sexta-feira, 14 de agosto de 2009

JBS amplia fatia no Brasil e eleva vendas em outros mercados

Maior produtor e exportador mundial de carne bovina, o JBS ampliou a sua liderança na participação de mercado no Brasil para quase 18%, ganhando fatias de concorrentes afetados pela crise financeira, e também registrou um aumento significativo no faturamento nos países em que atua, incluindo os Estados Unidos. A divisão de carne bovina do JBS USA responde por 54% do total da receita da empresa, de R$ 9,25 bilhões no segundo trimestre, enquanto a unidade brasileira garante ao grupo 16% do faturamento. A melhora nos resultados do grupo no segundo trimestre, especilmente nos mercados domésticos, que representam 74% da receita da companhia, levou o presidente do JBS, Joesley Mendonça Batista, até a considerar aquisições. "Vemos uma recuperação de mercado nos Estados Unidos, estão retomando exportações a níveis anteriores aos da vaca louca, em 2004, e o consumo nos EUA vem crescendo", acrescentou o diretor de Relações com Investidores, Jeremiah O"Callaghan, ao comentar os resultados trimestrais. A receita líquida do JBS USA com vendas de carne bovina no mercado norte-americano subiu 23% ante o segundo trimestre do ano passado, para US$ 2,2 bilhões. No mercado norte-americano, o JBS briga "cabeça a cabeça" com seus dois principais concorrentes, a Cargill e a Tyson Foods , com cada um tendo cerca de 22% das vendas dos EUA, segundo a empresa brasileira, que fez várias aquisições no país do hemifério norte nos últimos anos. As exportações da unidade dos EUA, embora tenham crescido 30% ante o primeiro trimestre, ainda estão 18% abaixo das verificadas há um ano, antes da crise estourar. O mesmo ocorre para a unidade brasileira, que apresentou um crescimento de quase 20% na receita total em relação há um ano, para R$ 1,37 bilhão, sustentado principalmente pelo mercado interno, cujas vendas saltaram 41% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado. Boa parte do crescimento nas vendas do JBS internamente no Brasil foi por meio de expansão de mercado, que cresceu de 14,9% no primeiro trimestre para 17,6% no segundo. "Tiramos market share de empresas devido à crise, de empresas que tiveram dificuldade na condução de suas operações", destacou Joesley Mendonça Batista, presidente da empresa, acreditando que a participação no mercado brasileiro pode aumentar mais, com recentes arrendamentos de unidades de empresas concorrentes. Já os negócios externos feitos a partir do Brasil, que subiram 32% em relação ao primeiro período do ano, para R$ 545 milhões, ainda estão ligeiramente atrás (3,3%) do segundo trimestre de 2008. "Seguramente, passamos a crise de crédito, e veremos as exportações perto de 2006 e 2007, ou até crescendo, com a melhor produção do Brasil", salientou O"Callaghan. Ele observou boas perspectivas de mercado para a carne bovina do Brasil, o maior exportador mundial, com um consumo crescendo de forma consistente na União Europeia, que também estaria com produção declinante. O diretor afirmou que a UE, uma hora ou outra, terá de remover suas barreiras, considerando a sua situação de oferta e demanda. Fonte: Invertia