sexta-feira, 7 de maio de 2010

Nortão: protesto de índios dura 14 dias e frigorífico aponta prejuízos

Lideranças indígenas de 7 etnias de Mato Grosso mantém paralisada, há 14 dias, a travessia de balsa entre São José do Xingu (1,2 mil km a nordeste de Cuiabá) impedindo acesso a municípios no Norte, como Marcelândia e Matupá (200 km de Sinop) e a MT-322 (antiga BR-080) obrigando pecuaristas, fazendeiros, empresários e moradores da região a usarem rota alternativa. O protesto é sobre a falta de informação, a ser repassada aos índios, sobre a área de alagamento da represa e a forma que vai acontecer, quando for construída a Usina de Belo Monte, em Altamira (PA).

Um frigorífico, por exemplo, aponta que o manifesto dos indígenas está causando prejuízos, principalmente para o setor industrial de carne, pois o gado que está do outro lado do rio é transportado por uma rota alternativa de mais de 1.200 km.
Conforme informou ao Só Notícias, o gerente de compras de um frigorífico em Matupá, Natalino Sanchez Filho, são mais de mil cabeças de boi compradas, a espera do transporte. "Temos o tickets para passagem na balsa comprados e não podemos passar a matéria prima para o frigorífico. Chegamos a diminuir o abate por alguns dias, mas agora estamos comprando gado em outras regiões do lado de cá do rio, devido a este transtorno", disse.