domingo, 7 de agosto de 2011

Confinar boi está 35% mais caro que há um ano


DA REDAÇÃO 07/08/2011 09h49
 
A estiagem deixou os pastos comprometidos, difícil encontrar um que não esteja seco. Além disso, as pastagens foram castigadas pelas geadas e baixas temperaturas do inverno. Os campos só estarão em condições de receber o gado nos próximos meses. Por isso, para garantir boi gordo nesta época do ano, uma fazenda que fica em Avaí, na região de Bauru, conta com o sistema de confinamento.
A ração é servida aos animais oito vezes por dia. Nos 15 piquetes, há 1800 bois, que passam em média 90 dias, até ganharem peso de pelo menos 30 arrobas antes de seguirem para o frigorífico.
O pecuarista Ernesto Guimarães conta que o custo de produção no confinamento aumentou 35% este ano, em comparação com o ano passado. Mas ele concorda que o preço da arroba, acima de R$ 100 é bom.
Na região de Bauru, na primeira semana de julho, o valor era de R$ 94,50. Agora, em agosto, chegou a R$ 101,70. “O boi aqui dentro custa caro, se eu demorar muito tempo, ficar segurando o boi, ele não vai ganhar tanto peso. Aqui não se segura boi porque mesmo com preço bom, a remuneração não compensa”.
O analista de mercado Eduardo Toloi acredita que a tendência do preço da arroba é aumentar nas próximas semanas, mas não deve chegar aos patamares de 2010. “Não acreditamos que chegue aos níveis do ano passado, de até R$ 120 por arroba o preço de venda”.