terça-feira, 12 de agosto de 2014

Exportações para a Rússia aquecem mercado de carne no Paraná

Primeiro semestre teve aumento de 20% nas exportações para o país.
Com o aumento da demanda, empresas lucram mais e abrem vagas.


Os frigoríficos do Paraná estão com a produção a plenos vapores, depois que a Rússia decidiu deixar de comprar carne de outras partes da Europa e dos Estados Unidos. Em todo o Brasil, 87 empresas estão aptas a exportar carne bovina e de frango. Só nos frigoríficos paranaenses, a produção cresceu 20%, no primeiro semestre deste ano.
Um dos motivos para o Paraná ter um bom crescimento nas exportações de carne é o fato de o estado cumprir todas as normas de qualidade exigidas pelo mercado russo. “Produção grande no Brasil, produção de qualidade e produção sanitariamente adequada. Não devemos nada a ninguém. E se tivermos agora competência comercial, certamente poderemos nos beneficiar no curto e no longo prazo, exportando mais carne para aquela união aduaneira [Rússia]”, explica o secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara.
Em apenas uma indústria de Colorado, no norte do Paraná, dos 100 caminhões que saem por mês com cargas destinadas a exportação, 90 têm como destino a Rússia. Além dos cortes nobres, que já eram vendidos para o país euroasiático, a empresa também pretende vender miúdos e aumentar ainda mais a lucratividade. “Em questão de valores, de 20% a 25% melhor que o mercado interno”, explica Tiago Ravazzi gerente de exportação da empresa sobre a rentabilidade em comparação com o que é vendido dentro do Brasil.
Com mais lucro e produção aumentando, a cadeia de empregos na área também vem crescendo. “Nós tivemos um aumento de 20 a 30 colaboradores, somente na desossa, somente neste mês, com o aumento das exportações. E completando as exportações, teremos mais um aumento de uns 40 colaboradores, na desossa, para atender a demanda da Rússia”, conta o gerente industrial Sérgio Martins Filho.
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