terça-feira, 20 de julho de 2010

ZAV inclui 12 municípios do sul do MS afetados com a aftosa em 2005, ano em que houve surto da doença Criadores de gado aproveitam a 39ª Exposição Agropecuária e Industrial de Bela Vista (Expobel) e promovem discussão sobre a hipótese de relaxamento da Zona de Alta Vigilância (ZAV) – região demarcada por causa de altas taxas de febre aftosa registrada em 2005. As falas foram reforçadas após repassada pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). Conforme assessoria de imprensa, o presidente do Sindicato Rural de Bela Vista, Marcelo Loureiro, disse em seu discurso que “a ZAV é hoje o maior entrave da expansão agropecuária da região de fronteira”. São 12 municípios do Estado incluídos na ZAV. Eles ficam na região sul e sudoeste, na fronteira com o Paraguai, país que teria resultado no surto da doença há cinco anos. “Precisamos de representação política. Temos 1.323 propriedades rurais no município de Bela Vista, sendo que, 911 delas estão dentro da ZAV, ou seja, 55% do nosso rebanho encontra-se na Zona de Alta Vigilância. A ZAV deveria permanecer por apenas dois anos. Esse prazo já acabou”, completou Loureiro, ainda segundo assessoria. O superintende Federal de Agricultura no Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, falou que “o Ministério da Agricultura estará reunido na próxima semana com a Organização Internacional de Saúde Animal para pedir que ZAV tenha status sanitário igual aos demais municípios do Estado”. A diretora-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) destacou os fatores positivos da ZAV. Conforme Famasul,ela comentou: “Hoje a ZAV é um ponto de referência para o mundo. O trabalho de controle sanitário desenvolvido aqui é inédito. O sucesso desse trabalho, só foi possível graças ao empenho de todos os criadores da fronteira.” Eduardo Corrêa Riedel, presidente da Famasul, diz, via assessoria, que o setor agropecuário é um dos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do Brasil. “O País tem ganhado credibilidade no cenário internacional graças à qualidade da nossa produção agropecuária.”

O valor do quilo da carne de cordeiro está em alta. No Rio Grande do Sul, o preço é quase 20% maior que em julho do ano passado. Essa reação deixa os criadores de ovelha empolgados com a atividade.
Roberto Matzenbacher é criador de ovinos em Cruz Alta. Há cerca de um ano, a atividade deixou de ser alternativa de renda na propriedade para se tornar o principal negócio. O motivo é a valorização da carne de cordeiro. “Antigamente, tinha como consumo interno da propriedade. Hoje, é uma carne nobríssima, vendida em bons restaurantes”, explicou,
O preço do cordeiro subiu 4,35%. Passou de R$ 2,53 no final de junho para R$ 2,64. A mudança anima os criadores. O valor avaliado na primeira semana de julho deve subir ainda mais no decorrer do mês.
“Aumentou o preço devido à entressafra que estamos cruzando, com o termino dos cordeiros do ano passado e o nascimento dos cordeiros desse ano”, completou Matzenbacher.
O Rio Grande do Sul tem um quarto de todo o rebanho de ovelhas do Brasil.