terça-feira, 5 de abril de 2011

Brasil quer abrir o mercado chinês à carne suína

A visita da presidente Dilma Rousseff à China, de 11 a 15 de abril, será acompanhada passo a passo pelo empresário Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), que embarca hoje para Pequim. A abertura do mercado chinês à carne suína brasileira é um dos esperados anúncios na viagem de Dilma. Essa abertura é aguardada desde 2009, quando o presidente Lula esteve na China e o assunto não foi resolvido, frustrando as expectativas do setor.
Pedro de Camargo Neto diz que a viagem presidencial à China tem um significado especial para a Abipecs. “Esperamos que a visita da presidente Dilma, que, dizem, quer uma diplomacia de resultados, seja coroada de êxito, isto é, abra o mercado para as exportações, entre outros produtos, de carne suína”. Esse passo, acrescenta o empresário, precisa ser completo e definitivo, pois já foram cumpridas as etapas necessárias à abertura do mercado chinês. Os chineses já realizaram ao Brasil as duas missões essenciais: a missão sanitária de campo - a parte de saúde animal já esta resolvida - e a missão sanitária nas fábricas, sobre a qual já enviaram o devido relatório para comentários do Brasil.
“Eu mesmo já fui umas sete vezes para a China, sempre buscando a abertura daquele mercado”, relembra o presidente da Abipecs. Ele embarca para a China no dia 5 de abril e lá permanecerá até o dia 15. Vai participar de reuniões preparatórias à visita de Dilma Rousseff nos dias 7 e 8, e de reuniões bilaterais oficiais e seminários empresariais – durante a estada da presidente em Pequim – nos dias 11 e 12. Em 14 e 15 de abril, Pedro de Camargo Neto vai para a Ilha de Sanya, no Sul da China, onde Dilma Rousseff participará da reunião de cúpula do grupo BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China.
Diplomacia de Resultados: na visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao Brasil, há alguns dias, Dilma Rousseff citou nominalmente os produtos com barreiras naquele mercado: etanol, algodão, carne bovina, suco de laranja. “Esperamos que na visita à China ela trate essencialmente de comércio e inclua a carne suína entre os produtos com problemas para entrar naquele mercado”, diz Camargo Neto.