sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Começam no sul do Pará as ações para emissão da GTA eletrônica

Uma equipe técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está na região sul do Pará visitando cinco dos seis municípios que começarão a emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) Eletrônica. O objetivo da guia eletrônica é melhorar o acompanhamento do trânsito de animais, garantindo maior qualidade à produção pecuária local.

A medida também permite a certificação de produtos e subprodutos de origem animal, tendo em vista as exigências de agroindústrias e frigoríficos locais, que precisam se adequar às normas sanitárias vigentes. A ação no sul do Pará inclui ainda visitas aos frigoríficos Frigol e Bertin, parceiros do projeto.

Os municípios de Marabá, São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Tucumã, Água Azul do Norte e Eldorado do Carajás integram o projeto piloto que está sendo desenvolvido no Pará. Juntos, esses municípios totalizam um rebanho bovino de cerca de 4 milhões de cabeças, o equivalente a 21% do rebanho paraense, superior a 18 milhões de cabeças.

Segundo Aliomar Arapiraca, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), os municípios escolhidos formam o centro da Área 1, que tem o status de livre de aftosa com vacinação.

Cadastro - Para que a GTA Eletrônica possa ser implantada com êxito é fundamental realizar o cadastramento georreferenciado das propriedades rurais. O cadastramento deve ser concluído em 60 dias, incluindo atividade de campo, digitação dos cadastros, confecção de mapas temáticos e construção do perfil agropecuário municipal. Posteriormente, será estabelecida uma rotina de análise de informações e identificação de ajustes. "No sul do Pará já temos toda uma estrutura montada, com computadores e 60 cadastradores", informou Arapiraca.

O trabalho, que já possibilitou o cadastramento de 14.300 propriedades, segundo Arapiraca garantirá segurança no controle do rebanho, "além de se somar a dois elementos importantes - a qualidade da carne paraense e o cumprimento das exigências do mercado internacional".

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, essa é uma discussão importante, já iniciada pela Adepará. "Queremos com nosso produto demonstrar para o consumidor brasileiro e mundial que produzimos com sustentabilidade e desmatamento zero", destacou. A pecuária representa 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do Pará.

Iolanda Lopes - Sagri - Agencia Pará