sábado, 30 de outubro de 2010

SINDICATO RURAL DE JANAÚBA SE MOBILIZA PARA A REABERTURA DO FRIGORÍFICO DE JANAÚBA

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – A diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais de Janaúba tem se empenhada no sentido de viabilizar a reativação do frigorífico de Janaúba. Em correspondência ao administrador da massa falida do frigorífico Kaiowa, Arthur Freire, o presidente do sindicato rural de Janaúba, José Aparecido Mendes, disse nesta semana que empresas nacionais de grande porte estão interessadas pelo frigorífico de Janaúba, que pertence ao Kaiowa.
Representando criadores de 10 municípios que fornecem os animais para o abate, o presidente do Sindicato Rural de Janaúba, José Aparecido, também encaminhou correspondência ao presidente do frigorífico Mataboi Alimentos, Murilo Lemos Doragio, mostrando a importância de se investir no frigorífico de Janaúba, que é uma unidade moderna com localização estratégica, além de está habilitada a exportar, inclusive para o mercado internacional.
O frigorífico de Janaúba tem capacidade de abate de mil e 200 bois por dia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MS: carne de abate sanitário vai para o mercado interno

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio dos Serviços de Saúde Animal e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Superintendência Federal de Agricultura no Mato Grosso do Sul (SFA/MS), iniciou os abates sanitários de aproximadamente 1.600 bovinos apreendidos em um estabelecimento que confinava animais no município de Três Lagoas/MS. A apreensão dos animais e a autuação do proprietário se deu por uso indevido de ingredientes de origem animal na alimentação dos bovinos, o que é proibido pela Instrução Normativa MAPA nº 08/2004 e pela Lei Estadual nº 3.823/09.

A carne dos animais abatidos será destinada ao consumo interno brasileiro. A produção não poderá ser exportada porque o mercado internacional exige certificação de carne livre de resíduos. Apesar disso, o coordenador geral de Combate de Doenças do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, garante que a carne não apresenta risco algum. O abate dos animais da propriedade começou ontem (28) no frigorífico JBS, em Campo Grande, e deverá ser concluído em cinco dias. Parte do rebanho também foi levada para a planta da mesma empresa em Andradina (SP).

O procedimento está previsto na instrução normativa 08/2004, cujo texto proíbe a alimentação do gado com proteína e gordura animal em todo o território nacional como forma de evitar o mal da vaca louca. Marques explica que os abates acontecem sob fiscalização do serviço de inspeção e que materiais como cérebro, medula óssea, olhos e parte do sistema digestivo serão incineradas pelo frigorífico. "Essa é uma medida de precaução", pontua.

A reportagem é do Correio do Povo, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Atacado - 28/10/10 - São Paulo

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Pecuaristas do MS aproveitam liberação para vacinar rebanho durante feriado

Os produtores sul-mato-grossenses estão aproveitando a liberação antecipada da venda da vacina contra febre aftosa, autorizada com uma semana de antecedência - desde a segunda-feira - pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). A antecipação visa dar ao pecuarista a possibilidade de aproveitar o feriadão, que no Estado juntou a data do Dia do Servidor Público com a Dia de Finados, para imunizar o gado.

Desde o início da semana o movimento nas lojas agropecuárias está sendo considerado acima da média para um período normal de vendas, chega a dobrar em alguns estabelecimentos. Da média de 15 mil doses diárias vendidas na última campanha, em maio, a quantidade chega a 30 mil doses em algumas agropecuárias. “Estamos tendo um volume muito bom de vendas”, ressaltou o vendedor da Pró-Rural Produtos Agropecuários, Herbert Moreira.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) reforça a orientação para que pecuaristas não deixem de fazer a imunização do seu rebanho, cumprindo os prazos determinados pelos órgãos sanitários. Com a antecipação da venda, a segunda etapa de vacinação em Mato Grosso do Sul iniciou na última segunda-feira, mas o prazo para comunicação à Iagro inicia na próxima semana.

O calendário de vacinação obedece a três regiões distintas no Estado. Na Zona de Alta Vigilância (ZAV), faixa localizada na fronteira com o Paraguai, a campanha ocorre em duas fases: de 1° de abril a 15 de maio e de 1° de outubro a 15 de novembro. No Pantanal, os pecuaristas podem vacinar o rebanho de maio a junho ou entre novembro e dezembro. Na região do Planalto, a vacinação vai de 1° a 30 de novembro.

No total, 21,4 milhões de bovinos devem ser vacinados contra a aftosa em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Organização Internacional de Epizotias (OIE), a ZAV, é considerada livre da aftosa com vacinação há cinco anos, quando foi registrado o último caso da doença. No País, cerca de 90% dos bovinos e búfalos estão em áreas consideradas livres de febre aftosa com ou sem vacinação.


Embarques paraguaios de carne crescem 7,5%

PanoramaBrasil - Entre os meses de janeiro e setembro de 2009 o Paraguai exportou 138,647 milhões de quilos de carne e miúdos. No mesmo período de 2010, esse volume aumentou para 149,112 milhões de quilos, de acordo com dados do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa). O volume exportado pelo Paraguai de carne bovina e miúdos de janeiro a setembro desse ano superou 7,5% o volume exportado no mesmo período de 2009.

O valor FOB pago por essas vendas aumentou de US$ 414,15 milhões para US$ 554,80 milhões, ou seja, 34%.

O principal comprador da carne bovina paraguaia é o Chile, que comprou 56,33 milhões de quilos até setembro por um valor total de US$ 265,698 milhões. O segundo maior comprador foi a Rússia, com um volume de 47,06 milhões de quilos e um valor acumulado de US$ 134,499 milhões.

Dentre outros países que também consomem o produto paraguaio, destaca-se a Venezuela com volume de 5,7 milhões de quilos por US$ 23,7 milhões, Israel, com 4,2 milhões de quilos por US$ 19 milhões, e o Brasil, com 3,2 milhões de quilos por US$ 15,9 milhões.

Outros mercados menores da carne bovina paraguaia foram: Angola (3 milhões de quilos por US$ 11,4 milhões), Vietnã (2,5 milhões de quilos por US$ 7,4 milhões), Arábia Saudita (1,7 milhão de quilos por US$ 4,1 milhões). Emirados Árabes, Holanda, Alemanha, Itália, Irã, Albânia, Taiwan e Líbano, por exemplo, compraram menos de 1 milhão de quilos do produto.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

Alagoas se empenha por status de livre de aftosa

Em novembro, Alagoas enfrenta mais uma etapa de um importante combate, a luta contra a febre aftosa. Durante todo o mês, o setor pecuário e os serviços veterinários oficiais direcionam suas ações para garantir que todos os bovinos e bubalinos do Estado recebam a segunda dose anual da vacina antiaftosa.

A vacinação é uma das principais ações de cumprimento do setor produtivo dentro do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, um projeto que exige também grande empenho dos setores públicos.

Para se obter um crescimento de status sanitário animal – classificações dadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e determinantes para o comércio de animais e subprodutos – o Estado precisa comprovar ter um serviço de defesa agropecuária capaz de identificar onde está cada animal de seu rebanho e de conter um possível foco de doença.

Pleiteando o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, Alagoas tem aprimorado suas ações sanitárias animal e investido em melhorias na Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). “Estamos seguindo rigorosamente os itens estabelecidos no relatório da última auditoria do Ministério da Agricultura”, afirma Manoel Tenório, diretor-presidente da Adeal.

A atualização cadastral das propriedades rurais do Estado é um desses itens. Para cumpri-lo, técnicos da Adeal estão percorrendo todos os municípios alagoanos para complementar os dados cadastrais e marcar a coordenadas geográficas das propriedades com animais. “Os trabalhos estão evoluindo bem. Cerca de 65% das propriedades já estão georreferenciadas”, anuncia o diretor.

Iniciado no final de agosto, o mutirão reúne também profissionais da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

“Disponibilizamos técnicos da equipe de extensão rural com experiência nas pequenas propriedades. A determinação do governo é dispor de toda a estrutura necessária para a mudança de status ser efetivada”, destaca a secretária de Estado da Agricultura, Inês Pacheco.

A Adeal está elaborando ainda a reestruturação de seu organograma técnico e criação do Plano de Cargos e Salários dos servidores. “Já foi criada uma comissão e, no próximo dia 11 (de novembro), temos marcada uma reunião com técnicos da Segesp (Secretaria de Estado da Gestão Pública) para elaboração do plano”, diz José Arnaldo Lisboa, presidente da Associação dos Servidores de Fiscalização Agropecuária de Alagoas (Asfeagro).

Nesse passo, a reclassificação deve sair em breve. “Há um entendimento do Ministério da Agricultura para que a mudança de status seja feito em bloco, com todos os estados do Nordeste. Falta aprovação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Se ela não sair ainda este ano, deve ser no começo do ano que vem”, estima Manoel Tenório.

A mudança é tão esperada por ser fundamental para o mercado agropecuário. Regiões com status inferiores são impedidos de comercializar animais e até mesmo produtos como leite e carne. Durante anos, Alagoas amargou essa limitação, quebrada em 2009, com a obtenção da zona de risco médio, classificação que mantém atualmente.

A zona de risco médio foi determinante para o aquecimento de setores como o de genética animal, conhecido por sua grande qualidade, mas limitado pela imposição sanitária. “A evolução de classificação teve um incremento direto nas negociações. A zona de risco médio restringia o comércio não só de fora, como de dentro do próprio Estado. O investidor local não tinha o ânimo de comprar um animal de qualidade genética avançada se sabia que não ia poder vender para fora do Estado. A mudança foi um estímulo não só para o comércio externo como para o de dentro de Alagoas”, explica o agropecuarista Celso Barros Correia.

Outro setor que sentiu o impacto direto da mudança de status sanitário foi o de eventos agropecuários. A Expoagro, maior exposição do setor no Estado, viu expandir seu volume de negócios. A participação de pecuaristas de fora do Estado também teve uma grande evolução. A edição deste ano tem criadores de Pernambuco, Pará, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte.

“O crescimento da Expoagro tem tudo a ver com a mudança de classificação. O criador de fora não podia vir, o criador daqui não podia ir. Em 2009, houve um crescimento de faturamento de leilões de 20% em relação a 2008. Este ano, os três primeiros leilões tiveram um crescimento de 20% em relação aos três primeiros de 2009”, comemora Domício Silva, presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA).

por Agência Alagoas

Boi: Indicador é o maior da história

Cepea – O Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (à vista, com Funrural) fechou a R$ 110,68, atingindo o maior valor real já visto pelo Cepea, considerando toda a série deste Indicador, iniciada em 1997. Até então, o maior valor real era de R$ 106,01, registrado em 11 de novembro de 1999. Entre 20 e 27 de outubro, o Indicador subiu 9,2% e, na parcial de outubro, 17,63%. Segundo pesquisas do Cepea, muitos frigoríficos nem chegam a ofertar valor para a compra devido à baixa oferta de animais prontos para abate. De modo geral, conforme levantamentos do Cepea, a freqüência e a intensidade com que as altas têm sido registradas acabam por dificultar ainda mais a compra, visto que, parte dos pecuaristas acaba postergando a negociação de novos lotes, à espera de valores ainda maiores. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mercado São Paulo ontem 28 de Outubro

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Arroba do boi atinge maior valor da história em SP, diz Cepea

28/10 
O preço da arroba do boi gordo em São Paulo atingiu na terça-feira o maior valor real já visto, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que levanta os preços desde 1997.

O indicador Esalq/BM&FBovespa marcou 107,60 reais por arroba.

As cotações da arroba do boi gordo vêm numa tendência crescente, tendo superado os 100 reais segundo o indicador pela primeira vez na quarta-feira da semana passada , com uma demanda aquecida e pecuaristas limitando as vendas em meio à baixa oferta de animais prontos para o abate.
Até terça-feira, o maior valor real do indicador havia sido registrado em 11 de novembro de 1999 (106,01 reais, contabilizando a inflação do período).

Somente em outubro, o indicador elaborado pelo Cepea acumula aumento de 14,36 por cento e, neste ano, a alta é de 39 por cento.

Os preços do bezerro e do boi magro estão também em patamares elevados, afirmou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em nota nesta quarta-feira.

Essa situação, segundo a CNA, "confirma as avaliações de escassez de animais de reposição, reflexo do abate excessivo de matrizes dos últimos anos".

Em média, os animais de reposição são vendidos a 130 reais por arroba (bezerro) e 120 reais por arroba (boi magro), segundo a CNA.

"Não há perspectiva de equilíbrio no quadro de oferta e demanda de boi gordo no curto prazo", acrescentou a confederação, indicando uma situação complicada para os frigoríficos.

Reuters

Arroba do boi vai a R$ 107,60 e frigoríficos limitam vendas no MS

Daniel Popov

SÃO PAULO - Os frigoríficos do Mato Grosso do Sul (MS) começaram a tomar providências em relação à baixa oferta de carne e as altas nos preços, e decidiram reduzir para uma semana o prazo para pagamento da carne bovina vendida aos supermercados do estado. Anteriormente os prazos variavam entre 15 e 28 dias.

Essa decisão foi tomada pela Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne de MS (Assocarnes) que alegou que os preços da arroba subiram, ultrapassando a casa dos R$ 100.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, observa que a decisão dos frigoríficos transfere para o varejo uma prática que se tornou comum entre os fornecedores pecuaristas, que é o pagamento à vista, cuja campanha foi lançada pelo setor no ano passado, em função do endividamento de várias indústrias frigoríficas. Segundo ele, a eliminação da venda a prazo, diminui o risco de perdas devido a quebra de frigoríficos. "O pagamento à vista não favorece apenas os pecuaristas, mas toda a cadeia da carne, na medida em que oferece mais segurança na comercialização", contou.

Com altas de preços de aproximadamente 39% no acumulado de janeiro a outubro deste ano, a arroba do boi gordo, que somente neste mês de outubro já acumulou mais de 14% de aumento, atingiu na última terça-feira em São Paulo o maior valor real já visto, R$ 107,60, segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Até terça-feira, o maior valor real do indicador havia sido registrado em 11 de novembro de 1999, quando os preços atingiram a marca de R$ 106,01, contabilizando a inflação do período. Os preços do bezerro e do boi magro também estão em patamares mais elevados, afirmou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em nota na tarde de ontem.

Segundo a CNA, essa situação confirma as avaliações de escassez de animais de reposição, reflexo do abate excessivo de matrizes dos últimos anos. Em média, os animais de reposição são vendidos a R$ 130 reais por arroba (bezerro) e R$ 120 por arroba (boi magro), afirmou a confederação. "Não há perspectiva de equilíbrio no quadro de oferta e demanda de boi gordo no curto prazo".

As cotações da arroba do boi gordo que tem experimentado altas desde a última semana, quando o preço ultrapassou a marca dos R$ 100 , deixaram os pecuaristas em alerta, e estes por sua vez passaram a limitar as vendas em meio à baixa oferta de animais para o abate.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

Mercado Rio

Houve oferta,  por parte do comprador em carne de boi a  R$ 8,80 kg  traseiro e R$ 5,60  kg no dianteiro e o frigorifico não quiz fazer até o presente momento, pois disse ter pouca carne e vai esperar um pouco.

Frango em queda


A carne de frango segue caminho inverso ao da bovina. Após ter alcançado R$ 2 nas granjas paulistas no final do mês passado, o quilo da ave viva entrou em processo de queda e já é negociado a apenas R$ 1,70.
O boi, cuja cotação já supera R$ 110 por arroba, não consegue mais puxar os preços do frango. As vendas da ave estão bastante desaquecidas, segundo analistas do mercado.
Apenas neste mês o frango teve retração de 11% nas granjas do interior de São Paulo, conforme cotações da Folha.
As estimativas para o setor não são animadoras, uma vez que há previsões de novas retrações de preço devido à sobra momentânea de carne de frango.
Já a carne suína, após acompanhar a de boi e registrar forte alta no mercado interno nas últimas semanas, ficou estável em R$ 62 nesta. Alguns negócios já são feitos a R$ 64 por arroba.
O mercado de carne suína está firme, principalmente porque as indústrias trabalham sem estoques e a demanda interna continua acelerada devido ao ganho de renda da população.
Folha de São Paulo

Carne mais cara tem demanda

O indicador Esalq/BM&FBovespa para a arroba do boi gordo negociada no Estado de São Paulo subiu 2,86% ontem, para R$ 110,68, e ampliou o recorde histórico de terça-feira (R$ 107,60). A ascensão reflete um quadro de oferta mais escassa com uma demanda ainda aquecida, apesar de o elevado patamar de preços estar motivando a transferência de parte do consumo de carne bovina para as carnes de frango e suína.
Mesmo assim, a tendência de aumento de renda da população garantiu à carne bovina novo status nas mesas dos paulistas. Dados do IBGE compilados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) apontam que o produto liderou os gastos com alimentação nos domicílios do Estado com renda mensal de até dois salários mínimos no biênio 2008-2009. No período 2002-2003, a liderança ficou com o arroz.


Valor Econômico

Consumo elevado de carne alivia custo recorde do boi


No momento em que a cotação da arroba do boi gordo atinge um valor recorde, diante de uma escassez de animais prontos para abate, as margens de lucro dos frigoríficos do Brasil se sustentam no crescente consumo interno, em que pese as exportações estejam menos competitivas, disseram especialistas nesta quarta-feira.
A melhora da renda da população brasileira, que tende a consumir ainda mais no final de ano com a chegada do décimo terceiro salário, tem garantido repasses de preços para a carne bovina na proporção da alta do boi, com arroba sendo vendida acima de R$ 100 atualmente.
"Nos mercados atacadista e varejista, a cada real que sobe (o boi) está tendo repasse (para a carne) e está tendo absorção. Nestas épocas de preço elevado, pensando em mercado interno, o frigorífico ganha bem, porque ele repassa fácil, o mercado é comprador, não existe estoque...", afirmou Alcides Torres, engenheiro agrônomo e analista da Scot Consultoria.
No acumulado do mês de outubro, a arroba do boi gordo em São Paulo teve valorização de cerca de 15%, para um recorde de R$ 107,60 na terça-feira, mesma alta percentual registrada para a carne negociada no atacado paulistano, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
"Acho que o frigorífico está ganhando dinheiro, a gente não sabe o lucro, mas a gente faz as contas das margens, e está bom para os frigoríficos hoje", acrescentou ele.
No ano, a variação acumulada do preço da carne e do boi também é semelhante, de quase 40 por cento, segundo o Cepea.
Torres afirmou que já se fala no mercado em R$ 110 pela arroba, num período em que o consumo aumenta ainda mais.
"O fim de ano é favorável, a gente tem agora a primeira parcela do 13º em novembro, e tem bonificações em dezembro, e isso é bom para o mercado... Outra coisa, o poder do salário mínimo aumentou acima da inflação, fora as bonificações atráves de cartões de alimentos, então isso tudo tem dado essa alavancada no consumo de proteínas", declarou.
Limites
Segundo o professor da Esalq e pesquisador do Cepea Sérgio De Zen, é difícil saber o limite da transferência do preço. Mas ele ponderou que, apesar dos picos de preço da carne, o consumidor tem algumas opções para amenizar a situação.
"Ele tem a possibilidade de escolha e nem todos os cortes vão na mesma direção, e com isso tem uma situação mais equilibrada do que parece, parece que o preço vai explodir, mas não explode, na média fica mais caro, mas não na mesma proporção", disse De Zen.
Outras carnes (de frango e suína) também estão apresentando alta, em meio a preços maiores de matérias-primas para a ração como o milho no mercado internacional.
Os preços mais altos dos alimentos mereceram até um comentário do candidato a presidente José Serra (PSDB), que avaliou que o governo deveria tomar medidas para contar a alta.
Mas o analista da Scot ponderou que o passado da economia brasileira mostra que o próprio mercado e os consumidores devem regular tais movimentos de preços, e não o governo.
Os especialistas lembraram que a alta atual no preço da arroba do boi não está sendo aproveitada por todos os pecuaristas, até porque não são muitos com bois prontos para ofertar.
Após um período longo de seca este ano, o boi de muitos produtores continua magro. E os pecuariastas tentam elevar o peso dos animais para otimizar os ganhos num período de baixa oferta, até porque os custos de reposição do rebanho também sobem nessas épocas.
Da parte do boi gordo, só deve ocorrer um alívio de preço a partir de janeiro, quando a oferta melhorará após um período de chuvas que deve recompor os pastos.
Mercado externo
O preço recorde do boi, entretanto, é mais sentido para as unidades frigoríficas que vendem para o mercado externo, onde a competitividade da carne brasileira já não é mais a mesma, também em função da taxa cambial.
"Talvez a gente esteja vendo um dos momentos mais complicados, se analisar o pilar de sustentação (do mercado de exportação): tem oferta menor, tem uma capacidade estática subutilizada, tem o dólar que achata e termina a competitividade, sem contar o preço do boi em patamares nunca atingidos", afirmou Antônio Camardelli, presidente da Abiec, que representa os exportadores.
Segundo ele, considerando que o Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, não tem mais o diferencial do preço do gado em relação aos seus competidores, o governo e o setor privado deveriam buscar novos procedimentos e tecnologias para ampliar a competitividade.
Tendo isso, o Brasil - com o maior rebanho comercial do mundo e amplas áreas disponíveis - voltaria a ter um diferencial.
Camardelli disse que prefere aguardar o fim de outubro antes de falar sobre uma previsão de volume exportado em 2010.
Mas disse que "a essa altura do jogo, o volume não interessa muito, o negócio tem que crescer em preço/tonelada e isso tem sido verificado".
"O que interessa é ser campeão de renda".

  1. Invertia

MT Regional comemora crescimento do consumo da carne ovina em Mato Grosso

Da Redação
O Programa de Desenvolvimento Regional, MT Regional, comemora a crescente participação da carne ovina no mercado. “Só para se ter uma ideia nesses três anos, a atividade teve um crescimento superior a 27%. Isso significa que o cordeiro caiu no gosto popular”, revela o zootecnista e coordenador da cadeia produtiva de ovino-caprinocultura do MT Regional, Paulo de Tarso.
A carne de cordeiro é considerada uma das mais macias e saborosas. Além de ser excelente fonte de proteínas,ferro, fósforo, cálcio, vitaminas e complexo B e possuir baixos teores de gorduras e calorias, por isso de olho neste filão de mercado, os ovinocultores do Estado comercializam os animais para o frigorífico Marfrig (Promissão - São Paulo) e o Cabanha Araça (Valparaíso – São Paulo). Essas parcerias possibilitaram o incremento na forma de comercialização nos últimos 10 meses.
Devido à crescente demanda, Mato Grosso acaba de ganhar mais uma empresa de cortes e carcaças de ovinos, a SS Beef, localizada no município de Alta Floresta. A primeira indústria no Norte de Mato Grosso, especializada em cortes e embutidos de ovinos credenciada com o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). O que deve aumentar ainda mais a produção e comercialização da carne. A outra indústria já existente no Estado é a Cordeiro – Estância Celeiro, situada em Rondonópolis. A empresa possui o Serviço de Inspeção Estadual (SISE) podendo comercializar a carne em todo o Estado de Mato Grosso.
Para fomentar a produção e incentivar a comercialização de ovinos, a estratégia desenvolvida pelo MT Regional em prol de alavancar e fortalecer a cadeia produtiva da ovino-caprinocultura é de trabalhar em equipe, por meio de parcerias com as cooperativas Coopernova, Cooperagrepa, Cooperguarantã, Cooperuni, empresas âncoras e Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento Econômico e Social. Esse trabalho em equipe possibilita atuar diretamente com os produtores dando total subsídio, assistência técnica, cursos e seminários.
O secretário-extraordinário de Planejamento Estratégico e do MT Regional, Renaldo Loffi, destaca que a meta é incentivar o consumo da carne ovina, em restaurantes, churrascarias e incorporá-la na merenda escolar, a exemplo do município de Alta Floresta. “A carne é macia, saborosa e leve e o consumo deve ser incentivado”, diz otimista.
Curiosidade – Muitas pessoas apreciam a carne de cordeiro, mas falam carneiro. O coordenador da cadeia produtiva da ovino-caprinocultura, Paulo de Tarso, explica que o carneiro é o reprodutor da espécie ovina, assim como o touro, da espécie bovina. Por isso, o ideal e mais correto é chamar a carne de cordeiro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Boi gordo: mercado segue firme e em alta

Na terça-feira (26), o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista bateu novo recorde e foi cotado a R$ 107,60/@, com valorização de R$ 2,22. Na máxima do dia chegou a valer R$ 111,58/@. Até então, o maior valor real era de R$ 106,01 registrado em 11 de novembro de 1999, quando o valor nominal estava em R$ 42,97 - os valores foram deflacionados pelo IGD-DI de setembro/10.

O indicador a prazo teve alta de R$ 0,67, sendo cotado a R$ 108,11/@.
                  Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio




A BM&FBovespa fechou em alta apenas para os vencimentos outubro/10 e novembro/10. O primeiro vencimento, outubro/10, teve variação positiva de R$ 0,25, fechando a R$ 106,35/@. Os contratos que vencem em novembro/10 registraram valorização de R$ 0,07, fechando a R$ 108,49/@.

Mercado boi castrado em São Paulo em 26-10-10


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Vacinação deverá imunizar mais de 150 milhões de bois e búfalos

Mais de 150 milhões de bois e búfalos de 20 estados e do Distrito Federal devem ser vacinados contra febre aftosa durante o mês de novembro. Em Minas Gerais, no Tocantins e no Rio Grande do Sul, o pecuarista precisa aplicar a dose desta segunda etapa apenas nos animais que não completaram 24 meses de vida. Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe vão vacinar todo o rebanho, entre os dias 1º e 30 de novembro.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a vacinação no Amapá foi antecipada e está prevista para terminar em 3 de dezembro. “A estratégia de campanha adotada pelo Ministério da Agricultura está muito bem articulada e os produtores devem cumprir o calendário e comunicar a vacinação ao serviço veterinário oficial do estado para que a defesa agropecuária tenha pleno controle das ações”, explicou o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Controle da Febre Aftosa do Mapa, Plínio Lopes.

O rebanho nacional é formado por aproximadamente 203 milhões de bovinos e 1 milhão de bubalinos. Há mais de quatro anos o país não registra casos de febre aftosa, mas apenas 14 estados e o Distrito Federal são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como áreas livres da doença com vacinação. Santa Catarina é o único estado classificado como livre de aftosa sem vacinação.

Os estados com os maiores rebanhos bovinos são Mato Grosso, com 27,2 milhões de cabeças, Minas Gerais (22,5 milhões) e Mato Grosso do Sul (21,4 milhões). Cerca de 90% do rebanho total, segundo o ministério, estão em áreas consideradas livres de aftosa com ou sem vacinação.

Agência Brasil
Agora MS
Correio do Estado

Arroba do boi vai a R$ 107,60, mas bezerro recua a R$ 716,55

27/10 
São Paulo - A cotação do boi gordo voltou a ter alta nos negócios de ontem (26), mantendo a tendência de elevação dos últimos dias. Na outra ponta, o preço do bezerro recuou, depois de ter apresentado alto na sessão de segunda-feira.

O valor à vista do indicador do boi gordo Esalq/BM&F ficou em R$ 107,60/arroba (+2,10%). A prazo, a cotação ficou em R$ 108,11/arroba (+0,63%).

O indicador do preço do bezerro da Esalq/BM&F fechou a R$ 716,55 por cabeça (-1,19%). O indicador para o preço a prazo fechou a R$ 718,82/cabeça (-0,82%). Os valores são relativos à média das principais praças de Mato Grosso do Sul.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Rússia suspende embarque de frango de BRF

26/10/2010 -- 15h45


O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Federação Russa (Rosselkhoznadzor), em determinação  emitida no último dia 21 e disponível no site do órgão, decidiu por suspender temporariamente os embarques de frango da unidade de Serafina Corrêa (RS) da BRF - Brasil Foods. A decisão é válida para lotes embarcados depois do dia 4 de novembro. 

Segundo o documento, exames de rotina identificaram o uso de substâncias proibidas e prejudiciais em produtos de origem animal enviadas à Rússia. No caso dos frangos da BRF, foi encontrada a bactéria listeria. Na lista de empresas que tiveram seus embarques suspensos estão ainda uma unidade de carne suína nos Estados Unidos da Swift Pork Company, do grupo brasileiro JBS-Friboi, e outras na Eslováquia, na Alemanha, no Uruguai e na Ucrânia. 

Para a BRF, o impacto desse embargo russo será mínimo. "Ainda não fomos formalmente informados e notificados pelo serviço sanitário russo sobre o embargo. Mas o impacto dessa decisão para a companhia será zero", disse o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, Wilson Mello. Segundo ele, a unidade de Serafina Corrêa exporta aproximadamente 450 toneladas por mês à Rússia, representativas de 2% a 3% do total que a companhia vende àquele país, de cerca de 20 mil toneladas/mês. 

Atualmente, a empresa possui nove unidades habilitadas a exportar para a Rússia. "Esse volume embargado será facilmente atendido por outras unidades da companhia habilitadas para exportação ao país", afirmou Mello.

Mapa vai abater 1,6 mil bovinos em Três Lagoas


A Superintendência Federal da Agricultura (SFA) vai sacrificar 1.599 bovinos a partir de amanhã, em Três Lagoas, para evitar riscos de contaminação pela doença da vaca louca. Os animais foram apreendidos no final de setembro porque eram alimentados com restos de animais, procedimento proibido por lei desde 1996. O proprietário será multado.
Depois de mortos, os bovinos serão encaminhados à graxaria de frigorífico, onde poderão virar óleo ou sabão. O abate sanitário é preventivo e pode ser o maior já feito no Brasil para evitar contaminação pela doença,
Segundo o gestor de da Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal (Iagro), Rubens de Castro Rondon. "Isso não significa que eles estejam contaminados, nem que são portadores da doença", explica o gestor. Em junho, cinco animais foram sacrificados em fazenda de Terenos que usava a mesma alimentação.
O uso de restos de proteína animal na alimentação bovina é proibida pela Lei Estadual nº 3.823/09. O tipo mais comum é a cama de frango, que combina dejetos de aves e penas; também há produtores que oferecem ração misturadas à farinha de carne ou de osso.
Não há casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB),popularmente conhecida como vaca louca, mas qualquer indício é combatido pelo temor dos prejuízos que ela pode causar à saúde humana e à economia.
Os animais apreendidos serão abatidos em lotes de de 300 ou 400 animais, dependendo da capacidade de abate dos frigoríficos indicados pela SFA.
A alimentação ilegal com restos animais deve ser denunciada ao Ministério da Agricultura pelo telefone 0800 704 1995.

TO: frigorífico Minerva estreia novo confinamento

O frigorífico Minerva informou que no mês passado começou as atividades de seu novo confinamento localizado na cidade de Araguaina, no Estado do Tocantins, onde a empresa também possui uma unidade frigorífica. De acordo com a companhia, em boletim mensal enviado ao mercado, nesta fase de implantação o confinamento já conta com três mil cabeças de boi em engorda.

A previsão é de que no início da entressafra de 2011, em maio, seja utilizada sua capacidade estática total de confinamento de oito mil cabeças. Além disso, há a possibilidade de haver uma ampliação do local para uma capacidade de nove mil cabeças. O objetivo do confinamento, que se situa a 29 quilômetros da unidade do Minerva em Araguaina, é fornecer a matéria-prima ao frigorífico e oferecer aos fornecedores locais mais uma oportunidade de negócio.

O Minerva também disse no documento que acredita em aumento de vendas para a Rússia. O Minerva tem todas as suas unidades habilitadas a exportar para a Rússia, por isso existe a expectativa de que a companhia aumente suas vendas para aquele país complementando as cotas russas de importação - comentou a empresa, que possui um escritório em Moscou desde 2005.


A reportagem é da Agência Estado, adaptada pela Equipe BeefPoint

Acrimat: o preço da carne nas gôndolas extrapolou

ara a Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat não existe justificativa para alta exorbitante nos preços da carne nas gôndolas dos supermercados, mesmo com a alta no preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso. "A recuperação de preço da arroba também refletiu no atacado, que fez o repasse para o varejo, só que o preço das gôndolas e açougues extrapolaram", disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele ressalta que "o grande vilão dessa alta no preço da carne vem sendo o varejo nos últimos anos, um desrespeito com o consumidor, pois não existe justificativa técnica para todo esse repasse".

Segundo levantamento feito pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária no mês de setembro, é notável a evolução da variação do preço no varejo, atacado e da arroba, tendo como base o mês de fevereiro de 2005. O levantamento mostra uma alta para todos os preços, porém em intensidades diferentes. Enquanto o preço no atacado e da arroba obtiveram uma variação positiva de 70%, em relação a base (fev/2005), o preço no varejo alcançou um incremento de 106,64%, com uma diferença de mais de 30 pontos percentuais. Com esta variação, o preço no varejo atingiu sua maior variação dessa série histórica de quase seis anos.

Os números do Imea mostram que por mais uma vez se notou que a variação do preço do varejo ficou bem distante da variação dos demais elos da cadeia, demonstrando que a alta no preço da arroba foi repassada rapidamente para o mercado consumidor com uma intensidade maior. Esta situação ocorre desde junho de 2008, quando a variação do varejo se distanciou das demais. "As margens da arroba e do atacado veem trabalhando juntas, já no varejo isso não acontece. O consumidor acaba pagando o preço de uma carne que poderia estar mais barata", concluiu Vacari.

A reportagem é da Acrimat, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Boi gordo: negócios já batem R$110,00/@ no físico

Mercado começa a semana registrando novas valorizações. Nessa segunda-feira (25) o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 105,38/@, com valorização de R$ 1,05.No mês a valorização já acumula R$ 11,41/@.

O indicador a prazo teve alta de R$ 2,30, sendo cotado a R$ 107,44/@. No mês a valorização acumulada é de R$ 12,47/@.


                  Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Cortes bovinos atingiram a maior diferença nos últimos seis anos em MT

Os cortes bovinos colocados à venda no varejo mato-grossense, especialmente os encontrados no comércio de Cuiabá e Várzea Grande, atingiram a maior diferença com relação ao preço da arroba nos últimos seis anos. Enquanto o preço no atacado e da arroba registraram uma variação positiva de 70%, o preço no varejo alcançou um incremento de 106,64%, de 2005 a 2010.

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) não existe justificativa para alta nos preços da carne nas gôndolas nas supermercados, mesmo com a alta no preço da arroba do boi gordo, em Mato Grosso. “A recuperação de preço da arroba também refletiu no atacado, que fez o repasse para o varejo, só que o preço das gôndolas e nos açougues extrapolaram”, denuncia o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele ressalta que “o grande vilão dessa alta no preço da carne vem sendo o varejo, um desrespeito com o consumidor, pois não existe justificativa técnica para todo esse repasse”.

Segundo levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mês de setembro o que se observou na evolução da variação do preço no varejo, atacado e da arroba, tendo como base o mês de fevereiro de 2005, foi uma alta para todos os preços, porém em intensidades diferentes.

Enquanto o preço no atacado e da arroba obtiveram uma variação positiva de 70%, em relação a base (fev/2005), o preço no varejo alcançou um incremento de 106,64%, com um diferença de mais de 30 pontos percentuais. Com esta variação, o preço no varejo atingiu sua maior variação dessa série histórica de quase seis anos.

Os números do Imea mostram que por mais uma vez se notou que a variação do preço do varejo ficou bem distante da variação dos demais elos da cadeia, demonstrando que a alta no preço da arroba foi repassada rapidamente para o mercado consumidor com uma intensidade maior. Esta situação ocorre desde junho de 2008, quando a variação do varejo se distanciou das demais. “As margens da arroba e do atacado vêm trabalhando juntas, já no varejo isso não acontece. O consumidor acaba pagando o preço de uma carne que poderia estar mais barata”, aponta Vacari.

Diário de Cuiabá

Japão reclama de carne contaminada

Uma remessa de carne bovina brasileira processada encaminhada ao Japão teve atestado excesso de resíduos de ivermectina, medicamento utilizado para o controle de parasitas em bovinos. O governo brasileiro confirmou a informação, contudo, a assessoria do Ministério da Agricultura informou tratar-se de um caso "não alarmante". O presidente da Abiec, Antônio Camardelli, explicou que tratam-se de amostras que chegaram ao Japão para avaliação de potenciais clientes e que apresentaram níveis de resíduos acima do permitido pela lei japonesa. Conforme o dirigente, após a identificação recente de resíduos em cargas encaminhadas aos EUA, o Japão alterou sua legislação. Os produtos embarcados ao país teriam sido elaborados antes da mudança. "É mercado que nos interessa muito." O Brasil já exportou ao Japão 9,3 milhões de dólares em carne processada neste ano.

Correio do Povo

Frigorífico Minerva tem novo confinamento no Tocantins

Empreendimento já conta com três mil cabeças de boi em engorda

Agência Estado

O frigorífico Minerva informou que no mês passado começou as atividades de seu novo confinamento localizado na cidade de Araguaina, no Estado do Tocantins, onde a empresa também possui uma unidade frigorífica. De acordo com a companhia, em boletim mensal enviado ao mercado, nesta fase de implantação o confinamento já conta com três mil cabeças de boi em engorda.
A previsão é de que no início da entressafra de 2011, em maio, seja utilizada sua capacidade estática total de confinamento de oito mil cabeças. Além disso, há a possibilidade de haver uma ampliação do local para uma capacidade de nove mil cabeças. O objetivo do confinamento, que se situa a 29 quilômetros da unidade do Minerva em Araguaina, é fornecer a matéria-prima ao frigorífico e oferecer aos fornecedores locais mais uma oportunidade de negócio.
Rússia
O Minerva também disse no documento que acredita em aumento de vendas para a Rússia.
– O Minerva tem todas as suas unidades habilitadas a exportar para a Rússia, por isso existe a expectativa de que a companhia aumente suas vendas para aquele país complementando as cotas russas de importação– comentou a empresa, que possui um escritório em Moscou desde 2005.

AGÊNCIA ESTADO

Desempenho das carnes na quarta semana de outubro

Campinas, 26 de Outubro de 2010 - Mesmo registrando a menor receita cambial das últimas quatro semanas, as exportações de carnes continuam a apresentar desempenho acima da média. E o que é mais importante: vêm demonstrando grande estabilidade, fato raro no setor.
Nas três últimas semanas, por exemplo, permaneceram com a receita média diária na faixa dos US$59 milhões, com variações mínimas de uma semana para outra.
Como decorrência, a média diária das quatro primeiras semanas do mês permanece ligeiramente acima dos US60 milhões, alcançando valor que se encontra 11,7% e 14,2% acima da receita cambial registrada, respectivamente, no mês anterior (US$54,095 em setembro de 2010) e no mesmo mês do ano passado (US$52,891 milhões em outubro de 2009).
Único senão nesses bons resultados: pela segunda semana consecutiva a SECEX/MDIC faz menção a uma redução nas vendas de produtos básicos e inclui, entre os produtos com menor venda, a carne de frango.

Funcionários de frigorífico cobram débitos devidos

Redação
Os mais de 300 funcionários da empresa Aves Aliança de Araucária (Frigorífico Cancela) continuam a esperar pelo acerto integral dos débitos da empresa. Ontem, os funcionários receberam a informação de que na próxima quarta-feira (dia 27) todas as pendências referentes ao depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) serão quitadas.
O advogado Marlus Jorge Domingos, do escritório Jorge Domingos Advogados Associados que representa o frigorífico, não soube informar o valor devido pela empresa aos funcionários.

Atacado em São paulo ontem dia 25-10-2010


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segunda-feira, 25 de outubro de 2010