domingo, 19 de outubro de 2014

Argentina: consumo de carne caiu 6% no país em 2014

O consumo por habitante de carne bovina da Argentina ficou nos primeiros nove meses do ano em 58,9 quilos em média, o que implicou em uma queda de 6% com relação ao mesmo período de 2013, de acordo com dados da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados do país (CICCRA). Por sua vez, de acordo com suas estimativas, a produção de carne bovina caiu em 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A CICCRA afirmou que a indústria frigorífica “continua sofrendo os efeitos da política anti-pecuária levada adiante pelo atual governo desde o ano de 2006, ao que se soma eventos climáticos que pioraram o presente e o futuro setorial”.
O relatório informou que as exportações de carne bovina tiveram uma contração menor que a da produção: de janeiro a setembro de 2014 totalizaram 144,9 mil toneladas de carcaça com osso, 4,9% menores que no ano anterior.
De acordo com dados do relatório, em setembro foram abatidas 1,05 milhão de cabeças de bovinos, o que representa uma queda de 1,6% interanual e foi a sétima queda em nove meses, enquanto nos primeiros nove meses foram de 9,099 milhões de cabeças, o que representa uma retração de 2,7% em relação ao mesmo período de 2013.
“Pelo 33o mês consecutivo, os abates de fêmeas cresceram enquanto o abate de machos diminuiu” e a participação das fêmeas nos abates totais ficou em 45,6% e é o valor mas elevado para o mês “desde o recorde alcançado em 2009 (47,9%)”.
Em nove meses, os abates de fêmeas ficaram em 4,16 milhões, ou seja, 4,7% a mais que no ano anterior, e sua participação se elevou para 45,7%.
Quanto à produção de carne bovina, caiu em setembro em 3,1% interanual e, em nove meses, caiu em 5,1%.
“Do total produzido, o mercado interno absorveu 92,8% no período analisado de forma que o consumo (aparente) interno caiu, produto da perda de poder aquisitivo do salario a um ritmo apenas maior que a produção total (-5,1% vs -5,09%), com o que a importância relativa quase se manteve em termos interanuais (ainda que tenha sido 5,5 pontos percentuais maior à verificada no mesmo período de 2002)”.
Fonte: La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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