domingo, 18 de março de 2012

Falta de frigoríficos penaliza pecuaristas na região Oeste de Mato Grosso

Edilson Almeida
Redação 24 Horas News


A falta de grandes frigoríficos é considerado um dos maiores e mais graves problemas na região Oeste de Mato Grosso, na abrangência do município de Pontes e Lacerda, que dispõe de 621.863 cabeças de gado,distribuídos em 2.542 propriedades rurais. Desde 2008, com o fechamento do Frigorífico Independência que o abate se transformou em séria preocupação para os pecuaristas. O frigorífico tinha compacidade de abate diário de mil cabeças. Outro frigorifico, o Arantes, teve seu registro do Serviço de Inspeção Federal (SIF), suspenso pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
O único frigorífico que funciona tem capacidade de abater 150 cabeças por dia, o que é insuficiente para atender a demanda dos produtores de gado da região. A Região Oeste tem 5 frigoríficos SIF com capacidade de abate de 4.800 e um  SISE, com capacidade de abater 150 cabeças.
A falta de capacidade de abate bovino foi um dos problemas discutidos durante reunião com representantes da prefeitura, lideranças rurais e equipe da caravana da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Dessa reunião surgiu um documento com diversas reivindicações que a Acrimat irá encaminhar ao Governo  e demais órgãos competentes.
As principais questões foram: reabertura dos frigoríficos; estrada do Matão e a pontes na BR 473, que ligam Pontes e Lacerda à Ponta do Aterro e Bolívia; funcionamento de uma unidade do INCRA; criação de Posto Físico de Aduana; buscar dotar o Banco do Brasil para que às demandas sejam atendidas. “A Acrimat tem poder e  credibilidade para representar os pecuaristas de Mato Grosso e acreditamos que nossas reivindicações serão atendidas”, disse o vice-prefeito de Pontes e Lacerda Hilário Garbim.
O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirmou que “o documento com os pleitos serão encaminhadas ao governo do Estado e aos demais órgãos para que sejam resolvidos o mais rápido possível”. Vacari ressalta que esse é uma das propostas do projeto Acrimat em Ação, que é a de mapear os principais problemas de cada um dos 30 municípios visitados pela caravana da Acrimat. “O papel da Acrimat é o de levar conhecimentos aos produtores e o de dar conhecimentos aos poderes públicos das necessidades dos produtores, para que o desenvolvimento do setor seja garantido”.
“Os pecuaristas de Pontes e Lacerda entenderam que é necessário se unir para que os problemas sejam resolvidos e isso ficou demonstrado com a presença de mais de 250 pessoas, que lotaram o Tatersal do Parque de Exposições de Pontes e Lacerda para participarem das palestradas do Acrimat em Ação”, ponderou o vice-presidente da Acrimat e pecuarista em Pontes e Lacerda, Luciomar Machado. Ele lembrou que Mato Grosso tem 110 mil propriedades rurais e isso significa força “e o que falta é mudança de atitude, pois sozinhos não temos forças mais unidos produzimos grandes resultados”.
O presidente do sindicato rural Ogerson Teodoro da Silva, reforçou a tese de que “o homem do campo tem obrigação de se associar à Acrimat para fortalecer a entidade”. Ele disse ainda que a  Acrimat é o elo entre o campo, a entidade representativa e o Sindicato Rural. Ogerson foi categórico ao dizer que Pontes e Lacerda tem a sua renda embasada na pecuária e projetos como o Acrimat em Ação “ajuda a fortalecer a atividade e agregar valor à nossa produção”.


Com Rosana Vargas, da Acrimat

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