quarta-feira, 15 de julho de 2009

Minc: pode ter injustiça em punição de frigoríficos do PA

Durante encontro com prefeitos em Brasília, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, admitiu nesta segunda-feira que pode ter havido injustiça no caso em que pecuaristas e frigoríficos do Pará foram punidos em ação do Ministério Público Federal (MPF) acusados de causar desmatamento na Amazônia. Segundo questionou o prefeito de Ananindeua (PA), Helder Barbalho, algumas fazendas sofreram injustiça porque foram punidas com base apenas na notificação, sem que o caso tivesse sido julgado. Na avaliação de Minc, "pode ter sido cometida alguma injustiça" no caso do Pará, mas a medida foi importante porque grandes frigoríficos firmaram termos de ajuste para se adequar às exigências ambientais. No início de junho, o MP ajuizou ações contra pecuaristas e frigoríficos do Estado por causarem devastação da Floresta Amazônica. Alguns dias depois, três grandes redes de supermercados - Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart - decidiram suspender a compra de carne de 11 frigoríficos localizados em áreas apontadas como de desmatamento na região amazônica. Minc disse ainda que o caso do Pará acelerou a discussão sobre a necessidade de reforço na rastreabilidade do gado. "Logo em seguida a Câmara aprovou uma lei sobre rastreabilidade e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um crédito especial para colocar isso na ordem", disse. O ministro defendeu que os produtos brasileiros precisam tem um "selo verde", caso contrário não vendem no exterior. "Isso vai melhorar a nossa carne e vai abrir mais mercado externo", apontou. Agência Brasil