terça-feira, 29 de junho de 2010

Rede egípcia de fast-food quer parceria no Brasil

São Paulo, SP, 29 de Junho de 2010 - Uma das maiores redes de fast-food do Egito, a Mo’Men, quer formar uma parceria com uma indústria brasileira de carne de frango. O presidente do grupo, Mohammad Momen, e o gerente-geral, Osama El-Sewerky, estiveram semana passada em São Paulo propondo parceria para grandes empresas locais. “Queremos achar grandes empresas brasileiras de carnes congeladas para processar o produto no Egito, o que reduziria o custo da exportação”, afirmou o Momen.
A rede de sanduíches Mo’Men tem 53 lojas no Egito e mais de 15 em outros países, como Sudão, Líbia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Malásia. No Egito, e rede está atrás apenas das multinacionais McDonald’s e do KFC.
De acordo com o presidente do grupo, as importações de carnes do Brasil começaram no início das atividades da companhia, há 22 anos. “Temos a mais nova e melhor tecnologia de produção e processamento de carne”, disse. Além de carne bovina e de frango, a empresa também importa do Brasil proteína de soja.
Entre as empresas brasileiras que o grupo egípcio tem interesse estão a BRFoods, que reúne Sadia e Perdigão, Marfrig e Doux. Segundo Momen, a parceria com os egípcios seria um ótimo negócio, pois além da rede Mo’Men, o grupo ainda tem outras três empresas de alimentos, a rede Pizza King, que no Egito perde só para a Pizza Hut; o restaurante temático Planet Africa; e a marca de congelados Three Chefs, uma das maiores processadoras de carnes do país.
O grupo ainda exporta seus produtos para o Catar, Bahrein, Kuwait e Emirados. Outros itens produzidos pela Mo’Men são os pães e molhos. No ano passado, o faturamento do grupo foi de US$ 150 milhões. A expectativa para os próximos três anos é dobrar o valor.
Entre os planos da empresa está a inserção dos produtos do grupo e da rede de sanduíches nos mercados saudita e asiático. Segundo Momen, o grupo já tem uma equipe na Malásia, que será uma plataforma para a companhia egípcia entrar em outros países. “A economia da Malásia está crescendo muito e o país tem um forte potencial para o consumo de comida halal”, disse.
Os empresários estiveram na quarta passada,(23), na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, onde tiveram alguns encontros com empresas brasileiras.