quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Acordo entre China e Austrália pode prejudicar carne brasileira

Após dez anos de negociações, a Austrália espera assinar em novembro um acordo de livre comércio com a China, que dará acesso preferencial para seus exportadores de carne bovina e representará mais dificuldades para os planos da indústria de carnes brasileira de elevar ganhos no mercado mais populoso do planeta.

A Austrália busca acordos bilaterais de comércio para impulsionar sua economia em meio a um cenário de persistente deterioração global. O país já fechou um acordo com a Coreia do Sul, que precisa de ratificação do Parlamento coreano, praticamente fechou um com o Japão, e tem plano de lançar uma negociação com a Índia, onde vê enorme potencial de negócios. Mas o que o setor privado aguarda com interesse é a negociação final com a China.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, e o presidente chinês, Xi Jinping, deverão se encontrar duas vezes em novembro na Austrália, à margem da cúpula de líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), quando o acordo de livre comércio poderá ser assinado.

O ministro do Comércio Andre Robb foi cauteloso em declarações na imprensa australiana nesta semana, afirmando que, apesar de "sólidos progressos" recentes, continua pressionando pela derrubada de barreiras à entrada na China de produtos agrícolas e serviços. Pequim, por sua vez, quer melhor acesso para investimentos, redução de tarifas para produtos de consumo, como eletrônicos, e ganhos no movimento de pessoas para a Austrália.

O certo, conforme Andrew Tulloch, presidente da Agência de Comércio e Investimentos de Queensland, é que os produtores de carne bovina terão enormes ganhos com os acordos. "Nossa carne terá grandes benefícios na China, na Coreia e um pouco menos no Japão", afirmou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor. A brasileira JBS tem unidade na Austrália.

Em 2013, o país exportou 160 mil toneladas de carne bovina à China. Esse volume representou 52% do total de 300 mil toneladas importadas pelos chineses.

A expectativa é de que os investimentos chineses no setor agrícola australiano se acelerem. Nesta semana, o fundo soberano Beijing Agricultural Investment Fund anunciou aporte de US$ 3 bilhões nos setores australianos de carne bovina, lácteos, ovelhas e ativos agrícolas.

Para Tulloch, o fato de a China investir na Austrália ajuda a reduzir o impacto de eventuais dificuldades que surgirem no mercado chinês. Segundo ele, o controle que o governo australiano faz de investimentos estrangeiros é uma mera formalidade. "Não há limite para estrangeiro investir na nossa agricultura", afirmou.

Fonte: Valor Econômico\Assis Moreira | De Brisbane (Austrália)
Portos e Navios

Interesse russo por carne brasileira move feira em Moscou

Quinta-feira, 18 de Setembro de 2014, 09:04:42EconomiaEventos e CursosMercado Externo

Em conflito com Estados Unidos e União Europeia, a Rússia faz uma varredura no potencial do Brasil em busca de um grande fornecedor de alimentos, mostrou conferência em conexão direta com Moscou realizada nesta quarta-feira, em Curitiba, pela Universidade Positivo. Uma comitiva brasileira, que está na capital russa para uma feira internacional sobre alimentos, relatou que as palestras sobre “o que é que o Brasil tem” a oferecer estão mais lotadas do que nunca.

A 23.ª World Food Moscow começou segunda-feira e termina amanhã. Com mais de 1,5 mil expositores, é uma porta de entrada para o mercado russo. O pavilhão do Brasil foi instalado na área de carnes. Os participantes são de todos os continentes.

Além do churrasco servido gratuitamente, as palestras do Brasil estão lotadas e “mais da metade dos lugares são tomados pelos russos”, contou Pedro Viana, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, que faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O espaço no mercado internacional que se abre para os alimentos brasileiros, durante o conflito ligado à disputa pela Crimeia, vai de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões, avaliou Gilberto Ramos, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Rússia. Ele também falou de Moscou.

O embargo russo aos EUA e à UE tem duração de um ano. Mas essa janela é uma boa oportunidade para o Brasil se estabelecer enquanto alternativa de longo prazo, disse o empresário brasileiro João Prestes. Ele conversou com empresários em Moscou e mostrou que existe clima para investimento inclusive na Crimeia.

Os professores e alunos da Universidade Positivo questionaram a comitiva brasileira sobre a fidelidade do mercado russo. Os representantes do Brasil admitiram que Moscou pode voltar a importar carnes dos Estados Unidos e da Europa daqui um ano, mas que isso vai depender do grau de aproximação entre fornecedores brasileiros e importadores russos.

Hoje a principal barreira é a “falta de conhecimento mútuo”, disse Prestes. “O Brasil conhece a Rússia basicamente pelas informações que vêm da imprensa europeia e americana.” Essa falta de contato contínuo ocorre também entre organizações técnicas, acrescentou. O Brasil não vem sendo convidado a participar, por exemplo, dos grupos que definem regras sanitárias, apesar de posteriormente ter de cumpri-las como seus concorrentes.

http://www.suinoculturaindustrial.com.br/ 

Brasil assegura posição de maior exportador mundial de carne bovina

O Brasil tem o segundo maior rebanho do mundo
Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo
Brasil, maior exportador global de carne bovina, abateu 8,517 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2014, e manteve sua posição apesar da leve queda de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2013, apesar de crescentes exportações, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado do IBGE detecta abates com algum tipo de serviço de inspeção sanitária. A ligeira queda na comparação anual aconteceu em meio a preços médios mais altos da arroba bovina de janeiro a junho de 2014, segundo o indicador ESALQ/BM&FBovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) –no período foram verificados valores recordes nominais.
“De acordo com o Cepea, o motivo dos aumentos (de preços) foi a oferta restrita tanto de animais para reposição como para abate, resultado, entre outros fatores, do clima quente e seco do fim de 2013 ao início de 2014. O déficit hídrico em muitas regiões produtoras prejudicou as pastagens e, consequentemente, a engorda dos animais”, disse o IBGE em nota.
Na comparação com o primeiro trimestre, houve aumento de 1,8% nos abates de bovinos entre abril e junho. A produção de carne no segundo trimestre somou 2,006 milhões de toneladas de carcaças bovinas, 0,1% menor que o volume do segundo trimestre de 2013 e alta de 2,8% ante janeiro a março deste ano.
Brasil prevê exportar volumes recorde de carne bovina em 2014, mas ainda tem no mercado interno o maior consumidor do produto.
No ranking nacional do abate de bovinos, os três Estados da região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) ocupam as três primeiras posições, respondendo juntos por 37,5% do total.
Mato Grosso continuou mantendo a liderança, mesmo com queda de 9,3% da quantidade de cabeças abatidas nos três meses até junho ante o mesmo período do ano passado.
O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com estimadas 200 milhões de cabeças, com crescimento expressivo nos últimos quatro anos.
Frangos e suínos
O país, também o maior exportador de carne de frango do mundo, abateu no segundo trimestre 1,379 bilhão de cabeças de frangos, terceira queda trimestral consecutiva após a pesquisa ter apontado desempenho recorde de julho a setembro de 2013.
Esse resultado significou quedas de 2,7% na comparação com o mesmo período de 2013 e de 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
O peso acumulado das carcaças foi de 3,180 milhões de toneladas no segundo trimestre, um aumento de 1,1% frente ao mesmo período de 2013 e uma queda de 0,4% em relação aos primeiros três meses deste ano.
Já a quantidade de suínos abatidos no Brasil no segundo trimestre foi de 9,151 milhões de cabeças, representando aumentos de 0,6% na comparação com o mesmo período de 2013 e de 5,3% sobre o primeiro trimestre de 2014. O peso das carcaças produzidas no segundo trimestre alcançou 797,7 mil toneladas.
Jornal Correio do Brasil - Notícias Online

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Rússia proíbe trânsito de carne e subprodutos da Europa e dos Estados Unidos através de seu território

O Serviço Federal russo de Controle Veterinário e Fitossanitário (Rosselkhoznadzor) proibiu nesta quarta-feira o trânsito, através do território da União Aduaneira, de carne dos Estados Unidos e da Alemanha, bem como de subprodutos avícolas da Holanda.
Cerca de 375 toneladas de carne avícola norte-americana, exportada da Lituânia para o Quirguistão, foram detidas com a justificativa de que seus documentos de expedição careciam de dados necessários e sua embalagem estava violada. Tudo isso, junto com outras infrações, resultou na proibição de trânsito do lote através da Rússia, de acordo com as autoridades do país eslavo.
O mesmo aconteceu com cerca de 420 toneladas de carne de aves provenientes da Alemanha com destino ao Uzbequistão: a mercadoria não dispunha de etiquetas nem de data de fabricação.
Além disso, a Rosselkhoznadzor também proibiu, pelo mesmo motivo, o trânsito de 211 mil toneladas e meia de peles de aves que se dirigiam da Holanda para o Uzbequistão através da Lituânia. 
http://www.diariodarussia.com.br/ 

Após cinco semanas consecutivas de alta da carne bovina no atacado, os preços recuaram



Considerando a média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria, houve desvalorização de 2,4% na última semana. Foram cinco semanas consecutivas de altas, sustentadas principalmente pela baixa oferta de matéria prima.

Agosto foi marcado pela redução do volume de gado terminado disponível para abate, o que enxugou os estoques dos frigoríficos, ocasionando redução da disponibilidade de carne na ponta final da cadeia.


O preço mais alto pago pela arroba do boi gordo neste período também motivou a indústria a valorizar os preços dos cortes, a fim de recuperar a margem de comercialização. A oferta balizou o ritmo do mercado, mais do que a demanda.


Em setembro, houve melhora das programações de abate e consequente aumento dos estoques, cenário que perdura até então. Com a pressão de estoque gerada nesta circunstância, o mercado atacadista de carne sem osso reduziu os preços e a margem, a fim de evitar queda das vendas.


A expectativa é de que o consumo continue frouxo na segunda metade do mês. Quedas não estão descartadas.


Fonte: Scot Consultoria

Agricultura burla regra e dá selo de excelência à JBS

Erich Decat e Nivaldo Souza



Menos de dois meses depois de proibir o uso de expressões em marcas de produtos agropecuários com selos como "especial" e "premium", entre outros, o Ministério da Agricultura desobedeceu a própria regra para atender a uma demanda da JBS.
O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso a documentos que mostram que a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) passou por cima de uma determinação sua, proibindo o uso de inscrições em rótulos publicitários que sinalizariam ao consumidor qualidade acima do padrão definido para todos os concorrentes. A SDA havia extinguido esse tipo de prática em junho, mas descumpriu a determinação em agosto para autorizar o uso de termos anunciando superioridade da carne da Friboi e da Swift, marcas da JBS.
Os rótulos com nomenclaturas indicando qualidade superior aos demais itens nas prateleiras dos supermercados foram proibidos pela secretaria em 25 de junho, conforme o Memorando nº 088/2014, da SDA. O documento foi uma resposta a "constantes questionamentos" sobre a utilização de expressões como "original", "especial", "dentre outras", como frisa o texto.
A secretaria afirmou, no documento, que palavras destacando qualidade diferenciada não poderiam ser aplicadas em rótulos de marcas "mesmo nas situações em que a empresa possua registro junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) de termos ou expressões vedadas pela legislação vigente".
A proibição foi feita com base em três normas internas de órgãos ligados à vigilância fitossanitária, liderada pela SDA. No dia 14 de agosto, porém, o Memorando Circular nº 118/2014 da secretaria autorizou a JBS a usar o selo "reserva" para cortes bovinos da marca Friboi e "gran reserva" para a marca Swift.
Em sua defesa, a empresa afirmou que os produtos seriam padronizados em embalagens com "apresentação visual diferenciada frente às outras marcas". "Trata-se de uma linha de produtos com padrões específicos, onde é levada em consideração a praticidade ao consumidor para realizar o preparo das peças, distintos da linha de cortes comercializada atualmente", diz o documento, assinado pelo diretor técnico Bassem Sami Aki Aki.
Prêmios
A defesa vai na contramão da decisão anterior da SDA. A secretaria registrou, na circular de junho, que os rótulos poderiam levar apenas expressões que se referissem a prêmios concedidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da Agricultura. A decisão foi uma forma de evitar, segundo a SDA, a "indicação errônea de origem e qualidade".
O Ministério da Agricultura e a JBS não responderam aos questionamentos da reportagem até o fechamento da edição.
A liberação de selos ocorre em meio ao esforço ensaiado pelo governo para trabalhar a imagem de que o País tem padrão fitossanitário seguro, como forma de acessar mercados externos exigentes como Japão e Estados Unidos.
A decisão favorável do Ministério ocorreu depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manifestou contrariedade em relação à campanha publicitária da JBS, cujo slogan afirma que "carne de qualidade tem nome, é Friboi". O conselheiro Márcio de Oliveira Júnior disse, à época, que o tribunal tem observado a Friboi como "marca com potencial para a JBS praticar sobrepreço". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Exportações de carne de MS cresceram 22,6% neste ano

O avanço das exportações de carne ocorre em momento de alta dos preços

Vendas aquecidas mantêm o preço da arroba em alta
Vendas aquecidas mantêm o preço da arroba em alta (Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado) 

Mato Grosso do Sul destinou ao exterior 92,88 mil toneladas de carne bovina neste ano, volume 22,6% maior que as exportações de igual período do ano passado, que totalizaram 75,71 mil toneladas. Esta alta é a segunda maior entre os principais estados exportadores do produto, ficando atrás apenas de Mato Grosso. O incremento possibilitou acréscimo de 28% na receita, de US$ 320,87 milhões para R$ 410,96 milhões. Em todo o País, as vendas externas de carne superaram a marca de um milhão de toneladas. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
O avanço das exportações de carne ocorre em momento de alta dos preços. A partir dos dados do Mdic, o consultor de comércio exterior Aldo Barrigosse observa que o valor médio da tonelada do produto subiu 4,4% no mercado externo, de US$ 4.238,12 para US$ 4.424,65. Este comportamento refletiu no mercado doméstico. “A arroba está acima da casa dos R$ 120”, nota Barrigosse.
A reportagem, de Osvaldo Júnior, está na edição de hoje (15) do jornal Correio do Estado.

http://www.correiodoestado.com.br/

Após embargo União Europeia terá dificuldades em fornecer carne à Rússia

Após embargo União Europeia terá dificuldades em fornecer carne à Rússia

JBS anuncia dois novos executivos no Brasil

A JBS SA, maior processadora de carne bovina e de aves do mundo, nomeou Maxim Medvedovsky como diretor Financeiro (CFO) da sua mais nova unidade de negócios, a JBS Foods, anunciou a companhia na segunda-feira (15).
Medvedovsky recentemente passou 14 anos na empresa de telecomunicações Grupo Oi, onde ocupou diversos cargos de nível executivo. Ele tem uma vasta experiência em finanças corporativas, começou sua carreira em um banco de investimento e recentemente atuou como CFO global da Magnesita por cinco anos. O executivo vai se reportar diretamente a Gilberto Tomazoni, presidente da JBS Foods.
Tem sido especulado que a JBS retome planos para buscar R$ 4 bilhões através de uma oferta pública inicial de ações da JBS Foods este ano na BM&F Bovespa, mas questões levantadas pela mídia brasileira e pela Comissão de Valores Mobiliários podem atrasar o processo da nova subsidiária.
A JBS também anunciou na segunda-feira Wilson Mello como diretor de Comunicação e Relações Governamentais. Ele vai se reportar diretamente ao CEO da empresa, Wesley Batista.
Mello tem mais de 20 anos de experiência no setor jurídico, tendo trabalhado em empresas como a Wal-Mart Brasil, onde por quatro anos foi responsável por assuntos corporativos. Atuou ainda como vice-presidente de Assuntos Corporativos da processadora BRF entre 2010 e 2013.
“As nomeações de Wilson Mello e Maxim Medvedovsky dão continuidade à nossa estratégia de reforçar constantemente o nosso time de executivos e por uma maior profissionalização da nossa empresa”, disse Batista, por meio de comunicado de imprensa.
Fonte:  CarneTec

domingo, 14 de setembro de 2014

Receita líquida do Minerva subiu mais de 25% em relação ao 2T13

No segundo trimestre a receita líquida do frigorífico Minerva subiu mais de 25% em relação ao 2T13, a margem ebitda ajustada se manteve em aproximadamente 10% e o retorno sobre o capital investido atingiu 21,0% (1T14: 19,8%). Além disso, houve redução da alavancagem, através do crescimento de mais de 20% do ebitda.
O desempenho do 2T14 foi beneficiado ainda pela regularização do regime de chuvas no Brasil a partir do final de março, especialmente na região Norte e Centro-Oeste. Desta forma, o segundo trimestre foi caracterizado pelo aumento gradual da disponibilidade de gado, reduzindo assim a pressão exercida no final do trimestre anterior, fruto de um ambiente climático seco, atípico para aquela época do ano. Consequentemente, além do animal previamente programado para entrar no abate no 2T14, foi também abatido parte do gado que não havia sido disponibilizado para a indústria nos meses de fevereiro e março, represados pelo efeito da seca.
“Lembramos ainda que, atualmente, 25% das operações da companhia são originadas no Paraguai e Uruguai. Nestes países, diferente do que ocorreu no Brasil, o clima favoreceu a engorda do gado para abate que, combinado ao ciclo positivo de produção, em especial no Uruguai, tem beneficiado a rentabilidade da indústria frigorífica naqueles países”, afirma Fernando Galletti de Queiroz, diretor presidente do Minerva.
Do ponto de vista comercial, vale destacar o forte desempenho das exportações brasileiras, que atingiram crescimento de 13% em faturamento no 2T14 quando comparado com o mesmo período de 2013. No caso do Uruguai e Paraguai, este crescimento foi ainda maior, respectivamente 18% e 23%.
Resultado é explicado pelo gradual enfraquecimento dos Estados Unidos, Austrália e Europa, que tem constantemente perdido participação no mercado mundial. Com base nesse cenário, o USDA estima que no ano de 2014, Estados Unidos, Austrália e Europa reduzirão seus volumes de exportação em 2,6%, 2,1% e 1,6%, respectivamente, enquanto Paraguai, Brasil e Uruguai aumentarão seus volumes em 7,4%, 9,8% e 13,9%, respectivamente. Esta estimativa confirma a assertividade e coerência da estratégia de crescimento de longo prazo adotada pela Companhia.
A Minerva celebrou no final do trimestre um contrato de prestação de serviços com a BRF, contrato este em que a Minerva fornecerá o gado à BRF, que realizará o serviço de abate e desossa, bem como embalagem, acondicionamento e disponibilização da carne bovina em suas unidades fabris. Posteriormente, a Minerva retirará e distribuirá estes produtos nos mercados interno e externo, dependendo da estratégia comercial.
Após um período atípico de seca nos meses de fevereiro e março, que reduziu fortemente a disponibilidade de pasto e atrasou a saída do gado, no segundo trimestre observou-se uma regularização do volume de chuvas, principalmente no Norte e Centro-Oeste do Brasil, permitindo a recuperação das pastagens. Com isto, a oferta de animais aumentou significativamente, pois além do animal de pasto previamente programado para o período, existia uma oferta de gado represada pelo efeito seca, que também foi disponibilizada para o abate. O primeiro giro dos confinamentos, que normalmente começa a chegar ao mercado a partir de julho, foi antecipado para junho, assim como a entrada de animais de semi-confinamento, uma vez que a suplementação ficou mais barata neste ano, com a queda nos preços dos grãos.
Conforme esperado, o preço médio da arroba do boi cedeu e, após atingir R$ 127,00 ao final de março, encerrou o trimestre em R$ 121,70, em um movimento de queda que se iniciou em abril, conforme demonstrado no gráfico.
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Mercado Externo
O resultado do 2T14 registrou novamente forte volume de exportação de carne bovina in natura, com receita de US$ 1,4 bilhão, 13% superior ao 2T13. No primeiro semestre do ano, a receita atingiu US$ 2,7 bilhões, 15% superior ao primeiro semestre de 2013. Vale destacar que o preço médio da carne bovina brasileira em dólares subiu de US$ 4,4 mil/ton no 1T14 para US$ 4,7 mil/ton no 2T14, resultado principalmente do maior volume de vendas para Europa, que possui mix de produtos com valor agregado superior.
Mercado Interno
Em relação ao 1T14, o volume de vendas no mercado interno se manteve firme no segundo trimestre. Além do Dia das Mães, que normalmente é um período de boa demanda por carne bovina, a realização da Copa do Mundo no Brasil contribuiu positivamente para elevar o volume de vendas no mês de junho, principalmente nas cidades que sediaram o evento.
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A receita bruta da Companhia no 2T14 totalizou R$ 1.759,9 milhões, um crescimento expressivo de 25,7% na comparação com o mesmo período de 2013. Este resultado é explicado pela combinação de  aumento de 8,8% da receita da divisão carnes (72% da receita bruta) e  crescimento de 107,7% da receita da divisão outros (28% da receita bruta), com destaque para as operações de gado vivo, revenda e couros.
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O ebitda do 2T14 atingiu R$ 178,7 milhões, 32,9% acima do reportado no mesmo período de 2013, com margem de 10,8%.
No 2T14, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 18,5 milhões, após impostos. A margem líquida atingiu 1,1%. O lucro líquido, ajustado pelos efeitos da variação cambial e do pagamento de impostos, atingiu R$ 4,0 milhões.
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Encerrou-se o trimestre com R$ 1.907,3 milhões, suficiente para amortizar 100% das dívidas até 2022. A dívida de curto prazo encerrou o trimestre em 19% do total. Ao final do segundo trimestre de 2014, aproximadamente 67% da dívida total era denominada em dólares.
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Fonte: Minerva, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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