quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sem propostas, negociação do Frigorífico Kaiowa volta à estaca zero


Mais uma vez, os lotes do parque industrial localizado em Presidente Venceslau não despertaram interesse de compradores

  • Falência do Frigorífico Kaiowa foi decretada há 16 anos (Foto: Reprodução)
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Mais uma vez não houve interessados na compra do Frigorífico Kaiowa, de Presidente Venceslau. Depois dos leilões presenciais e online, a tentativa de venda veio por meio de carta-proposta, cuja abertura dos envelopes estava marcada para as 14h30 desta terça-feira (24). Segundo o representante do síndico da massa falida na região, Luiz Challouts, com esta última negativa, tudo "volta à estaca zero".
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a 16ª Vara Cível da Comarca da Capital informou que “não houve homologação de nenhuma proposta".
"Ninguém fez oferta e fica para a juíza [Jacira Jacinto da Silva] definir o que será feito agora, se haverá uma nova tentativa de venda ou não", afirma Challouts.
Os dois lotes pertencentes a Presidente Venceslau são compostos pelo frigorífico e pela fábrica de charque, avaliados em R$ 52.233.711,49 e R$ 632.762,80, respectivamente. O primeiro leilão foi no dia 30 de janeiro deste ano, após 16 anos da falência decretada. A segunda tentativa foi no dia 20 de fevereiro e o último leilão foi no dia 8 de abril.
Até então, do lote total, que compreendia áreas em Presidente Venceslau, Anastácio (MS), Guarulhos (SP), Janaúba (MG) e Pires do Rio (GO), sobraram somente as partes do Estado de São Paulo e a juíza decidiu trocar o sistema de venda, optando por carta-proposta.
"Dessa forma facilitaria para os eventuais interessados, que poderiam justificar à juíza os motivos do valor proposto. Infelizmente não teve proposta e nem sabemos o motivo disso. Voltamos à estaca zero", explica Challouts.
Enquanto não há uma definição do que será feito, a unidade do frigorífico, que fica no km 619 da Rodovia Raposo Tavares, e a fábrica de charque, localizada no km 630 da mesma rodovia, são mantidas por 12 funcionários.
"Essa situação é ruim, a gente fica na expectativa de uma definição", ressalta o representante da massa falida.

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