil como um dos principais fornecedores mundiais de carne bovina.
- É um reconhecimento à qualidade da nossa produção e robustez do nosso sistema de vigilância sanitária animal -declarou.
O ministro disse que a estimativa é de que o país asiático compre até US$ 1 bilhão do produto brasileiro em 2015.
- Estamos com uma expectativa, com a barreira fitossanitária sendo quebrada (pela China), de exportamos de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão no próximo ano -disse Geller.
O governo chinês concordou em habilitar nove plantas para exportação. O ministro estimou entre 30% e 35% o crescimento do consumo de carne bovina pela China em 2015.
- Em 2009, quando abrimos o mercado (chinês), a China importava US$ 44 milhões em carne bovina do mundo e do Brasil foi US$ 2,5 milhões. Em 2012, quando perdemos o mercado, era US$ 255 milhões (importados) do mundo, o Brasil exportou naquele ano US$ 37,768 milhões -recordou.
Agora, o ministro acredita que o Brasil possa absorver a maior parte do mercado chinês, que no ano passado importou US$ 1,3 bilhão. Com isso, as exportações para o país asiático poderão responder por cerca de 20% do total exportado pelo Brasil .
Além da carne bovina, outros acordos também foram fechados entre os dois países. Dentre eles estão o comprometimento da China em agilizar a normalização da importação de pet food brasileiro -embargado em 2013 -e alteração do protocolo para exportação de tabaco para o país, a fim de incluir as exportações dos Estados de Santa Catarina e Paraná.
Por outro lado, o Brasil comprometeu-se em atribuir atenção especial ao processo de habilitação de novos estabelecimentos para importação de pescados e de tripas, e também a revisar seus requisitos para importação de envoltórios naturais de caprinos e ovinos, para garantir a normalidade das exportações chinesas deste produto ao Brasil .
Retomada gradual
O diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, considerou positivo o fim do embargo à carne bovina brasileira pela China, mas ponderou que o restabelecimento do comércio da proteína entre os dois países será gradual.
- Temos de ter em mente que os resultados não vão aparecer amanhã. Isso leva um tempo. É preciso restabelecer todos os canais de negociação, consolidando-os no longo prazo.
O diretor, porém, destacou que a liberação já terá alguma influência sobre as exportações brasileiras de carne bovina neste ano. Segundo ele, "manter esse mercado é absolutamente importante, tendo em vista o tamanho dele e a perspectiva de crescimento de consumo lá". Ainda de acordo com Ferraz, o Brasil "tem tudo para ficar com uma das maiores parcelas" do mercado chinês da proteína.  
    Autor: Vinculado ao pecuaria.ruralbr.com 

China Libera

A China liberou hoje ,segundo informações do Jornal Nacional da Rede Globo, a importação da carne bovina que estava suspensa após o caso da vaca louca ocorrida no Paraná. Maiores informações a qualquer momento.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ação trabalhista pede falência do Boi Bravo

Mais um impasse envolvendo o Frigorífico Boi Bravo. Desta vez, ação pedindo falência da empresa foi protocolada na Justiça. O processo é movido pelo ex-funcionário Luiz Gonzaga da Silva, que não recebeu dívida trabalhista.
De acordo com o advogado Paulo Marcio Miranda, a ação trabalhista tramitou em 2011. Na época, o Frigorífico Boi Bravo foi condenado ao pagamento de verbas rescisórias da ordem de R$ 27.579,21. Porém, não houve o pagamento por parte da empresa. Ainda segundo ele, quando a dívida não é paga e nenhum bem é nomeado para penhorado por parte da empresa, uma das formas de receber o valor é através do pedido de falência. “Não é algo muito comum, mas é uma possibilidade”, afirma o advogado.
O processo está em tramitação na Vara de Execuções Fiscais e Falência da Comarca de Uberaba, cujo titular é o juiz João Rodrigues Neto. O magistrado já expediu mandado para que a empresa se posicione no processo. O proprietário, Romeu da Costa Teles, ainda não foi citado.
Procurado pela reportagem, ele encarou a situação com naturalidade, afirmando que se trata de um processo que tem como objetivo pressionar a empresa ao pagamento da dívida trabalhista, e não conseguir a falência, propriamente dita. No entanto, ele alega que, a partir da notificação, irá tomar as providências necessárias.

Jornal da Manhã

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Cadeia de carnes que ampliar negócios com Brics

Segunda-feira, 14 de Julho de 2014, 08:44:47Economia
As cadeias da avicultura e suinocultura querem aproveitar a próxima reunião da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para ampliar a participação no mercado internacional.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os dois setores, encaminhou ofício para o Ministério das Relações Exteriores e para a Presidência da República solicitando apoio nas negociações dos países durante o encontro, que ocorre na próxima semana, em Fortaleza (CE). Há demandas para todos os países do bloco, que envolvem abertura de mercados e mudança nas condições comerciais.
No caso da Rússia — a principal compradora da carne suína brasileira — a demanda é por estabilidade nas negociações, argumenta o presidente da ABPA, Francisco Turra. “No passado ocorreram restrições à carne brasileira sem justificativas muito claras”, contextualiza. Ele explica que isso desestimula a produção nacional, e limita a capacidade de oferta em momentos de aumento na demanda, como o que ocorre agora devido aos problemas da propagação da diarreia epidêmica suína (PEDv) nos Estados Unidos.
Para a China o objetivo é garantir ampliação nos negócios. A nação asiática já autorizou a compra de carne oriunda de 29 frigoríficos avícolas e 6 suínos, mas ainda não houve nenhuma aquisição.
Tarifação
A incidência de tarifas sobre a carne brasileira é o alvo dos pleitos junto à África do Sul e Índia. A ABPA indica que no caso indiano o maior impacto ocorre na avicultura, que é onerada em 35% para o frango inteiro e de 100% para cortes e processados. “É inviável fechar negócios fechar negócios com essa taxa. Isso só pode ser resolvido através da diplomacia”, aponta Turra. Há demanda semelhante para os sul-africanos, já que houve ajuste de 27% para 82% na tarifa de importação de frango inteiro oriundo do Brasil, fato que também limitou os negócios.

A entidade avalia que há potencial para forte incremento nas vendas nos quatro países que formam o bloco. Isso também favorece os dois setores no longo prazo, sinaliza Turra. “O objetivo, especialmente na suinocultura, é garantir que haja mais opções, sem que haja dependência de nenhum mercado.”

http://www.suinoculturaindustrial.com.br/

domingo, 13 de julho de 2014

Consumo de carne vermelha pode trazer benefícios à saúde

12/07/2014

Ministério da Saúde recomenda porção de 100 gramas por dia, para adultos. Carnes ideais para o consumo são aquelas que possuem menores quantidades de gordura

Comer ou não comer carne vermelha, eis a questão. Para quem não resiste a um bife suculento, mas é preocupado com a saúde, informações conflitantes acabam deixando dúvidas em relação ao consumo deste alimento.
Segundo a equipe técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/DAB/SAS), consumida da forma correta, a carne vermelha traz benefícios para a saúde.
O Guia Alimentar para População Brasileira, preparado pelo Ministério da Saúde, recomenda, para um adulto, o consumo diário de uma porção de carne por dia. Isso equivale a um bife de aproximadamente 100 gramas. O ideal é que as carnes selecionadas para consumo sejam aquelas com menor quantidade de gordura. Uma orientação importante é a retirada de toda a gordura aparente das carnes antes de sua preparação.
Fonte de ferro com alta taxa de absorção e utilização no organismo, este alimento é essencial para o crescimento saudável das crianças e também para as mulheres em idade fértil, principalmente durante a gravidez. Além disso, a carne vermelha é rica em uma vitamina que só alimento de origem animal é capaz de nos fornecer: a B12, que participa da formação de células vermelhas do sangue e do metabolismo de ácidos graxos, essencial para a memória e para o aproveitamento do ferro. Ou seja, a deficiência da vitamina B12 leva à anemia e a danos neurológicos.
“Gosto muito de carne vermelha. Se tivesse oportunidade, comeria churrasco várias vezes. Evito os cortes mais gordos, ricos em gordura saturada e colesterol, para garantir a saúde da minha família. Meu filho, de um ano e seis meses, gosta muito de carne moída. Oferecemos opções de carne vermelha para ele três vezes por semana”, conta o assessor técnico da Assessoria Internacional de Assuntos de Saúde (Aisa), Jorge Ramalho. Para as crianças as carnes devem ser introduzidas a partir dos seis meses de idade, de forma lenta e gradual, até chegar à alimentação da família.




Churrasco está liberado, mas com moderação e evitando gorduras. Foto: Reprodução da internet