sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vigilância Sanitária apreende 400 quilos de carne em supermercado de Joinville

Carga apreendida será jogada no Aterro Sanitário de Joinville

Foto:Emerson de Sousa

Carnes estariam em temperatura inadequada e com a data de validade vencida


Cerca de 400 quilos de carne bovina e frango foram apreendidos em um supermercado do bairro Fátima no fim da manhã desta sexta-feira, em Joinville.
A Vigilância Sanitária da cidade recebeu uma denúncia anônima e foi até o local averiguar. Segundo o fiscal sanitarista Arildo Pereira, os frango e as coxas e sobre-coxas estavam em temperatura inadequada e com a data de validade vencida. Já a carne bovina não tinha procedência.
— Não temos como garantir a qualidade desses produtos, por isso tudo está sendo apreendido —, diz Arildo.
A carga apreendida será jogada no Aterro Sanitário de Joinville.





Abatedouro de Frango em Sinop , só em 2011


A construção de um frigorífico de frango em Feliz Natal (130 km de Sinop) deve começar ano que vem. A terraplanagem da área foi concluída mas a parte de construção civil ainda não iniciou. A expectativa é que inicie esta fase ano que vem. "Esse projeto está em andamento, mas com esse período de crise, com queda na arrecadação, seguramos momentâneamente", explicou o prefeito Antônio Debastiani, ao Só Notícias. "Quando a situação melhorar, retomaremos os trabalhos", disse. Ele não mencionou prazos.
Inicialmente, projetava-se investimentos de R$ 400 mil. "Queríamos fazer uma coisa mais simples, mas consultamos o Ministério da Agricultura, foram feitas adequações e o orçamento foi para R$ 1,5 milhão", explicou.
Conforme Só Notícias informou, o projeto foi desenvolvido entre prefeitura e produtores e a projeção inicial era de que ainda neste ano a unidade fosse concluída  atendendo o mercado interno e com expectativas de atuar fora de Mato Grosso. A expectativa inicial de produção é de mil aves/dia.

Cadeia produtiva de aves cresce no Acre

Produtos de qualidade, gerando emprego e renda, que chegam à mesa do consumidor com preços competitivos e paladar adaptado ao gosto do acreano. Essa é a receita que promete agradar e fazer parte da mesa do povo do Acre. A Sabbor alimentos, indústria de embutidos de frangos que faz parte do grupo Acreaves, foi lançada na noite desta quarta-feira, 28, durante a Expoacre 2010.
A empresa nasce gerando 50 empregos e produzindo 50 toneladas de embutidos de frango ao mês. A projeção é de dobrar estes números até o final do ano.
"A Sabbor é a prova de que a Parceria Público Comunitário (PPC) dá resultados positivos. Este aqui é um investimento do Governo que começa a dar frutos. Investimos no fortalecimento da cadeia produtiva das aves, que começa com o trabalho do produtor, que tem recebido assistência para produzir com qualidade, passa pela indústria e chega ao consumidor. O lançamento da linha de embutidos é uma forma de otimizar e aumentar a produção de aves no Estado", disse o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Nilton Cosson.
Os produtos da Sabbor (mortadela, presunto, peito de frango defumado, salsichas, calabresas) chegam ao mercado com dois diferenciais que devem conquistar o consumidor acreano: temperos adaptados ao gosto do Acre, com mais pimenta, alho e uma pitada a mais de sal, e preços bem mais competitivos. Os frangos congelados, produtos que já estão no mercado, ganharam a preferência dos consumidores. "A produção não atende a demanda do Acre e os produtos são muito procurados. O preço é acessivo, as pessoas dão preferência para o que é produzido aqui, o sabor agrada mais e os saída já é bem melhor que as marcas nacionais. Temos certeza que os produtos da Sabbor também seguirão este caminho", disse o gerente da empresa responsável pela distribuição da Sabbor e da Acreaves, a Frios Vilhena, Fabrizio Zaqueo.
O produtor Gedeon Pereira, que faz parte da Agroaves, cooperativa de produtores que abastecem as indústrias de frango, está confiante no aumento da produção e já pensa em acessar um financiamento para ampliar as granjas. "Nós trabalhamos com 45 mil pintos por semana e ainda não fiz os cálculos que quanto vou precisar aumentar, mas tenho certeza que a produção vai crescer e sei que vou dar conta de pagar o empréstimo. Pra gente, a Sabbor significa mais renda, mais trabalho", disse.
Paulo Santoyo, da Acreaves, ressalta a origem dos produtos: "São produtos acreanos, feitos por acreanos e com o gosto que os acreanos aprovam. São 135 produtores, além dos funcionários da Acreaves e dos 50 novos trabalhadores que foram contratados para a indústria de embutidos. Esses números vão crescer e desde já eu agradeço a cada um que nos ajuda nesse empreendimento, que só dá certo porque há a união entre todos, produtores, funcionários, Governo do Estado".
Os produtos da Sabbor estarão disponíveis nos mercados acreanos dentro de 15 dias.

Dipoa autua abatedouros


Com a nova inclusão de um abatedouro sob o Regime Especial de Fiscalização através da Nota Técnica do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, somam sete o número de abatedouros avícolas autuados pelo Dipoa.
São três do Paraná e um cada dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os sete estabelecimentos sob fiscalização especial são os seguintes:
- Seara Alimentos S.A (MS);
- Anhambi Alimentos Norte Ltda (MT);
- Rigor Alimentos Ltda (SP);
- Avenorte Avícola Cianorte Ltda (PR);
- Diplomata S.A. Industrial e Comercial Ltda (PR);
- COPACOL Cooperativa Agroindustrial Consolata (PR);
- BRF Brasil Foods (GO);


Reestruturação da JBS

A rede de frigoríficos JBS-Friboi estaria planejando a separação de sua subsidiária americana Pilgrim's Pride para limitar a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, na empresa, segundo a Bloomberg.

De acordo com a agência, a intenção do grupo seria combinar a processadora de frango Pilgrim's com sua própria operação americana, a JBS USA. Isso faria com que o BNDES tivesse uma participação reduzida na empresa.

Em dezembro, o banco anunciou a compra de US$ 2 bilhões de debêntures emitidas pelo JBS que poderão ser convertidas em ações da companhia se a unidade americana não fizer IPO até o fim deste ano.

Isso praticamente dobraria a participação do BNDES na empresa para mais de 30%, o que poderia ser questionado pelos investidores. Em maio, o presidente do grupo JBS, Joesley Batista, admitiu atraso nos planos e descartou o IPO para este ano, o que levaria de forma compulsória à conversão das debêntures em ações.

Entre os analistas, a hipótese da separação da Pilgrim's é pouco provável.

"O BNDES é um parceiro importante do JBS, uma iniciativa dessa seria um tiro no pé", diz Cauê Pinheiro, da SLW corretora.

Segundo a Folha apurou junto a executivos próximos à companhia, a "blindagem" dos negócios nos EUA seria apenas parcial, e a JBS não estaria interessada em "correr riscos para as futuras operações" nas quais o banco poderia auxiliar.

Em nota, a JBS informou ao mercado que a notícia da separação da Pilgrim's é "complemente infundada". Procurada pela Folha, a companhia não se pronunciou alegando período de silêncio. O BNDES também não comentou o assunto.

A aquisição de 64% da Pilgrim's aconteceu no segundo semestre de 2009 e, junto com a incorporação do frigorífico Bertin, fez da JBS o maior grupo no processamento de proteínas animais.

Mapa institui nova norma sobre teor de água no frango

Nesta semana, a Secretária de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) publicou no Diário Oficial da União (DOU), a Instrução Normativa nº 12, de 26 de julho de 2010, que estabelece os parâmetros para avaliação do teor total de água contida em cortes específicos de frango, congelados e resfriados.

A nova norma, de acordo com a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), em nada altera os parâmetros originalmente estabelecidos na IN nº 9,de 4 de maio de 2010. "A IN não altera o teor de água contida, apenas estabelece os parâmetros para avaliação do Teor Total de Água Contida nos Cortes de Aves resfriados e congelados", afirma a entidade. "A única diferença entre a IN 12 e a IN 9 refere-se à aplicação da Instrução Normativa, que antes era voltada para Cortes de Aves - Frango, Galinha, Galeto - e agora restringe-se aos Cortes de Frangos. Essa mudança veio para corrigir uma falha da IN9, uma vez que a metodologia com base na relação umidade proteína foi feita com base nos estudos de cortes de frangos apenas".

Segundo a Ubabef, é importante para a avicultura nacional que os parâmetros de avaliação do teor de água nos produtos sejam claros e definidos apropriadamente para cada classe de produto. Desta forma, podem se evitar equívocos por parte das empresas e dos órgãos fiscalizadores.
Alcatra e contra filet foram negociados entre R$ 9,80 e R$ 10,00 embora as pedidas dos frigorificos tenham sido de no mínimo R$ 10,20 / 10,30 kg.
Os cortes do coxão não sofreram modificações a não ser o coxão mole que aumentaram a pedida pelo kg do mesmo, mas venda que é bom...

Secretário visita novo frigorífico de Rondônia

O secretário de estado da agricultura, pecuária e regularização fundiária, Francisco Evaldo de Lima, participou da inauguração do Frigorífico Minerva, em Rolim de Moura. Na oportunidade o secretário visitou as instalações e ficou satisfeito com a potencialidade do empreendimento. A fábrica inicia com abate de 750 cabeças/dia, mas tem capacidade para 1.500 cabeças/dia.
O Frigorífico Minerva pertence ao grupo Minerva, sediado em Barretos, no estado de São Paulo. O grupo é composto por sete complexos industriais que juntos, desossam até 24.800 quartos por dia, e empregam cerca de nove mil empregos diretos no país.
Inaugurado em Rolim de Moura, no último dia 26, o frigorífico já inicia propiciando ao Estado de Rondônia 800 empregos diretos, podendo chegar a 1.500. Segundo o conselheiro do Grupo, e também um dos sócios, Edvair Vilela de Queiroz, a empresa foi montada em Rolim de Moura dentro dos melhores padrões de qualidade do Brasil. “É a mais moderna do Estado”, disse.
O grupo administra 15 empresas diretas no Brasil, entre frigoríficos, fábrica de couro, tripas salgadas para embutidos, carnes congelada e biodiesel, entre outros. Para o pecuarista Ivo Narciso Cassol Junior, também presente no evento, a instalação do frigorífico no município de Rolim de Moura foi uma decisão acertada, pois vai contribuir com o crescimento não só da região, mas no estado e vai equilibrar a arroba do boi. Junior aproveitou o momento ainda, para pedir ao vice-presidente do grupo, Antônio Vilela de Queiroz, que traga para Rondônia também o curtume, pois além de melhor aproveitar o produto gerará novos empregos.
O secretário da Seagri, Francisco Evaldo de Lima ficou entusiasmado com o investimento da tecnologia em Rondônia. Segundo ele, “Rondônia é um estado promissor, em pleno desenvolvimento e as pessoas que aqui estão não são aventureiras e sim pessoas compromissadas com o desenvolvimento do estado”. Falando das potencialidades da região o secretário falou dos números que crescem no estado: “passamos de 230 mil toneladas de grãos em 2003, para quase um milhão, em 2007; empatamos com o Mato Grosso, na produtividade de soja e vamos legaliza 12 mil propriedades, através da regularização fundiária que, no futuro, poderão vir a ser cliente, fornecendo a matéria prima para o grupo Minerva”, disse.
Por fim, o secretário parabenizou os empreendedores, dizendo esperar que esse seja apena o primeiro de muitos outros que virão compor a economia do Estado

Frialto deve apresentar nesta sexta-feira(30) o seu plano de recuperação

Se prazo for cumprido, dívida segmentada será conhecida e AGCs sairão neste ano

Pecuaristas credores do Grupo Frialto, composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto Ltda. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, aguardam para hoje a apresentação do Plano de Recuperação Judicial (PRJ) da empresa. Se o cronograma do Frialto se confirmar, o Plano será entregue na 2ª Vara da Comarca do município de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá).

“O Plano de Recuperação Judicial (PRJ), previsto na Nova Lei de Falências, permiti às empresas em dificuldades financeiras que voltem para o mercado de forma competitiva. O plano deve conter os instrumentos que identifiquem as causas para o surgimento do endividamento e as alternativas para sanar a crise”, explica o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia.

“Esperamos que o Plano seja o melhor possível para o pecuarista. Vamos analisar todas as propostas e, caso seja necessário, apresentar sugestões, afinal já passamos por esse processo com o Independência, Quatro Marcos e Arantes. Temos experiência no assunto”, comentou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele orienta os pecuaristas credores que procurem a Acrimat, “pois estamos acompanhando todo o processo e nossa assessoria jurídica está à disposição do produtor”.

A participação do produtor é muito importante nessa etapa do processo e todos devem ficar atentos aos prazos legais que começam, a valer a partir da apresentação do plano. “A partir da entrega do Plano ao juiz, os credores terão 30 dias para analisar e fazer objeções às propostas apresentadas, que deverão ser entregues por escrito e protocoladas”, explica Biancardini. Depois desse prazo, o juiz marca a Assembleia Geral de Credores (AGC) “que deve acontecer ainda este ano”. Nessa etapa, os credores têm a chance de opinar e participar na formatação do plano. Um trabalho que envolve financiadores, fornecedores, clientes e empregados.

A DÍVIDA - A dívida do Frialto é de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 milhões com instituições financeiras, R$ 97 milhões com os pecuaristas, R$ 6 milhões trabalhista e R$ 8 milhões de frete.

A paralisação das atividades do Frialto ocorreu no dia 21 de maio e a empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT) no dia 24 de maio. O grupo possui oito unidades de abates em cinco estados (MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são três plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop, e uma planta em construção em Tabaporã.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Governo de SP reduz a zero ICMS para o setor de carne

A medida abrange a distribuição de carnes e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados

A partir da próxima terça-feira entra em vigor no Estado de São Paulo regime especial de tributação que isenta a produção e comercialização de carnes e produtos resultantes de abate em frigorífico paulista da cobrança do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). 



A medida reduz a carga tributária de 7% para zero e beneficia setores industriais, atacadistas e empresas de varejo de carnes bovina, suína e de aves. A isenção do ICMS simplifica todo o processo da escrituração das operações que envolvem os produtos beneficiados e as atividades de fiscalização. O Decreto 51.625/2007, assinado pelo governador José Serra em 6 de agosto, reduz a burocracia para as empresas, favorece os consumidores e, ao mesmo tempo, resguarda a competitividade da economia paulista, desestimulando a guerra fiscal entre os Estados. 



A medida abrange a distribuição de carnes e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados, secos ou temperados, resultantes do abate de aves, leporídeos (coelhos e lebres) e animais dos rebanhos bovino, bufalino, caprino, ovino e suíno. 

Ouro do Sul completa 75 anos

29/07 
A Cooperativa dos Suinocultores do Caí Superior, conhecida como Cooperativa Ouro do Sul, completa hoje 75 anos, sendo uma das mais antigas do Rio Grande do Sul. O grupo conta com um parque industrial, instalado no município de Harmonia, que contempla o abate de suínos e bovinos, além da industrialização de embutidos, fábrica de rações, rede de supermercados e posto de combustíveis.

Frigorífico Pantanal para por tempo indeterminado no MT

29/07 
O frigorífico Pantanal parou ontem(28) suas atividades em Juara (709 quilômetros ao médio norte de Cuiabá) e hoje suspende os abates em Matupá (695 quilômetros ao norte de Cuiabá). No total, 440 funcionários foram dispensados nas duas indústrias. Segundo informações da empresa, a paralisação é temporária, porém por tempo indeterminado. “Decidimos parar porque a conjuntura é desfavorável e ainda temos condições de pagar todos os nossos compromissos com fornecedores e funcionários”, explicou o proprietário da empresa, Luiz Antônio Freitas Martins.

A planta de Matupá realiza hoje o seu último abate. Ontem a empresa abateu 380 animais e, hoje, encerra as atividades com o abate de mais 300 cabeças.

A unidade de Juara fez ontem seu último abate, 270 bovinos. A capacidade da indústria é de 520 cabeças por dia, porém a empresa vinha operando com 60% de ociosidade nas últimas semanas devido à escassez de boi no mercado.

“Não havia oferta suficiente [de animais para abate] e, para complicar, os preços estavam altos para compra e muito baixos para a venda. Não havia alternativa, por isso decidimos parar os abates enquanto ainda tínhamos condições de pagar nossos credores e funcionários. Se a empresa continuasse trabalhando, poderia correr o risco de não ter condições de cumprir seus compromissos financeiros. Acho que foi uma atitude de responsabilidade perante nossos colaboradores e fornecedores”. Martins informou que até o dia 1º de agosto todos os funcionários da empresa receberão seus direitos trabalhistas.

Ele disse que a paralisação é temporária, “por um período em que o mercado voltar a ser economicamente viável”. Segundo ele, os preços pagos pela arroba do boi gordo (R$ 75) não oferecia margem de lucro às indústrias, que vendiam a carne por R$ 5,20/Kg. A estimativa era de margem negativa em torno de 2%.

DIFICULDADES - Luiz Freitas Martins, que é também presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), afirmou que o momento é de dificuldades para o setor devido à questões mercadológicas – preços da arroba e da carne – e às fortes pressões exercidas por órgãos como Sema, Ibama, Ministério da Agricultura, Secretaria de Fazenda e Ministério Público. “As empresas vivem acuadas pela fiscalização e não estão atuando de forma tranqüila. Muitas não estão suportando as pressões e acabam fechando as portas”.

Uma fonte da unidade de Juara informou que após uma audiência convocada pelo Ministério Público (MP), a empresa recebeu uma série de exigências e terá de fazer grandes investimentos. As exigências são com relação às regras ambientais. Ano passado, a empresa se obrigou a investir cerca de R$ 700 mil para atender às adequações.

CONSEQUENCIAS - A suspensão das atividades deverá causar impacto negativo no preço da arroba do boi em Mato Grosso, já que comprometerá ainda mais a capacidade de abate no Nortão, problema que já havia sido agravado pelo fechamento do Frialto.

Com o fechamento das plantas de Matupá e Juara, o Frigorífico Pantanal passa a atuar em Mato Grosso só com a unidade de Tangará da Serra (239 quilômetros ao médio norte de Cuiabá), onde são abatidos diariamente 180 bovinos e 120 suínos. Porém, a produção será voltada apenas ao atendimento do mercado regional.

Já a planta de Ji-Paraná (RO), com capacidade para abater até 800 animais por dia, continuará atendendo o mercado doméstico e operando normalmente no comércio interestadual e também exportações. (MM)

Brasil caminha para ser livre da febre aftosa

Brasília - Tornar o Brasil livre da febre aftosa com vacinação, até o fim deste ano, é meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Para isso, estamos buscando o fortalecimento dos serviços veterinários oficiais nas regiões Norte e Nordeste, com a estruturação de escritórios, contratação e capacitação de profissionais e melhoria da vigilância. Além disso, desenvolvemos campanhas de vacinação diferenciadas, com agulha oficial em 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e no Amapá”, ressalta o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim. O ministério está realizando auditorias para avaliar o funcionamento dos serviços veterinários estaduais e as atividades desenvolvidas naquelas regiões.

Hoje, todos os estados e o Distrito Federal participam das campanhas de vacinação, exceto Santa Catarina, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007.

Ao todo, 14 estados e o Distrito Federal são livres da doença com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará (Amazonas) apresentam a mesma classificação. Os demais estados da região Nordeste e o nordeste do Pará são considerados como médio risco para a doença; Roraima e noroeste do Pará, como alto risco, e Amazonas e Amapá, risco desconhecido.

A doença foi detectada na Itália, em 1514. No Brasil, o primeiro registro ocorreu em 1895, no Triângulo Mineiro. Como prevenção, o Ministério da Agricultura realiza ações desde 1934, quando foi publicado o Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal. Mas as instruções específicas para seu controle, que incluía a vacinação, foram definidas em 1950, e as campanhas organizadas tiveram início em 1965. Os pioneiros nessa ação foram os estados do Rio Grande do Sul, que vacinou 2,07 milhões de bovinos, do total de 11,6 milhões, e o Paraná, que imunizou 3,8 mil bovinos, de 3,4 milhões de animais estimados na época. As características geográficas, estruturais, econômicas e produtivas do País foram desafios enfrentados nessa luta. Por isso, a parceria de todos os setores envolvidos foi decisiva para superá-los.

“Tivemos um marco na década de 70, quando foi realizada a primeira vacinação em massa de bovinos, com vacina oleosa, no município de Valença/RJ. O objetivo era proteger melhor e por mais tempo os animais. A vacina aquosa, usada na época, conferia menor proteção, dificultando e encarecendo seu uso”, ressalta o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) do Ministério da Agricultura, Plínio Lopes. Em 1996, o Brasil passou a utilizar somente vacina oleosa contra febre aftosa.

Em 1976 foi registrado o maior número de focos da doença, com 10,2 mil casos. Desde abril de 2006, o Brasil não registra nenhum caso, sendo o último em Mato Grosso do Sul.

“Quem suspeitar da doença em algum animal deve informar imediatamente ao serviço veterinário oficial mais próximo, que tomará as providências necessárias. Para evitar a disseminação, é importante que o produtor interrompa a movimentação de todos os animais, seus produtos e subprodutos, até que seja autorizado pelo serviço veterinário oficial”, explica Lopes.

A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, que causa febre e vesículas (bolhas) na boca, narinas, focinho, tetas e pés dos animais de casco fendido. As principais espécies suscetíveis são bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suídeos, podendo também ser acometidos veados, cervos e camelos.

Mais informações www.agricultura.gov.br, no banner Febre Aftosa, todos por um País livre da doença. (Kelly Beltrão)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eurobônus de frigorífico dá retorno de 18% a investidor

O frigorífico Independência fechou, na semana passada, a emissão de US$ 150 milhões em eurobônus no mercado internacional, com vencimento de cinco anos e retorno ao investidor (yield) de 18% ao ano. A operação foi estruturada pela norte-americana BTIG, especializada na venda de ativos de companhias em dificuldades. 
De acordo com a companhia, os recursos devem ser utilizados para o pagamento de pecuaristas e outros fornecedores e capital de giro, tornando viável a continuidade do plano de recuperação judicial da empresa. O Independência informou ainda que pretende colocar em operação sete unidades que estão fechadas. Atualmente, a empresa mantém cinco unidades em operação, duas delas de abate de bovinos. 
Em dezembro do ano passado, o frigorífico decidiu fazer uma nova emissão de dívida para o pagamento de R$ 100 mil a pecuaristas com vencimento em 31 de janeiro. A empresa pediu adiamento do prazo, que agora expira em 31 de março. O Departamento de Relações com Investidores do Independência não se pronunciou sobre o assunto porque a empresa está em período de silêncio por conta da operação. 
A dívida total do Independência soma aproximadamente R$ 3 bilhões. A empresa apresentou o pedido de recuperação judicial em fevereiro do ano passado. O plano de recuperação foi aprovado em novembro de 2009. 

Ativistas são embalados como carne em forma de protesto


Activistas são embalados como carne em forma de protesto


Ativistas da organização pro-animal PETA link externo (People for the Ethical Treatment of Animals) fizeram um protesto em Times Square, nos Estados Unidos, contra o consumo de carne, noticia a agência AFP.
Os manifestantes foram embalados e plastificados, tal como vemos a carne dos animais nos supermercados.
Os ativistas argumentam que comer carne leva ao abuso e à morte violenta de animais.

Boifrig vai operar com o dobro de potência de energia em Fernandópolis



A partir da próxima segunda-feira, 2, o Frigorífico Boifrig de Fernandópolis já passa a operar com 1.100 KWA de energia, o dobro de potência fornecido à empresa desde que foi inaugurada, em junho deste ano.

A garantia foi viabilizada pela Prefeitura junto à Elektro, durante uma reunião realizada nesta terça-feira, 27, onde estiveram presentes o prefeito Luiz Vilar, o diretor da Agricultura, Marcos Mazetti, os diretores do Boifrig e o responsável pelo setor de Relacionamento Personalizado com o Cliente da Elektro, Vinícius Crema.

Durante a reunião ficou definido que a Elektro vai instalar os reguladores de tensão, neste final de semana, para garantir a qualidade de energia na ponta do sistema, que estará disponível a partir desta segunda-feira. A execução de serviço permitirá que o Frigorífico passe a abater 500 cabeças de por dia.

A conclusão dos serviços será efetivada em 15 de outubro, onde a Elektro viabilizará 1.400 KWA de energia para que o Boifrig atinja sua meta de abate, que é de 750 cabeças por dia.

“Agora, Fernandópolis volta a oferecer as melhores condições de abate no frigorífico da cidade. Sabemos que, além de geração de renda e empregos, o Boifrig é muito importante para o mercado de exportações na cidade”, destacou o prefeito Luiz Vilar.

Exportação de carne bovina processada para os EUA é adiada novamente

Frigoríficos brasileiros devem esperar até o final de agosto para retomar os embarques

Os frigoríficos brasileiros que exportavam carne bovina processada para os Estados Unidos devem esperar até o final de agosto para retomar os embarques. Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, as primeiras análises da quantidade de resíduos encontrada nas carnes será entregue às autoridades americanas na próxima semana.

— Mas vamos continuar por mais 15 dias fazendo análises e aí vamos ter um entendimento com os americanos para o restabelecimento das relações no setor carne — afirmou.

A suspensão das exportações de carne bovina processada foi determinada pelo Ministério da Agricultura depois que um lote de carne do frigorífico JBS Friboi foi impedido, no final de maio, de entrar naquele país sob alegação de que continha o vermífugo Ivermectina acima do limite permitido pela legislação norte-americana.

No dia 13 de julho, quando já era esperada a volta das exportações de carne bovina processada para os Estados Unidos, Rossi disse que elas ainda levariam de 15 a 20 dias para serem retomadas. Isso porque as autoridades sanitárias norte-americanas pediram um tempo para avaliar os resultados do plano de ação apresentados e já colocados em prática pelo governo e frigoríficos brasileiros. Agora, o prazo foi adiado mais uma vez.
AGÊNCIA BRASIL

Mercado

A pedida do contra e do alcatra agora a tarde compreende entre R$ 9,80 kg tendo alguns frigorificos falando em  R$ 10,00 kg e até mais .Isso sómente amanhã (normalmente dia de compras no Rio) que o mercado se definirá.
Tenho sentido uma oferta grande de bucho bovino no mercado e alguns cortes do coxão.

São minivacas, à resposta a carne sustentável ?

mage credit: The Guardian

A conexão entre a carne e as alterações climáticas é já bem documentada. e enquanto alguns podem ter bovinos alimentados com capim como uma solução parcial para as emissões de gases com efeito  estufa relacionadas com o gado, não há dúvida que as leis da entropia, combinado com as emissões de metano inevitável de ruminantes, fazem carne verdadeiramente sustentável de criação, de fato, uma questão delicada

 Mas aqui está uma idéia um pouco surreal nunca tinha pensado antes — se vacas são um problema tão grande, porque não podemos apenas torná-los menores? A idéia não é tão estranha quanto parece. Christine já explorou o conceito de gado Bonzai como um benefício de spin-off de encolhimento pessoas. E ela não está sozinha. Segundo o The  Guardian, muitos agricultores U.S. são favoravies a trocar animais de grande porte em favor de raças menores e mais sustentáveis. Em muitos aspectos é uma reversão de uma tendência que já se arrasta há décadas, com os agricultores tendo vacas cada vez maiores, faminto de reprodução. Mas, diz o The Guardian, vacas menores, e queremos dizer menores — alguns, conhecido como "teacup cattle" são apenas 36 centímetros de altura — estão se tornando cada vez mais popular.

Não só eles precisam de  menos terra  assim como  produzem mais carne com menos alimentos também: "desde a década de 1940,  agricultores americanos foram reprodutores de vacas de tamanho, tornando-os muito maior do que seus primos britânicos. Mas com farm do Gradwohl sendo engolido pelo aumento de impostos, ele teve de desistir de 60 hectares de terra. Descobriu que é possível levantar 10 vacas em miniatura em cinco hectares, ao invés de apenas duas vacas tamanho nomal, o que significa que a terra poderia render até três vezes mais carne - mas as vacas só precisam de um terço dos alimentos".
Eu acho que maior não é sempre melhor.

Mercado

Algumas redes de supermercado de tamanho médio, já se dispõe a pagar R$ 9,50 x R$ 9,60 no alcatra e contra respectivamente.
O coxão duro para charque foi negociado a R$ 7,20.
Os outros cortes do coxão em caixa resfriado duro R$ 7,50/7,60 patinho e lagarto R$ 7,70 e coxão mole R$ 8,10/8,20 kg

Indústria: JBS anuncia fechamento de planta na Argentina.

Outros frigoríficos estão paralisando as atividades porque governo argentino impede exportações.


De acordo com matéria publicada pelo site infocampo.com.ar, os administradores da unidade San Jose JBS, filial argentina da companhia brasileira JBS, anunciaram na semana passada aos trabalhadores que a planta localizada na província de Entre Rios deixaria de operar por tempo indeterminado a partir do dia 26 de julho, devido às restrições para exportar cortes frescos vigentes desde o começo de julho. Luis Ríos, diretor do sindicato da unidade da JBS de San José, disse que a empresa avisou que "fecharia suas portas por tempo indeterminado devido ao fechamento das exportações e aos sérios inconvenientes que isso gera".

Dirigentes da Federação de Carne de Entre Ríos começaram a organizar um plano de protestos e mobilizações para evitar que o fechamento temporário da planta de San José derive em algo pior. "Esperamos o quanto antes a intervenção não somente do Governo provincial, mas também, do Ministério do Trabalho nacional para frear essa medida, porque definitivamente são eles (Governo nacional) que abrem ou fecham as exportações sem dar muitas explicações. Nós entendemos a empresa, porque não se pode trabalhar com tanta incerteza, mas também vamos defender nossa fonte de trabalho até as últimas consequências".

A planta da JBS de San José já tinha sido fechada em abril. Após o secretário de Comércio Interior da Argentina prometer flexibilizar a concessão de permissões de exportação de cortes frescos bovinos, a unidade retomou a atividade em maio. Porém, no começo desse mês, voltaram as complicações para se obter habilitações de exportação.

Hoje mais um frigorífico, o Natural Frigorífico, localizado na província de La Pampa, anunciou que está com dificuldades para pagar funcionários e manter as atividades. Sergio Barona, o Secretário-Geral da União Carne de La Pampa, declarou ao infocampo : "Isso se deve em parte à falta de exportações, mas também a má gestão importantes que foram os proprietários da empresa , que abandonou a atividade ". Pelo menos outros 2 frigoríficos paralisaram as atividades por dificuldades financeiras no país: Top Carnes, em Rodriguez -Geral, e Frigorífico The Whip em Florencio Varela.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Perdigão e Sadia no topo da cadeia

"Pesquisa mostra que Perdigão e Sadia são as marcas mais valiosas do País no setor de alimentos"


São Paulo, SP, 27 de Julho de 2010 - As marcas Perdigão e Sadia,da BRF Brasil Foods, são as mais valiosas do País no setor de alimentos. A constatação aparece no ranking elaborado pela BrandAnalytics/Millward Brown em parceria com a revista IstoÉ Dinheiro, com base em informações financeiras e de mercados de capitais do ano passado, além da pesquisa de mercado BrandZ. O valor total das duas marcas dobrou entre 2008 e 2009, de R$ 1,87 bilhão para R$ 3,6 bilhões. “A valorização foi em função dos bons resultados financeiros obtidos após a fusão”, analisa Eduardo Tomiya, diretor da BrandAnalytics. Segundo o executivo, na construção de uma marca valiosa é fundamental ter um posicionamento de marca incorporado em todos os pontos de contato com muita consistência. “Isso faz com que os consumidores tenham uma excelente imagem para a marca e a mesma gera lealdade e diferenciação no processo de compra. Isso, em nossa metodologia, gera lucros maiores e mais estáveis. O valor da marca é, portanto, uma consequência desse processo”, completa Tomiya. No ranking geral, liderado pela Petrobras, a Perdigão aparece em 8o lugar – o primeiro em alimentos – e a Sadia, em 10°.
O valor da Perdigão passou de R$ 1,12 bilhão, em 2008, para R$ 2 bilhões no ano passado, o que representa um aumento de 80%. Para a Sadia, o valor mais do que dobrou, saindo de R$ 758 milhões, em 2008, para R$ 1,6 bilhão em 2009. Se fosse considerado o valor das duas marcas, a empresa ficaria na 7ª posição na classificação geral.

Inaugurado frigorifico Minerva em Rolim

Várias pessoas ligadas ao agronegócio de Rondônia se reuniram na tarde desta segunda-feira na Zona Rural de Rolim de Moura para prestigiar a inauguração de mais uma unidade industrial do Frigorífico Minerva.
A planta construída na RO-010 nas proximidades da linha 200 via que liga Rolim de Moura a Pimenta Bueno começou a ser construída em 2007 depois de um acordo entre governo do estado, município e empresários investidores, foi o que disse Edvair Vilela de Queiroz, um dos sócios do grupo que externou os agradecimentos ao ex-governador Ivo Cassol e a ex-prefeita Mileni Mota que deram suporte para que a empresa pudesse se instalar na cidade.
Ele lembrou que a família Vilela Queiroz investe na pecuária de Rondônia desde 1974 com propriedades na região de Ji-Paraná e em outros municípios com o empresário Toninho Vilela. Os diretores da empresa frisaram que inicialmente o numero de abates será de 750 cabeças de animal/dia, mas que a mão-de-obra está em treinamento e quando a produção estiver a todo vapor a média de abate será de 1.500 animais e a geração de empregos será de no mínimo mil colaboradores de maneira direta.

Durante o discurso de inauguração da unidade fabril Toninho Vilela disse que se sentia feliz ao inaugurar em Rolim De Moura a maior fábrica de abate bovino em qualidade do Brasil e do Mundo ao destacar que toda a estrutura da empresa é composta por aço inox e o ISO Painel que garantirão a melhor qualidade dos produtos industrializados no local e que em nenhum outro lugar do país há uma fábrica com equipamentos tão modernos, finalizou o empresário demonstrando empolgação com o mais novo empreendimento do Grupo Minerva S/A.

Reunião de formação de preços da BJA-RJ

Basta clicar na imagem para abrir

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Comércio Exterior: Brasil volta a exportar carne processada para os EUA em agosto.


Suspensão provocou queda de 30% na receita com exportação do produto industrializado.



De acordo com a Scot Consultoria, em função da paralisação das exportações de carne industrializada para os Estados Unidos, a receita com a exportação desta categoria de produtos caiu 30% entre abril e junho, sendo que em abril os Estados Unidos foram responsáveis por mais de 30% da receita brasileira com as exportações de carne industrializadas, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Desde que as vendas da carne industrializada brasileira para os Estados Unidos foram paralisadas, em maio passado, o Brasil e as autoridades norte-americanas negociam as alterações na metodologia utilizada para a detecção de resíduos de medicamentos na carne. E até o momento, testes estão sendo realizados para a adequação dos exames laboratoriais.
Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento as exportações de carne industrializada para os Estados Unidos devem ser retomadas na segunda semana de agosto.

Revista Exame aponta os 10 melhores do setor de aves e suínos de 2009


Campinas, 26 de Julho de 2010 - São dos estados do Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia os 10 melhores empreendimentos do setor de Aves e Suínos de 2009 apontados pela Revista Exame, da Editora Abril.
Sete deles são empresas privadas, das quais apenas uma (BRF) tem ações na bolsa. Os três restantes são cooperativas (C. Vale e Copacol, do Paraná; e Cosuel, do Rio Grande do Sul). 
Dos dez melhores, 60% (empresas destacadas no quadro acima) operam exclusivamente com avicultura, enquanto outros três (C. Vale, Copacol e BRF) têm no frango o forte de suas atividades.
Pelas informações disponíveis na internet, apenas a Cosuel (Cooperativa de Suinocultores de Encantado) opera exclusivamente com suínos.
A ressalvar, apenas, que a Avipal Nordeste já não existe como empresa isolada, integrando hoje o grupo BRF. 

BRF investe no MT



A BRF Brasil Foods completou cinco anos de operações em Mato Grosso com motivos de sobra para comemorar. O Estado, considerado um dos mais expressivos polos agroeconômicos nacionais, é essencial para os negócios da companhia. No ano passado, 9,3% do total das exportações realizadas pela empresa saiu de lá. “Foi o potencial agrícola que nos atraiu”, diz o diretor regional da BRF em Mato Grosso, Ideraldo Luiz Lima.
Segundo o executivo, desde que se instalou em Nova Mutum, MT, a BRF tem contribuído intensamente para a economia no médio-norte do Estado. No ano passado, a empresa repassou às receitas públicas cerca de R$ 41,3 milhões em impostos e contribuições gerados no Estado. “É com muito orgulho que participamos desse desenvolvimento, especialmente pelas parcerias com os produtores integrados.” Tudo começou com a aquisição de uma unidade de abate e processamento de aves em Nova Mutum. Para marcar a data, foi aberta, na mesma cidade, a Granja Videira, que vai integrar a cadeia avícola da companhia na região, somando 650 aviários (matrizes e frango de corte). De lá para cá, a empresa tem investido sistematicamente em MatoGrosso. Desde a aquisição,foram aplicados na unidade industrial de Nova Mutum cerca de R$ 150 milhões.
Hoje, a unidade emprega 1.725 funcionários. Ao todo, entre 2005 e 2009, a BRF direcionou R$ 273 milhões ao Estado, onde mantém parceria com mais 210 produtores integrados. Em Nova Marilândia, o frigorífico construído pela União Avícola Agroindustrial com apoio da BRF opera com exclusividade para a empresa, abatendo aves produzidas por integrados locais e da região. O objetivo da BRF com essa parceria foi racionalizar e otimizar o fluxo do fornecimento de matéria-prima por seus parceiros integrados. Ainda em Mato Grosso, a empresa opera – desde 2007 – uma unidade de bovinos em Mirassol D’Oeste, na região da Grande Cáceres. E os investimentos continuam.
Também foi inaugurado, em Nova Mutum, o Conjunto Residencial Novo Horizonte, que faz parte do Programa Habitacional BRF (Prohab). Criado em 1997 para facilitar o acesso a moradias para empregados da BRF, o Prohab já entregou cerca de 1.100 casas.

BRF investe no MT



A BRF Brasil Foods completou cinco anos de operações em Mato Grosso com motivos de sobra para comemorar. O Estado, considerado um dos mais expressivos polos agroeconômicos nacionais, é essencial para os negócios da companhia. No ano passado, 9,3% do total das exportações realizadas pela empresa saiu de lá. “Foi o potencial agrícola que nos atraiu”, diz o diretor regional da BRF em Mato Grosso, Ideraldo Luiz Lima.
Segundo o executivo, desde que se instalou em Nova Mutum, MT, a BRF tem contribuído intensamente para a economia no médio-norte do Estado. No ano passado, a empresa repassou às receitas públicas cerca de R$ 41,3 milhões em impostos e contribuições gerados no Estado. “É com muito orgulho que participamos desse desenvolvimento, especialmente pelas parcerias com os produtores integrados.” Tudo começou com a aquisição de uma unidade de abate e processamento de aves em Nova Mutum. Para marcar a data, foi aberta, na mesma cidade, a Granja Videira, que vai integrar a cadeia avícola da companhia na região, somando 650 aviários (matrizes e frango de corte). De lá para cá, a empresa tem investido sistematicamente em MatoGrosso. Desde a aquisição,foram aplicados na unidade industrial de Nova Mutum cerca de R$ 150 milhões.
Hoje, a unidade emprega 1.725 funcionários. Ao todo, entre 2005 e 2009, a BRF direcionou R$ 273 milhões ao Estado, onde mantém parceria com mais 210 produtores integrados. Em Nova Marilândia, o frigorífico construído pela União Avícola Agroindustrial com apoio da BRF opera com exclusividade para a empresa, abatendo aves produzidas por integrados locais e da região. O objetivo da BRF com essa parceria foi racionalizar e otimizar o fluxo do fornecimento de matéria-prima por seus parceiros integrados. Ainda em Mato Grosso, a empresa opera – desde 2007 – uma unidade de bovinos em Mirassol D’Oeste, na região da Grande Cáceres. E os investimentos continuam.
Também foi inaugurado, em Nova Mutum, o Conjunto Residencial Novo Horizonte, que faz parte do Programa Habitacional BRF (Prohab). Criado em 1997 para facilitar o acesso a moradias para empregados da BRF, o Prohab já entregou cerca de 1.100 casas.

JBS e Cremonini: continua disputa judicial na Itália

O grupo italiano Cremonini, sócio da brasileira JBS na Inalca- JBS, obteve uma liminar ("atto di urgenza") na Justiça da Itália, na semana passada, questionando a medida cautelar que a sócia apresentou no dia 7 de julho. O objetivo da medida da JBS é tratar de "assuntos pendentes de governança" com o Cremonini, de quem a empresa brasileira comprou 50% da Inalca em 2007.

Num comunicado do dia 8 de julho, o grupo italiano diz ter sido pego de surpresa pela atitude da JBS, depois de mais dois anos e meio de sociedade e "num momento em que a subsidiária Inalca-JBS está obtendo resultados satisfatórios, justamente quando as tendências econômicas globais não são favoráveis". O Cremonini afirma que as atitudes da JBS podem estar relacionadas ao fato de que "tais resultados, se confirmados para todo o período de 2010, irão exigir que a JBS reconheça um ajuste de preço", acertado na época da criação da Inalca-JBS.

O contrato entre as duas previa o ajuste de € 65 milhões em favor da Cremonini se o lucro operacional (lajida) da Inalca JBS exceder € 90 milhões em 2010. As estimativas para este ano são de margem operacional de € 100 milhões, diz o jornal italiano "Il Sole 24 Ore", em reportagem na sexta-feira sobre a disputa.

A JBS afirma que decidiu adotar a medida cautelar para proteger seus acionistas devido "ao não cumprimento de determinadas cláusulas contratuais" pelo Cremonini. Na medida, a JBS pede o acesso completo à informações relevantes e às instalações da Inalca-JBS por parte dos membros do conselho indicados pela JBS , e o cumprimento da cláusula que permite à JBS nomear o diretor financeiro da Inalca-JBS e suas subsidiárias.

Em nota enviada ontem, a JBS diz desconhecer que o grupo Cremonini tenha obtido na Itália liminar contra a medida da JBS. Fontes próximas à JBS disseram estranhar o fato de o Cremonini ter citado a cláusula de ajuste de preço, que a companhia brasileira não menciona em sua medida cautelar. De acordo com essas fontes, a questão é de governança, não o desempenho do negócio.

A intenção da JBS é que a medida cautelar seja levada para arbitragem na Câmara de Comércio Internacional (ICC), em Paris.

A matéria é de Nelson Niero e Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico

Produtor vai poder emitir Guia de Trânsito Animal via Internet no MS

A implantação da Guia de Trânsito Animal eletrônica (e-GTA) é mais um passo para a modernização tributária do setor produtivo de Mato Grosso do Sul promovida pelo governo do Estado, que inclui também a emissão da Nota Fiscal do Produtor Eletrônica (NFP-e). A emissão dos documentos via internet vai proporcionar mais comodidade aos proprietários rurais.

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) começou a cadastrar os produtores que vão utilizar a e-GTA por 60 dias em fase de teste. O período em que o sistema será avaliado vai permitir realizar transações de compra, venda, abate, transferência e leilão de bovinos para os ajustes necessários.

A diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo, esclarece que para poder emitir a GTA via internet o pecuarista deve renovar seu cadastro na Agência Estadual de Defesa Sanitária e ter um responsável técnico pela propriedade cadastrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária e no Ministério da Agricultura. Outro requisito é estar com a vacinação do rebanho em dia - contra febre aftosa e brucelose - e não possuir nenhuma pendência sanitária em nome da propriedade.

O papel para emissão do e-GTA será numerado e timbrado pelo Ministério da Agricultura. O papel especial não terá custo adicional, o produtor continuará a pagar o valor de R$ 8,26 por meio de boleto bancário, que poderá ser recolhido pela internet ou no banco.

Bahia planeja construir 15 novos frigoríficos até até março de 2011


 
Agência Estado - O Estado da Bahia terá até março de 2011 mais 15 frigoríficos, além dos 30 que tem hoje em funcionamento. A construção, prevista em convênio feito pela Secretaria de Agricultura com 15 prefeituras prevê uma capacidade adicional de abate de 30 a 100 animais por dia por unidade. Eduardo Salles, secretário estadual da Agricultura, disse que a abertura dessas plantas deve reduzir o abate clandestino no estado, hoje equivalente a 37% do total, e estimular a produção da agricultura familiar, que abastecerá as empresas.

Segundo dados da Secretaria, a Bahia possui 665 mil agricultores familiares, 14% de todo contingente do País, e rebanho de 11 milhões de cabeças de gado. "Metade da nossa pecuária está na agricultura familiar e, para abater os animais, os proprietários viajam cerca de 500 quilômetros de suas fazendas, o que fica muito caro", explicou Salles. "Mapeamos o rebanho, detectamos os "buracos negros" e implantaremos os frigoríficos nas regiões destes produtores".

Dez frigoríficos com capacidade de abate de 30 animais por dia serão construídos nos municípios de Itanhém, Barra, Santa Rita de Cássia, Medeiros Neto, Valente, Iguaí, Araci, Itaberaba, Jaguaquara e Paramirim. O custo por unidade deste porte será de R$ 1,2 milhão. Já os outros cinco frigoríficos com capacidade de abate de até 100 animais por dia ficarão nas cidades de Bom Jesus da Lapa, Valença, Remanso, Morro do Chapéu e Itabuna, e terão investimentos de R$ 1,7 milhão a R$ 1,8 milhão cada um. Os recursos serão financiados pelos governos estadual e federal.

As plantas dos frigoríficos, inspiradas em um projeto existente no Rio Grande do Norte, têm abate voltado para bois, mas possui módulos flexíveis para ovinos, caprinos e suínos. Também insere características culturais baianas, como o aproveitamento das vísceras brancas e vermelhas, usadas em pratos como dobradinha e sarapatel. A gestão das unidades será feita por cooperativas, com a participação de pecuaristas, prefeituras e de marchantes, a exemplo do que já acontece com o projeto potiguar. A ideia é que não fique tudo na mão do governo e que os frigoríficos tenham perenidade.

Para o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, a iniciativa da Bahia é positiva. "Se a intenção é combater o abate clandestino, com a legalidade, a construção de novos frigoríficos pode ajudar na arrecadação dos impostos", disse. "O importante é que esses locais sejam fiscalizados por médicos e inspetores veterinários do governo baiano".

Rastreabilidade garante qualidade

Um conceito internacional - ISO 8402 - tem conquistado espaço no mercado da carne no Brasil. A rastreabilidade é o processo de campear um produto, para registrar o máximo de informações sobre ele. A finalidade é oferecer mais segurança ao consumidor, que pode, a partir das informações contidas em um código anexado ao produto, identificar qual a origem e quais os procedimentos utilizados no processo de industrialização.

No caso da carne bovina, o rastreamento é realizado desde o cruzamento dos animais progenitores. O bezerro ganha um código quando nasce. O manejo, as vacinas e outros procedimentos são registrados em um sistema por meio desse número.

Marcelo de Barros Leiras, diretor de Tecnologia de Informação do grupo PariPassu, de Florianópolis (SC), explica que esse sistema é acessado pelos frigoríficos que, ao comprar o animal diretamente dos produtores, analisam quais as melhores opções de manejo e cuidados que foram tomados. Esse processo define a quantidade que será comprada.

Por meio do código, o frigorífico controla as datas de abate, o lote, e coloca na peça uma etiqueta, com seu número de registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF). ""Pelo lote de abate, sabemos de qual fazenda veio o animal e todas as informações sobre o trato que recebeu"", diz o especialista.

Transparência

Depois do frigorífico, a carne vai para um centro de distribuição, de onde é enviada aos açougues. Os açougueiros cortam as peças em bifes e colocam nas bandejas. Um novo código é anexado a essas embalagens. O consumidor, por meio da utilização de um aparelho celular com leitura 2D, pode acessar o histórico do produto, desde o cruzamento dos progenitores. Se não tiver esse acesso, ele pode entrar no site ""qualidadedesdeaorigem.com.br"" e inserir esse código. ""Assim é possível visualizar todos os pontos de passagem da procedência da carne.""

O produtor que trabalha com a rastreabilidade tem um diferencial em seu produto e pode cobrar a mais por ele. Mesmo com a diferença no preço, o consumidor não fica no prejuízo. ""O processo se torna mais transparente e ele pode, por exemplo, escolher a região de onde vai comprar a carne. Em outros países, consumidores mais conscientes procuram excluir produtores que utilizam áreas de desmatamento para o pasto dos animais.""

Segundo Leiras, a rastreabilidade está em implantação no Brasil. Ainda não há leis que orientem, mas o ISO 22005 indica normas de boas práticas que devem ser seguidas pelos produtores e frigoríficos. "Vale lembrar que, para a exportação, os frigoríficos de outros países exigem a rastreabilidade, um sinal da importância do processo." (B.M.)

Brasil terá déficit de boi para abate pelos próximos 4 anos

O rebanho bovino brasileiro deve se recuperar apenas em 2014. Atualmente, além de faltar boi para o abate, o volume de gado confinado no País e os estoques de animais acima de 36 meses em Mato Grosso seguem em queda. Segundo Luciano Vacari, superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o setor pode não conseguir suprir um possível avanço na demanda. "Se tiver aumento na demanda, não vai ter boi", afirma.

Diante desse cenário, de acordo com Alex Santos Lopes da Silva, analista da Scot Consultoria, os frigoríficos de grande porte disputam preço com os de pequeno porte. De um lado, os maiores, por possuírem escalas mais ou menos programadas, mesmo que curtas, de dois a três dias, já compraram boi a termo e buscam pressionar as cotações.

De outro lado, os menores, pela urgência em adquirir animais, entram no mercado físico pagando preços mais altos, estabilizando as cotações. "Com o frio, a indústria esperava aumento de oferta, mas não ocorreu", diz. Ao contrário do que o mercado acreditava, segundo o analista, o pecuarista não está segurando gado no pasto. "Não é estratégia de criador. Como o frio, a pastagem perde a qualidade e o animal, peso", explica.

Depois dos abates acelerados de fêmeas em 2006 e 2007, a pecuária brasileira começou a sentir o reflexo da redução de bezerros, o que resultou em preços elevados para animais de engorda. "O setor esperava recuperar o rebanho em 2010, mas deve levar pelo menos mais uns dois anos", pondera Silva, reiterando que até lá, as cotações de bezerro devem seguir a patamares elevados.

Um levantamento da Acrimat feito este ano em Mato Grosso mostra que os estoques de bovino macho acima de 36 meses, cujo abate deve ocorrer no ano seguinte, estão diminuindo consideravelmente. O estudo, segundo Vacari, levou em consideração os números oficiais de vacinação, por faixa etária, dos últimos cinco anos de campanhas feitas no mês de novembro.

Em 2010, os estoques entraram com 1,53 milhão de gados prontos para serem abatidos. A projeção aponta para 2011 uma redução de quase 19% ante o montante do início deste ano. Em 2012, o volume deve cair para 1,09 milhão de animais com mais de dois anos, um recuo de 29% ante 2010, e de 12% se comparado a 2011.

Para 2013, o número de bois gordos no estado deve cair para 1,04 milhão de cabeças. "O rebanho nacional deve voltar a se normalizar a partir de 2014", afirma.

Segundo Vacari, o País tem condições de atender o consumo interno, mas as exportações de carne, que hoje representam 30% do volume total, podem recuar. "O melhor preço e as políticas públicas é que vão definir o destino da carne", pondera.

Ainda de acordo com o superintendente, o pecuarista só vai mandar animal mais novo para abate se os preços compensarem. "O criador já avaliou que é mais rentável vender o boi magro ou esperar para vender o animal durante a safra", afirma Alan Nangi, supervisor do Departamento de Acompanhamento de Abate da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). "Durante a safra, o preço da arroba tem atingido os melhores picos", explica.

Confinamento

De acordo com o analista da Scot, o número de bovinos confinados em 2010 deve recuar 8%. Em 2009, o País possuía 2,69 milhões de bovinos confinados. "Mesmo assim, com a expectativa de entrada dos bois confinados no segundo semestre, a disparidade de preços começou a diminuir", diz.

Para Nangi, a tendência mundial do confinamento é de avanço, mas o setor só deve aumentar nos países onde o investimento em planejamento e profissionalização forem mais acentuados.

O confinamento no Brasil caiu este ano, segundo Vacari, porque, em abril e maio, quando é época de tomada de decisão para o confinador, o cenário não estava claro. "Gastos em aquisição de garrote, alimentação e cotações futuras não fechavam as contas".

Para Nangi, a diferença do valor da arroba do boi no pasto para o boi confinado pode variar de 28,5% a 32,3%. Um boi de três anos estaria cotado a R$ 68 e R$ 70 a arroba. Já do confinado, segundo ele, valeria R$ 90 a arroba.

Chegou a hora do Fundeleite (Campos dos Goitacazes)

Jane Ribeiro

Criar condições propícias no campo através da capacitação do trabalhador rural, com novas técnicas de manejo, pastagem e implementação de infraestrutura para desenvolver a produção de leite e de carne. Este é o objetivo do Fundeleite, um programa especial, com linha de crédito específica para estimular a cadeia produtiva no segmento da pecuária. A boa nova para os cerca de cinco mil pequenos e médios produtores rurais de Campos já teve o aval do Conselho Gestor do Fundecam e tem sinal verde do prefeito em exercício Nelson Nahim, que se reuniu com o presidente do Fundecam, Eduardo Crespo na semana passada, conheceu detalhes do programa e autorizou a implantação do mesmo.

De acordo com o presidente do Fundo, Eduardo Crespo, o projeto precisa passar pelos trâmites institucionais e, no momento, está em fase de análise jurídica na Procuradoria Geral do Município, que trata detalhadamente de observar o elenco de normas, para evitar transtornos quando na sua efetiva aplicação, a favor dos produtores rurais. Eduardo adiantou que o projeto do Fundeleite vai sair da Procuradoria, nos próximos dias, e vai ser analisado na Câmara de Vereadores, onde, devido à sua importância para desenvolver o setor, deverá ser aprovado por unanimidade.

— O Fundeleite, assim como foi o Fundecana, é um sonho porque contempla a necessidade do pequeno e médio produtor rural, que sem apoio financeiro não consegue programar sua produção. Através do Fundeleite, a Prefeitura de Campos, com recursos do Fundecam, vai dar um passo histórico no setor de pecuária deste município. Este programa vai disponibilizar recursos para, prioritariamente, fortalecer a base tecnológica da produção, trazendo novas técnicas para produzir leite e carne, tornando a atividade mais competitiva e, assim, fortalecendo a pecuária que, em Campos, carece de estímulo para retomar o crescimento e gerar mais empregos e renda no campo — ressaltou Eduardo Crespo.

Expoleste vai começar

Wisley Tomaz
Da Redação
A temporada de exposições agropecuárias continua nos municípios do interior de Mato Grosso. No próximo dia 31 tem início a 18ª Exposição Agropecuária e Industrial do Oeste Mato-Grossense (Expoeste), em Pontes e Lacerda (430 km a Oeste de Cuiabá) indo até o dia 8 de agosto. Trata-se do maior evento da categoria daquela região. De acordo com os organizadores, está sendo esperado um público de mais de 120 mil pessoas durante os nove dias.
O evento é promovido pelo Sindicato Rural de Pontes e Lacerda e, segundo Renato Souza, da organização, quem for ao parque de exposições vai estar concorrendo a dois carros zero quilômetro e cinco motos. Além de poder conferir o que estará sendo ofertado na feira de tratores, implementos agrícolas, veículos, entre outros. O público também vai poder conferir ás provas de laço e tambores. Quanto aos negócios, haverá três leilões de gado de corte.
Quanto aos shows em nível nacional haverá banda Calipso e o cantor sertanejo Daniel, bem como os regionais Guilherme e Santiago, Montenegro e Boiadeiro, Bruna Viola e Breno Reis e Marcos Viola.
Contudo, o rodeio é uma das maiores atrações da 18ª Expoeste, já que oferece a maior premiação do Estado, uma caminhonete para o vencedor e ainda dá direito à participação ao rodeio de Barretos, em São Paulo.
Entre os dias 29 e 1º de agosto tem início a 4ª Exposição Agropecuária do município de Confresa (Expoconfresa). O evento também tem como objetivo atrair o público local e das cidades vizinhas, como acontece todos os anos. Entre as atrações, shows musicais, praça de alimentação, feiras de máquinas e implementos agrícolas, rodeios e muitas outras atrações, tradicionais todos os anos.

Exportações: Rússia coloca instalações de suínos em espera

Apenas alguns meses depois de colocá-las para trás em sua lista de exportadores elegíveis norte-americanos a Rússia proibiu as importações de carne suína de Tar Smithfield Foods Heel, Carolina do Norte, e Clinton, NC, para as fábricas as razões ainda são desconhecidas.
Para o departamento de Segurança Alimentar e Serviço de Inspeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse na quarta-feira que os produtos das duas instalações de Smithfield não serão elegíveis para a exportação efetiva no dia 02 de agosto. Os certificados de exportações podem ser assinados a partir de 01 de agosto.
Courtney Heller, gerente de serviços de exportação da carne norte-americana da Export Federation, disse ao Meatingplace que as instalações foram colocados em restrição temporária ao invés de terem sido retiradas da lista, o que aparentemente significa que seria mais fácil a reintegrá-las. "USDA e USMEF estão trabalhando para determinar a razão para que possamos trabalhar para remover a restrição", disse ela.
Entretanto, uma fonte do governo disse ao Meatingplace que o USDA acredita que o problema resultou de uma interpretação errada das disposições certificado e está trabalhando com a Rússia para corrigir o problema.
Em março as duas instalações de Smithfield foram re-listadas como exportadoras elegíveis para a Rússia. As duas instalações tinham sido entre uma enorme quantidade de exportadores de carne suína norte-americana proibida pela Rússia com base naquilo que o país diz serem violações do protocolo descobertos durante uma auditoria prévia de toda a indústria.

Carne rastreada chega ao consumidor

Com implantação de códigos é possível saber onde foi produzida e todo o caminho até o supermercado

Elaine Perassoli

A Paripassu, empresa especializada em rastreabilidade, firmou parceria com o grupo Pão de Açúcar para que os consumidores brasileiros comecem a receber carne rastreada. A origem e o caminho percorrido pelo produto pode ser conferido por meio de um selo 2D que conta com um QR code - espécie de código de barras de duas dimensões. Iniciado há cinco anos e com um investimento de R$ 500 mil, o projeto foi idealizado para toda a linha de carnes Taeq - marca exclusiva do Pão de Açúcar, resultado do cruzamento das raças nelore e rubia gallega. Quarenta fazendas e 40 mil vacas inseminadas integram o projeto e o número que deve saltar para 80 mil até 2013. A meta para 2010 é fechar o ano com um total de 2 milhões de quilos de carnes rastreadas.


O diretor comercial Giampaolo Buso explica que o consumidor já pode ter o conhecimento dos aspectos da produção do alimento que está consumindo, desde a origem, região onde foi produzido, onde foi industrializado e por onde é distribuído. "E tudo isso pode ser consultado facilmente, basta fazer a leitura pelo site www.qualidadedesdeaorigem.com.br ou www.paripassu.com.br, por meio do código do produto ou com um aplicativo para smartphones com leitor 2D. Isso é um avanço tecnológico, de segurança e qualidade alimentar".

Iniciado em 2009, o programa envolve o rastreamento de frutas, legumes e verduras convencionais e orgânicos e atinge mais de 600 pontos de venda em todo o território nacional.

Os primeiros lotes de carne bovina rastreada já estão disponíveis em oitos lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. E até o final do ano, todas as unidades da rede que comercializam a carne Taeq terão lotes de carne rastreada. "Essa parceria agrega ainda mais valor ao serviço oferecido ao consumidor. Podemos dizer que os valores da Paripassu e do Pão de Açúcar se cruzam e que esses ganhos poderão ser traduzidos pelos clientes por qualidade e respeito com os quais tratamos os seus produtos", o gerente de desenvolvimento de carne Vagner Giomo.





 

domingo, 25 de julho de 2010

Jornal EXTRA

O jornal Extra publicou  hoje, uma boa reportagem pelas mãos da jornalista Ana Paula Vieira e o fotografo Jacob , sobre o caminho percorrido pelo alimentos até chegar do campo  ao Rio de Janeiro. Nessa reportagem a carne foi a que agregou menor valor entre o produtor e consumidor final ( cerca de 60% no corte exemplificado ou seja na alcatra ) os demais  produtos  passam de 100 % de aumento.
Ela cita que a alcatra  sai do frigorifico a R$ 7,60 kg  (participação da peça no custo da @ do boi segundo a SCOT Consultoria)  e passa para R$ 9,20  kg na venda  para o atacadista passando pela  BGA-RJ.
Na verdade a diferença entre o valor da peça R$ 7,20 (custo de produção)  e os R$ 9,20 (custo de venda) informado pela reporter , é o valor do possível  lucro do frigorífico .
O representante  ou funcionário do frigorífico , que oferta esse ou mais produtos ao comprador supermercadista ou atadista distribuidor, e o faz  pelo preço sugerido pelo frigorífico e esse preço vai variar ou não , em função do consumo na época da venda do produto, podendo subir ou cair.
Dai eu ter dito possível lucro, pois muito das vezes essa diferença torna-se prejuízo , pois uma vez o boi abatido e resfriado , precisa ser vendido em pouco tempo, por ser produto perecível com data de validade e nem semprer na venda o mercado o é favorável.
Gostaria de informar que a  BGA_RJ, não fica com essa diferença , sendo apenas um canal de negociação entre as partes ou seja  compradores e vendedores, que pagam uma taxa mensal como associados sendo a BGA_RJ de utilidade pública sem fins lucrativos.

Aposta do BNDES em frigoríficos assusta concorrentes


RAQUEL LANDIM E DAVID FRIEDLANDER - A estratégia oficial de turbinar frigoríficos para transformá-los em gigantes mundiais está prestes a bater a marca de R$ 18,5 bilhões recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES). A maior parte desse dinheiro vem sendo aplicado no JBS e no Marfrig para financiar uma campanha agressiva de aquisições de concorrentes no Brasil e no exterior.
Até agora, o banco estatal já desembolsou R$ 16 bilhões com o setor - R$ 6 bilhões em empréstimos e R$ 10 bilhões na aquisição de participação acionária. Outros R$ 2,5 bilhões foram prometidos na semana passada ao Marfrig, para financiar mais uma compra: a da americana Keystone Foods.
A política do governo de criar grandes multinacionais brasileiras voltou ao debate com a campanha eleitoral e a discussão sobre o papel do BNDES no próximo governo. Nos frigoríficos, a tática de "engorda" começa a entusiasmar os investidores, que enxergam oportunidades de lucro com os papéis dessas empresas. Mas incomoda concorrentes menores e pecuaristas, aborrecidos com a concentração de poder nas mãos de JBS e Marfrig (leia abaixo).
Uma das críticas é que o BNDES estaria subsidiando empresários que poderiam se virar sozinhos. O banco, porém, afirma que a maior parte do dinheiro investido nos frigoríficos não é subsidiado pelo Tesouro Nacional, nem sai do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). São recursos captados com investidores pela BNDESPar, subsidiária do banco, e repassados aos frigoríficos a custos de mercado.
Empresários do setor, que pedem anonimato por medo de contrariar o governo, questionam a escolha dos parceiros do BNDES. Cerca de três anos atrás, outro frigorífico importante, o Minerva, procurou o banco na tentativa de conseguir apoio para sua expansão. Saiu de mãos vazias. Enquanto isso, apoiado pelo banco estatal, o JBS tornou-se o maior produtor de carne processada do mundo.
No setor, circula a versão de que um dos pontos fortes de JBS e Marfrig são suas conexões políticas. Líderes num setor que exibe margens de retorno baixas e riscos altos, a avaliação do mercado é que essas empresas não teriam ido tão longe sem o BNDES - já que os investidores passaram a olhar os frigoríficos com mais interesse há pouco tempo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.