segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Volume disponibilizado em abril foi um terço maior que a de um ano atrás

Descontada da produção total (978.332 toneladas, segundo a APINCO) a exportação de 309.942 toneladas (dado da SECEX/MDIC), permaneceram no mercado interno em abril passado 668.390 toneladas de carne de frango, volume 33,5% superior ao registrado um ano antes, em abril de 2009.
Comparativamente ao mês anterior, março de 2010, a oferta interna cresceu 5,27% em valores nominais. Já em valores reais (isto é, computada a disponibilidade diária) o incremento foi de, praticamente, 9%.
No quadrimestre (janeiro-abril de 2010) a avicultura de corte ofertou, internamente, 2,658 milhões de toneladas de carne de frango, volume 21,5% maior que o disponibilizado no mesmo período de 2009. Neste caso, dois componentes atuaram para o expressivo aumento da oferta interna: de um lado, o significativo aumento da produção (+13,5% em relação a idêntico quadrimestre de 2009); de outro, a discreta evolução das exportações entre janeiro e abril de 2010.

Na realidade, apesar de, supostamente, a crise econômica mundial ter ficado para trás, as exportações do período retrocederam 1,43%. Isso fez com que sua participação na produção total recuasse para pouco mais de 30%, contra cerca de 35% no mesmo período do ano passado. Como, à época, o mercado interno também não havia dado sinais de vida, o resultado da maior oferta foi observado nos preços recebidos pelo produtor de frango – na média do 1º quadrimestre, perto de 9% menores que os do mesmo período de 2009.
E não poderia ser diferente. Porque, em relação ao primeiro quadrimestre de 2008 (época em que o mundo ainda se encontrava deslumbrado com o vibrante comportamento da economia), o volume ofertado nos quatro primeiros meses de 2010 foi 9% maior, ou seja, expandiu-se a uma média de 4,5% ao ano - índice sem dúvida elevado para momento em que, mais do que a economia, é o consumidor que continua atordoado.