sábado, 16 de outubro de 2010

Frigorífico fecha as portas em Araucária

A Empresa Aves Aliança, mais conhecida como Frigorífico Cancela, localizada em Araucária, não abriu as portas ontem. A razão, de acordo com o departamento jurídico do frigorífico, seria o fato da diretoria estar revendo a viabilidade econômica do negócio, uma vez que a organização apresenta sérios problemas financeiros.
A prefeitura de Araucária, porém, diz que já é dado como certa a decisão da empresa de encerrar suas atividades no município da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Nem o departamento jurídico da Cancela, nem a prefeitura souberam precisar em qual dia o frigorífico parou de funcionar. O departamento jurídico do frigorífico se limitou a explicar que os funcionários da empresa estão com a folha de pagamentos em dia e que, há aproximadamente 10 dias, recebem licença remunerada. Ainda pela área jurídica, foi informado que até a semana que vem os diretores irão se pronunciar sobre o destino da Cancela.
Um ano de problemas

Instalado desde 1973 em Araucária, o frigorífico Cancela vinha colecionando transtornos por conta dos prejuízos ambientais e sanitários que a destinação incorreta dos resíduos de produção de frango vinha causando ao município.
Em maio deste ano, os moradores das proximidades da empresa se mobilizaram para cobrar uma solução quanto ao mau cheiro e os notórios problemas ambientais do local, que fica próximo à margem do lago do Parque Cachoeira, formado pelo represamento do Ribeirão Chimbituva.
Desde então, a prefeitura e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) vinham estudando maneiras de apresentar uma solução definitiva que atendesse a todos os interesses.
A empresa foi cobrada a assinar um termo de compromisso para o cumprimento da legislação. Também foram emitidas autuações que, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Araucária, ainda não foram quitadas.
Além disso, foi proposta a realocação do parque fabril para uma área ecológica e legalmente viável, assim como abatedouro. Segundo a prefeitura, a ideia era disponibilizar apoio, via a Companhia de Desenvolvimento de Araucária (Codar), para a mudança da fábrica, dada a tradição e o caráter estratégico que ela representa para a economia municipal.
Magaléa Mazziotti