segunda-feira, 27 de julho de 2009

Marfrig amplia setor de frango com crédito de R$ 50 mi do BB

Fonte:DCI – 27/07/09 Cada uma a seu modo, as maiores empresas brasileiras do segmento de carnes estão buscando alternativas para ampliar o capital. O Grupo Marfrig assinou um convênio no valor de R$ 50 milhões com o Banco do Brasil (BB) para abrir uma linha de financiamento com seus produtores integrados de cinco estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais). O objetivo é ampliar a rede de fornecedores, elevando o número de abate de frangos dos atuais 1,08 milhão para 1,5 milhão de aves até 2011. A expectativa da companhia ao disponibilizar o recurso é permitir que os avicultores invistam nas instalações já existentes e construam 744 aviários nos próximos dois anos. Conforme a demanda, a linha poderá ser expandida para até R$ 250 milhões. "Estamos apoiando negócios sustentáveis em pequenas propriedades de aves e suínos e, em breve, devemos assinar um projeto para o segmento de cordeiros", afirmou Marcos Molina, presidente da Marfrig. O incremento na produção de frangos também tem como foco expandir a atuação do grupo no Estado de São Paulo, ocupando a lacuna deixada por empresas que, devido à crise financeira, reduziram o número de abates ou até mesmo abandonaram a região. Para receber a produção, o Marfrig está investindo cerca de R$ 40 milhões para ampliar a unidade de Amparo que, além de se habilitar para mercados mais exigentes, aumentará a capacidade de abate de 160 mil para 380 mil aves por dia. "Queremos crescer em São Paulo porque é o maior centro consumidor, tem acesso aos portos, além de ser um corredor de grãos", disse Mayr Bonassi, diretor de Aves, Suínos e Industrializados do Marfrig. Dos 744 aviários previstos para serem instalados, 140 deverão ser construídos em território paulista. A perspectiva do grupo para o mercado de aves é de uma recuperação lenta e gradual. De acordo com Bonassi, hoje os preços do frango, em dólares, estão de 10% a 20% abaixo dos praticados no período pré-crise. "Em reais, já estão bastante próximos e a expectativa é de uma recuperação mais intensa em 2010", avaliou. "Nossos investimentos estarão maduros a partir de 2011, quando acreditamos que as coisas estarão mais firmes", completou. Parte da recuperação do setor é atribuída à abertura do mercado chinês. Das 24 plantas brasileiras que foram habilitadas a exportar para o país, duas são do Marfrig."O crescimento vai se dar de forma gradual porque há um certo protecionismo local. Os exportadores irão dosar a quantidade que vão colocar nesse mercado", analisou Bonassi. Buscando ampliar ainda mais seu campo de atuação, o Marfrig, que na próxima quinta-feira assume as operações do segmento de peru da Doux Frangosul, irá ainda este ano inserir a marca Marfrig em produtos de peru. JBS O valor que a JBS USA Holdings (subsidiária da JBS Friboi nos Estados Unidos) pretende captar em sua oferta pública inicial de ações, da ordem de R$ 2 bilhões - segundo o prospecto protocolado esta semana na Securities and Exchange Comission (SEC) -, poderá ser o maior realizado este ano na Bolsa de Nova York. De acordo com o documento enviado à SEC, a companhia planeja investir os recursos gerados com a abertura de capital em aquisições na expansão de sua rede de distribuição direta e no reforço de seu caixa. Segundo analistas, a abertura de capital, além dos recursos financeiros, proporcionará ao grupo maior visibilidade em seu mercado de atuação. Bertin A Bertin S.A. está investindo na imagem de companhia sustentável e assinou o Programa de Certificação de Produção Responsável na Cadeia da Carne, um acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que prevê a garantia da rastreabilidade e origem de produtos bovinos. A SGS Auditores foi a empresa contratada para avaliar o sistema. Um dos compromissos que a empresa assumiu é solicitar aos seus fornecedores o Cadastro Ambiental Rural (CAR), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA). O fornecedor que ainda não tiver o CAR deve comprovar que já deu entrada ao pedido de obtenção. Se não o fizer em seis meses, no máximo, será excluído da lista de fornecedores da Bertin.