sábado, 23 de agosto de 2014

Neri Geller tenta desembargar carne de MT com o Irã e Egito


Neri Geller tenta desembargar carne de MT com o Irã e Egito
 Apesar do laudo para "mal da vaca louca" ter apresentado caso atípico em maio, Mato Grosso sofreu restrições comerciais por parte do Irã e do Egito. Na próxima semana o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller se reúne com os dois países com o intuito de negociar a suspensão do embargo.
 
 
O ministro, juntamente com uma comitiva de representantes do setor produtivo, segue para o Irã a fim de retirar o embargo de aproximadamente 17 plantas frigoríficas de carne bovina de Mato Grosso, após a confirmação de um caso atípico do "mal da vaca louca" no Estado em meados de maio deste ano. O caso de "mal da vaca louca" foi registrado m uma fêmea proveniente de uma fazenda em Porto Esperidião em abril, porém o caso só foi constatado quando a mesma já estava em um frigorífico em São José dos Quatro Marcos para o abate.
 
 
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 24 (domingo) o ministro e representantes do setor produtivo de Mato Grosso se encontrarão com o Ministro da Agricultura do Irã, Mahmoud Hojjati, às 10 horas (horário local), em Teerã, capital do Irã. 
 
 
No dia 28 (quinta-feira) está marcado o encontro com o Ministro da Agricultura do Egito, Adel El-Beltagy, às 11h (horário local), no Cairo, capital do país.
 
 
De acordo com dados da balança comercial do agronegócio, divulgada recentemente pelo Mapa, o Egito em julho não efetuou nenhuma compra, ao contrário das 3,55 mil toneladas em 2013 no mês que resultaram US$ 11,8 milhões. O Irã por sua vez apresenta um recuo de 2,07 mil toneladas para apenas 75,08 toneladas, decréscimo de US$ 8,7 milhões para US$ 316,8 mil negociados em carne bovina.
 
 
Até realizar o embargo a carne bovina mato-grossense, em maio, o Egito havia adquirido 14,5 mil toneladas, que geraram US$ 48,8 milhões em negócios. Em 2013, entre janeiro e julho, haviam sido embarcadas 18,1 mil toneladas que resultaram US$ 61,3 milhões

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Frigorífico brasileiro é alvo da Operação Vaca Gorda

Nota divulgada na coluna Giba Um na última quarta-feira (20) destacou a Operação Vaca Gorda da Polícia Federal, na qual 27 agentes e três delegados da instituição, teriam recolhido informações sobre importante frigorífico brasileiro.
Carla Layane
Na investigação consta telefonemas entre integrantes do frigorífico com filho de importante político brasileiro, além de presidente de instituição financeira.

Segundo a nota, "o processo corre em sigilo e há quem aposte que quaisquer vazamentos poderiam mudar o atual cenário da disputa presidencial".

Notícias da Pecuária

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Preço pago pela carne suína exportada segue em alta em agosto



Nos primeiros onze dias de agosto o Brasil embarcou 20 mil toneladas de carne suína in natura, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A média diária exportada foi de 1,8 mil toneladas, volume 20,0% maior que a média vendida por dia no mês anterior.

Na comparação com o mesmo período de 2013, houve uma redução de 14,3% no volume vendido. O preço médio pago pela tonelada do produto foi de US$3.728,10, valor 39,4% maior, na comparação com o mesmo período do ano passado.

MS vende 60,4% da carne bovina para Rússia e exportação cresce 19% em julho

Caroline Maldonado
Rússia comprou 60,4% do total exportado (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Rússia comprou 60,4% do total exportado (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Os produtores sul-mato-grossenses que exportam carne bovina in natura comemoram o crescimento de 19% no volume do produto exportado em julho, em relação ao mesmo período do ano passado. No último mês, Mato Grosso do Sul vendeu a outros países 14,9 mil toneladas, contra 12,5 mil toneladas exportadas em julho de 2013. Somente a Rússia comprou 60,4% do total exportado no mês passado, o que representa 9 mil toneladas de carne.
Os valores foram levantados pelo departamento de economia da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e divulgados pelo informativo Casa Rural. As vendas para o mercado russo demonstram o fortalecimento da pecuária local, na avaliação do diretor-secretário da Famasul, Ruy Fachini.
"A Rússia sempre foi um importante mercado da carne bovina do Estado, mas os últimos resultados são ainda mais animadores, considerando que representam o dobro do que foi vendido no mesmo período do ano passado", destaca Fachini, ao lembrar que as compras da Rússia foram de 4,1 mil toneladas em julho de 2013.
Preço - Em julho, o preço da arroba do boi gordo ficou na média de R$ 116,76, com leve queda de 0,67% frente junho. O relatório das cotações está disponível no site da Famasul. 
A gestora do departamento de economia da Famasul, Adriana Mascarenhas, alerta que os preços da arroba do boi gordo devem subir nos próximos meses, pois o atual panorama da pecuária de corte é de desequilíbrio entre a oferta e demanda.
"Entre junho e julho, os abates de bovinos no Estado caíram quase 7%, a segunda maior queda no ano. A redução foi ocasionada pela menor quantidade de animais de pasto e de confinamento em algumas regiões do Estado", afirma.
Notícias de Campo Grande e Mato Grosso do Sul


Marfrig tem recorde de abate de bovinos em julho com exportação histórica


Por Fabíola Gomes e Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina do país, atingiu marcas históricas de abate de gado e de exportações de cortes em julho, por uma forte demanda e limitações de oferta em países concorrentes do Brasil, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da companhia.
"Batemos recordes no mês de julho. Foi o maior mês, tanto em exportação como abate (de bovinos) da história da empresa", disse o presidente-executivo da Marfrig, Sérgio Rial, em entrevista à Reuters.

A Marfrig abateu mais de 250 mil cabeças de gado em julho, um crescimento de dois dígitos em relação à média mensal do último semestre, disse Rial.
Com a forte demanda no exterior, que ajuda a compensar um ritmo vacilante no consumo no Brasil, a empresa tem elevado a participação de vendas ao mercado externo sobre o total comercializado a partir do Brasil.
A fatia do mercado externo nas vendas da Marfrig, que ficou em torno de 40 por cento no último trimestre, subiu para 45 por cento em julho, incluindo carne industrializada. Considerando apenas cortes in natura resfriados e congelados, esse percentual é ainda maior, já superando 50 por cento.
O executivo explicou que o Brasil é beneficiado pelo atual cenário de crescente demanda global, por conta do aumento da renda em países emergentes, incluindo o Oriente Médio, enquanto tradicionais fornecedores como Estados Unidos e Argentina enfrentam restrições no tamanho de seus rebanhos.
As robustas exportações levaram a empresa a aumentar o uso de sua capacidade instalada rumo aos 80 por cento, contra pouco mais de 70 por cento anteriormente, revelou Rial.
A operação de carne bovina da empresa, concentrada principalmente no Brasil, respondeu por quase metade da receita da Marfrig no segundo trimestre, que somou ao todo 5,1 bilhões de reais. A companhia também tem operações no exterior --Moy Park e Keystone.
A Marfrig já vinha se preparando para um semestre mais forte na exportação, ao elevar os investimentos no último trimestre, o que acabou se refletindo em um fluxo de caixa negativo.
Do capex realizado no último trimestre, de 177 milhões de reais, cerca de 40 por cento foram destinados às unidades no Brasil, com investimentos na melhoria de câmaras refrigeradas, aumento de confinamento, além de ajustes na estrutura de logística.
"O dinheiro foi alocado para preparação da empresa para um segundo semestre mais ativo, principalmente nas exportações", acrescentou Rial.
PERSPECTIVAS
As exportações, grande fator para os negócios da companhia já neste ano, podem ganhar ainda mais importância, considerando que a Rússia habilitou novas unidades da Marfrig; que a China está prestes a comprar carne diretamente do Brasil --sem passar por Hong Kong; e também com a possibilidade, ainda que mais incerta, de os Estados Unidos abrirem seu mercado para a carne in natura brasileira.
A Marfrig teve recentemente oito unidades habilitadas a exportar para a Rússia, elevando o total para 11, num momento em que os russos buscam reforçar o fornecimento de outras origens depois do embargo imposto aos EUA em retaliação às sanções econômicas por causa da crise na Ucrânia.
Rial vê como positiva a ampliação do mercado russo, mas acha que ainda é difícil dimensionar qual é o impacto da medida em volume ou receita.
"Como o mundo está demandando carne, a Rússia é importante, mas já não é tão crítica como foi historicamente num momento em que o Brasil tinha uma série de mercados fechados", ponderou Rial.
O executivo lembrou ainda que existe uma possibilidade de os EUA abrirem seu mercado à importação de carne bovina in natura do Brasil.
Se isso acontecesse, acrescentou o executivo, México e Canadá teriam de seguir os EUA, o que teria impacto mais significativo para o setor brasileiro do que a ampliação da Rússia.
Desde o final do ano passado, os EUA vêm discutindo a possível abertura à carne in natura de Estados livres de febre aftosa no Brasil. O executivo ressaltou que esta discussão avançou bastante e espera resultados favoráveis ainda este ano.
Já a China anunciou a reabertura de seu mercado à carne bovina do Brasil em meados de julho, e faltam apenas alguns detalhes para as exportações diretas do país se efetivarem.
Questionado se os embarques para a China já podem ocorrer neste semestre, Rial afirmou que "sem dúvida" isso já pode acontecer, acrescentando que serão vistos contratos sendo fechados no mês de setembro para entrega no quarto trimestre.
Ele disse ainda que a empresa já conta com uma equipe de vendas em Xangai e tem o benefício de ter a Keystone na região.
"Temos duas plantas e temos vendas na China... Temos alguma infraestrutura e conhecimento local que outras empresas brasileiras não têm. Então a gente tem a obrigação de fazer melhor", afirmou.
JV NA INDONÉSIA
Ao mesmo tempo, a Marfrig vem avaliando a formação de joint ventures em mercados promissores como forma de reforçar seu crescimento orgânico, e não vê espaço para fazer aquisições no momento.
"Esta é uma forma inteligente de crescer sem alterar a estrutura de capital de forma negativa. Estamos fazendo uma (joint venture), um novo investimento na Indonésia", afirmou ele, sem dar muitos detalhes.
A empresa já conta com uma operação na Malásia, via Keystone, e está transferindo pessoal especializado para a Indonésia, onde busca atuar em carne de frango e bovina.

Beckhauser lança equipamento condutor de boi que auxilia na diminuição do índice de lesões durante o manejo pré-abate nos frigoríficos

O Move-Boi é utilizado para direcionar o animal ao Box de Atordoamento, e elimina o uso de choque no final da rampa pré-abate, considerado um dos pontos mais críticos do manejo nos frigoríficos

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO
Com o intuito de eliminar o uso de choque no gargalo final dos frigoríficos, visando o abate humanitário e o bem-estar animal, a Beckhauser – Manejo Racional e Produtivo lançou esse mês o Move-Boi, equipamento condutor de animais para a rampa pré-abate. Depois de um ano de testes no Frigorífico Frigobom, em Sinop (MT), o resultado foi extremamente positivo e o produto está validado e disponível para vendas, além de ter a patente requerida.
O Move-Boi é totalmente automatizado e foi desenvolvido a partir de uma demanda de mercado, depois de observar que um dos pontos mais críticos do manejo nos frigoríficos era ao final da rampa do pré-abate, onde o índice de choques é alto. Isso porque, de acordo com o médico veterinário Renato dos Santos, responsável pela área de Manejo Racional da Beckhauser, o bovino não se adapta rapidamente a mudanças bruscas e, nesse ponto, o animal precisa sair de uma área aberta, com alta luminosidade, para dentro da sala, um local mais “escuro”.

Segundo o veterinário e gerente industrial do Frigorífico Frigobom, Manoel Pedro Figueiredo Dornellas, o índice de quedas dos animais foi reduzido e em consequência o número de hematomas na carcaça também caiu. “O pecuarista fica satisfeito pelo nosso manejo em ver que se reduziu o uso do choque elétrico quando o animal chega próximo ao Box de Atordoamento. Antes havia maior risco de escorregões e até mesmo os bois ficavam amoitados, devido ao estresse.”, analisa. “Por ser um corredor único, que leva até o Box de Atordoamento, fica mais fácil o manejo, além da segurança oferecida aos nossos operadores”, complementa.

O primeiro Move-Boi da Beckhauser foi desenvolvido e testado na unidade 2 de Promissão (SP), do Marfrig. O equipamento pioneiro consistia em um carrinho sobre trilho que percorria uma extensão da rampa. “O projeto foi aperfeiçoado e ganhou nova forma em 2013, sendo remodelado em uma estrutura compacta, onde é possível acomodar apenas um animal de cada vez, instalado ao final da rampa pré-abate”, explica o presidente da Beckhauser, José Carlos Beckheuser.

Ainda em fase de testes, o protótipo foi aprovado pelos especialistas da World Animal Protection (WAP), organização não-governamental (ONG) presente em mais de 50 países. “Estivemos na unidade de Promissão em 2011, para treinamento dos funcionários e, no dia da visita constatamos o uso de bastão elétrico em apenas 3% dos animais levados ao abate”, afirma, José Rodolfo Panim Ciocca, gerente do Programa de Abate Humanitário.

O equipamento tem uma porta deslizante, que conduz o animal no sentido da entrada da sala de abate, sem qualquer tipo de agressão. A separação dos animais é feita um a um e, tem a função de organizar o fluxo para o abastecimento do Box de Atordoamento, garantindo que sempre haja um animal pronto para entrar. Construído em material altamente resistente e de limpeza fácil, o Move-Boi tem alta durabilidade. O sistema hidráulico é vedado contra a entrada de impurezas do ambiente e com simples acesso a manutenção e instalação.MidiaNews

Cade aprova compra de frigoríficos da BRF pela Minerva

Negócio foi condicionado a redução no mercado de processados.
Decisão foi tomada em sessão nesta quarta-feira (20).
Fábio AmatoDo G1, em Brasília



O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (20), por unanimidade, a compra, pela Minerva, de duas unidades de abate de bovinos (frigoríficos) no Mato Grosso pertencentes à BRF. As duas empresas atuam na área de alimentos.
A decisão, porém, foi condicionada a uma redução na participação das empresas no mercado de alimentos processados. Elas já informaram ao Cade como vão cumprir isso, mas a solução será mantida sob sigilo.
O negócio prevê que o pagamento à BRF pelos frigoríficos será por meio de ações da Minerva. Esse arranjo acabou fazendo com que a BRF se tornasse acionista de uma empresa de processados detida pela Minerva, chamada MDF.
Entretanto o acordo assinado com o Cade em 2011, que permitiu a criação da BRF através da fusão entre Sadia e Perdigão, restringe a aquisição por ela de plantas de processados detidas por concorrentes. Por isso, nessa operação com a Minerva, o conselho restringiu o acréscimo na área de processados por meio da MDF.
Os termos do acordo são sigilosos, inclusive o prazo que as empresas terão para cumprir a determinação do Cade.
http://globo.com/

Cade aprova arrendamento de frigoríficos pela JBS


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta quarta-feira, 20, pela aprovação com restrições do arrendamento pela JBS de três frigoríficos pertencentes às companhias Rodopa Indústria e Comércio de Alimentos e Forte Empreendimentos e Participações. A gigante do mercado de carne locou as unidades de abate e desossa da Rodopa nas cidades de Santa Fé do Sul (SP), Cassilândia (MS) e Cachoeira Alta (GO).
A JBS alegou capacidade ociosa como argumento para afirmar que a operação não significava concentração de mercado. O Cade, então, determinou que as unidades arrendadas não podem ter sua operação suspensa. O tribunal administrativo determinou também a notificação permanente de qualquer operação ensaiada pela JBS. As punições, contudo, não impõem qualquer risco à operação envolvendo a Rodopa, aprovada por unanimidade pelo colegiado do tribunal.
O conselheiro relator Márcio de Oliveira Júnior afirmou que a operação tem potencial para gerar concentração no mercado de carne in natura. "JBS possui vantagem competitiva no mercado. Poucos são os frigoríficos com potencial de competição, poucos são os que possuem as características necessárias para essa competição. Entre esses frigoríficos (competitivos) está o Rodopa", afirmou.
Apesar da afirmação, o relator indicou voto pela aprovação da locação de frigoríficos pela JBS, obrigando a empresa a não fazer novos arrendamentos e aquisições por período tratado em sigilo entre o Cade e a companhia.
Oliveira Júnior destacou, ainda, a operação com potencial para fortalecer a marca Friboi, o que contribuiria para aumentos futuros de preço de carne ao consumidor. "A marca Friboi contribui para tornar homogêneo o mercado de carne in natura, até aqui heterogêneo, com potencial para aumentar preço", disse.

Fundada em 1958, em Limeira (SP), a Rodopa foi controlada pela família Bindilatti até setembro de 2012. Naquele ano, o então diretor geral Sérgio Longo adquiriu a empresa, assumindo dívida de R$ 160 milhões e ativos e imóveis avaliados em R$ 20 milhões. Longo, que foi diretor-financeiro da JBS, negociou a locação dos frigoríficos à JBS em dezembro de 2013.

Bahia - Carne bovina sobe 11,6% em 2 meses


Por : Noemi Flores
A carne bovina teve aumento de 11,6% nos últimos dois meses, segundo os pecuaristas devido à seca no interior do estado. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados da Bahia, Julio Cesar Melo de Farias, isto não chegou a ter acréscimo na cesta básica porque os preços do produto vêm oscilando há dois anos.
Farias explicou que desde 2012, os pecuaristas, com receio de perder o gado  por falta de água, abatiam os animais para a venda, o que se transformou em a oferta maior que a procura, então os preços baixaram.  ”Com a seca de 2012 e 2013, os reflexos só vieram agora com a falta de oferta”.
Segundo o presidente do sindicato, “este preço não tem acréscimo na cesta básica porque já foi aplicado em outras épocas”. A declaração tem como base a última pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgando que a cesta básica de Salvador teve redução de preço em julho, após registrar alta por quatro meses, passou de R$ 278,97 para R$ 270,06.
Farias disse que o preço da arroba está em R$ 125 e antes era de R$ 112. Mas mesmo com estes 12% registrados em 60 dias por falta de oferta, o preço da carne bovina está mais barato que em estados como Minas Gerais, São Paulo e outros.
“Está dentro da média porque o preço de um quilo de carne de primeira aqui é de R$18 a R$20; a de segunda de R$ 10 a R$ 11. Já as chamadas carnes nobres como o filé está em torno de R$ 30 e a picanha R$ 33”, sinalizou o pecuarista.
O consultor e chef de cozinha Mauro Hanisch, professor do bacharelado em Gastronomia da Escola de Nutrição da Ufba,  aponta a carne de porco como uma substituição ideal e nutritiva, boa para o bolso dos consumidores  já que a diferença de preço entre uma e outra é de quase 50%. Há vantagem até mesmo no aproveitamento da carne com osso.
“Pouco sabido é que a carne suína é mais consumida no mundo do que a carne bovina, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos. Uma bisteca se compra com um pouco de atenção, a aproximadamente R$ 9,00 o quilo e temos uma perda com o osso em média de 20%. Já os cortes bovinos como cruz machado e chupa molho tem preço  parecidos e uma perda só em ossos de aproximadamente 50%”, afirma o chef.
Hanisch  destaca ainda que “no final das contas a bisteca rende muito mais carne pura, além de ter menores níveis de gordura entremeada nas fibras. Ele ensina um prato nutritivo, “além disso, cortes em cubos de carne suína, bem temperados com páprica picante e alho ao molho de tomate e feitos na frigideira bem quente combinam muito bem com bulbos de batatas assadas ou aipim cozido, aumentando o valor nutricional do prato”.
Mas sempre há alguém que não pode passar muito tempo sem comer carne bovina, então o gastrônomo dá uma dica interessante. “Para aqueles que apreciam cortes de primeira como patinho, alcatra, chã de dentro e não abrem mão da carne bovina, a fraldinha é um excelente substituto, macia, baixo teor de gorduras e de cocção rápida e geralmente com valor aproximadamente 50% mais baixo”.
 Ao se analisar o custo mais em conta para o preparo de um prato é importante seguir alguns conselhos do chef, a exemplo do preparo de frango. Não se deve comprar o frango inteiro congelado, com pés, cabeças e miúdos ( e gelo).
Segundo o especialista, “teremos uma perda de aproximadamente 60% dele, considerando que não comemos os pés, a cabeça, os ossos nem o gelo, e não devemos comer a pele pela questão de cuidados básicos com a saúde: a pele aumenta muito o mau colesterol. Se um frango de exatos 2 kg custa R$ 5,50 o kg, a carne pura dele com perda de 60% custará R$ 13,75, mais cara do que a bisteca, além de dar muito mais trabalho no seu preparo e gastar mais gás”, sinalizou.
O professor de gastronomia enfatiza que carnes de segunda qualidade como a fraldinha “são uma excelente alternativa para substituir cortes de primeira como alcatra, patinho, lagarto, chã de dentro e também as de 3ª  como chupa molho, cruz machado e músculo. A fraldinha é carne pura, macia e cozinha rápido”,  concluiu.
Tribuna da Bahia

Exportadores norte-americanos não querem perder mercado russo de carnes.

EUA, exportações, Rússia, sanções, economia

Os exportadores dos EUA acreditam que em consequência da resposta da Rússia às sanções ocidentais eles vão perder o promissor mercado russo de carne bovina e suína, afirmou Joe Schuele, representante da Federação de Exportadores de Carne dos EUA.
Em 7 de agosto, Moscou limitou por um ano as importações de certas mercadorias provenientes dos EUA, União Europeia, Canadá, Austrália e Noruega, ou seja, os países que tinham imposto sanções contra a Rússia. A lista de alimentos embargados inclui carnes bovina, suína e de aves, bem como salsichas, mariscos, verduras, frutas e produtos lácteos.
Joe Schuele observou que em 2012 as exportações de carne bovina norte-americana para a Rússia superaram o valor de 300 milhões de dólares, um recorde no comércio bilateral entre os dois países. Em sua opinião, isso significa que o mercado da Federação da Rússia "é promissor e os Estados Unidos gostariam de ter oportunidade para suprir" à Rússia.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Liberação russa é oportunidade a ser aproveitada por bovinocultura de MT, diz Imea

Mercado representa, atualmente, 20,38% do volume embarcado pelo estado

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

boi_carne_churrasco (Foto: Roberto Seba/Ed. Globo)
A liberação de frigoríficos brasileiros por parte da Rússia é um oportunidade para a bovinocultura de Mato Grosso e que deve ser aproveitada, preenchendo o espaço deixado pelos concorrentes. A avaliação está em boletim divulgado nesta semana pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De acordo com cálculos do Imea, com base em dados do próprio governo da Rússia, os países que foram embargados representavam 56,93% da carne bovina embarcada para o mercado russo no ano passado. No primeiro semestre deste ano, a participação já havia caído para 44,29%. Mato Grosso tem 10 plantas habilitadas a embarcar o produto para o país europeu.
“O mercado é favorável para o estado, já que países como Rússia e Venezuela têm aumentado cada vez mais suas compras de carne bovina”, informou o Imea. Segundo a instituição, a Rússia representa, atualmente, 20,38% do volume embarcado por Mato Grosso e a Venezuela, hoje o principal comprador, responde por 33,72%.
Ainda segundo os técnicos do Imea, a possibilidade de aumento das exportações para os russos deram sustentação às cotações futuras do boi gordo. O contrato para outubro, na BM&FBovespa, registrou valorização de 1,21% em uma semana, chegando a R$ 128,37 por arroba.
Já no mercado de curto prazo, o preço da arroba registrou alta de 0,62% na semana passada, passando de R$ 109,75 para, em média, R$ 110,43 no estado de Mato Grosso. Segundo o Imea, a falta de animais para atender as escalas de abate ainda sustentam os preços.
http://revistagloborural.globo.com/

http://www.assineglobo.com.br/produtos/globo-rural/GR/?site_par=1&origem_par=1&formato_par=B_GR_MENSAL&versao_par=BOTAO 

Gisele Loeblein: suspensão temporária das atividades de frigorífico em Alegrete começa em 1º de setembro

Sindicato rejeita proposta de empresa de realocar cem funcionários e desligar os demais 580 trabalhadores

Não terminou da forma esperada – pelo menos do ponto de vista dos trabalhadores – o encontro entre representantes do sindicato e da Marfrig para tratar da situação dos 680 trabalhadores da unidade localizada em Alegrete. Não há confirmação de demissões, mas a suspensão temporária das atividades tem data para começar – 1º de setembro.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação do município da Fronteira Oeste não aceitou a proposta apresentada pela empresa – realocação de cerca de cem funcionários e desligamento dos demais.
– O processo de demissão está definido. Não aceitamos, e agora esperamos nova proposta – afirma Marcos Rosse, presidente do sindicato.
A oferta de remoção foi criticada pelos representantes dos trabalhadores, porque não haveria contrapartida dos custos envolvidos na transferência para os outros dois municípios onde a marca mantém os abates de bovinos – São Gabriel e Bagé. Os demais funcionários da unidade seriam desligados.
Formalmente, a empresa não se manifestou sobre essa questão até o início da noite desta segunda-feira. Até agora, só divulgou nota oficial que confirma a paralisação das atividades por uma razão estratégica, sem redução do volume diário de abates – um total de 1,6 mil cabeças.
Outros frigoríficos já teriam demonstrado interesse em assumir a operação da unidade de Alegrete, o que seria uma alternativa na busca por uma solução capaz de evitar prejuízos aos trabalhadores e à economia do município.
O vazio deixado pela produção da Marfrig pode ter impacto ruim também sobre a indústria como um todo, a longo prazo, entende Fernando Velloso, da assessoria agropecuária FF Velloso & Dimas Rocha:
– Mesmo com capacidade ociosa, a unidade aberta cria uma pressão de produção. A força da demanda, em algum momento, irá diminuir.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/

Embargo russo e volta da China animam pecuaristas brasileiros

Anúncio de embargo russo aos produtos de diversos países e volta das compras dos chineses reflete, boas expectativas para os pecuaristas brasileiros, que apostam em valorização



O que já era bom pode ficar ainda melhor. Essa é a máxima que começa a fazer mais sentido para o mercado nacional de produção de carne bovina, suína e de aves. O Brasil acaba de ter as janelas escancaradas para novos mercados: Rússia e China. Em julho, o país oriental anunciou o fim do embargo às exportações brasileiras. Desde 2012, os chineses haviam suspendido as compras do produto brasileiro por causa da descoberta de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Paraná. Com a reabertura, a expectativa é de que haja um rendimento de US$1 bilhão a mais nas exportações de carnes brasileiras. Somado a isso, este mês a Rússia anunciou embargo à importação de produtos agropecuários e alimentícios de Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Austrália e Noruega, abrindo, assim, “uma grande janela para o Brasil”, conforme apostam produtores e especialistas do setorNa semana passada, o ministro da Agricultura da Rússia, Nikolai Fyodorov, reconheceu que cerca de 100 novos produtores de alimentos do Brasil obtiveram permissão do governo para exportar aos russos. A medida é considerada uma “revolução” para o setor de carnes, uma vez que o país deve ganhar ainda mais importância no mercado russo após os embargos aos Estados Unidos.

Mesmo antes dessa abertura, o mercado russo já vinha mostrando a sua força para o Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 19,35% em julho em comparação ao ano passando, subindo de US$ 579,8 milhões em 2013 para US$ 691,9 milhões neste ano. Em volume, foram 144,7 mil toneladas em julho de 2014 contra 133,2 mil toneladas no mesmo período do ano passado, um incremento de 8,64%. Mas o destaque do período está com a Rússia, maior comprador em julho e o segundo maior importador do produto brasileiro no acumulado do ano. Este mercado registrou um aumento de 113% em faturamento em relação ao mesmo mês de 2013, com US$ 181 milhões de carne bovina comercializada, contra US$ 85,1 milhões; e de 78,9% de incremento em volume, com 41 mil toneladas, ante 23 mil toneladas em 2013.

“A Rússia era um grande comprador do Brasil, só perdeu para a China (veja quadro), porque a demanda por carne aumentou por lá. Os russos são bons parceiros comerciais, pagam em dia e são um dos melhores que temos. Tínhamos uma média de exportação de 20 mil a 25 mil toneladas por mês para lá. Somente em julho, chegamos às 41 mil toneladas”, comenta o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio. Segundo ele, trata-se de um parceiro extremamente rigoroso, principalmente com a qualidade das mercadorias. “Os russos são muito criteriosos. Sempre há notícias de que uma indústria recebeu um embargo por não ter cumprido determinada norma”, diz.
Sobre a China, ele afirma que Hong Kong, outro bom comprador de carne do Brasil, é um polo exportador, distribuindo o produto para a região. “É um reflexo do consumo asiático, que deve crescer muito. Há uma expansão da população e da renda, o que reflete na demanda por carne. Com o fim do embargo, vão habilitar mais indústrias e a China se tornará um mercado estratégico para garantir nossas exportações no futuro”, observa Fernando, que diz ainda não ser possível estimar os impactos dessas aberturas. “O que exportamos no país corresponde a menos de 20% da produção. O mercado interno é mais expressivo”, compara.

INSTÁVEL

Apesar das boas expectativas, o pecuarista André Bartocci acredita que é preciso ter cautela com o assunto, principalmente em relação à Rússia. Fornecedor de carnes bovinas para o mercado europeu, ele diz que para ser habilitado há uma série de requisitos voltados para as propriedades, como o cumprimento de leis trabalhistas e a rastreabilidade dos animais. “Cerca de 80% do nosso mercado é interno. A Rússia é um mercado complexo, prova disso é que, quando não precisavam dos nossos serviços, não habilitavam novos frigoríficos para a exportação. Porém, com a crise na Ucrânia e a retaliação aos Estados Unidos e à União Europeia, eles passaram a habilitar nossas plantas. Da mesma forma que eles abriram essa janela, a qualquer momento podem fechar”, critica.

Mesmo considerando a Rússia calculista e instável, André vê que o momento poderá trazer bons impactos, principalmente para o preço da carne. “O frango, por exemplo, terá uma abertura enorme e poderá ser voltado totalmente para a Rússia. Se essa carne branca ‘sumir’ do mercado interno, a bovina será mais procurada e, consequentemente, ficará mais cara.” Na avaliação do pecuarista, o cenário atual pode ser um pulo para um antigo sonho: as janelas dos Estados Unidos. “Ainda não chegamos lá com muita força por falta de diplomacia brasileira, além do que, produtores americanos não têm muito interesse nisso”, observa.

Fonte: 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Criadores de suínos comemoram aumento de 40% no preço da carne

Milho e soja, principais ingredientes da ração, estão mais baratos. Muitos produtores aproveitam o momento para investir nas propriedades.

Segunda-feira, 18 de Agosto de 2014, 09:08:07Economia, Mercado Interno
O preço baixo do milho está ajudando os criadores de porcos.
No Rio Grande do Sul, Ivo Feranti, de Erechim, região norte do estado, produz cerca de 450 animais por mês e está satisfeito com o preço.
“O custo de produção baixou e o preço do suíno subiu, então ficou melhor para o produtor hoje, para trabalhar, para poder investir na atividade também", diz.
De acordo com a Associação de Criadores do Rio Grande do Sul, o preço médio do quilo do suíno vivo é de R$ 3,94, maior cotação do ano. Em relação a agosto do ano passado, o preço está 40% mais alto.
O milho e a soja são os principais ingredientes da ração dos animais. O preço da saca de milho caiu 15% em relação ao ano passado e a tonelada do farelo de soja está 22% mais barata só este ano.
"O melhor reflexo desse custo, da queda no custo de alimentação, ele vai se dar no animal que o produtor vai comercializar em novembro, dezembro, porque esses animais que estão saindo hoje para comercialização são animais que ainda comeram a alimentação com custo mais alto. A tendência é de nós continuarmos tendo preços estáveis e essa queda do custo de produção, o que vai deixar uma margem bastante satisfatória para o produtor”, diz Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos/RS.

Outro fator que ajuda o setor são as exportações. O preço do porco lá fora está 18% mais alto do que nesta mesma época do ano passado.

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Exportação de carne no MS atinge mais de US$ 711,1 milhões

No Complexo Frigorífico foram destaques as exportações de carnes desossadas e congeladas de bovinos e pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango.

Divulgação/Novilho Precoce
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Carne Bovina
De acordo com levantamento do Radar Industrial da  Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a exportação de industrializados de MS já ultrapassa US$ 2,17 bilhões, referente ao período de janeiro a julho deste ano.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a julho de 2014 as maiores evoluções ocorreram, principalmente, nos grupos “Complexo Frigorífico”, “Papel e Celulose” e “Extrativo Mineral”.

“Complexo Frigorífico”: a receita de exportação, de janeiro a julho de 2014, alcançou o equivalente a US$ 711,1 milhões, crescimento nominal de 18,6% em relação ao mesmo período de 2013, quando as vendas foram de US$ 599,7 milhões.
Quanto aos produtos exportados o destaque ficou por conta das carnes desossadas e congeladas de bovinos e pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, que, somados, totalizaram US$ 536,5 milhões ou 75,5% da receita do grupo, tendo como principais compradores Rússia, Hong Kong, Arábia Saudita, Japão, Venezuela, Chile e China.

Rússia importa carne de 89 frigoríficos brasileiros

O serviço sanitário da Rússia liberou mais quatro frigoríficos brasileiros para exportarem carne e miúdos de suínos para o país. Na semana passada, a Rússia já havia autorizado 89 empresas do Brasil a venderem carnes bovina, suína e de aves, além de miúdos e produtos lácteos. Com as novas liberações, sobe para 93 o número de frigoríficos aptos a exportar para aquele país. A liberação da última semana foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no mesmo dia em que o governo russo embargou as importação de carnes bovina, suína e de aves, mais peixe, queijo, leite, legumes e frutos dos Estados Unidos, da União Europeia, Austrália, Noruega e do Canadá. Os EUA e a União Europeia decretaram sanções econômicas à Rússia pelo envolvimento na guerra da Ucrânia e apoio aos rebeldes pró-russos no país.



Exportação de frango bate recorde em julho

As exportações de carne de frango cresceram em volume e em receita em julho em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados do período divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango somaram 371,1 mil toneladas em julho, um aumento de 9,4% sobre o mesmo período do ano passado. A receita chegou a US$ 771,8 milhões, com expansão de 14% sobre julho de 2013. Segundo a ABPA, esse faturamento é recorde para meses de julho.

O presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, atribuiu o crescimento das exportações ao desempenho de grandes importadores. “Importantes mercados como a Arábia Saudita, Japão, China e a União Europeia apresentaram saldo positivo nos embarques em relação a julho do ano passado, juntamente com outros mercados que, somados, foram determinantes para alcançarmos receita recorde no mês”, afirmou Turra, de acordo com comunicado da ABPA.