sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pecuaristas do MS aproveitam liberação para vacinar rebanho durante feriado

Os produtores sul-mato-grossenses estão aproveitando a liberação antecipada da venda da vacina contra febre aftosa, autorizada com uma semana de antecedência - desde a segunda-feira - pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). A antecipação visa dar ao pecuarista a possibilidade de aproveitar o feriadão, que no Estado juntou a data do Dia do Servidor Público com a Dia de Finados, para imunizar o gado.

Desde o início da semana o movimento nas lojas agropecuárias está sendo considerado acima da média para um período normal de vendas, chega a dobrar em alguns estabelecimentos. Da média de 15 mil doses diárias vendidas na última campanha, em maio, a quantidade chega a 30 mil doses em algumas agropecuárias. “Estamos tendo um volume muito bom de vendas”, ressaltou o vendedor da Pró-Rural Produtos Agropecuários, Herbert Moreira.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) reforça a orientação para que pecuaristas não deixem de fazer a imunização do seu rebanho, cumprindo os prazos determinados pelos órgãos sanitários. Com a antecipação da venda, a segunda etapa de vacinação em Mato Grosso do Sul iniciou na última segunda-feira, mas o prazo para comunicação à Iagro inicia na próxima semana.

O calendário de vacinação obedece a três regiões distintas no Estado. Na Zona de Alta Vigilância (ZAV), faixa localizada na fronteira com o Paraguai, a campanha ocorre em duas fases: de 1° de abril a 15 de maio e de 1° de outubro a 15 de novembro. No Pantanal, os pecuaristas podem vacinar o rebanho de maio a junho ou entre novembro e dezembro. Na região do Planalto, a vacinação vai de 1° a 30 de novembro.

No total, 21,4 milhões de bovinos devem ser vacinados contra a aftosa em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Organização Internacional de Epizotias (OIE), a ZAV, é considerada livre da aftosa com vacinação há cinco anos, quando foi registrado o último caso da doença. No País, cerca de 90% dos bovinos e búfalos estão em áreas consideradas livres de febre aftosa com ou sem vacinação.