quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

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Exportações de carne de frango caíram em 9,8% em volume e 14,3% em valor em jan-15


Conforme os números levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no mês, houve queda em volume – de 9,8%, com 277,7 mil toneladas embarcadas – e receita – em 14,3%, com US$ 494,5 milhões. O bom desempenho dos embarques para a China, África do Sul e Emirados Árabes Unidos foram determinantes para diminuir o saldo negativo do desempenho das exportações de carne de frango em janeiro.
Em janeiro, a China importou 18,9 mil toneladas (+16,3% a mais que em janeiro de 2014); a África do Sul importou 16,3 mil toneladas (+32,3%)e Emirados Árabes Unidos comprou 22,9 mil toneladas (+11,3%).
Outros mercados de menor expressão nos volumes dos embarques, como Iêmen, Catar, Jordânia, Iraque e Omã, contribuíram para o cenário.
Vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin ressalta que a habilitação de cinco novas plantas exportadoras de carne de frango para a China continuam a influenciar o desempenho positivo neste mercado.
Dentre os grandes importadores, houve quedas de 19,4% na Arábia Saudita (total de 48,6 mil toneladas em janeiro), de 37,8% em Hong Kong (19 mil toneladas) e de 22% na União Europeia (28,1 mil toneladas).
Embora em relação a janeiro de 2014 a Rússia apresente crescimento de 80,5%, na comparação com dezembro o desempenho é 33% menor. Ao todo, foram 4,8 mil toneladas embarcadas em janeiro.
Fonte: ABPA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Exportações de carne bovina registram faturamento de US$ 426 milhões em janeiro

A indústria de carne bovina brasileira registrou um faturamento de US$ 426 milhões, com o embarque de mais de 96 mil toneladas no primeiro mês de 2015. Em comparação com o mesmo período de 2014, houve uma retração de 23% em faturamento – US$ 555 milhões no ano passado - e 26% em volume (130 mil toneladas).

“A desaceleração já era esperada pela conjuntura macroeconômica que a Rússia atravessa e também porque as novas cotas para o ano ainda não foram distribuídas para os importadores do país”, explica Antônio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC).

Hong Kong continua sendo o principal destino do produto nacional com a importação de 29 mil toneladas e faturamento de US$ 130 milhões. Com crescimento de quase 30% em faturamento (US$ 71 milhões) e 23% em volume (20 mil toneladas), o Egito ocupou a segunda posição em janeiro.

Destaque também para o mercado americano, que ocupou a quinta posição em janeiro. O crescimento em faturamento ultrapassou 127% e em volume mais de 170%. Vale lembrar que o Brasil exporta apenas carne industrializada para os EUA e a abertura do mercado para carne in natura ainda no primeiro semestre é uma das grandes apostas do setor para ampliar exportações em 2015.

“Temos indicativos de que as negociações com o mercado americano para carne in natura deverão avançar de maneira positiva e em breve. A abertura para os EUA é de fundamental importância porque possibilita também atingir outros países da NAFTA, bem como Caribe e América Central”, afirma o presidente da ABIEC.

Outras apostas do setor para ampliar mercados em 2015 é a retomada definitiva da China – que também tem previsão para o primeiro semestre; bem como as perspectivas positivas para o anúncio do fim do embargo da Arábia Saudita e Japão.

“O cenário continua em alta para este ano. Além dos esperados anúncios de liberação de mercados, temos diversas ações para a promoção da carne brasileira pelo mundo. Iniciamos agora em fevereiro com a presença na Gulfood, em Dubai. Os países árabes formam um mercado essencial para a carne brasileira, onde somente nos últimos dez anos, mais que dobramos o faturamento com vendas para aquela região, passando de US$ 537 milhões para US$ 1,3 bilhão. E ainda temos potencial para crescer mais”, destaca Camardelli.

Carne in natura

Ainda dentro dos resultados do mês de janeiro, a carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais importada em todo o mundo, atingindo um faturamento de US$ 326 milhões.

http://www.olhardireto.com.br/agro/
A pedidos :


Veja a seguir os principais cortes e os preparos adequados para cada um deles:
1 – Músculo dianteiro: um dos cortes mais saudáveis do boi, é uma carne fibrosa, saborosa, pobre em gordura, mas rica em colágeno. Seu cozimento pede bastante calor e umidade, sendo indicado para sopas, caldos de carne e carne de panela.
2 – Peito: possui uma gordura superficial que impede o ressecamento da carne durante o longo tempo de cozimento exigido. Pode ser usado em caldos, sopas, refogados e cozidos em molho. 
3 – Pescoço: sendo a continuação do peito, é uma carne semelhante, que pode ser usada nos mesmos preparos. É um corte que requer cozimento longo e é indicado para ensopados, cozidos e caldos. 
4 – Acém: é o maior e mais macio dos cortes dianteiros do boi. É uma carne relativamente magra, que requer bastante calor e umidade durante o cozimento e fica boa em ensopados, cozidos de panela e picadinhos.  
5 – Cupim: situada no dorso de bois zebuínos originários da Índia, essa carne é fartamente entremeada de gordura e tem sabor único e acentuado. É um corte praticamente desconhecido nos países da Europa, nos Estados Unidos e nos vizinhos Uruguai e Argentina, onde se criam apenas raças europeias. Pede cozimento lento, preferencialmente enrolado em celofane culinário, para que se mantenham os sucos da carne.
6 – Paleta: da pata dianteira do boi, retiram-se três cortes, o peixinho, a raquete e o miolo de paleta. Menos nobres, são carnes suculentas e saborosas, mas que pedem cozimento lento e longo. São cortes indicados para o preparo de picadinhos e cozidos de panela. 
7 – Capa de filé: é uma carne saborosa e com médio grau de dureza. Com grande quantidade de nervos e espessa camada de gordura, exige bastante tempo de cozimento. Indicada para ser usada moída, em ensopados e picadinhos.
8 – Filé de costela: também conhecida como costela de ripa ou apenas costela, é a carne que reveste a parte superior da caixa torácica do boi. Com ossos maiores e mais largos, é um corte saboroso que requer longo cozimento, seja no fogão ou na churrasqueira.
9 – Aba do filé: também conhecida como bife do vazio. Por ser uma carne extremamente enervada, é própria para ser preparada moída.
10 – Ponta de agulha: também conhecida como costela de minga, é a carne que reveste as últimas costelas do boi e pertence à categoria dos cortes com mais colágeno. É melhor aproveitada moída ou na churrasqueira.
11 – Contrafilé: também conhecido como entrecôte e bife chorizo, é uma peça grande de onde se origina a bisteca. É ideal para fazer bifes, medalhões e rosbife, podendo ser grelhado no fogão ou na churrasqueira, em alta temperatura e por pouco tempo. Deve ser servido mal passado ou ao ponto.   
12 – Filé mignon: é o mais macio dos cortes bovinos e tem sabor menos acentuado que seus "vizinhos" alcatra e contrafilé. A peça é um músculo liso e comprido, sem nervos, fibras ou gorduras. Ideal para bifes altos como o tournedor e o medalhão, também pode ser empregado em rosbifes, picadinhos, estrogonofe, assados e refogados.
13 – Fraldinha: localizada na lateral do boi, é uma peça pequena, porém muito suculenta e macia, apropriada para a churrasqueira, mas também para cozidos de panela, estrogonofe e espetinhos.
14 – Maminha: corte retirado da alcatra, famoso pela maciez, suculência e sabor suave. É uma carne indicada para assados na churrasqueira e no fogão e cozidos de panela. 
15 – Alcatra: junto com filé mignon, o contrafilé e a picanha, essa carne faz parte do quarteto nobre das carnes bovinas. É um corte magro e saboroso, do qual se originam outros cinco cortes: a picanha, a maminha, o miolo de alcatra ou baby beef, o tender steak e o top sirloin.  
16 – Picanha: criado na década de 1970, é um corte caracterizado pelo sabor acentuado e maciez, garantidos pela camada de gordura externa que o reveste. Famosa no churrasco, também se presta ao preparo de cozidos e assados no forno e na panela.
17 – Patinho: carne magra, com fibras macias, ideal para bife a milanesa, escalopes e carne moída, mas pode ser usada também em cozidos, ensopados e picadinhos.
18 – Coxão mole: como o próprio nome diz, faz parte da coxa do boi. Também conhecido como chã de dentro, é o corte constituído das massas musculares da face interna do coxão, separado do patinho, do lagarto e do coxão-duro. Macio, é ideal para assados, ensopados, picadinhos, escalopes, bife a milanesa ou para carne moída. 
19 – Lagarto: localizada na parte traseira do boi, é a peça que separa o coxão duro do coxão mole. Com fibras longas e duras e gordura externa, é uma carne saborosa e versátil, mas pouco suculenta, ideal para assados e cozidos, preferencialmente com molho. 
20 – Coxão duro: também conhecido como chã de fora, pois fica na face externa do coxão, é um corte com fibras mais duras e necessita de cozimento mais longo. Apropriado para o preparo de carnes recheadas, cozidos de panela e rosbife, ou moído em refogados e molhos.
21 – Músculo traseiro: é dessa peça que se extrai o ossobuco, famoso corte redondo, com osso e tutano, que deve ser cozido lenta e longamente. 
Além de todos esses cortes, que são os mais populares nos açougues e mesas do Brasil, há ainda os chamados miúdos. Trata-se do grupo que engloba os órgãos internos do boi, como fígado, língua, rim, coração e miolo, mais o rabo. Com diferentes sabores e texturas, requerem cuidados especiais de limpeza ou preparo, e sua utilização varia conforma a região e a cultura local. 
* A ilustração que acompanha esta reportagem foi ajustada
Fontes: Ministério da Agricultura; Instituto de capacitação profissional CPT – Centro de Produções Técnicas; SIC – Serviço de Informações da Carne; Livro "Carne & Cia", Nancy de Pilla Montebello e Wilma Maria Coelho Araújo, Editora Senac; Livro "Carnes com prazer", Ivo Camargo, Dash Editora.

http://comidasebebidas.uol.com.br/noticias/redacao/2015/01/28/mapa-do-boi-saiba-qual-e-o-melhor-preparo-para-cada-tipo-de-corte.htm