sexta-feira, 15 de abril de 2011

Em fase de expansão, Mondelli participa de feira em Dubai

Da Redação
Após anunciar o início de um processo de reestruturação com foco em uma nova gestão de negócios e na profissionalização de sua estrutura - conforme divulgado pelo Jornal da Cidade em outubro do ano passado -, o Frigorífico Mondelli marca mais uma etapa de expansão dos negócios com a participação na Feira Gulfood, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, reconhecida como a mais importante no segmento de alimentação do Oriente Médio.

A 16ª edição do evento, realizada entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março, contou com um total de 3,8 mil expositores de 80 países. Segundo informações da organização, foram aproximadamente 55 mil visitantes de mais de 100 nações.

“O saldo foi muito positivo. Mais uma vez marcamos presença na Gulfood e temos a certeza de que, a exemplo dos anos anteriores, superamos nossas expectativas no que diz respeito a contatos e negócios. A marca Mondelli já é tradicional e consolidada nos mercados participantes desta feira, devido à qualidade dos produtos e serviços prestados. Por isso, procuramos consolidar as parcerias existentes e abrir novos canais de venda para esses mercados”, diz Gustavo Goyen, diretor de operações do frigorífico.

Segundo ele, consumidores exigentes estão levando grandes empresas a investir cada vez mais em selos e procedimentos de qualidade comprovados. Atualmente, a segurança alimentar, a origem da matéria-prima e a garantia de um excelente produto são atributos esperados por esses novos clientes que desejam mais que preço e embalagem.

De acordo com Goyen, durante o evento foram mais de 50 empresas contatadas, de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Qatar, Egito, Argélia, Jordânia, Líbano, Kwait, Iraque, Filipinas, Cingapura, Ilhas Maurício, Síria e Palestina.




Exportações


Dados da Abiec sinalizam que a participação do Oriente Médio nas exportações brasileiras de carne bovina vem crescendo. Na edição da Gulfood do ano passado, as empresas brasileiras fecharam negócios no valor de R$ 30 milhões. Em 2010 o Oriente Médio comprou 43% do total do volume de carne bovina exportada pelo País. Os principais destinos foram Irã (17%), Egito (9%) e Arábia Saudita (3%).

A Feira Gulfood é considerada um dos principais eventos do mundo da cadeia de alimentos e bebidas, além de ser referência para o público indiano, norte-africano e de todo o Oriente Médio. Realizada anualmente, possui forte e consolidado perfil comercial.

Com cerca de 30 empresas, a participação brasileira no evento, em 2011, foi coordenada por sete associações setoriais, que levaram a Dubai fabricantes de carnes, chocolates, biscoitos, balas, café, leite, frutas, sucos e massas.

Para Goyen, a feira se transformou na maior plataforma de vendas e abastecimento desta região. “É o evento mais esperado do calendário de Dubai e todo Oriente Médio. Trata-se de uma grande vitrine para as empresas brasileiras”, afirma.

Segundo Carlos Travain, gerente de exportação do Mondelli, eles aproveitaram ainda para se reunir com representantes das agroindústrias brasileiras em Dubai e especialistas em Oriente Médio.

“Sempre acompanhamos a economia e a política locais e apuramos que, na região, ainda há mercados com potencial de incremento para exportações da carne bovina brasileira”, analisa.



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Certificação facilita ampliação dos negócios no Oriente Médio 


Seguindo a tendência mundial de consumo de produtos mais saudáveis, produzidos sem impacto ambiental e social, surge o nicho religioso. Por isso, os selos de qualidade Halal, ou seja, permitidos para consumidores islâmicos, são vistos como garantia de qualidade de processos e alimentos confiáveis, além de ser a “senha” de entrada no mercado do Oriente Médio.

Espalhados pelos cinco continentes, existem hoje 1,8 bilhão de muçulmanos que consomem apenas alimentos e produtos industrializados preparados de acordo com as orientações da lei islâmica. De olho nesse mercado, que movimenta US$ 2,1 trilhões no mundo, segundo a Federação das Associações Muçulmanas, cerca de 300 empresas nacionais já exportam com o selo Halal.

O Frigorífico Mondelli também segue os padrões desse tipo de produção. No caso da carne bovina, o abate deve ser realizado em separado do “não Halal”, sendo executado por um muçulmano conhecedor dos fundamentos do abate de animais no Islã. As normas seguem ritual que permite uma sangria única, minimizando o sofrimento do animal.

De acordo com Carlos Travain, gerente de exportação do Mondelli, esse mercado é expressivo, pois no ano passado as vendas externas brasileiras para os árabes somaram mais de US$ 2,23 bilhões, aumento de 13% sobre 2009. “Queremos expandir nosso mercado e melhorar cada vez mais a qualidade de nossos produtos, garantindo a segurança de consumo para os clientes islâmicos.”